Escrito por Adriana
22 de novembro de 2025
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Tá em dúvida sobre o que fazer em Ho Chi Minh, no Vietnã? Não te julgo! É a maior cidade do país, com mais de 14 milhões de habitantes e, sério, nunca vi um trânsito tão caótico! Motos por todos os lados, buzinas por minuto e, por incrível que pareça, tudo flui naturalmente. 

Muita gente ainda chama o destino de Saigon, e tá tudo certo. Até 1976 era esse o nome oficial, quando a cidade ainda era capital do Vietnã do Sul, no meio da guerra contra o norte socialista. A mudança veio pra homenagear o líder comunista Ho Chi Minh, mas a impressão que dá é que os dois nomes seguem vivos igualmente. Você escuta um, lê o outro, e meio que vai usando os dois conforme a conversa vai rolando.

Edifício administrativo de Ho Chi Minh vista a partir do jardim frontal.
A arquitetura histórica da cidade é linda!

Culturalmente, o destino é uma mistura: um pedaço chinês ali, uma influência francesa nos cafés aqui, vestígios da guerra americana nos museus por lá e templos que cheiram a incenso desde a calçada. Como eu amo!

Sem mais rodeios, reuni aqui o que realmente importa saber: os pontos mais marcantes da cidade de Ho Chi Minh, mais dicas certeiras sobre onde comer, como se locomover, quando ir e até onde dormir. Confira:

  1. Museu dos Vestígios da Guerra
  2. Palácio da Reunificação
  3. Catedral de Notre Dame
  4. Correio Central (Saigon Central Post Office)
  5. Bitexco Financial Tower
  6. Bui Vien Walking Street
  7. Túneis de Cu Chi
  8. Bate-volta delta do Rio Mekong
  9. Mercado Ben Thanh
  10. Ópera Saigon
  11. Book Street
  12. Thien Hau Pagoda
Direto ao Ponto: o que fazer em Ho Chi Minh

  • O Museu dos Vestígios da Guerra me marcou de verdade. Minha dica é ir com o emocional preparado. E não pule o Palácio da Reunificação, que tem até bunker da época da guerra. Pra conhecer os dois, vale fechar um tour guiado que já inclui os ingressos.
  • A dupla Catedral de Notre Dame e Correio Central rende ótimas fotos e um respiro histórico no meio da correria. Não perde o Book Street ali do lado, que é uma gracinha pra sentar, folhear livros novinhos e ver o movimento.
  • Ainda falando de passeios, fiz um tour pra os Túneis de Cu Chi e foi inesquecível. É diferente de tudo que já vi, e o guia faz toda a diferença pra entender como funcionava tudo por lá. Outro programa legal é um bate-volta pro Delta do Mekong. Tem plantação de coco, templo, fábrica de doce e até passeio de canoa pelos canais.
  • Entre uma andada e outra, para no Banh Mi Huynh Hoa, que serve o sanduíche mais famoso da cidade. E guarda um dia pra jantar no Lai Restaurant, onde provei um vịt quay Bắc Kinh bastante suculento.
  • Fiquei no Sanouva Saigon Hotel, que é prático pra quem quer ficar bem localizado. Curti também o Liberty Central Saigon Riverside, com uma vista linda e piscina na cobertura.
  • Viajar entre novembro e março é mais garantido por causa do clima. E com quatro dias inteiros, dá tempo de fazer os principais passeios com calma, encaixando tudo sem correria e ainda sobrando energia pra conhecer a famosa Bui Vien Street à noite.

O que fazer na cidade de Ho Chi Minh: conheça as atrações mais imperdíveis

Os pontos turísticos da cidade de Ho Chi Minh são bem diferentes entre si, mas no fim das contas tudo se conecta. Tem coisa que dá pra conhecer andando, ali pelo centro, mas outras acabam levando você pra fora da zona turística.

No meio disso tudo, teve muita coisa que me marcou e, pensando no que realmente faz sentido incluir no roteiro, aqui vai o que mais me chamou atenção por lá:

1. Museu dos Vestígios da Guerra

O Museu dos Vestígios da Guerra é um passeio difícil, mas impossível de ignorar. Fica ali pertinho do centro e é fácil incluir no caminho entre outras paradas históricas.

Área externa do Museu dos Vestígios de Guerra com avião exposto.
Museu da Guerra do Vietnã

Na entrada do museu tem uns tanques e aviões de guerra, todos reais, que já causam impacto em quem passa na calçada. Porém,  o mais chocante está do lado de dentro mesmo. As fotos, os relatos, as armas químicas. É pesado, e tem que ir com o espírito preparado pra sair com um nó na garganta. 

Muitas imagens ficaram na minha cabeça dias depois, mesmo evitando olhar demais para a  maioria. Um senhor vietnamita que estava do meu lado comentou baixinho, em um inglês quebrado, que perdeu dois tios na guerra. Fiquei mexida, confesso.

O museu é meio antigo, tem uns painéis cheios de texto. Então, cansa um pouco. Mesmo assim, é um dos lugares que ajuda a entender o que foi a guerra para os vietnamitas, não só para os americanos.

2. Palácio da Reunificação

O Palácio da Reunificação já se chamou Palácio de Norodom, e chegou a ser sede de governos franceses, japoneses e até do Vietnã do Sul.

Fachada do Palácio da Reunificação com amplo gramado à frente.
Palácio da Reunificação

Mais tarde, virou símbolo da Guerra do Vietnã. Foi ali que várias decisões foram tomadas, tanto durante os conflitos da Indochina quanto no embate direto com o Norte. Por isso também é chamado de Palácio da Independência. 

Tanque exposto no jardim do Palácio da Reunificação.
Tanque do Palácio da Reunificação.

O interior ainda tem os móveis da década de 70, tudo arrumado como se o presidente fosse chegar a qualquer momento. 

No subsolo tem um bunker que parece saído de um filme de guerra, com mapa militar e sala de comunicação antiga.

O palácio abre diariamente das 8h às 15h30 e dá pra comprar o ingresso na hora. Eu preferi fazer um tour guiado que passa também pelo Museu dos Vestígios da Guerra. Durou umas 2 horas e o guia explicou bastante coisa que eu não teria sacado sozinha, tipo algumas partes da história que não estão nas placas. Não é obrigatório, mas fez total diferença e eu indico de olhos fechados.

3. Catedral de Notre Dame

A Catedral de Notre Dame de Ho Chi Minh está passando por restauração desde 2017, então por fora já dá pra ver os andaimes. Mesmo assim, ela tem presença. O vermelho dos tijolos chama atenção de longe!

Catedral de Notre-Dame de Saigon em um dia ensolarado.
A Catedral de Notre Dame de Saigon se destaca em meio ao verde.

A construção começou em 1877, quando o Vietnã ainda era colônia francesa, e a expectativa é que a restauração só termine em 2027. No início, a ideia era deixar claro quem mandava ali. E conseguiram, né? A catedral ainda domina a paisagem da praça.

Um detalhe curioso: do lado de fora tem uma estátua de Maria que, segundo rumores, teria chorado em 2005. Até hoje tem gente que passa ali e reza rapidinho antes de seguir. 

Do outro lado da rua fica o prédio do correio central, o que torna esse pedaço da cidade bem fotogênico. Mas é lotado, tá? Muito turista, muita van parando a cada minuto e gente com guarda-chuva de tour andando em fila.

4. Correio Central (Saigon Central Post Office)

Na frente da Catedral de Notre Dame Saigon, o Correio Central tem uma fachada que parece um teatro, mas lá dentro é um correio de verdade, com gente postando cartas e comprando selos.

Interior histórico do Correio Central de Ho Chi Minh com salão arqueado e visitantes circulando.
Interior do Correio Central de Ho Chi Minh.

O prédio é do fim do século 19, feito quando os franceses ainda estavam por aqui. E não é qualquer prédio, não. O projeto é de ninguém menos que o arquiteto francês Gustave Eiffel: o mesmo da torre de Paris. 

Lá dentro tem um retrato gigante do Ho Chi Minh bem no fundo, e o teto todo arqueado com umas colunas que parecem de estação de trem. 

Quem gosta de lembrancinha também vai adorar, já que tem opção pra todos os gostos. Na minha vez, comprei um cartão-postal que tinha a rua Nguyen Hue cheia de bandeirinhas. Guardo até hoje.

Um casal que conhecemos na hora disse que enviou um cartão e chegou no Brasil em menos de três semanas. Achei meio improvável, mas eles juraram de “pés juntos”. Então se quiser surpreender alguém do outro lado do mundo, vale a tentativa.

5. Bitexco Financial Tower

A Bitexco Financial Tower aparece em quase toda foto urbana de Ho Chi Minh. É aquele prédio que parece ter um disco voador preso na lateral. Tem 262 metros e, por muito tempo, foi o mais alto do Vietnã.

Vista da Bitexco Financial Tower no centro de Ho Chi Minh.
À esquerda, o Bitexco Financial Tower, um dos prédios mais icônicos da cidade. Foto: Prince Roy / CC BY 2.0

Subi no mirante no fim da tarde, por volta de 17h10, pra ver o pôr do sol que tanto falavam. Até vi, mas confesso que não foi o entardecer mais espetacular que já presenciei no Sudeste Asiático. Mesmo assim, a vista compensa, principalmente porque dá pra ver o rio cortando a cidade toda.


Eu comprei o ingresso online antes de ir e evitei a fila da bilheteria que tinha na hora. Quando cheguei lá, o processo foi tranquilo e logo já estava subindo. O elevador é daqueles que você sente a pressão no ouvido de tão rápido que é. E em menos de um minuto você já tá no 49º andar vendo a cidade inteira espalhada na sua frente. Gostei bastante!

6. Bui Vien Walking Street

A primeira vez que andei pela Bui Vien Walking Street foi à noite. Parecia mistura de Khao San Road com Rua Augusta, só que com mais neon e mais barulho. Tinha cheiro de churrasquinho, gente dançando com copo na mão e música saindo de todos os cantos – tudo ao mesmo tempo!

Movimento noturno na Bui Vien Street em Ho Chi Minh com motos, pedestres e luzes de neon.
Noite movimentada na Bui Vien Street.

A cena mais surreal foi ver uns dançarinos seminus dançando em cima da mesa pra atrair clientes. E pelo jeito,  dá certo, já que é tudo muito lotado. 

O barulho é de doer o ouvido, tipo guerra de caixas de som. Em alguns trechos, você mal ouve a própria voz.

Uma noite voltamos andando depois da 1h e ainda tava cheio de gente, com luzes piscando sem parar. Não senti tanto medo, mas ficamos espertos com os bolsos. Um rapaz do nosso hotel perdeu o celular pra um batedor de carteira na região.

Pra gente, um grupo de australianos num bar jurou que o Vietnã era o melhor lugar da Ásia pra sair à noite. Será que estavam bêbados? Provavelmente. Mas a energia frenética da rua é real, não tem como negar.

Por outro lado, de dia a rua é silenciosa, quase irreconhecível. É estranho ver as fachadas abertas com gente lavando calçada e carregando engradados de cerveja como se nada tivesse acontecido ali 6 horas antes. Enfim, os dois lados de Ho Chi Minh!

7. Túneis de Cu Chi 

Os Túneis de Cu Chi ficam fora da cidade, coisa de 1h15 de carro. Saí cedo num tour com guia local, num daqueles ônibus cheios de gente com chapéu de palha e garrafa d’água na mão. 

Pessoa surgindo pela abertura camuflada dos túneis de Cu Chi segurando a tampa coberta de folhas.
O Caio em uma das entradas camufladas dos túneis de Cu Chi.

A estrutura foi usada pelos soldados vietnamitas durante a Guerra do Vietnã, tanto pra se esconder quanto pra viver ali naquele período. 

A camuflagem era absurda, eles criaram de tudo lá embaixo: esconderijo pra soldados, salas de reunião, ferramentas improvisadas, até cozinhas com – pasme – redirecionamento de fumaça. 

A gente viu várias armadilhas originais, e um túnel mais apertado que o outro. Mesmo alguns sendo ampliados para o público, a sensação é mesmo esquisita. Um cara atrás de mim saiu suando antes da metade. Eu fui até onde deu, mas me questionando se não tinha me tornado claustrofóbica naquela altura do campeonato.

Visitante caminhando agachada dentro dos túneis de Cu Chi, com paredes estreitas de terra ao redor.
Conhecendo de pertinho uma das passagens internas dos túneis.

No meio do passeio, apareceu um stand de tiros a céu aberto (pago à parte), com umas armas históricas. O rapaz que cuidava das armas nos mostrou uma AK-47 usada pelos soldados, e decidimos participar disso mais por curiosidade que por empolgação mesmo. A pontaria? Nada boa. Um tempo depois, admito que fiquei com a consciência meio pesada, pensando em como aquela arma toda velha tinha sido usada no passado.

E se você me perguntar “ir com tour ou ir por conta própria”, eu diria que, nesse caso, fazer um tour com guia é bem mais proveitoso. Foi o que eu fiz e consegui entender o contexto de cada túnel, as histórias por trás das armadilhas e como aquilo funcionava na prática. Por conta própria você até chega lá de ônibus ou Grab, mas acaba ficando sem entender metade do que está vendo. Sem falar que o tour já inclui transporte, entrada e guia em inglês, então você não precisa se preocupar com nada.

8. Bate-volta ao Delta do Mekong

O Delta do Mekong é um dos lugares mais importantes do sul do Vietnã. O rio atravessa seis países até desembocar ali, num dos cenários mais férteis da Ásia.

Pessoa com chapéu cônico navegando em um barco estreito por um canal cercado de palmeiras no Delta do Mekong.
Passeio pelos canais do Delta do Mekong.

Quase tudo que se planta por lá, dá. Arroz, coco, frutas, temperos, você passa por plantações que parecem não ter fim. É por isso que a região é chamada de “celeiro do Vietnã” e movimenta a vida de milhões de pessoas que vivem em vilas ribeirinhas.

Fazer um bate-volta pelo Delta do Mekong partindo de Ho Chi Minh é uma das formas mais práticas de conhecer tudo isso. Mas não é a única: quem quiser pode fechar o passeio por conta própria, indo de ônibus até My Tho ou Can Tho, só exige mais organização.

Eu gostei de fazer um tour guiado. Saímos cedo de Ho Chi Minh e paramos primeiro no templo de Vinh Trang. Depois, pegamos um barquinho que passou pelos ilhotes com nomes de míticos — tudo bem calmo, com muita natureza em volta.

Pátio interno do Vinh Tràng Temple com esculturas e arcos ornamentados.
Pátio interno do Vinh Tràng Temple.

Ainda visitamos uma fazenda de cocos, uma fábrica artesanal de doces, andamos de canoa pelos canais e comemos frutas locais com chá de mel. Teve até música folclórica tocada por moradores. É simples, mas tem algo ali que deixa a experiência bem marcante.

O que não deu tempo foi visitar Cái Rang, o mercado flutuante mais famoso do país, que fica em Can Tho. Ele só acontece de manhã bem cedo, então precisa dormir lá. Se tiver com o roteiro mais folgado, pode ser uma boa incluir isso também.

9. Mercado Ben Thanh

O Ben Thanh Market é surpreendente logo na entrada. Vendedores falando alto, cheiro de temperos, motos passando do lado da banca de roupa… Tinha lido que era bem turístico, mas fui assim mesmo e, sinceramente? Não me arrependi!

Entrada principal do Mercado Ben Thanh em Ho Chi Minh.
Mercado Ben Thanh, o endereço clássico para fazer compras no centro. Foto: Riza / CC BY 2.0

Vi de tudo por lá. Camisa do Vietnã, imã de geladeira, chá de jasmim, castanhas temperadas, sandálias bordadas, máscaras decoradas. Tudo apertado, quase sufocante, mas muito interessante. 

Quem curte negociar vai se divertir. Eu já fico meio sem graça, então ia com o preço que tinha na cabeça e falava logo de cara pra ver se colava. E eles têm lábia, viu? Um vendedor me disse: “pra você o preço é especial” e então me cobrou como se eu tivesse acabado de ganhar na loteria. Ri, agradeci e fui embora revendo minhas habilidades de pechincha. 

A parte de comida é uma experiência à parte. Uma senhora me ofereceu uma pho com tudo que eu tinha direito, inclusive tripa. Agradeci, pedi o simples, e ainda assim veio enorme. A sopa estava deliciosa, e até que foi baratinha.

Atenção | Infelizmente, nem tudo foi positivo. Um rapaz do grupo que encontrei mais tarde contou que saiu com a mochila aberta. Não roubaram nada, mas fica o aviso de ficar esperto e segurar seus pertences com atenção redobrada.

10. Ópera de Saigon

A fachada da Ópera de Saigon foi outro lugar que me lembrou Paris, mais especificamente o Petit Palais. E não é que essa semelhança faz sentido? Foi construída em 1897 e projetada pelo arquiteto francês Eugène Ferret, inspirada no edifício parisiense. Fica num cruzamento super movimentado, entre lojas de luxo como Louis Vuitton.

Entrada principal da Ópera de Saigon, com fachada francesa ornamentada e escadaria larga.
A fachada incrível da Ópera de Saigon.

No dia que fui, não tinha espetáculo, mas a entrada estava aberta para o público entrar e dar uma espiada. O interior é bem decorado, com poltronas de veludo e uns detalhes no teto que não passam despercebidos. Elegante sem ser exagerado, sabe?

Conversei com um funcionário que disse que os shows mais procurados são os do AO Show, que misturam acrobacia com música vietnamita. Ele me mostrou umas fotos no celular, parecia bonito mesmo e até que os ingressos não são tããão caros se a gente converter pra reais.

Mesmo sem assistir nada, achei que valeu dar uma passadinha. O lugar rende boas fotos, principalmente no fim da tarde. 

11. Book Street

A Book Street é uma ruazinha fofa e organizada que fica pertinho da catedral. Admito que cheguei sem muitas expectativas, mas acabei ficando um tempão andando entre os estandes, que vendem desde literatura vietnamita até mangás, revistas antigas e postais.

Book Street de Ho Chi Minh com estandes cheios e pessoas circulando.
A charmosa Book Street, cheia de livrarias ao ar livre.

Tinha bastante vietnamitas, incluindo famílias com crianças, casais jovens e turistas passando, claro. Um vendedor me contou que os livros usados são os mais procurados, principalmente os escolares. 

No meio da rua, há um ônibus azul estacionado que virou livraria e atração turística. Todo mundo que passa ali quer tirar uma foto. Então já vai ensaiando a pose.


A rua não é uma parada que todo mundo coloca no roteiro, mas me surpreendeu e eu indico, sim. Mesmo que você não vá comprar nada, compensa passear curtindo a sombra das árvores, o som ambiente e, quem sabe, tomando um cafezinho. 

12. Thien Hau Pagoda

A Thien Hau Pagoda fica no Distrito 5, em Cholon, Chinatown de Ho Chi Minh. Cheguei de táxi, e já adianto que a entrada impressiona: incensos gigantes pendurados no teto, um arco em vermelho, bastante caracteres  tradicionais chineses e uma fumaça leve flutuando no ar. O melhor? Sem taxa de entrada!

Entrada da Thien Hau Pagoda em Ho Chi Minh, com fachada detalhada, lanternas vermelhas e enfeites usados em apresentações de dança do leão.
Fachada da Thien Hau Pagoda, um dos templos mais tradicionais do Distrito 5.

Essa é uma das pagodas mais antigas da cidade, construída no século 18 por imigrantes chineses. É dedicada à deusa protetora dos marinheiros, Thien Hau (Mazu), muito procurada por pescadores e famílias que viajam muito.

Lá, há muitos detalhes: telhado com figuras de dragões, esculturas de cerâmica nas paredes e uma tranquilidade que é difícil de colocar em palavras.

Uma senhora me ofereceu um incenso e me explicou que, antes de acendê-lo, a gente precisava pensar num pedido com fé. Fiz isso — não vou contar o que pedi, né? — e deixei o incenso no suporte junto com dezenas de outros. Ah, como ficou na memória!

Turismo em Ho Chi Minh

Depois de andar pela cidade, experimentar pratos que eu nem sabia pronunciar e ter a sensação de quase ser atropelada por uma moto (umas duas vezes), percebi que Ho Chi Minh vai além do que dizem por aí. 

E pra você aproveitar a cidade ao máximo, aqui vão umas dicas que podem salvar seu roteiro, ou pelo menos deixar tudo mais leve:

Onde ficar em Ho Chi Minh

Pra quem quer ficar perto de tudo, o Distrito 1 é o mais prático. Foi onde eu fiquei a maior parte do tempo e facilitou bastante a vida, porque dava pra ir caminhando em vários lugares ou pegar Grab rápido.

Lá, o Sanouva Saigon Hotel fica a uns 5 minutos andando do Ben Thanh Market. Eu escolhi ele justamente por isso, porque queria acordar e já estar perto do centro sem gastar muito. O café da manhã salvou várias manhãs, tinha pho fresquinho e eu aproveitava antes de sair. Os quartos são grandes e o ar-condicionado funciona direito, o que ajuda no calor de lá.

Se você prefere algo com vista pra o rio, o Liberty Central Saigon Riverside é uma boa. Peguei um quarto de frente e foi de lá que vi uns dos pores do sol mais bonitos da viagem. A piscina na cobertura ficava sempre vazia no fim da tarde, então virou meu cantinho pra relaxar depois de andar o dia todo.

Na região da Dong Khoi, que é mais organizada e tem bastante loja, fiquei no The Myst Dong Khoi. Gostei da decoração mais caprichada e do quarto que tinha até banheira na varanda. A localização é ótima se você curte ficar perto de cafés e lojas mais arrumadas.

Já pra economizar, o Duc Vuong Hotel na Bui Vien é simples mas resolve. O quarto era limpo, o ar-condicionado gelava bem e o terraço no último andar tem uma vista noturna que pouca gente sobe pra ver, mas que deveria ser melhor apreciada.

Quer mais opções de hospedagem, com dicas de quem realmente ficou nos lugares? Então dá uma olhada no post completo sobre onde ficar em Ho Chi Minh. Tem sugestão pra todos os estilos e bolsos.

Onde comer em Ho Chi Minh

A gastronomia em Ho Chi Minh é um espetáculo à parte. Além do famoso Pho e do quase onipresente Banh Mi, o que mais me encantou foram os pratos com frutos do mar e os rolinhos frescos de papel de arroz. 

A real é que as comidas de rua são fortes aqui, mas tem lugares bacanas pra sentar e provar tudo com calma. Separei alguns dos meus preferidos:

  • Nha Hang Ngon | Fica num casarão colonial, tem cardápio com muitas opções e vários tipos de comida tradicional vietnamita. Pedi uma Pho com carne cortada na hora e curti. O ambiente é cheio de árvores e ventiladores de teto, meio retrô e até fotogênico.
  • The Cafe Apartments | É um prédio antigo e charmoso (e o elevador é pago, então prepare as pernas se quiser economizar) com vários cafés e bistrôs escondidos em cada andar. Tem opção pra quem quer café, comida saudável, sobremesa ou até cerveja artesanal. 
  • Banh Mi Huynh Hoa | É só um balcão numa rua movimentada, mas a fila enorme entrega que não é qualquer lugar. O banh mi ali é recheado até a alma, com frios, patês, vegetais e ervas. Custa mais que os outros, mas é o preferido de muita gente local.
  • Lai Restaurant | No alto de um prédio elegante, esse restaurante tem vista linda e uma vibe mais refinada. A estrela do cardápio é o vịt quay Bắc Kinh (pato à Pequim), que tem uma pele super crocante e mas por dentro é bem suculento. É pra ir num dia especial ou quando quiser sair do comum.

Como se locomover em Ho Chi Minh

Não é novidade que a primeira coisa que você vai notar em Ho Chi Minh é o trânsito. Tem buzina o tempo todo, moto por todos os lados e uma sensação de que tá todo mundo indo na contramão.

Nesse caos todo, alugar uma moto não me parece boa ideia. Mas nem tudo é perrengue, viu?! Usar o app Grab resolve 90% dos deslocamentos. Nele, dá pra pedir carro, mototáxi (xe ôm) e até entrega. Usei bastante, o preço foi justo e, no geral, bem tranquilo.

Dri sentada na garupa durante o passeio noturno da Vespa Adventures em Ho Chi Minh.
Me aventurando em um passeio de moto.

Agora, se decidir pegar táxi comum, só tem dois caminhos: ou o motorista liga o taxímetro, ou vocês combinam o valor antes. Um conhecido meu pagou o dobro só porque esqueceu disso.

Pra quem fica no Distrito 1, boa notícia: muita coisa dá pra conhecer andando. Só que andar a pé por lá é uma aventura. Tem que atravessar no ritmo certo, sem hesitar, e torcer pra dar certo.

Os ônibus são uma opção em conta, têm ar-condicionado e, se você estiver com tempo e paciência, podem ser uma alternativa. Já o metrô, que é novo por lá, tem seus desafios: poucas linhas e muita gente.

Do aeroporto até o centro, o táxi é o jeito mais confortável. Mas tem duas linhas de ônibus que fazem o trajeto: a 109 deixa no Distrito 1 e a 152 vai até o Mercado Ben Thanh. Quebra um galho, só não recomendo se estiver indo com mala grande ou depois de um voo cansativo.

Onde fazer compras em Ho Chi Minh

O Ben Thanh Market é o mais óbvio, mas se prepare para o que te espera: vai ter pechincha e gente tentando te vender de tudo. Com paciência, dá pra achar artesanato bonito, especiarias, souvenirs e até mochilas de couro.

Se quiser comprar algo com mais calma e menos insistência, o Saigon Centre é uma boa. É um shopping moderno e climatizado (ufa!), com lojas locais e internacionais. 

Pra quem curte coisinhas diferentes, a dica é a Book Street, que te contei anteriormente. Além dos livros, vi um monte de itens de papelaria fofos, cadernos artesanais, marcadores e umas gravuras que só vi por lá. Ótimo pra comprar aquela lembrança.

Melhor época para conhecer Ho Chi Minh

De novembro a março é a época mais seca e fresca, e também a mais cheia. Tem Natal, Ano Novo Lunar (o Tet, que muda de data todo ano) e muitos eventos culturais. Se quiser curtir com clima mais estável, esse é o período.

Agora, entre maio e setembro o calor aperta e a chuva vem quase todo fim de tarde. Mas tudo continua funcionando normalmente e os preços caem um pouco. Ainda assim, prefiro ir entre novembro e março mesmo. 

Quantos dias ficar em Ho Chi Minh

Três dias inteiros são bons pra conhecer o básico da cidade e fazer pelo menos um bate-volta. Com quatro, dá pra incluir Cu Chi ou o Mekong Delta sem correria. Com cinco, você já consegue fazer tudo com mais calma, ou repetir o que gostou.

Eu fiquei seis noites, mas fui embora com a sensação de que ainda dava pra ver mais. Principalmente restaurantes e cafés. É muita opção pra pouco estômago! Fora isso, o calor exige boas pausas.

Ah, se for viajar em janeiro ou fevereiro, confira as datas do Tet. Durante esse feriado, muita coisa fecha e as passagens esgotam fácil. Se esse for o seu caso, aproveite para conhecer os parques públicos como o Tao Dan Park, que fica pertinho de tudo e tem até uma decoração especial na época.


Bom, e como já deu pra perceber que tem muita coisa legal pra fazer na cidade, montei um roteiro pensando em quem tem só quatro dias e quer aproveitar o essencial. Dá pra conhecer os lugares mais marcantes, sentir o clima local e ainda encaixar um bate-volta sem sair exausto. Confira:

Sugestão de roteiro em Ho Chi Minh

Dia 1 | Comece pelo Museu dos Vestígios da Guerra, que exige um pouco mais emocionalmente. Depois vá ao lado visitar o Palácio da Reunificação, e siga para a região da Catedral de Notre Dame e o Correio Central. Finalize na Book Street, que é ali pertinho e mais leve.

Dia 2 | Passe a manhã no Mercado Ben Thanh, depois vá de táxi até o bairro de Cholon pra visitar a Thien Hau Pagoda, que é linda e diferente do resto da cidade. Se ainda tiver pique, termine na frente da Ópera de Saigon no fim da tarde.

Dia 3 | Saia cedo pra visitar os Túneis de Cu Chi. O tour é intenso, então reserve a manhã e parte da tarde pra isso. De volta, descanse um pouco e, quando escurecer, caminhe pela Bui Vien Street. 

Dia 4 | Reserve o último dia pra fazer um bate-volta ao Delta do Mekong partindo de Ho Chi Minh. O passeio começa cedo e passa por templos, canais, vilarejos e plantações, com paradas em fazendas e fábrica artesanal. Uma forma bem diferente e mais leve de encerrar a viagem.

Mais dicas de viagem para o Vietnã

Moeda e Câmbio | A moeda local é o Dong Vietnamita (VND), com notas altas que podem confundir no começo. Nem todo lugar aceita cartão, então recomendo levar dólares em espécie — eles costumam ser aceitos, mas é mais negócio trocar por dong quando chegar no país. Pra isso, gosto de usar a Confidence Câmbio e recomendo, principalmente pelo serviço de confiança e taxas competitivas.

Idioma | O vietnamita é o idioma oficial, mas diferente de muitos vizinhos na Ásia, a escrita usa o alfabeto latino. Isso já ajuda bastante na hora de identificar placas e nomes de lugares, mesmo que a pronúncia seja totalmente diferente da nossa.

Mala | O clima e o estilo de viagem pelo Vietnã lembram bastante o de outros destinos do Sudeste Asiático. Por isso, deixei tudo explicadinho neste post sobre o que levar pra Tailândia e Sudeste Asiático.

Roteiro pelo Sudeste Asiático | Muita gente aproveita a viagem pra o Vietnã pra esticar pra outros países da região. Se estiver nessa vibe, fiz um post com sugestões pra montar um roteiro de 20 a 30 dias que está bem completo!

Transporte | Além das dicas de locomoção dentro de Ho Chi Minh, usei bastante o site 12GoAsia pra comprar passagem de ônibus, trem ou avião entre cidades e países ali na região. É prático e dá pra ver os horários, preços e companhias num lugar só. Recomendo!

Powered by 12Go Asia system

Mapa de Ho Chi Minh

Decidiu o que visitar? Então dá uma olhada no mapa que eu fiz com as principais atrações de Ho Chi Minh:

Já sabe direitinho o que fazer em Ho Chi Minh, né?

Com tanta coisa diferente acontecendo ao mesmo tempo, montar o roteiro pode parecer um quebra-cabeça no começo. Mas, depois de encaixar os lugares certos, a cidade começa a fazer sentido e a viagem fica cada vez melhor.

Quando for, me conta nos comentários o que mais te surpreendeu por lá! Quero muito saber como foi sua experiência em Ho Chi Minh. Boa viagem!

Foto em destaque: Matthias Damert / CC BY 2.0

Escrito por Adriana
Jornalista e blogueira em tempo integral há mais de 10 anos. Já visitou mais de 40 países e ama um roteiro bem completo e equilibrado, com direito a clichês e espaço para novas descobertas. Por aqui compartilha suas experiências de viagem e traz as melhores dicas para que você também se apaixone pelo seu próximo destino.
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3 comentários em “O que fazer em Ho Chi Minh, Vietnã: TOP 12 atrações + dicas”

  1. Olá casal tudo bem? Estou montando meu mochilão pela Asia =) a principio eu iria sozinha mas uma amiga disse que me vai embarcar comigo nessa aventura e estou me baseando como sempre em blog/sites de viagens e tenho que dizer que amei e estou muito feliz em ter encontrado o de vocês, maravilhoso !!

    Já aproveitando que passei por aqui quero saber se nesse passeio que você mencionou (do Delta de barco) que se for subindo da para ir para o Camboja ?
    Ainda estou perdida nas rotas, pois só encontro dicas e não rotas, como vou fazer o sudeste todo ainda estou perdida de onde para onde eu vou, se voces puderem me ajudar fico muito agradecida =)

    Por enquanto vou anotando todas as super dicas de voces !!

    Responder
    • Olá Marina, que bom que gostou do nosso conteúdo, sempre ficamos muito felizes de receber msgs assim! O passeio que fizemos no Delta do Mekong é um passeio turístico que explora um pouco do Delta e mostra um pouco da vida moradores, “uma atração turística” e não uma opção de transporte.

      Que bom que vai conhecer o Sudeste Asiático, estamos com bastante saudades de lá!

      Responder
  2. Estamos num navio e tenho apenas o dia de amanhã em Saigon Vc acha que conseguimos Uber ou táxi que nos leve e traga de volta do terminal marítimo até os pontos principais por um bom preço?

    Responder