Escrito por Adriana
17 de setembro de 2024

Com paisagens serranas e cachoeiras deslumbrantes, a Chapada Diamantina é uma região no estado da Bahia onde o ecoturismo ferve. Se você tem a veia aventureira e está buscando por onde começar a explorar esse paraíso baiano, chegou ao lugar certo!

As águas azuis vibrantes do Poço Encantado sendo iluminadas pelo sol.
A Chapada Diamantina está cheia de atrações naturais que parecem mágica. Esse é o caso das águas azuis do Poço Encantado, em Itaeté. Foto: Aarron Foat / CC BY-NC-SA 2.0

A Chapada engloba 24 municípios, sendo os mais famosos: Lençóis, Andaraí, Itaetê, Morro do Chapéu, Ibicoara, Mucugê e Palmeiras. O importante mesmo é você saber quais atrações são a sua cara, pois assim ficará fácil definir quais cidades serão as bases da sua viagem.

A escolha da maior parte das pessoas é Lençóis, que oferece mais infraestrutura turística. Mas isso não deve ser uma regra, já que dividir estadia entre outras cidades pode te economizar tempo no deslocamento até atrações mais distantes.

Sobre o deslocamento na Chapada Diamantina, é bom que você tenha noção que o transporte público não é muito desenvolvido em algumas cidades, e é preciso se mover um tanto de uma atração a outra. 

Por isso, considere levar seu carro ou alugar um em uma locadora de confiança. Assim, você garante mais liberdade em seus trajetos e pode aproveitar melhor o tempo nos pontos turísticos.

Com essa apresentação, confira uma lista de 14 atrações imperdíveis na Chapada Diamantina, como cachoeiras, trilhas e cavernas, que estão separadas das mais próximas às mais distantes de Lençóis:

Atrações mais próximas de Lençóis

  1. Morro do Pai Inácio
  2. Cachoeira do Mosquito
  3. Complexo Arqueológico Serra das Paridas 
  4. Poço do Diabo e Rio Mucugezinho
  5. Parque Municipal da Muritiba 
  6. Ribeirão do Meio e Ribeirão de Cima
  7. Cachoeira do Sossego
  8. Gruta Azul e Gruta Pratinha (Fazenda Pratinha)
  9. Gruta da Torrinha 
  10. Gruta da Lapa Doce
  11. Trilha de Águas Claras

Atrações mais distantes de Lençóis

  1. Cachoeira da Fumaça 
  2. Poço Encantado 
  3. Poço Azul 
  4. Trilha da Cachoeira do Buracão
  5. Vale do Pati
Direto ao Ponto: o que fazer na Chapada Diamantina

  • Quando o objetivo é conhecer diversos lugares da Chapada Diamantina, opte por viajar na temporada seca, que vai de maio a setembro.
  • Lençóis é a cidade-base mais famosa entre os viajantes. Lá, uma das melhores pousadas é a Pousada da Trilha Hospedagem. Para atrações mais distantes, fique na Pousada Monte Azul, em Mucugê, ou na Pousada Kabana de Pedra, em Ibicoara.
  • A vista mais famosa da Chapada é no Morro do Pai Inácio. Ponto obrigatório para turistas!
  • Se você quer atrações sem grandes dificuldades, dê prioridade à Cachoeira do Mosquito, Ribeirão do Meio, Complexo Arqueológico Serra das Paridas, Fazenda Pratinha e ao Poço Azul.
  • Agora, se estiver pronto para encarar desafios, experimente a Cachoeira do Sossego, Gruta da Lapa Doce, Cachoeira da Fumaça e a Trilha da Cachoeira do Buracão.
  • Decidindo quantos dias ficar? Anota aí: 4 dias para quem tem pouco tempo, 7 dias se quer ir em mais lugares, e 10 dias para uma viagem completa de verdade.
  • Em Lençóis, experimente o bolinho de palmito de jaca no Lampião Culinária Nordestina na hora do almoço, e tome um café da tarde caprichado no Bavarois Café Confeitaria.

Atrações em Lençóis e nos arredores da cidade

Lençóis é uma cidadezinha histórica e pacata a 430km de Salvador, muito escolhida como base por quem quer se aventurar na Chapada Diamantina. 

E olha, eu concordo com todos que dizem que ficar na cidade são mil maravilhas. Há várias atrações incríveis nas proximidades, e a infraestrutura para o turista é mesmo muito boa. 

Eu decidi me hospedar no centrinho histórico de Lençóis, onde a Pousada da Trilha Hospedagem me serviu muito conforto e uma equipe sensacional. Dali, eu parti para o que a cidade e outros municípios ali perto poderiam me proporcionar:

1. Morro do Pai Inácio

Se fosse para elencar a atração mais indispensável da Chapada, ela seria o Morro do Pai Inácio, que fica no município de Palmeiras, a uma distância de 29km de carro de Lençóis. O deslumbre começa na estrada, com a silhueta marcante do morro já no horizonte.

O Morro do Pai Inácio visto em um dia ensolarado.
O Morro do Pai Inácio visto da rodovia. Foto: Anne Moraes / CC BY-SA 3.0

Devido à proximidade com Lençois, fica fácil visitar esse atrativo em qualquer dia da viagem, mas eu sugiro que você combine um tour ao Morro do Pai Inácio com as grutas da região, que vou mostrar mais pra frente. 

A entrada para o morro fica na lateral da Rodovia Milton Santos, e primeiro você dirige por um caminho de terra até chegar na base da trilha. Ali, pode estacionar de graça, e você deve pagar a taxa para a subida com dinheiro físico.

Eu diria que a trilha é uma das mais fáceis da região, só há aquela necessidade de sempre se atentar às pedras soltas. Há escadas com corrimão nos pontos íngremes, o que deixa a subida mais tranquila.

Lá em cima, dá pra ter uma visão panorâmica de toda a serra ao redor, e a rodovia fica pequenininha. O pôr do sol, então, nem se fala! Esses últimos momentos da tarde são a melhor hora para subir no morro, dá para ficar hipnotizado com a paisagem ganhando outras cores.

Dica | Caso você vá ao Morro do Pai Inácio para ver o pôr do sol, é bom levar lanterna ou preparar iluminação com o celular, já que a descida pode ficar perigosa no escuro. 

Se atente também ao fato de que o local é muito visitado mesmo que em dias de semana e, por causa disso, o topo sempre vai estar mais cheio. Minha crítica vai à condição dos sanitários, que estavam em um estado precário, infelizmente.

2. Cachoeira do Mosquito

A Cachoeira do Mosquito faz parte do Complexo Turístico Fazenda Santo Antônio, e tem uma das quedas d’água mais bonitas da Chapada. Está a um pouco mais de 40 km de distância de Lençóis, sendo que metade dessa distância é estrada pavimentada e, a outra metade, de terra.

A queda da Cachoeira do Mosquito, fotografada durante o dia.
A Cachoeira do Mosquito é uma boa pedida para quem quer andar curtas distâncias para se refrescar. Foto: C. R. Malaquias / CC BY-SA 4.0

Já adianto que normalmente os tours para a Cachoeira do Mosquito combinam uma visita ao Poço do Diabo, que vou apresentar mais adiante. Dá pra conhecer os dois atrativos no mesmo dia numa boa. 

Chegando lá, há uma lanchonete e uma loja de produtos locais na portaria, onde você deve pagar a entrada somente com dinheiro físico, já que os sinais ficam comprometidos por causa da localização. 

O estacionamento fica perto da entrada da trilha que dá acesso à cachoeira. São 860 metros de descida numa escadaria e depois chão plano, com direito a um mirante. Achei o caminho muito tranquilo, e só vai exigir o fôlego de algumas pessoas.

Na cachoeira, a água da lagoa tem uma coloração avermelhada, mas é bem limpa e revigorante, principalmente depois da andança. Aliás, essa tonalidade faz toda a diferença na composição da cena, ainda mais em dias ensolarados.

3. Complexo Arqueológico Serra das Paridas

Se você ama história e natureza, que tal unir esses dois temas em um passeio? Te apresento o Complexo Arqueológico Serra das Paridas, que é um dos 26 mil sítios arqueológicos existentes no Brasil.

Inscrição rupestre na Serra das Paridas que representa o ser humano.
Inscrição ruspestre em uma das paredes de pedra da Serra das Paridas. A inscrição representa o ser humano, e o complexo arqueológico a usa em sua logo. Foto: Veronicabelli / CC BY-SA 3.0

O complexo fica a 37 km de Lençóis. É aberto ao público, e cobra duas taxas obrigatórias, a da entrada e a da visita guiada. Conheci o local com um guia, que foi muito atencioso e me recebeu com um café fresquinho.

Passamos por algumas trilhas naturais que tinham pedras impressionantes, mas as verdadeiras protagonistas são as figuras rupestres feitas há milhares de anos. São muitas, e fazem a nossa cabeça viajar no tempo.  O passeio costuma durar mais de 1 hora, e se eu fosse você, não perderia a chance de ver o pôr do sol!

Por fim, há uma loja de artesanato com peças temáticas. Nas canecas, são pintadas uma reprodução de algumas das pinturas características do sítio arqueológico, inclusive a que o parque usa em sua logo.

4. Poço do Diabo e Rio Mucugezinho

A importância do Rio Mucugezinho se deve a seu lugar na história baiana: foram às margens dele que começaram as primeiras extrações de diamantes na região. Atualmente, o rio é sinônimo de lazer, oferecendo diversos pontos para um mergulho – e o Poço do Diabo é um dos mais procurados.


O Poço do Diabo em um dia claro na Chapada Diamantina.
O Poço do Diabo. Foto: Marcio Carvalho Hosken / CC BY-SA 3.0

A distância entre a entrada da trilha de acesso ao Poço e Lençóis é de 20km, e é feita de forma tranquila pela Rodovia Milton Santos. Se você estiver indo por conta própria, pode estacionar na beira da estrada, e não paga nada para entrar na trilha, que dura uns 30 minutos no máximo e tem sinalização.

O nível de dificuldade da trilha é leve, só precisa tomar cuidado com as pedras. Por isso, é bom ir com um tênis que não escorregue. 

Você vai chegar primeiro no Poço dos Patos, uma piscina natural que é uma delícia. Por ser rasa e de fácil acesso, muita gente fica por ali, também aproveitando o restaurante em frente.

Continuando na trilha, o caminho fica um pouco mais complicado, até que você vai se deparar com o Poço do Diabo. A explicação do nome passa por várias superstições, mas, seja qual for a origem, admito que o poço dá um certo medinho. O que não dá pra negar que ele é bonito!

A água do poço é bem escura e uma das mais geladas da região, e como ele é fundo, tem que ter cuidado ao entrar. Para os corajosos, a prática de rapel e tirolesa dá aquela pitada de adrenalina, com direito a pulo na água ao fim da tirolesa. São atividades pagas e feitas com profissionais.

Dica | Como é uma atividade leve, dá pra combinar o Poço do Diabo com outras atrações da Chapada. Tem um tour que faz Poço do Diabo + Cachoeira do Mosquito, mas pode funcionar também com a visita às grutas. 

5. Parque Municipal da Muritiba

A menos de 1km de carro do centro de Lençóis, o Parque Municipal da Muritiba é um ótimo lugar se você quer visitar várias atrações naturais de uma vez só. É uma área de preservação ambiental muito rica e segura, sendo um bom programa para a família toda.

O parque cobra um pequeno valor por pessoa, que pode ser pago pessoalmente ou através do site que a administração indica

No local, os grandes destaques são:

  • Piscinas Naturais do Serrano
  • Cachoeirinha
  • Poço Halley
  • Salão de Areias

A trilha toda leva um pouco mais de 3 horas, ou 5km de caminhada.

É importante que você saiba que, após as Piscinas Naturais do Serrano, todos os pontos são acessados somente com a presença de um guia, que você contrata no local. Não é barato, mas valeu cada real.

Agora sim, conheça os principais atrativos do Parque Municipal da Muritiba:

5.1 Piscinas Naturais do Serrano 

A primeira parada do parque são as Piscinas Naturais do Serrano, que são vários poços formados a partir do Rio Serrano. Às vezes, eles são chamados de “caldeirões do serrano”.

As piscinas naturais do Serrano, em um dia no Parque Nacional da Muritiba.
As piscinas naturais do Serrano, no Parque Municipal da Muritiba. Foto: Jcornelius / CC BY-SA 4.0

Eu achei o terreno super diferente nesse trecho, parece até que entrei em outro planeta! As pedras no chão tem um padrão muito bonito, e a água dos poços é aquela que já estamos acostumados na Chapada: limpa, avermelhada e beeem refrescante.

5.2 Cachoeirinha

A Cachoeirinha é uma pequena queda d’água que cai numa lagoa deliciosa para o banho, que ninguém recusa depois de prosseguir na trilha.

O local também é o último ponto de venda do parque, ou seja, se sua garrafinha estiver vazia, a hora é agora. Também vale tomar uma água de coco sentado nas pedras. E ô, se é uma boa ideia!

5.3 Salão de Areias Coloridas

O Salão de Areias é uma das atrações mais interessantes do Parque Municipal da Muritiba. Ele é um conjunto de formações rochosas impressionantes, e por toda parte há areias coloridas em tons de rosa, marrom, branco e verde.

O Salão de Areias Coloridas, localizado no Parque Nacional da Muritiba, na cidade de Lençóis.
O Salão de Areias Coloridas. Foto: @raphaelcoelhophoto / CC BY-SA 4.0

Eu me senti do tamanho de uma formiga ao lado das rochas, e dá pra brincar bastante com essa sensação na hora de tirar fotos aqui. O resultado é bem legal!

5.4 Poço Halley 

O Poço Halley é mais uma beleza natural do parque que merece ser citada aqui. A extensão dele é maior e a cara é de rio, mas sem correnteza forte, o que deixa ele adequado para o banho.

O Poço Halley, uma das atrações do Parque Municipal da Muritiba, em Lençóis.
O Poço Halley. Foto: Jcornelius / CC BY-SA 4.0

Eu fiquei bem feliz em fazer essa visita com um guia, que foi além de somente dar direções, me contando sobre a história do garimpo na região e curiosidades geológicas do parque. Muito bem preparado e atencioso!

6. Ribeirão do Meio e Ribeirão de Cima

Não há lugar mais fácil de chegar saindo do centro de Lençóis do que o Ribeirão do Meio e o Ribeirão de Cima. Você percorre 1km de carro até o começo da trilha, onde pode deixar o veículo, e demora 40 minutos andando, no máximo, até as atrações.

Isso sem contar que, o caminho é muito tranquilo, e apesar de não haver sinalização, a trilha é única e você não vai se perder. À medida que você anda, há algumas vendas para você se reabastecer com bebidas, frutas, água de coco ou salgadinhos.

A primeira parada é no turístico Ribeirão do Meio, onde a água do rio é mais corrente e tem um tobogã natural que dá pra descer de “esquibunda”. Achei a atmosfera daqui bem divertida, com muitas crianças brincando e gente pulando na água, que é gelada mesmo, mas o calor é maior!

Para chegar no Ribeirão de Cima, você terá que retornar na trilha do Ribeirão do Meio, e pegar uma outra numa bifurcação. Ali, há uma placa de identificação do caminho para a Cachoeira do Sossego, que falarei mais a frente. A distância até lá é de 1 km.

Quando cheguei, encontrei uma área mais calma e vazia com alguns poços no chão, que fazem uma hidromassagem natural por causa do movimento das águas. Muito gostoso para relaxar!

Tem outro ponto do rio pouco frequentado, que é o Ribeirão de Baixo. Não é um lugar bom para ir sozinho, pois a água é bem funda. Particularmente, não tive vontade de entrar nela, pois vi despejo de químicos através de um cano.

7. Cachoeira do Sossego

A rota para a Cachoeira do Sossego é uma aventura cheia de emoções. São 14km (ida e volta) que envolvem atravessar um rio, escalar pedras, passar por dentro da mata… 

A Cachoeira do Sossego, na Chapada Diamantina, fotografada em um dia ensolarado.
A Cachoeira do Sossego.

Já deu pra perceber que exige um bom preparo físico, certo? Embora não seja obrigatório, recomendo que você considere a contratação de um passeio pra Cachoeira do Sossego com um guia experiente, pois há um bom grau de dificuldade no percurso. 

O princípio do trajeto é o mesmo que o do Ribeirão do Meio, mas avançando na bifurcação que dá no Ribeirão de Cima, onde há uma placa de identificação da cachoeira. Repare que a entrada só é permitida até às 13h, porque vai levar um tempo para você retornar até o início.

De verdade, eu adorei ter colocado a Cachoeira do Sossego nos meus planos da Chapada Diamantina. A trilha é pura adrenalina, e o cansaço final é recompensado pela beleza da cachoeira. Lugar fresquinho, com pouca gente, perfeito!

Há quem decida dar uma passada no Ribeirão do Meio na hora da volta, o que vai depender muito da sua disposição. Esse é aquele tipo de passeio que precisa de um dia inteiro de dedicação.

8. Gruta Azul e Gruta Pratinha (Fazenda Pratinha)

Chamada de “oásis do sertão”, a Fazenda Pratinha é uma propriedade dentro do município de Iraquara, que guarda duas jóias da Chapada: a Gruta Azul e a Gruta Pratinha.

A Gruta Pratinha e suas águas azuis, na Fazenda Pratinha.
A Fazenda Pratinha é muito procurada por causa de suas grutas, como é o caso da Gruta Pratinha. Foto: C. R. Malaquias / CC BY-SA 4.0

A entrada é paga e não é preciso guia para visitar o local. Você pode ir por conta própria ou contratar um passeio com agência, que normalmente inclui também a Gruta Lapa Doce e o Morro do Pai Inácio.

Em outras atividades, como tirolesa, caiaque, stand up paddle e a flutuação na Gruta Pratinha, é cobrada mais uma taxa por pessoa. Acaba saindo meio caro se você quiser ter uma experiência completa, mas vale a pena fazer pelo menos uma. Recomendo a flutuação!

Vale dizer também que o local é equipado com cafeteria, restaurante, banheiros, pousada e estacionamento. 

Há duas formas de dirigir até a Fazenda Pratinha a partir de Lençóis: pelo acesso principal, que pega a BA-122 (a quase 70km de Lençóis) e passa pela comunidade de Santa Rita, ou pela via alternativa na BA-480 (a 47km de Lençóis).


Pensando em facilitar seu deslocamento, marquei ambos os caminhos em um mapa no final do post. É só conferir depois, porque agora vou falar das grutas, o melhor para se conhecer na Fazenda Pratinha:

8.1  Gruta Azul

A Gruta Azul tem esse nome por causa de suas águas, que ficam em um tom de azul-turquesa incrível quando o sol ilumina a área. Geralmente, isso ocorre ali nas primeiras horas da tarde, quando não há sombra das formações rochosas.

A Gruta Azul, vista durante o dia na Fazenda Pratinha.
A encantadora Gruta Azul, na Fazenda Pratinha. Foto: Dramatizar / CC BY-SA 4.0

Aqui, você não pode mergulhar, apenas apreciar o local. Dependendo do quão movimentado for o dia, você vai ficar um tempinho na fila para fotos.

8.2 Gruta Pratinha

O meu lugar favorito foi a Gruta Pratinha. Nela, eu escolhi fazer a atividade de flutuação e mergulho, e foi uma experiência maravilhosa! Cheguei a passar por um cardume de peixinhos.

A Gruta Pratinha, vista em um dia claro na Fazenda Pratinha.
A charmosa Gruta Pratinha. Foto: Kennedy Silva / CC BY-SA 3.0

A água dela é bem parecida com a da Gruta Azul, só um pouco menos vibrante, eu diria. É tudo feito com um guia, e a gente veste o equipamento necessário, usando lanterna nas áreas mais escuras.

9. Gruta da Torrinha

A Gruta da Torrinha (ou Caverna Torrinha) é uma caverna fantástica em uma fazenda particular de Iraquara, a 1 hora de Lençóis. O grande diferencial dela é sua diversidade de espeleotemas, que são formações rochosas como as estalactites e as estalagmites.

Na Gruta da Torrinha, estalagmites e estalactites formaram uma “réplica” natural do Morro do Pai Inácio. Foto: Renata Shibuta Marques / CC BY-SA 3.0

A boa experiência começa na recepção, onde a equipe do local acolhe os visitantes para explicar sobre o funcionamento da visitação. São três opções de roteiros pagos, cada um com uma duração para visitar diferentes formações da caverna na companhia de um guia.

O passeio é feito com equipamento adequado e lanternas, e há partes da caverna que são estreitas e exigem ficar agachado, enquanto há áreas muito amplas, que dá pra ficar em pé tranquilamente. 

A mais curiosa das formações é a réplica do Morro do Pai Inácio, que é quase que um mistério da natureza. “Quase” porque há explicação, mas não deixa de ser uma baita coincidência: estalactites e estalagmites iriam se unir como uma coluna, mas o rompimento da rocha no meio do processo deu origem ao formato semelhante ao do ponto turístico.

Depois da visita, considere comer no restaurante que fica na entrada da caverna. É uma comida caseira e simples, mas que tem um gostinho de aconchego.

10. Gruta da Lapa Doce

A Gruta da Lapa Doce é outra caverna em Iraquara que, por sinal, é conhecida como a “Cidade das Grutas”. Para chegar lá, são 67 km saindo de Lençóis. É uma das maiores cavernas topografadas no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Espeleologia.

Um lago de águas cristalinas escondido dentro da Gruta da Lapa Doce, na cidade de Iraquara.
Um lago escondido dentro da Gruta da Lapa Doce. Foto: Rafael Sgari / CC BY-SA 4.0

Assim como a caverna anterior, a Gruta da Lapa Doce conta com alguns roteiros pagos para os visitantes, que variam bastante na duração e exploram os espeleotemas que foram formados ao longo do tempo.

O passeio é feito com guias muito profissionais e habilitados em primeiros-socorros, passando por grandes salões de pedra onde o silêncio é absoluto. Se você é claustrofóbico ou tem medo do escuro, pode ser que não seja a sua praia.

A opção de roteiro mais longa é a que dura por volta de 8 horas, descendo até uma área de preservação no subsolo, o Poço do Lima, que tem uma água azul-turquesa belíssima! O banho é permitido, mas só com colete salva-vidas.

Esse é um passeio que precisa de agendamento prévio. Você pode fechar um tour com agência (incluindo outras grutas no roteiro) ou entrar em contato com a equipe da caverna através do perfil oficial no Instagram. E fica a curiosidade: a água do Poço do Lima é a mesma do rio que deságua na Fazenda Pratinha.

11. Trilha de Águas Claras

A Trilha de Águas Claras é aquele tipo de passeio em que o percurso é tão gratificante quanto o destino final, porque imagina um lugar com paisagens lindas!

O Morro dos Três Irmãos em um dia nublado.
O Morro dos Três Irmãos é um conjunto de três morros solitários no horizonte. Foto: Jeilsonandrade / CC BY-SA 3.0

A trilha pode ser feita a partir de dois locais: pelo Vale do Capão (cidade de Palmeiras), ou pela Rodovia Milton Santos, pertinho do Morro do Pai Inácio. Como eu estava em Lençóis, preferi a segunda forma, já que a distância compensava mais (51km).

Pela rodovia, você vai acessar a localidade Poném, e dali o caminho é completamente plano. Apesar de não ser preciso fazer escaladas, não quer dizer que a trilha não cansa. São 4 horas (ida e volta) muito bem gastas passando por paisagens maravilhosas, até chegar nas piscinas naturais de Águas Claras.

Por mais que seja uma trilha levinha, se perder nela é bem fácil. Eu mesma confundi o caminho algumas vezes, e vi algumas pessoas relatando o mesmo. Por isso, uma boa opção é combinar um passeio guiado com uma agência, o que te dá a oportunidade de conhecer cartões-postais como o Morrão e o Morro Três Irmãos com muita segurança!

Ah, lembre-se de sempre usar protetor solar e boné ou chapéu, porque você não vai encontrar muitas sombras no trajeto.

Atrações mais distantes de Lençóis

Ainda que distantes de Lençóis, há mais algumas atrações na Chapada Diamantina que eu garanto que vão marcar a sua viagem, como a Cachoeira da Fumaça, os Poços Encantado e Azul e a Cachoeira do Buracão.

Há a opção de permanecer em Lençóis e ir em busca desses pontos turísticos, mas você terá que estar preparado para enfrentar boas horas na estrada. Como alternativa, vale considerar ficar em cidades como Mucugê e Ibicoara, que são ótimas bases para os turistas.

Para não haver dúvidas de última hora sobre onde se hospedar nessas cidades, adianto que fui muito bem recebida na Pousada Monte Azul, em Mucugê. E em Ibicoara, adorei que a Pousada Kabana de Pedra oferece serviço de lanchinhos para trilhas aos hóspedes.

Agora, conheça mais alguns pontos turísticos imperdíveis da Chapada Diamantina:

12. Cachoeira da Fumaça

A Cachoeira da Fumaça é um ponto turístico um tanto distante de Lençóis, são quase 75km. Por isso, muitos preferem pernoitar no Vale do Capão, que é o local base mais próximo dessa cachoeira. De uma forma ou de outra, saiba que essa é uma atração obrigatória para quem é um aventureiro de carteirinha.

A Cachoeira da Fumaça na Chapada Diamantina, Brasil, caindo de uma alto paredão rochoso em um lago.
A Cachoeira da Fumaça está entre as maiores cachoeiras do território brasileiro. Foto: Vic Paes / CC BY-SA 3.0

É possível visitar a cachoeira fazendo o caminho por baixo ou por cima. 

O caminho por baixo é muito mais longo, exigindo dormir em acampamento por 3 noites e totalizando 36 km de percurso. Como não fiz esse trajeto, vou focar as informações no caminho por cima, que é o mais comum mesmo.  

Adianto que, ao chegar na cachoeira pelo caminho de cima, a recompensa não será tomar um banho de água doce. Você “apenas” terá a vista de uma queda d’água de 340 metros caindo em um penhasco. É uma das maiores cachoeiras do Brasil!

A trilha da cachoeira tem 12km, isso contando indo e voltando. Não é muito difícil, mas se você não se sente seguro indo sozinho, contrate um guia. Antes de entrar nela, você passa pela Associação de Condutores de Visitantes do Vale do Capão, onde assina sua presença.

O início da trilha tem muita subida, coisa de quase 2km antes do caminho começar a ser completamente plano. Por isso, é importante estar com equipamento adequado para não escorregar. O caminho é único, o que facilita permanecer na trilha.

É um pouco difícil colocar em palavras como a cachoeira é imensa, de tamanho e beleza. Só sei que a sensação de estar mais pertinho das nuvens é boa demais.

Como última recomendação, fique atento às pedras soltas na beira da montanha, especialmente se você estiver distraído tirando fotos. Todo cuidado é pouco.

13. Poço Encantado

Em uma gruta na cidadezinha de Itaetê, você vai poder visitar o Poço Encantado, que tem um visual mágico entre os meses de maio a setembro, que é quando os raios solares entram por uma cavidade da gruta e iluminam o poço, realçando sua água azul.

O Poço Encantado, um belo ponto turístico da Chapada Diamantina.
O Poço Encantado. Foto: Felipe Reis / CC BY-NC 2.0

No local, é paga uma taxa de entrada por pessoa, e a visitação é feita com guia. Primeiro, há uma caminhada por uma trilha pequena, e chegando na gruta, também não se anda muito, no máximo uns 200 metros. Daí, já dá pra ver o impressionante Poço Encantado.


É proibido se banhar no poço, o que eu entendo ser uma forma de protegê-lo. E ele é fundo, viu? São quase 60 metros de profundidade. 

Apesar disso, só contemplar essa obra perfeita da natureza já é maravilhoso!

Se você tem vontade de conhecer o Poço Encantado e o Poço Azul (a seguir) em um dia, vale a pena pernoitar em Mucugê. Outra opção para quem não quer fazer pernoite em outra cidade ou não está de carro é fazer uma excursão guiada ao Poço Encantado e Poço Azul, que parte de Lençóis.

14. Poço Azul

O Poço Azul está a 49 minutos de estrada do Poço Encantado, e tem toda a beleza das águas azuis vibrantes de seu conterrâneo. A diferença entre eles é que, no Poço Azul, é permitido fazer flutuação e explorar o que está submerso.

O Poço Azul, localizado em uma gruta da cidadezinha de Itaetê.
O Poço Azul é uma dessas formações naturais que parecem mágica. Foto: MAURICIO GOMES DE OLIVEIRA / CC BY-SA 4.0

O ideal é ir antes das 14h, porque é nesse horário que a luz solar vai indo embora da gruta. Ao chegar na estrutura do local, primeiro se paga um valor de entrada, e na gruta há uma escadaria que leva até o poço.

Para uma melhor experiência, a equipe providencia colete salva-vidas e máscara de mergulho aos visitantes. A água tem uma temperatura agradável, e é bem cristalina. Acho que a melhor parte é ver os raios de sol refletindo na água, é muito bonito!

15. Trilha da Cachoeira do Buracão

Deixa que eu te apresento uma das paisagens mais belas de Ibicoara, a cachoeira do Buracão! No caminho até ela, você ainda pode conhecer outras duas: a do Recanto Verde e a das Orquídeas

Os cânions da trilha para a Cachoeira do Buracão vistos durante o dia, na cidade de Ibicoara.
Os cânions no caminho até a Cachoeira do Buracão. Foto: Bart van Dorp / CC BY 2.0

Todas elas fazem parte da Trilha da Cachoeira do Buracão, que tem 3km de caminhada leve e está no Parque Natural Municipal do Espalhado. Deixa que eu te explico como chegar lá!

Antes de tudo, tenha um guia de Ibicoara ao seu lado, pois aqui é obrigatório. O guia deve ser contratado na entrada de Ibicoara, pois guias de Lençóis ou outras localidades não estão autorizados a guiar esse passeio.

Chegar na portaria da trilha é bem simples, e nela é cobrada uma taxa de entrada por pessoa. Depois, só seguir de carro até a área de estacionamento, mais à frente na estrada.

Depois, fica por conta do seu guia. O ideal é ir até a cachoeira no período de estiagem, porque é preciso atravessar um rio. Eventualmente, você terá que descer o cânion e, para isso, tem a opção da escada ou do rapel, que é pago. 

Uma das partes mais emocionantes é nadar no rio entre os cânions, em direção à cachoeira. A vista e a experiência são tão boas que eu tenho vontade de sempre voltar na Chapada para fazer isso. Sem mais delongas, vamos às cachoeiras que você tem que conhecer:

15.1 Cachoeira do Buracão

A Cachoeira do Buracão é a mais procurada do parque, e só de dar uma boa olhada nela dá para entender o porquê. O véu d’água tem uma queda de 85 metros de altura, e é emoldurado pelos paredões dos cânions. Parece uma pintura, no mínimo.

A Cachoeira do Buracão em um dia ensolarado.
A queda d’água da Cachoeira do Buracão. Foto: Rodolfo Bazetto / CC BY-SA 4.0

A água da cachoeira é geladíssima mesmo no calor, mas fiquei muito feliz de estar ali. Definitivamente, é uma das jóias da Chapada. 

15.2 Cachoeira do Recanto Verde 

No retorno, faça uma parada na Cachoeira do Recanto Verde. Ela é uma cachoeira simples, mas a vegetação ao seu redor a deixa bem charmosa e explica seu nome.

A Cachoeira do Recanto Verde é umas das quedas d´água no caminho até a Cachoeira do Buracão.
A Cachoeira do Recanto Verde. Foto: Heris Luiz Cordeiro Rocha / CC BY-SA 3.0

15.3 Cachoeira das Orquídeas 

A Cachoeira das Orquídeas é uma delícia para quem sentir falta do sol nas cachoeiras anteriores. As quedas d’água são baixinhas, e desabam numa piscina natural bem tranquila.

A Cachoeira das Orquídeas em um dia nublado.
A Cachoeira das Orquídeas. Foto: Dacosta00 / CC BY-SA 3.0

16. Vale do Pati

Para fechar a lista de atrações na Chapada Diamantina, separei uma atração especial para os apaixonados em trilhas naturais desafiadoras do nosso Brasil: o Vale do Pati, lar de montanhas enormes e paradas inesquecíveis, como o Morro do Castelo, o Cachoeirão e o Mirante do Pati.

Paisagem do Vale do Pati durante o dia.
O Vale do Pati visto de cima do Morro do Castelo. Foto: AndréOlmos / CC BY-SA 4.0

Há várias formas de entrar no vale, sendo as mais comuns pelo Vale do Capão, Mucugê e Andaraí. Não se preocupe, deixei todos os locais de acesso marcados em um mapa no fim do texto. Se você decidir ir pelo Vale do Capão, saiba que a Cachoeira da Fumaça fica pertinho.

Os roteiros para conhecer o Vale do Pati são extremamente flexíveis, e o motivo disso é que as distâncias são beeem longas, e subir até o topo do vale é trabalho duro. Geralmente, quem pega as rotas mais longas (que podem ir até 7 dias) dorme nas hospedagens de moradores do vale.

E mais uma coisa, se tem algo que vai ser uma mão na roda, é contratar um guia que conheça bem o local e que seja credenciado nas cidades ao redor. Explorar a natureza em companhia é bom, e quando essa companhia é experiente, melhor ainda.

Certamente, o Vale do Pati é um dos lugares que quero conhecer primeiro quando eu ir novamente à Chapada Diamantina.

Mais dicas de viagem para a Chapada Diamantina

Já sabe o que visitar na Chapada Diamantina? Pois agora é hora de anotar algumas dicas essenciais para sua viagem. Veja:

Onde ficar na Chapada Diamantina

A grande maioria das hospedagens na Chapada Diamantina são pousadas com um bom preparo para receber o turista, e ficam em localizações estratégicas em relação às atrações naturais da região.

Como você viu, são diversos municípios que compõem a Chapada. Sem dúvidas, o destino mais procurado (e que oferece mais estrutura) é a cidade de Lençóis. 

Mas para aproveitar sua viagem ao máximo, é interessante dividir a estadia entre mais de uma cidade. Assim você consegue economizar tempo e disposição física quando se trata de ir aos pontos turísticos distantes.

Pensando nisso, separei as melhores hospedagens nas principais cidades da Chapada, para que você tenha uma experiência de viagem completa:

Pousadas em Lençóis

Pousada da Trilha Hospedagem | Esta pousada está situada em um colorido casarão colonial, no centro histórico de Lençóis. Todos os quartos são equipados com frigobar, e atendem bem aos casais e famílias, que podem desfrutar de frutas, ovos, pães e tapioca no café da manhã. 

Pousada Alto do Cajueiro | A 1km do centro de Lençóis, é uma hospedagem com vista privilegiada para a natureza da Chapada. Os quartos são aconchegantes, e você pode levar seu pet para te acompanhar na estadia. Aproveite o espacinho do terraço, e curta a paisagem deitado na rede.

Villa Justen Pousada | A 500 metros do centro de Lençóis, os chalés desta pousada agradam os casais que gostam de cozinhar em suas viagens, pois há uma cozinha equipada com fogão e geladeira. A melhor parte é dormir e acordar em meio à natureza, e logo tomar um café da manhã cheio de comidinhas artesanais.

Hotel em Mucugê

Pousada Monte Azul | Esta pousada fica praticamente ao lado da rodovia que dá acesso a outras localidades, a BA-245/BA-142. Os quartos tem um charme rústico, e as opções para as famílias são perfeitas para viagens em grupo. O café da manhã é servido em um buffet cheio de variedade.

Hospedagem em Ibicoara

Pousada Kabana de Pedra | Uma hospedagem às margens da Estrada das Cachoeiras, que leva até a trilha para a Cachoeira do Buracão. A decoração dos chalézinhos é cheia de cores alegres, e as comodidades disponíveis aos hóspedes são piscina, churrasqueira, área de jogos, e um kit lanche para quem sai cedinho para trilhar.

Hospedagem no Vale do Capão

Pousada Tarumim | Uma das hospedagens mais bem avaliadas do Vale do Capão. Dá para sentir que tudo é feito com o maior carinho possível para o hóspede, desde as camas de qualidade que garantem aquele sono perfeito, até o café da manhã farto que te deixa preparado para a primeira aventura do dia. 

Onde comer

A gastronomia da Chapada Diamantina tem muito em comum com a de outras localidades baianas, mas com algumas particularidades típicas, como o uso do cacto palma, o palmito de jaca, e a irresistível farofa de garimpeiro, que leva carne de sol frita e farinha de mandioca.


Na sua busca por novos sabores, reserve um tempo para degustar o café produzido na Chapada, que é considerado um dos melhores e mais exportados do Brasil

A seguir, separei alguns restaurantes e cafeterias que fazem sucesso na região, principalmente em Lençóis. Apesar da escolha, saiba que há muitos bons locais para comer fora da cidade. Confira a seleção:

Lampião Culinária Nordestina | Um restaurante puramente nordestino na muito frequentada Rua da Baderna, em Lençóis. Combina preço justo e pratos muito bonitos, e, quando se trata do sabor, a carne de sol e o bolinho de palmito de jaca ganham a casa. De sobremesa, peça o bolo de rolo.

Restaurante O Bode | Uma opção mais simples com comida a quilo, ao lado do Rio Lençóis. É um bom lugar para ter uma refeição completa, deixando espaço no prato para iguarias locais, como a carne de bode e o cortadinho de palma.

Bavarois Café Confeitaria | Uma cafeteria em Lençóis que serve café coado na hora, doces maravilhosos, deliciosos pães artesanais, e um hambúrguer caseiro que é capaz de conquistar o coração e o estômago.

Point da Chapada | Este é um restaurante e pizzaria que você precisa ir, se passar por Mucugê. Fica na Praça dos Garimpeiros, e o ambiente é super agradável e com música ao vivo. Se tem algo que você não pode sair sem provar, é o sorvete de queijo com calda frutas vermelhas.

Quando ir

Na hora de decidir qual a melhor época do ano para conhecer as maravilhas da Chapada Diamantina, saiba que a temporada de seca, que vai de maio a setembro, permite que você monte um roteiro que abrange diversas atividades.

Isso porque o tempo seco deixa as trilhas mais estáveis e os rios e cachoeiras mais calmos. Porém, há muitas pessoas que não gostam de pouca água nesses lugares. 

Se esse for seu caso, é só tomar cuidado com trombas d’água e usar calçados fechados e capas de chuva para enfrentar a estação chuvosa, que ocorre nos meses de verão. De qualquer forma, evite ir a esses lugares quando estiver chovendo forte.

Outra vantagem da temporada seca é que ela deixa o passeio nas grutas mais favoráveis, e você vai conseguir pegar o momento em que o sol ilumina o Poço Encantado e o Poço Azul, por exemplo.

Quantos dias ficar

O tempo mínimo para conhecer as atrações mais famosas da Chapada Diamantina são 4 dias, o que é um tempo bom, mas vai deixar a viagem corrida. Se você tem 7 dias, vai dar para ir a mais trilhas, cachoeiras e visitar outras cidades.

Agora, o ideal mesmo é ficar 10 dias. Esse é o tempo ideal para viver a Chapada Diamantina sem pressa. Vai dar para descansar entre os passeios, dedicar dias inteiros a certas atrações, e sentir que cada pedacinho da estadia foi curtido de verdade.

O que levar para a Chapada Diamantina

Quando você viajou, já passou pela situação de ter levado mais coisa do que deveria, e acabou esquecendo algo importante? Pois bem, é nessas horas que percebemos que um planejamento de viagem faz falta. 

Especialmente em uma viagem para áreas remotas na natureza, é importante que você leve certos itens que irão evitar eventuais perrengues que a falta deles causa.

Para te ajudar, listei algumas coisas que precisam entrar na sua mala em uma viagem para a Chapada Diamantina:

  • Repelente;
  • Protetor solar;
  • Capa de chuva;
  • Chapéu ou boné;
  • Roupas de banho;
  • Garrafinha com água;
  • Calçados apropriados para trilhas;
  • Roupas confortáveis ou esportivas;
  • Snacks e comidas não perecíveis,
  • Dinheiro físico (no caso de não ser possível usar PIX ou cartão).

Mapa

Confira um mapa com todas as atrações apresentadas neste post:

Agora me conta: gostou da nossa lista sobre o que fazer na Chapada Diamantina?

O mais divertido da sua viagem pela Chapada Diamantina será fazer ela ser do seu jeito, seja relaxando nas cachoeiras ou se aventurando pelas trilhas. Não se esqueça do mais importante: aproveite cada pedacinho e, depois, me conte como foi!

Escrito por Adriana
Jornalista e blogueira em tempo integral há mais de 10 anos. Já visitou mais de 40 países e ama um roteiro bem completo e equilibrado, com direito a clichês e espaço para novas descobertas. Por aqui compartilha suas experiências de viagem e traz as melhores dicas para que você também se apaixone pelo seu próximo destino.
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