Tem lugar que a gente visita e já quer marcar a próxima ida, né? Foi exatamente assim comigo em Visconde de Mauá. O destino é famoso pelo clima de serra, rios cristalinos e uma gastronomia de respeito, cheia de peixes frescos e queijos artesanais. Mas antes de pensar nas cachoeiras e trilhas, bora falar de hospedagem, porque escolher bem onde ficar muda tudo na viagem.
As maiores belezas de Visconde de Mauá são suas cachoeiras. Foto: Rosanetur / CC BY 2.0
A região tem três vilas principais, cada uma com sua vibe. Visconde de Mauá, que faz parte de Resende (RJ), é a porta de entrada e combina com a galera que quer um lugar silencioso. É pequenininha, mas tem boa estrutura e uma pegada mais rústica, cheia de chalés aconchegantes e hospedagens românticas.
O ponto com mais restaurantes e lojinhas é Maringá, dividida entre Itatiaia (RJ) e Bocaina de Minas (MG), cidades separadas pelo Rio Preto. Aqui é o lugar certo para um jantar caprichado, além de ter acesso a bons bares e pousadas charmosas, é claro.
Agora, quem quer se hospedar pertinho das cachoeiras e pegar trilhas direto do hotel vai gostar de Maromba, que pertence a Itatiaia. A vila tem um jeitão alternativo e está perto de quedas d’água como a Cachoeira do Escorrega e a Cachoeira de Santa Clara. A estrutura é mais simples em comparação com as outras regiões, mas compensa com suas paisagens bonitas e clima de aventura.
Agora que você já tem uma ideia geral, é hora de descobrir os melhores hotéis e pousadas em cada região:
Para facilitar sua escolha, aqui está um mapa com todas as hospedagens citadas no texto, organizados por região:
Onde ficar em Visconde de Mauá: conheça as três vilas que formam a região
1. Visconde de Mauá
Visconde de Mauá é a primeira vila que aparece na estrada e tem aquele cenário típico de interior, com ruas pacatas e construções charmosas. Não é o lugar mais movimentado, mas tem seu valor, com bons restaurantes, lojinhas de artesanato e um clima perfeito para curtir o frio com um bom vinho. Sem falar na Serra da Mantiqueira ao redor, que deixa a paisagem com aquele ar cinematográfico.
A região da Pedra Selada, perto de Visconde de Mauá. Foto: João D’Andretta / CC BY-SA 4.0
O forte daqui é o turismo gastronômico, mas quem quiser algo além de um jantar sossegado pode dar um pulo no bar Casa Beatles, que tem uma pegada temática inspirada na banda britânica. É garantia de uma noite animada sem exageros, bem no estilo desse cantinho sossegado de Mauá.
A rede hoteleira segue essa linha tranquila, com opções mais reservadas e algumas bem luxuosas. Muitas ficam mais afastadas do centrinho, cercadas pelo verde e com estrutura caprichada, com lareira, hidromassagem, chalés de madeira… Tudo para abraçar o clima serrano. Se a sua praia for ficar perto do burburinho da região, a vila pode ser um pouco pacata demais.
E quando bater vontade de uma aventura, o fim da Trilha da Pedra Selada tem um dos visuais mais incríveis da região. Depois de um caminho íngreme e desafiador, a recompensa é uma vista panorâmica que alcança as cidades de Resende e Itatiaia. Só não esquece da água e do fôlego, porque é uma trilha difícil e a subida não é moleza!
Principais atrações:
Trilha da Pedra Selada (Parque Estadual da Pedra Selada)
Sítio Recanto do Araçá| Esse sítio tem chalés com banheira de hidromassagem, o que é perfeito para relaxar depois de um dia explorando as cachoeiras da região.
Terra Verde Visconde de Mauá| Um lugar para curtir o sossego da serra com conforto. Os chalés e bangalôs têm lareira, e a vista para as montanhas deixa qualquer café da manhã especial.
Monte Mauá Chalés| Se acordar com vista para a mata e o som dos passarinhos parece um bom plano, esse chalé entrega isso e mais um pouco, com hidro e um clima super romântico para os casais.
2. Maringá
Maringá é o meio do caminho entre Mauá e Maromba e, sem dúvida, o pedaço mais movimentado da região. O grande destaque é a gastronomia variada e o comércio local, que deixam a vila sempre movimentada. E o lado mineiro de Bocaina ainda tem a Alameda Gastronômica Tia Sofia, um conjunto de estabelecimentos que deixam qualquer um na dúvida de onde jantar.
A Cachoeira Gruta do Granito é uma das paradas do Sítio Cachoeiras do Alcantilado. Foto: Rodrigosilvestri / CC BY-SA 3.0
Por ser a vila mais estruturada, é também onde se concentra a maior parte da rede hoteleira da região. Há hospedagens para todos os gostos, desde pousadas simples até chalés de luxo, com um diferencial importante: a maioria dos lugares ficam praticamente na porta dos restaurantes e lojinhas, o que eu acho que facilita a vida quando a gente não quer depender de carro o tempo todo.
De noite, Maringá ganha vida, principalmente na alta temporada. Alguns bares apostam em música ao vivo, desde MPB até um rockzinho clássico para acompanhar a cerveja artesanal. Assim como em Mauá, é tudo muito tranquilo, sem a intenção de virar a noite.
Sobre as atrações naturais, o Vale do Alcantilado fica pertinho de Maringá. É lá que está o famoso Sítio Cachoeiras do Alcantilado, um circuito de nove quedas d’água para tomar aquele banho de rio. Algumas cachoeiras são de fácil acesso, outras exigem mais esforço, mas todas valem cada passo dado!
Principais atrações:
Alameda Gastronômica Tia Sofia
Vale do Alcantilado e Sítio Cachoeiras do Alcantilado
Hotel da Inês | Fica pertinho do centrinho de Maringá e é rodeada pela mata da região. Os quartos são confortáveis e a hospitalidade é de primeira.
Pousada Sabor da Serra| Simples e aconchegante, tem piscina na área externa e oferece um café da manhã maravilhoso, com direito a pão caseiro quentinho.
3. Maromba
Maromba já foi um reduto hippie nos anos 60 e 70, e ainda carrega um pouco dessa pegada alternativa, mas hoje está bem mais calma. O foco por aqui são as cachoeiras e a natureza, então não espere muitos lugares para curtir a noite. Mas se quiser um fim de noite despretensioso, sempre tem um boteco aberto na praça principal.
A Cachoeira do Escorrega é pura diversão nos dias quentes! Foto: Visconde de Mauá, RJ / CC BY-SA 4.0
A vila é menor, com menos infraestrutura do que Maringá e Mauá, mas tem seu charme. A rede de hospedagem é mais limitada e rústica, com acomodações mais simples, mas muito aconchegantes. Na minha opinião, é a melhor localização para ficar pertinho das cachoeiras e dormir ouvindo o som do Rio Preto.
Seja hospedado aqui ou não, vale conhecer a Cachoeira Santa Clara, que tem uma queda impressionante e um poço ótimo para banho. Já o Poção do Maromba tem águas tão transparentes que você avista peixinhos, enquanto os mais aventureiros podem saltar de uma pedra com mais de 7 metros até o poço. Não vai faltar adrenalina, né?
E claro, tem a Cachoeira do Escorrega, a mais famosa da região. O nome diz tudo, a água passa por uma pedra lisa e vira um tobogã natural. É pura emoção poder se jogar na correnteza e cair direto no poço abaixo, rs. Só não esqueça de conferir se a vazão da água está segura antes de se aventurar.
Pousada Magia da Montanha| A piscina com vista para a serra e os chalés charmosos fazem jus ao nome. Ótima para recarregar as energias depois de bater perna pela região.
Pousada Cantinho da Montanha | Pequena, bem cuidada e cheia de cantinhos aconchegantes. Fica na estrada entre Maringá e Maromba, então dá para curtir o melhor dos dois lugares sem esforço.
Onde não ficar em Visconde de Mauá
Na hora de escolher a pousada, vale considerar a distância dos principais pontos de interesse. Hospedagens muito isoladas podem ser ótimas para descansar, mas não tanto se você pretende ir jantar em Maringá ou conhecer várias cachoeiras no mesmo dia. Se deslocar entre vales leva tempo, então ficar mais próximo das vilas pode deixar a viagem mais prática.
Por isso, caso você tenha pouco tempo em Visconde de Mauá e queira aproveitar ao máximo, evite áreas distantes como o Vale da Grama e o Vale das Cruzes. Antes de reservar, sempre vale dar uma olhada no mapa e conferir o acesso da pousada, que às vezes pode ser feito por estrada de terra.
Dicas importantes antes de escolher seu hotel em Visconde de Mauá
Escolher um hotel em Visconde de Mauá vai muito além de só reservar um quarto bonito. As distâncias entre as vilas, o clima e até o estado da via que leva à pousada fazem toda a diferença na experiência. Para evitar perrengues e acertar na escolha, anota essas dicas que vão te salvar na viagem:
Como se locomover em Visconde de Mauá
Ter um carro próprio faz toda a diferença por aqui. As vilas são pequenas, mas as cachoeiras e alguns restaurantes ficam afastados, e transporte público não é uma opção viável. Se estiver sem carro, pode contar com táxis locais, mas eles não são baratos e nem tão fáceis de encontrar à noite. Estar de carro também é uma boa pra momentos em que você precisa ir até os centros de Itatiaia e Resende.
As estradas principais são asfaltadas, mas muitas pousadas e atrações ficam em áreas com trechos de terra. Em épocas de chuva, isso pode complicar bastante, principalmente se o carro for muito baixo. Alugar um veículo mais alto deixa a viagem mais tranquila e evita dores de cabeça no trajeto.
Se quiser alugar um carro, vale dar uma olhada na RentCars, que tem boas opções e permite comparar preços de várias locadoras.
Dica | Nem sempre o GPS funciona bem por aqui. Algumas pousadas recomendam rotas específicas, então sempre entre em contato e confira tudo direitinho antes de pegar estrada.
Quando visitar Visconde de Mauá?
O inverno é a alta temporada, principalmente em julho, quando a região recebe mais turistas por causa das baixas temperaturas e das pousadas aconchegantes. Se quiser um clima mais ameno e preços melhores, maio e agosto são meses estratégicos. O movimento é menor, mas a experiência continua incrível.
Na primavera, a paisagem fica ainda mais bonita, com as montanhas verdinhas e as cachoeiras cheias. Já no verão, o calor é ótimo para tomar banho de rio, mas vale ficar de olho no risco de chuvas fortes. Alguns acessos podem ficar inacessíveis e cachoeiras podem ter correntezas mais intensas.
Outro detalhe legal é que a região tem festivais ao longo do ano, como o Festival do Pinhão, a Temporada da Truta e o Mauá Blues. Mas se quiser curtir a cidade em um período mais sossegado, os meses entre março e junho são boas pedidas.
Confira se o hotel tem estrutura adequada para verão e inverno
No inverno, o frio em Visconde de Mauá não é brincadeira. As temperaturas podem cair para menos de 5°C à noite, e nem todas as hospedagens têm aquecimento eficiente. E eu vou te dizer que poucas coisas em uma viagem são piores do que escolher um lugar bonito e passar frio dentro do quarto.
Por isso, sempre veja se o hotel tem lareira ou algum sistema de aquecimento nos chalés. Algumas pousadas fornecem lenha extra por um custo adicional, então vale perguntar antes. Quartos com isolamento térmico também fazem diferença, porque a umidade da serra pode deixar tudo mais gelado.
Se for no verão, a preocupação é outra. O calor durante o dia pode ser intenso, e nem todas as pousadas têm ar-condicionado. Como a maioria dos hotéis foi pensada para o inverno, muitas acomodações têm apenas ventilador. Então, se você sente calor fácil, fique atento a isso na hora de reservar.
Agora que você já sabe onde ficar em Visconde de Mauá!
Depois desse post, escolher sua hospedagem por lá ficou bem mais fácil, não é? Agora é só decidir se você quer um chalé romântico, uma pousada charmosa perto dos restaurantes ou um refúgio mais isolado no meio da Serra da Mantiqueira.
Se já visitou Visconde de Mauá, me conta nos comentários onde ficou e como foi sua experiência! Vou adorar saber suas dicas e histórias da viagem. E olha, se quiser esticar a viagem, Penedo tá logo ali, a menos de 30 km. Vale a pena dar um pulo na Pequena Finlândia e provar os chocolates artesanais. Boa viagem!
Foto de destaque: Rua do Meio, na Vila de Mirangá. Autor: Eduardo Miyake / CC BY-SA 4.0
Jornalista e blogueira em tempo integral há mais de 10 anos. Já visitou mais de 40 países e ama um roteiro bem completo e equilibrado, com direito a clichês e espaço para novas descobertas. Por aqui compartilha suas experiências de viagem e traz as melhores dicas para que você também se apaixone pelo seu próximo destino.
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