Planejando um roteiro na Chapada dos Veadeiros? Essa área de cerrado atrai gente do país e do mundo pelas suas trilhas, cursos d’água e cachoeiras.
E sim, há belezas naturais inimagináveis que você consegue conhecer na região. O Vale da Lua simplesmente me arrebatou e há tantas cachoeiras incríveis na área que fica até difícil dizer qual a minha preferida.
Vale da Lua, um dos pontos turísticos mais famosos da Chapada dos Veadeiros
Para irmos direto ao ponto, montei esse roteiro com atrações que você deve priorizar, afinal, há uma infinidade de lugares maravilhosos para conhecer na Chapada dos Veadeiros – o que te faz ter sempre motivo para voltar. Vem comigo:
Dia 1 | Vale da Lua + Cachoeira do Segredo + Mirante da Janela
Dia 2 | Trilha dos Cânions e Cariocas (trilha vermelha) + Jardim de Maytrea
Dia 3 | Cachoeira São Bento e Cachoeiras Almécegas I e II
Dia 4 | Cachoeira de Santa Bárbara + Cachoeira da Capivara + Cachoeira Candaru
Dia 5 | Trilha dos Saltos (trilha amarela) e Corredeiras do Rio Preto
Dia 6 | Complexo de Cachoeiras das Loquinhas + Complexo Cachoeira dos Cristais
Fiz o roteiro de forma flexível, e com base nas nossas experiências. Você consegue colocar como prioridade suas atrações preferidas, e encaixar as que você mais quer dentro dos dias que planeja passar.
Mesmo que eu tenha amado vários lugares - afinal, a Chapada dos Veadeiros é enorme e incrível - as cachoeiras de Santa Bárbara, Almécegas I e o Vale da Lua roubaram meu coração! Não deixe de fora do seu roteiro.
O Complexo de Cachoeiras da Fazenda Loquinhas e o Complexo Cachoeira dos Cristais são estruturados, têm lugares lindos e são super acessíveis. São perfeitos para iniciantes, para quem não curte trilhas pesadas e para quem já rodou muito e quer ter dias mais calminhos.
Nós ficamos hospedados na Casa de Shiva, em Alto Paraíso, que nos ofereceu uma boa noite de sono para descansar o corpo e se preparar para o próximo dia de trilhas.
Recomendo muito o restaurante Restaurante da Auriana que fica na comunidade quilombola Kalunga. Os pratos de lá são uma delícia!
O Vale da Lua é um dos pontos turísticos mais interessantes da Chapada dos Veadeiros. O nome já expõe muito das características de lá, porque tempo e a natureza cuidaram de crateras bem lisinhas e circulares que lembram a superfície da lua.
O Vale da Lua foi um dos lugares mais impressionantes que conhecemos na Chapada dos Veadeiros
Você acredita que as rochas das Chapadas dos Veadeiros se formaram antes da Pangeia? Pois por isso que, até com pouco tempo, você precisa conhecer esse lugar único no mundo.
A trilha para chegar até lá é fácil e bem sinalizada. Mas faz calor, então, se você quiser (e provavelmente vai querer mesmo), pode curtir um banho de água doce nas piscinas naturais.
As placas vão indicar o caminho até cada uma delas, que geralmente são guardadas por salva-vidas – quando fomos, estava um pouco cheio, mas o banho gelado caiu muito bem. Soube que existe uma caverna escondida que lembra uma hidromassagem, mas isso vai depender do conhecimento dos guias locais.
Acho que essa foi uma das experiências mais interessantes na Chapada dos Veadeiros.
Dica 1 | Considere ir com guias. Caso não possa, evite entrar nos poços, para não correr riscos de acidentes, que já aconteceram por lá. De maneira nenhuma ignore as placas de perigo. Há salva-vidas que ficam de prontidão, mas cuide-se bem.
Dica 2 | Para evitar conhecer o Vale da Lua lotado, tente ir no começo da manhã. Por ser um local sem sombras, é um bom horário para não passar muito calor. Então se prepare com calçados adequados, bonés, protetor solar e água!
Sem dúvidas, a Cachoeira do Segredo é um dos lugares mais lindos na Chapada dos Veadeiros e deve estar no seu roteiro.
Você pode já até saber que gostamos de trilha, então pode confiar quando falamos que essa requer certa disposição física! São pouco menos de 9 km de mata fechada. A maior parte do percurso é plana, mas algumas pedras podem dificultar um pouquinho.
A Cachoeira do Segredo é mais um atrativo imperdível na Chapada dos Veadeiros
É possível parar em dois pontos antes de chegar na cachoeira propriamente dita, e a água estava deliciosa e super cristalina quando fomos! No primeiro destes pontos, a prainha, tem banheiros e lugares para relaxar.
E no final, são 115 metros de altura de queda d’água impressiona e encanta. Eu não vou conseguir esquecer nunca dessa primeira vista.
Vale dizer que, se estiver viajando no período de chuvas, o percurso será mais longo porque é preciso estacionar mais distante, antes da travessia do rio. A água da prainha e das paradas pode não estar tão límpida nas chuvas.
Antes da queda, há uma pequena prainha de águas transparentes e decks de madeira para você relaxar e ainda pegar um sol.
Mirante da Janela
O Mirante da Janela tem esse nome por ser uma formação rochosa que cria uma espécie de moldura que virou um cartão postal. A vista dá direito para os saltos do Rio Preto.
Vista do Mirante da Janela para os Saltos. Foto: Zelobio / CC BY-SA 4.0
A visão é privilegiada porque o Mirante da Janela não fica dentro do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, e sim de frente para ele.
No total, o caminho tem cerca de 8 km (considerando ida e volta), com subidas e descidas. Algumas pessoas dizem que a trilha é moderada, outras falam que ela é bem puxada.
O início se dá logo no estacionamento, no lugar conhecido como Aeroporto dos Discos Voadores e essa é considerada uma das trilhas mais bonitas da região.
Ela é de chão batido em sua maior parte e inclui vistas lindas, escadas de madeira para ajudar em algumas subidas e descidas.
Dica 1 | Por ser uma atração disputada para fotos, a dica é visitar ao amanhecer! Eu não iria no meio da tarde no calor, para não acabar cansando mais.
Essa trilha ainda tem um bônus, dependendo da época do ano: a Cachoeira do Abismo, que ganhou esse nome por estar em uma área de declive. Sua queda é de aproximadamente 20 metros, e o poço é rasinho.
Acontece que a Cachoeira do Abismo desaparece em boa parte do ano! É que somente na época de cheia, de outubro a março, no máximo até abril, é que ela estará lá, majestosa.
Dica 2 | Não há bicas ou água potável pelo caminho, então não deixe de levar uma boa quantidade com você. Além disso, como te falei antes, a trilha é de chão batido e de terreno descampado, e aí você precisa se proteger bem direitinho do sol, ok?
Vamos entrar no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros? Ele tem uma área enorme de mais de 240 hectares e foi declarado Patrimônio Mundial Natural no ano de 2001 pela UNESCO.
Cachoeira das Cariocas com seu poço enorme
Sua importância é gigante para a pesquisa e para a preservação das mais variadas espécies. É um ponto turístico indispensável para o seu roteiro.
Então, não tinha como o nosso segundo dia de viagem não ser por lá. A gente começou pela Trilha dos Cânions. A trilha tem cerca de 11 km ao total, e passa por pontos lindíssimos, como a Cachoeira Cariocas e os Cânions I e II – quando visitamos, o acesso ao Cânion I estava fechado.
Começamos estacionando no próprio parque e recebemos as orientações dos funcionários de lá – achei isso bem importante. Uns 5 minutos depois do início da trilha, passamos pela primeira bifurcação e fomos seguindo as demarcações.
A gente seguiu as setas vermelhas, e essa parte também rende o apelido de Trilha Vermelha para o percurso. O início até os Cânions é bem plano e lembro de ter durado mais ou menos 1h, mas isso vai depender do ritmo de cada um.
A Cachoeira Cariocas estava com uma água super cristalina e maravilhosa quando chegamos nela. Fomos sem guia e deu tudo certinho. Aproveite para dar uma olhada nesse vídeo do Canal Vamos Trilhar para ver mais.
Dependendo de quanto tempo você ficar em cada atrativo e de quantos você vai visitar, o passeio pode ter uma duração que varia entre 4 a 8h.
Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros: Jardim de Maytrea
Ainda tem fôlego para finalizar o dia com um pôr-do-sol sem igual? Se sim, siga para o Jardim de Maytrea. Se não conseguir no mesmo dia, acho legal que você tente encaixar em algum momento da sua viagem – vale a pena.
O Jardim de Maytrea é muito bonito
O Jardim de Maytrea fica bem perto do Parque Nacional, ali na estrada que liga Alto Paraíso à Vila de São Jorge. É bem fácil de chegar por estar na beira da GO-118.
Esse campo de cerrado é famoso entre as pessoas mais místicas por ser um “portal para outra dimensão”. Dizem que esse é um lugar com intensa força magnética.
A depender da época do ano, o campo estará coberto de flores. A gente não conseguiu ir, mas as pessoas dizem que a sensação de estar lá é mágica.
Para esse dia a gente considerou o tempo para deslocamento, ok? Então que tal um dia inteiro para curtir a Fazenda São Bento e algumas das cachoeiras mais legais da região?
Por lá, você vai conhecer a Cachoeira Almécegas I, Cachoeira Almécegas II e a Cachoeira São Bento. A Fazenda São Bento fica a pouco mais de 10 km do centro de Alto Paraíso, e você vai pela GO-239. Achamos tranquilo de achar.
Almecégas I, uma das cachoeiras mais bonitas da Chapada dos Veadeiros
Vou falar um pouquinho de cada uma das atrações na ordem, para facilitar. Acordamos bem cedo e fomos para a área da fazenda, que é uma propriedade particular. Na época, a gente podia escolher entre um ingresso simples ou o ingresso para o circuito.
Depois seguimos de carro por uma estradinha de chão por aproximadamente 4km até a Almécegas I, que é a mais imponente das três. O caminho até a cachoeira propriamente dita tem algo em torno de 1,5 km – lembro de termos achado essa uma trilha moderada por conta das subidas e descidas.
Depois disso, chegamos a uma bifurcação (um caminho para cachoeira e outro para as piscinas naturais). A queda d’água de 45 metros é sem igual. Não consigo nem colocar em palavras a sensação de ver pessoalmente esse espetáculo.
Dica 1 | Valeu muito a pena ter ido direto pra ela cedinho, porque estivemos entre os primeiros a chegar.
E aí descemos para o poço para um mergulho nas águas mega geladas. Se prepare, mas eu encararia de novo sem pensar duas vezes. Quando a cachoeira começou a encher, saímos. Subimos e retornamos para a bifurcação inicial.
Dica 2 | Visite as piscinas naturais que ficam no topo da queda d’água. Muita gente passa batido, mas é bem gostoso. É um bom descanso depois da subida. A gente fez isso porque lembramos do relato do Blog Fui Ser Viajante, que escreveu que valia a pena e era verdade.
Prontos para a próxima, pegamos o carro por uma distância curta rumo a Almecégas II. Elaé menor, mas tem a água mais quente e mais espaço para tomar banho. Ah, e a trilha até lá é bem plana e tranquila.
Vista panorâmica da Almecégas II
Talvez pela facilidade e pelo horário, a gente encontrou bastante gente por lá. Mas como tinha bastante espaço, visitá-la depois foi a melhor escolha mesmo.
É uma cachoeira linda, ok? Visitar depois da Almecégas I é um golpe um pouco baixo, mas não deixe de apreciar cada segundo em cada uma delas.
Para finalizar o dia lindo (e cansativo!), fomos para a Cachoeira São Bento, que é a menorzinha. É uma graça e tem um poço legal para banho. Essa é a cachoeira que tem o acesso mais fácil, bem próximo à entrada da fazenda.
Além dessas 3 atrações de peso, a fazenda também oferece banheiros, parques e restaurantes. Foi corrido, mas aproveitamos bastante esse dia.
Seguindo roteiro, vamos para o quarto dia desse paraíso na terra. A Cachoeira Santa Bárbara éuma das atrações mais famosas da Chapada dos Veadeiros porque é um dos lugares mais lindos da região inteira.
As fotos já mostram o motivo: as suas águas são de um azul esplendoroso! Essa cachoeira fica a pouco mais de 30 km da cidade de Cavalcante e faz parte das terras da comunidade quilombola Kalunga.
A Cachoeira de Santa Barbara é um verdadeiro paraíso! Foto: Rafael Defavari / CC BY-SA 4.0
O acesso é feito por uma estrada de terra e você vai precisar contratar um guia – tudo está bem detalhadinho no site da comunidade, que vive primordialmente do turismo.
Funciona assim: Você deixa seu carro estacionado no CAT (Centro de Atendimento ao Turista) e embarca em um 4×4 da comunidade até o estacionamento da cachoeira. De lá, começa uma caminhada de menos de meio quilômetro para o Rio Capivara.
Depois do rio começa uma trilha de 1 km muito legal para apreciar a paisagem e a mata ciliar e aí, finalmente, você estará lá.
O melhor de ir com guia é ouvir histórias e saber que o caminho realmente está certinho. Ficamos bem despreocupados e isso fez com que o dia fosse ainda melhor.
Dica 1 | Não deixe para reservar os ingressos em cima da hora, porque ela é super visitada, o local recebe simultaneamente só 40 pessoas por hora.
Dica 2 | Nós tivemos uma excelente experiência no Restaurante da Auriana, que também fica na comunidade. A comida é preparada no fogão a lenha. Ah, e o suco de tamarindo estava uma delícia.
Cachoeira da Capivara
E sabe o Rio Capivara sobre o qual eu falei agora a pouco? A cerca de 7 km de Santa Bárbara fica a Cachoeira da Capivara, também dentro do quilombo Kalunga.
A trilha é um pouco mais puxada do que a anterior, mas segue a mesma lógica para chegar – com os guias e carros credenciados, não tem erro.
A imensidão da Cachoeira da Capivara. Foto: Aline Fortuna / CC BY-SA 4.0
A queda d’água de 40 metros de altura forma um poço maravilhoso para banho. Se não souber nadar, busque se informar com o guia, porque há partes mais rasas e partes mais profundas para quem curte mergulhar.
O trajeto pelo cânion é lindo, assim como os arredores dessa cachoeira.
Cachoeira Candaru
Ainda no povoado Kalunga, a Cachoeira Candaru tem uma queda d’água de impressionantes 70 metros de altura!
Achamos a trilha mais tranquila do que as duas outras e o lugar também é o menos conhecido. Adoramos ir até lá e não estava nada cheia. Provavelmente as pessoas cansam antes de chegar a essa atração.
Fomos no mesmo esquema, também com guia.
Dica | Não deixe de aproveitar a “banheira de hidromassagem” natural que fica ali, aos pés da cachoeira. É uma delícia.
As idas com guias são pagas, assim como o ingresso e o transporte, mas tudo valeu a pena, porque a companhia foi legal e o transporte fez com que a gente realmente aproveitasse ao máximo e em segurança.
Lembra daquela vista incrível do Mirante da Janela? Então você já sabe o que o quinto dia do roteiro promete: ver de perto o que os Saltos do Rio Preto têm para oferecer.
Vista do Salto 120 a partir do mirante
A Trilha dos Saltos fica dentro do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e é conhecida como Trilha Amarela por conta das setinhas indicativas (lembra que a Trilha Vermelha do segundo dia? Então.).
O trajeto tem 9 km se a gente for considerar ida e volta. Não vamos mentir, a gente deu uma cansada boa, porque o terreno é bastante acidentado. Mas valeu muito a pena – os campos abertos e as veredas nos deixaram encantados.
Como as outras trilhas de dentro do parque, essa também é estruturada e tem uma ótima sinalização.
Entre os pontos turísticos que inclui, você precisa parar para conhecer oSalto de 120 metros,Salto de 80 metros, Poço do Carrossel e, para fechar com chave de ouro, as Corredeiras do Rio Preto.
A vista da primeira é incrível, e o banho nos poços ao redor do Salto de 80 metros são maravilhosos. É um passeio clássico dentro do Parque Nacional. A dica é não deixar de aproveitar os poços e duchas naturais no local das corredeiras.
Dependendo de quanto tempo permanecer em cada atrativo, a trilha pode durar de 4 a 8h.
O Complexo de Cachoeiras da Fazenda Loquinhas fica pertinho do centro de Alto Paraíso. É um ótimo lugar para incluir no seu roteiro, e também é uma daquelas atrações clássicas.
O Complexo Loquinhas tem poços lindíssimos
Por onde começar a contar sobre tudo que tem lá? A propriedade é cheia de pontos incríveis (18, pra ser mais exata, embora a gente não tenha visto tudo), incluindo mirantes, cachoeiras, pontes, trilhas, poços e muitos mais.
Importante dizer que os poços só ficam cheios em épocas de chuva, então para curtir mesmo tudo que o lugar oferece, o ideal é ir nas épocas chuvosas – ou, melhor ainda, na época em que a chuva está começando a rarear, mais ou menos em abril.
O Poço Xamã, Cachoeira do Poço Pajé, Cachoeira do Poço do Sol e, claro, a Cachoeira Loquinhas, merecem destaque.
A Cachoeira Loquinhas e o Poço Xamã foram meus preferidos. As águas são maravilhosas para banho e é tudo super lindo. Vimos saguis e araras ali por perto!
As trilhas são Violeta, Loquinhas e Ruby. Todas são fáceis e gostosas de fazer. Dá para ir parando sempre para tomar banhos, lembrando que não há quedas tão altas por lá.
Ah, e essa é a melhor opção para quem quer passear com tranquilidade, ou para quem quer passar os últimos dias de viagem com trilhas mais leves e poços mais simples de chegar.
Complexo Cachoeira dos Cristais
Mantendo o clima de mais tranquilidade, mas ainda na sede por paisagens paradisíacas, vá até a Cachoeira dos Cristais.
Esse é um complexo super estruturado, com banheiros, pontos de apoio e lugares bem legais para conhecer, especialmente trilhas, poços e rios.
Cachoeira Véu da Noiva
A primeira opção de trilha tem somente 500 metros, mas já passa por 7 quedas d’água: o Poço da Vovó, Recanto da Paz, Massagem, Paraíso Corredeiras, Segredo e Véu da Noiva.
A Trilha Água Fria também é curta, com alguns altos e baixos (com trocadilho e tudo). A Cachoeira da Água Fria é imponente, e o volume de água vai depender da época do ano.
Para finalizar em grande estilo o seu roteiro na Chapada dos Veadeiros, você terá que tomar uma decisão: a Catarata dos Couros ou a Cachoeira do Label.
O percurso em cada uma delas dura bastante tempo e as duas estão distantes entre si. Vou te falar um pouco sobre cada uma delas.
Catarata dos Couros
A gente foi para a Cataratas dos Couros e adoramos. É um dos lugares mais incríveis da Chapada dos Veadeiros!
Não deixe de dar um mergulho na Cachoeira da Muralha
O local é mais afastado e a sinalização não é muito boa. Você vai precisar de um guia e quem nos levou foi a Alternativas Ecoturismo e nós super recomendamos.
O percurso tem aproximadamente 6 km de ida e volta. O mais legal é margear o Rio dos Couros, que na época das cheias fica lindíssimo – mas provavelmente a trilha fica mais difícil por conta das pedras soltas.
Você vai passar por várias quedas d’águas, e vai poder aproveitar os poços naturais de águas cristalinas.
Outros atrativos de lá são a Cachoeira da Muralha, do Parafuso, do Bujao e Almécegas 1000 (também conhecida como São Vicente).
Cachoeira do Label
Você já foi no Salto do Itiquira na cidade de Formosa? Então, prepare-se para conhecer a Cachoeira do Label, a mais alta do estado de Goiás. Ela fica na Reserva Particular do Patrimônio Natural.
São impressionantes 187 metros de queda d’água, que a coloca na lista das seis maiores do Brasil inteiro. O paredão rochoso e o poço de águas esverdeadas são de tirar o fôlego e eu sou louca para ver pessoalmente.
Se quiser explorar mais a região, durante a trilha de 1,8 km para a cachoeira, há outras paradas com pequenas piscinas naturais e quedas menores. A entrada é paga.
Dica | se possível, leve uma sapatilha de neoprene para não se machucar com as pedras do fundo.
Mais dicas de viagem para Chapada dos Veadeiros
Tenho mais algumas dicas para você curtir ao máximo nosso roteiro pela Chapada dos Veadeiros:
Como a Chapada dos Veadeiros se estende por 8 cidades, escolher uma hospedagem não é tarefa fácil. Temos um post completo com dicas de onde ficar na Chapada dos Veadeiros, mas vou te dar umas dicas rápidas aqui mesmo.
O mais importante é saber que as opções de hotéis e pousadas na Chapada dos Veadeiros ficam no Alto do Paraíso, na Vila de São Jorge e em Cavalcante. Entenda melhor para escolher:
Alto Paraíso | Maior cidade da região, com mais estrutura. Nossa escolha foi a Casa de Shiva porque queríamos bastante conforto. E, honestamente, depois de andar para todo lado, nada melhor do que curtir uma hidromassagem. Ah, e o café da manhã foi um espetáculo.
Conforto e sofisticação nos quartos da Casa de Shiva. Foto: divulgação
Vila de São Jorge | Super próxima da entrada do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Nós ficaríamos na Pousada Mundo Dha Luapor serum dos melhores custos-benefícios da cidade. Quem já ficou lá recomenda bastante.
Cavalcante | Para quem quer ficar em um lugar mais rústico. Já ficamos na Chácara Lápis Lazulie eu tenho dificuldade em encontrar palavras, porque o lugar parece te abraçar! Foi uma estadia deliciosa na pequena cidade de Cavalcante, a cerca de 8 km do centro.
Um dos quartos na Chácara Lapis Lazuli
Melhor época para viajar para a Chapada dos Veadeiros
Apesar de ser um destino interessante o ano inteiro, são duas as épocas mais definidas. De maio a setembro é a época de seca, enquanto de outubro a abril, as chuvas retornam e enchem as cachoeiras.
Cachoeira de Santa Barbara, uma das mais visitadas. Foto: Naiane cascardo / CC BY-SA 3.0
O melhor é ir entre os meses de abril, maio, junho e julho, porque ainda é possível pegar as cachoeiras com bastante água sem tomar chuva.
Onde comer: restaurantes na Chapada dos Veadeiros
A Chapada dos Veadeiros concentra bons restaurantes, como o Restaurante da Auriana, que eu já te falei que amamos.
O Jambalaya, por sua vez, é uma alternativa mais sofisticada e fica em Alto Paraíso. É bem romântico. O Santo Cerrado Risoteria Cafésegue essa linha mas fica na Vila de São Jorge.
A Vendinha 1961é uma ótimaopção para quem quer curtir a vida noturna em Alto Paraíso porque tem vários drinks e cervejas artesanais. O Zu’s Bistrô, na mesma parte da região, foca na cozinha italiana e tem ótimos preços.
Mapa das atrações na Chapada dos Veadeiros
Para que você se organize bem, destaquei no mapa abaixo todos os atrativos que citei nesse post:
Prontinho, agora você já tem um roteiro para sua viagem pela Chapada dos Veadeiros!
Sua viagem dos sonhos pela Chapada dos Veadeiros está tomando forma! Não deixe de me contar depois como foi a experiência.
Lembre-se: Goiás tem outros destinos maravilhosos, como Pirenópolis, Formosa e Caldas Novas. Não deixe de considerá-los e boa viagem!
Jornalista e blogueira em tempo integral há mais de 10 anos. Já visitou mais de 40 países e ama um roteiro bem completo e equilibrado, com direito a clichês e espaço para novas descobertas. Por aqui compartilha suas experiências de viagem e traz as melhores dicas para que você também se apaixone pelo seu próximo destino.
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