Escrito por Adriana
13 de novembro de 2022

Quem busca o que fazer na Serra da Canastra pode ter certeza que terá um guia de viagem repleto de atrações em meio à natureza e com boas doses de turismo de aventura.  

Vista aérea da Cachoeira Capão Forro na Serra da Canastra
Cachoeira Capão Forro, localizada no complexo de mesmo nome

Isso sem falar da dupla de sucesso cafezinho mineiro + queijo canastra, que certamente deixarão sua viagem ainda mais gostosa! 

Nós passamos uma semana inteirinha relaxando no ritmo lento de cidade do interior, explorando trilhas e cachoeiras paradisíacas e nos fartando de comer alguns dos melhores queijos que já provamos na vida! 

Confira as principais atrações dentro e fora do Parque Nacional da Serra Canastra:

O que fazer na Serra da Canastra: atrações dentro do Parque Nacional da Serra da Canastra 

Localizado entre as cidades de São Roque de Minas, Sacramento e Delfinópolis, o Parque Nacional da Serra da Canastra é a grande atração da região. Um lugar único no cerrado brasileiro formado pelos chapadões do Diamante e da Zagaia.   

Com nada menos que 71 mil hectares, os principais atrativos do Parque são as cachoeiras, famosas pelas quedas d’água que se formam a partir da nascente do São Francisco, um rio de máxima importância para nosso país.  

O “Velho Chico” percorre 5 municípios, abastecendo nascentes, córregos e aquíferos país afora. 

E falando em toda essa grandiosidade, o Parque Nacional pode ser acessado por 4 portarias diferentes. Você deve organizar seu roteiro de acordo com as atrações próximas de cada portaria. Mas não se preocupe, vamos mostrar aqui tudo em detalhes para você se planejar direitinho! 

Informações importantes para visitar o Parque Nacional da Serra da Canastra: 

  • A entrada no Parque Nacional é gratuita. 
  • Embora não seja obrigatório, é recomendado agendar sua visita ao Parque pelo site com antecedência, caso pretenda ir em feriados ou alta temporada.  
  • Não é permitido entrar com animais, levar bebidas alcoólicas, usar drones ou pernoitar no parque.  
  • A entrada no Parque é liberada a partir das 8h. Ele fecha às 17h, então é importante calcular o trajeto de retorno da atração até a portaria. 
  • Carros 4×4 são recomendados devido às condições da estrada dentro do parque, mas é possível a visita com carro comum, desde que você dirija com bastante cuidado e paciência para encarar os buracos. A exceção é o caminho para a Cachoeira do Fundão, onde somente 4×4 conseguem chegar mais próximo.  
  • É possível visitar o parque por conta própria. Guias não são obrigatórios, mas são recomendados pois sempre enriquecem a experiência. 
  • Vá com roupas leves e calçados confortáveis para caminhar, hidrate-se e use proteção solar. Recolha todo o lixo e descarte somente nos locais corretos. 

Agora, vamos às principais atrações do Parque Nacional da Serra da Canastra, divididas de acordo com as Portarias de acesso: 

Portaria 1 

Cidade mais próxima | São Roque de Minas. 

Distância da cidade mais próxima até a Portaria 1 | 8km. 

Dicas de hospedagem próximas à Portaria 1 | Pousada Capão Fôrro, Hotel Chapadão da Canastra, Pousada Caminho da Serra, Pousada Barcelos

Principais atrações | Nascente Histórica do Rio São Francisco, Curral de Pedras, Cachoeira Casca D’Anta (Parte Alta), Trilha para a parte baixa da Casca D’Anta, Alto do Rolinho, Cachoeira Rasga Canga, Garagem de Pedras, Cachoeira do Fundão. 

Nascente Histórica do Rio São Francisco 

Nesse ponto histórico, o rio começa a se formar e segue por mais de 2.800 km de extensão, atravessando cinco estados brasileiros.  

É possível ver a nascente, mas o acesso é um pouco restrito, por conta de preservação do solo. Nada de banhos por aqui. No local, também encontramos uma estátua de São Francisco de Assis.  

Estátua de São Francisco em cima de uma estrutura de pedras na nascente do Rio São Francisco
Estátua de São Francisco de Assis

Curiosidade | Embora estudiosos afirmem que a nascente geográfica do Rio São Francisco seja em Medeiros, no município vizinho, o Parque preserva a memória com uma estátua do santo e um marco de pedras para os visitantes. 

Curral de Pedras 

São muros feitos com pedras empilhadas e encaixadas. São dois espaços ao ar livre cuja construção foi idealizada para manejo de animais, ação atualmente proibida na Serra.  

Mulher caminhando em área gramada do Curral de Pedras na Serra da Canastra
Curral de Pedras

Cachoeira Casca D’Anta – Parte Alta 

A parte alta dessa cachoeira é formada pelas primeiras quedas do Rio São Francisco. Ou seja, é a primeira oportunidade para se banhar em suas águas e já admirar sua grandiosidade.  

Vista da parte alta da Cachoeira Casca D'Anta
Parte alta da Cachoeira Casca D’Anta com suas águas clarinhas

Alguns poços são formados, escolha o melhor local para seu mergulho. Se você seguir por uma pequena trilha, também chegará ao mirante, de onde se tem uma vista privilegiada dessa queda.  

Trilha para a parte baixa da Casca D’Anta 

Embora o principal acesso à parte baixa da Casca D’Anta seja pela Portaria 4 do Parque (mostraremos a seguir) é possível chegar nela por uma trilha de 3,3km até a parte baixa da cachoeira.  

Não fizemos o percurso, mas ouvimos dizer que a trilha não está em suas melhores condições. Então tenha atenção redobrada se for encarar a aventura.  

Alto do Rolinho 

Chegamos aqui um pouco desinformados, esperando ver a Cachoeira do Rolinho. Mas o que se encontra no local é um poço onde você pode fazer uma boa parada para mergulho.  

Daqui também avistamos a Cachoeira Rasga Canga ao longe, para onde você deve ir a seguir. 

Cachoeira Rasga Canga 

Uma grata surpresa que quase ficou de fora do nosso roteiro, mas vale muito a pena esticar o percurso para conhecê-la.  

Mulher sentada em pedras admirando as corredeiras da Cachoeira Rasga Manga
A vegetação deixa a Cachoeira Rasga Manga ainda mais bonita

O visual dessa cachoeira é lindo, com poços para banho e quedas d’água para contemplar.  

Garagem de Pedras 

Serve como um mirante para ver a Serra da Babilônia. Está a cerca de 2 mil metros de altitude. No local, há uma casa que antigamente servia como entreposto entre São Roque de Minas e o Triângulo Mineiro. 

Cachoeira do Fundão  

Alguns a consideram uma das mais bonitas da Serra da Canastra. A dificuldade do acesso merece atenção: aqui não tem muito jeito, somente carros 4×4 chegam.  

A estrada é complicada e, no trecho final, é preciso estacionar e seguir por mais 1,6km a pé. Precisa dizer que o visual compensa? O poço é lindo e, se quiser encarar a aventura, poderá ir nadando pela esquerda e ver a queda d’água por trás! 

Dica | devido à distância e dificuldade de acesso, recomendo reservar um dia inteiro para visitar a Cachoeira do Fundão, deixando pra incluir outras paradas no roteiro somente se sobrar tempo na volta 

Portaria 2 

Cidade mais próxima | São João Batista da Canastra (um minúsculo distrito a uns 50km de São Roque de Minas). 

Nós não acessamos o Parque pela Portaria 2, mas duas atrações que você pode conferir por aqui são a Cachoeira da Gurita e a Cachoeira do Lava-pés

Além disso, ela é outra alternativa para visitar a Cachoeira do Fundão e a Garagem de Pedras. Da entrada do Parque até a Cachoeira são cerca de 22km de estrada de chão, incluindo o trecho final que é mais complicado e precisa ser feito a pé.  

Para a Garagem de Pedras são uns 10km de distância.  

Portaria 3 

Cidade mais próxima | Sacramento. 

Opção de entrada no Parque para quem está na cidade de Sacramento. Essa portaria é a que fica mais distante de todas as atrações do Parque, e dizem que a estrada é bem ruim.  

É melhor se deslocar de Sacramento até São Roque de Minas, e então entrar no Parque pela Portaria 1. 

Portaria 4 

Cidades mais próximas | São José do Barreiro (distrito de São Roque de Minas) e Vargem Bonita.  

Distância da cidade mais próxima até a Portaria 4 | 22km. 

Dicas de hospedagem próximas à Portaria 4 | Casa Pedra da Canastra, Pousada Nascente do São Francisco, Pousada Essência da Canastra

Principais atrações | Cachoeira Casca D’Anta (parte baixa), Trilha para a parte alta da Casca D’Anta. 


Cachoeira Casca D’Anta – Parte Baixa 

A grande atração e o principal símbolo do Parque Nacional da Serra da Canastra. Aliás, os 186 metros de cortina d’água tornam a cachoeira a segunda maior de Minas Gerais.  

Homem em cima de uma pedra observando a queda da Cachoeira Casca D'Anta parte baixa
Contemplando a queda d’água da Cachoeira Casca D’Anta. É deslumbrante!

Da entrada da Portaria 4 até a chegada na cachoeira, você vai seguir por uma trilha fácil de 1,5km. Você vai margeando o rio formado pela grande queda d’água, que forma poços deliciosos para banho.  

E, na verdade, o melhor mesmo é garantir seu mergulho antes de chegar à cachoeira, pois ela não é indicada para banho. A queda é bem forte e seu poço principal é bem fundo, chegando aos 30 metros.  

Mas isso não é problema: a melhor pedida aqui é relaxar e admirar toda a beleza da Casca D’Anta. É de impressionar mesmo!  

E o vapor formado pelo contato da água nas pedras deixa o lugar ainda mais vitalizante. 

Trilha para a parte alta da Casca D’Anta  

Se estiver no clima de aventura, poderá seguir pela trilha de 3,3km até a parte alta da cachoeira, onde você irá encontrar ótimos poços para banho.  

Como mencionei anteriormente, é preciso atenção pois a trilha não está em boas condições. O tempo estimado de trilha é de 4 horas ida e volta.   

O que fazer na Serra da Canastra: atrações fora do Parque Nacional 

Explore outros lugares incríveis em sua viagem para a Serra da Canastra. Além do Parque Nacional, separamos os principais atrativos das cidades de São Roque de Minas, Delfinópolis e Sacramento para você conhecer. 

O que fazer na Serra da Canastra: São Roque de Minas 

A pequena cidade de São Roque de Minas encanta os turistas com a cultura mineira e gastronomia. O queijo canastra é o produto mais procurado pela tradição de mais 200 anos.   

São Roque de Minas tem muitos passeios naturais, como as cachoeiras Casca d’Anta, Antônio Ricardo e Poço das Orquídeas. Vale a pena visitá-las e curtir as maravilhas da natureza.  

Por essa razão, inclua a cidade em sua lista do que fazer na Serra da Canastra. 

Atrações em São Roque de Minas – próximas à Portaria 1 do Parque Nacional da Serra da Canastra 

Complexo do Capão Forro 

Com cachoeiras e piscinas naturais, o lugar é o segundo mais procurado de São Roque de Minas. Além disso, há duas fazendas e duas trilhas para acesso à cachoeira da Mata e à Trilha da Picareta.   

É um lugar lindo para curtir a água refrescante e nadar no poço. São quatro cachoeiras: Capão Forro, Lobo, Mata e Pilão.  

Poço de águas transparentes e mais escuras ao fundo da Cachoeira da Mata na Serra da Canastra
Cachoeira da Mata no Complexo Capão Forro

A cachoeira do Lobo é recomendada para quem não tem costume em nadar. O poço é raso e pequeno, o que torna apropriado para famílias.  

A visita ao Complexo funciona de terça a domingo, das 9h às 17h. A entrada é paga. 

Cachoeira do Cerradão 

Uma das mais altas cachoeiras da Serra: são 200 metros de queda. A área se tornou Reserva Particular do Patrimônio Natural em 2001, tendo uma pegada de educação ambiental com plaquinhas identificando a flora da região. 

Queda d'água da Cachoeira do Cerradão
A Cachoeira do Cerradão tem um dos visuais mais bonitos

Depois que você estacionar na entrada, são cerca de 1,5km de caminhada por uma trilha tranquila e bem sinalizada.  

Cachoeira do Nego 

A água extremamente gelada da Cachoeira do Nego é revitalizante. O poço é bem fundo, logo tome cuidado. São três cachoeiras, mas a segunda é mais complicada para chegar. 

Mulher em pé de frente para o poço e queda d´água da Cachoeira do Nego
Cachoeira do Nego e sua beleza que merece ser admirada!
Cachoeira do Sileno  

As águas cristalinas chamam atenção de quem visita a Cachoeira do Sileno. Situada em Vargem Bonita, a queda d’água tem 6 metros.  

Mulher sentada em pedra brincando com um cachorro na Cachoeira do Sileno
Dri e Muleke descansando na Cachoeira do Sileno

Embora pequena, seu charme e aconchego são encantadores.  

Cachoeira do Pedro Belém   

Também em Vargem Bonita, a Cachoeira do Pedro Belém é um refúgio em meio à natureza. Contudo, fica em um local de difícil acesso, o que exige a ida apenas com guia para não se perder. 

São 20 metros de cascata e poço com água esverdeada. 

Atrações em São Roque de Minas – próximas à Portaria 2 do Parque Nacional da Serra da Canastra 

Cachoeira do Jota 

Com entrada gratuita, porém mais distante, a Cachoeira do Jota é também chamada de Gurita. São dois poços, um mais fundo e outro mais raso, este ideal para crianças e para se banhar embaixo da queda d’água.   

Atrações em São Roque de Minas – próximas à Portaria 4 do Parque Nacional da Serra da Canastra 

Piscinas naturais Tio Zezico  

Nesse local, existem piscinas naturais para os visitantes aproveitarem a calmaria da natureza. Com água azul-esverdeada e pequenos peixes, o passeio é recomendado para levar inclusive crianças.   

Cachoeira da Chinela  

Rodeada por árvores, a Cachoeira da Chinela é um ponto agradável para se refrescar e curtir o sossego. Para entrar, há cobrança de um pequeno valor.  

Mulher de vestido amarelo sentada nas pedras da Cachoeira da Chinela na Serra da Canastra
Sem dúvidas, a Cachoeira da Chinela é uma das mais bonitas da região

Tenha cuidado com o poço, já que é fundo e recomendado apenas para quem sabe nadar. Além disso, há pedras superficiais e existem alguns avisos informando sobre os riscos de saltar de cabeça, por isso não faça.   

Cachoeira da Lavrinha  

Localizada entre Vargem Bonita e São José do Barreiro, a Cachoeira da Lavrinha tem o poço com água esverdeada e queda d’água de 60 metros. Ótima para ficar em contato com a natureza.   

Homem e cachorro sentados em uma das pedras da Cachoeira da Lavrinha
Em ótima companhia para conhecer a Cachoeira da Lavrinha

Importante destacar que a cachoeira fica em uma área particular, na qual o acesso é cobrado.   

Morro do Carvão 

Ideal para apreciar o nascer e o pôr do sol, o Morro do Carvão oferece uma vista de tirar o fôlego.  

É possível ver a Serra da Canastra e a Cachoeira Casca D’Anta. Além disso, no local, há capela, pousada e restaurante.  

Atrações em São Roque de Minas – Fazendas de Queijo Canastra 

Se você é fã de queijo, nem pense duas vezes ao planejar o que fazer na Serra da Canastra. Siga minha dica e separe um espaço no roteiro para visitar, no mínimo, duas fazendas produtoras dessa delícia mineira. Você não vai se arrepender! 

A região é famosa pela produção do queijo da Canastra há mais de 200 anos. Desde 2008, a forma de fazer é tida como patrimônio cultural imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).  

Queijos canastra em cima de uma tábua de madeira em um comércio na Serra da Canastra
O famoso Queijo Canastra da Roça da Cidade

A tradição vai desde o leite puro das vacas de ordenha que vivem soltas, passando pelo pingo – fermento natural -, até o sal grosso a gosto e o tempo de cura. 

Há diversos tipos de queijo canastra encontrados na região: fresco, meia cura, tradicional, merendeiro, canastra real e curado. São mais de 700 produtos para conhecer.  

E acredite: você nunca vai comer um queijo igualzinho ao outro! 

Além de degustar, você descobre como é o processo de produção e a história. Há diversas opções de fazendas para visitar, aqui vão apenas algumas sugestões: 

O que fazer na Serra da Canastra: Sacramento 

Sacramento é uma pequena cidade do sudoeste de Minas. Com pouco mais de 26 mil habitantes, o lugar é famoso pela Gruta dos Palhares. 

Lá também fica o terceiro hotel mais antigo do Brasil. O Hotel do Comércio existe desde 1911 e funciona em um casarão cuja arquitetura chama atenção pela história. 

Sacramento também surpreenderá por ser repleta de cultura. Além do artesanato local, ideal para levar lembrancinhas da cidade, há fazendas produtoras de cachaça mineira para serem degustadas. 

Gruta dos Palhares 

A maior caverna de arenito da América Latina, a Gruta dos Palhares é um lugar encantador pela paisagem repleta de passarinhos e o frescor da queda d’água. 

Há parquinho infantil, piscinas e restaurante. Ótimo para passar o dia na tranquilidade da natureza. A parte interna da caverna não tem acesso liberado, apenas com autorização especial para pesquisas e visitações. 


O funcionamento é de terça-feira a domingo, das 8h às 17h. A entrada é cobrada, sendo que estudantes e idosos pagam meia. Importante saber que não há sinal de operadoras de celular no local. 

Cachoeiras em Sacramento 

Cachoeira Nascentes das Gerais 

Com 28 piscinas naturais, a Cachoeira Nascentes das Gerais tem uma grande queda de 83 metros. Ideal para descansar após caminhar pela trilha de 500 metros até a cachoeira. 

Cachoeira do João Inácio 

Mais distante que outras cachoeiras da região, a João Inácio é recomendada para nadar. Contudo, deve-se ficar alertar com a profundidade do poço

Cachoeira da Parida 

O poço de cor verde-azulada encanta os visitantes da Cachoeira da Parida. A transparência das águas junto aos pequenos cânions se une à beleza da vegetação do local. 

Mais atrações em Sacramento  

Igrejas 

Basílica de Nossa Senhora do Patrocínio do Santíssimo Sacramento | A Paróquia criada em 1857 foi elevada à Basílica em 2014. Os fiéis têm a oportunidade de se reunirem para louvar e rezar. 

Igreja Matriz Nossa Senhora do Desterro | Tombada como patrimônio estadual, a igreja foi construída entre 1743 e 1754. Curiosamente, é rodeada por um cemitério e muro de pedras. 

Igreja Nossa Senhora do Rosário | Datada em meados de 1854, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário é um patrimônio estadual. Encantadora pela sua simplicidade, o local se liga à tranquilidade do distrito. 

Museu Histórico de Sacramento 

Conhecido como Museu Histórico Corália Venites Maluf, o espaço guarda a história e cultura da cidade.  

O nome do museu é uma homenagem para uma professora reconhecida pelo trabalho na educação exercido na cidade. 

O que fazer na Serra da Canastra: Delfinópolis 

Delfinópolis tem cerca de 7 mil habitantes e é conhecida pelo circuito de ecoturismo. São mais de 150 cachoeiras para descansar em meio à natureza e se banhar nos poços. Confira as principais atrações: 

Cachoeiras 

Complexo Maria Concebida 

Com muitas piscinas naturais de águas transparentes, o Complexo de Cachoeiras Maria Concebida tem uma piscina de águas quentes, ideal para passar o dia relaxando. A temperatura é elevada em razão da profundidade da mina. 

As trilhas têm sinalização, o que ajuda a não se perder. Só há banheiros e estacionamento, mas não tem estrutura com lugares para alimentação e pousadas. Para entrar no complexo, há cobrança.  

Complexo do Luquinha 

Com lindas cachoeiras, o complexo conta com trilhas com baixo grau de dificuldade e piscinas naturais para banhar.  

Localizada na Pousada Água de Santo Antônio, os visitantes ainda podem almoçar e provar a comida mineira feita no fogão a lenha. 

Complexo do Claro 

Tido como um dos complexos de ecoturismo mais bonitos de Delfinópolis, o espaço reúne as cachoeiras da Gruta, Paz, Pedra, Tenebroso e Tombo.  

O espaço privado tem locais para hospedar e alimentar

Complexo Acqualume 

Esse complexo é uma hospedagem na Serra da Canastra. Conta com restaurante, cachoeiras e piscina com hidromassagem. Aproveite a comida mineira nesse espaço hospitaleiro. 

Vale do Véu 

O Recanto Ecológico Vale do Véu é uma pousada que agrada os hóspedes pela gastronomia mineira. É uma ótima alternativa para curtir e aproveitar as aventuras do local. 

As cachoeiras do complexo são Dona Hercília, Funil, Maria Augusta, Vale do Céus e Véu da Noiva. É necessário fazer reserva e todas as modalidades de hospedagem incluem alimentação com café da manhã, almoço e jantar.  

Complexo Cachoeiras do Paraíso 

Com oito cachoeiras, o Complexo Paraíso tem hospedagem e restaurantes dentro do Parque Nacional da Serra da Canastra.  

A comida feita no fogão a lenha junto aos apartamentos para hospedar traz aconchego para quem quer ficar em contato com as belezas naturais da região. 

Cachoeira do Ouro  

São três cachoeiras que formam a Ouro. Além disso, tem hospedagem em chalés em meio à natureza com serviço de alimentação e espaço de camping. 

Cachoeiras do Ézio  

As Cachoeiras do Ézio tem muitas piscinas naturais para nadar, trilhas e restaurante. Os visitantes podem aproveitar o bolinho de mandioca recheado com queijo canastra. 

Queijaria e Vale da Gurita 

A produção artesanal do queijo canastra confere qualidade ao produto tipicamente mineiro. São diferentes opções na Queijaria e Vale da Gurita, como Merendeiro, Tradicional, Canastra Real. 

Diariamente, são feitos apenas 35 queijos, o que certifica a dedicação do local na feitura do produto.  

Sugestão de Roteiro para Serra da Canastra 

A essa altura do post, você já percebeu que certamente vão te faltar dias pra tudo o que fazer na Serra da Canastra, não é?  

Para facilitar um pouco, montamos uma sugestão que inclui as principais atrações que mostramos aqui: 

  • Dia 1 | Parque Nacional da Serra da Canastra – Portaria 1 
  • Dia 2 | Cachoeira do Cerradão, Cachoeira do Nego, visita à Fazenda de Queijos 
  • Dia 3 | Complexo do Capão Fôrro, visita à Fazenda de Queijos 
  • Dia 4 | Cachoeira do Fundão (dentro do Parque Nacional da Serra da Canastra – Portarias 1 ou 2)  
  • Dia 5 | Parque Nacional da Serra da Canastra – Portaria 4, Piscinas do Zezico ou visita à Fazenda de Queijos 
  • Dia 6 | Cachoeira da Chinela, Cachoeira da Lavrinha, Morro do Carvão (pôr do sol) 
  • Dias 7 e 8 | Atrações em Sacramento 
  • Dias 9 e 10 | Atrações em Delfinópolis 

Se seu tempo for mais corrido, faça esses ajustes para um roteiro na Serra da Canastra em 4 dias: 

  • Dia 1 | Parque Nacional da Serra da Canastra – Portaria 1 
  • Dia 2 | Cachoeira do Cerradão, Cachoeira do Nego, visita à Fazenda de Queijos 
  • Dia 3 | Complexo do Capão Fôrro, visita à Fazenda de Queijos 
  • Dia 4 | Parque Nacional da Serra da Canastra – Portaria 4, Cachoeira da Chinela, Cachoeira da Lavrinha, Morro do Carvão (pôr do sol) 

Mais dicas de viagem para Serra da Canastra 

Com o seu roteiro do que fazer na Serra da Canastra pronto, fique atento às informações sobre melhores momentos do ano para visitar, dicas sobre agendamento, onde se hospedar e outros detalhes que vão facilitar seus passeios.  

Entenda a região da Serra da Canastra 

Um destino único em razão de tamanha biodiversidade. Ao pesquisar o que fazer na Serra da Canastra, te garanto que você vai se surpreender com tamanha grandiosidade do cerrado! 

Aliás, vale dizer que a região da Serra da Canastra é bem extensa. São 6 municípios que a compõem: 

  • São Roque de Minas (incluindo os distritos de São José do Barreiro, são João Batista da Canastra) 
  • Vargem Bonita 
  • Sacramento 
  • Delfinópolis 
  • São João Batista do Glória 
  • Capitólio 

Um dos atrativos de destaque da Serra da Canastra é o Parque Nacional da Serra da Canastra. Ele abrange 3 desses municípios: São Roque de Minas, Sacramento e Delfinópolis, sendo São Roque de Minas o principal ponto de partida para conhecê-lo.  

Ave Carcará no Parque Nacional da Serra da Canastra
Um Carcará nos dando boas-vindas na Portaria 1, em São Roque de Minas

Para dicas de Capitólio, confira nosso post sobre o que fazer em Capitólio

E independente do que escolher visitar, uma coisa eu garanto: sua experiência será incrível em meio aos belos planaltos, paredões rochosos e vales.  

E o clima rural ainda garante momentos de relaxamento, com direito a banhos de cachoeiras e degustação do famoso queijo canastra. 

Ou seja, não faltam motivos para você planejar sua viagem para Serra da Canastra! 

Curiosidade | O nome Canastra foi dado pelos europeus que perceberam a semelhança dos paredões com baús de transporte – chamados então de “canastra”. Nesse imenso planalto de vista impressionante, a fauna e a flora encantam pela beleza e tranquilidade.  

Onde se hospedar para visitar a Serra da Canastra 

Como você pode perceber, a região da Serra da Canastra é bem grande. Escolher onde se hospedar vai depender do que você pretende conhecer. 

Considerando que seu principal interesse é visitar o Parque Nacional da Serra da Canastra, a melhor pedida é ter a cidade de São Roque de Minas como base. 

Se você tiver tempo disponível, poderá dividir sua hospedagem em dois lugares diferentes: 

Se o seu roteiro for mais corrido, opte por se hospedar em São Roque de Minas (centro ou próximo da Portaria 1) e faça o deslocamento para a Portaria 4 em um bate e volta.  


E caso você queira explorar a região mais a fundo, confira nosso post com dicas de hospedagem na Serra da Canastra, incluindo as cidades de Sacramento e Delfinópolis. Ou, ainda, temos um post exclusivo com dicas de onde ficar em Capitólio.  

Como chegar na Serra da Canastra 

Como já falamos, a Serra da Canastra é composta por diversos municípios. Nós aqui iremos considerar os destinos São Roque de Minas, Sacramento e Delfinópolis. 

Para acessar o Parque Nacional da Serra da Canastra, você deve escolher por qual portaria quer entrar. As portarias 1, 2 e 4 ficam em São Roque de Minas, sendo a 1 e a 4 as mais indicadas para visitação. A portaria 3 fica em Sacramento 

Vista aérea das quedas d'água das cachoeiras do Lobo e Capão Forro
Vista área das cachoeiras do Lobo e Capão Forro, em São Roque de Minas

Se puder, invista no aluguel de um carro 4×4. Além de facilitar o deslocamento até a cidade, vai possibilitar com que você chegue às atrações com muito mais tranquilidade.  

Como chegar em São Roque de Minas 

De carro 

Saindo de Belo Horizonte | pegue a BR-381, conhecida como Fernão Dias e depois siga pela BR-262 sentido Triângulo Mineiro. A partir de lá, pegue a BR-050 até São Roque de Minas. 

Saindo de São Paulo | vá até Campinas e pegue o acesso para Minas Gerais, feito pela BR-491 sentido Passos. Depois, você deve continuar pela BR-050 até Pimhui. De lá, a última parte do percurso é feita pela MG-341 até São Roque. 

Saindo do Rio de Janeiro | comece pela BR-116 e siga até a cidade de Varginha. Depois, pague a BR-265 e continue pela MG-050 até Pimhui. A última parte percurso é pela MG-341 com destino a São Roque de Minas. 

De ônibus 

Não há linhas de ônibus a partir de Belo Horizonte, São Paulo ou Rio de Janeiro para São Roque de Minas. 

Neste caso, a melhor escolha é comprar uma passagem até Capitólio e, de lá, pegar um táxi até o destino final. 

Como chegar em Sacramento 

De carro  

Saindo de Belo Horizonte | ficando a 446 km de distância, a viagem dura cerca de 6h55 e começa pela BR-381 até Contagem e, de lá, seguindo pela BR-262 até Araxá. Por fim, pegue pela MG-428 até Sacramento. 

Saindo do Rio de Janeiro | com quase 900 km de distância, o percurso começa pela BR-116, pegando a saída 169 para a SP-065 até a cidade de Campinas e posteriormente seguindo pela BR-050 até Ribeirão Preto, onde você deverá seguir viagem pela Rod. Cândido Portinari e a Francisco Rodrigues Duarte até chegar em Sacramento. 

Saindo de São Paulo | são aproximadamente 496 km e cerca de 5h30 de viagem, comece pela Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), passando pela Rodovia Anhanguera e a Cândido Portinari, passando pela MG-428 e, por fim, pela BR-464 até Sacramento. 

De ônibus 

Saindo de Belo Horizonte | compre sua passagem até Araxá. Ao chegar no município, pegue o intermunicipal operado pela Viação São Bento com destino a Sacramento. A viagem leva uma média de 8h. 

Saindo do Rio de Janeiro | será preciso pegar um ônibus até o município de Franca e de lá, pegar um intermunicipal também operado pela São Bento até Sacramento. São aproximadamente 15h de viagem. 

Saindo de São Paulo | a melhor alternativa é comprar uma passagem até Ribeirão Preto. Ao chegar na cidade, basta pegar um outro ônibus da Viação São Bento até o município de Sacramento. Toda a viagem leva uma média de 10h30. 

Como chegar em Delfinópolis 

De carro  

Saindo de Belo Horizonte | ficando a 430 km de distância, pegue a MG-050 até um pouco depois de Capitólio, continuando pela BR-464 até chegar em Delfinópolis. 

Saindo do Rio de Janeiro | são aproximadamente 11h30 de viagem e o trajeto é bem longo, passando por várias rodovias. Ele começa pela BR-116 e finaliza na BR-464 até Delfinópolis. 

Saindo de São Paulo | siga até Campinas e de lá pegue a SP-340 até a divisa com Minas Gerais. Continue pela BR-491 até São Sebastião do Paraíso e posteriormente a MG-050. A última parte do percurso é pela MG-344 até Delfinópolis. São 426 km e cerca de 6h de viagem. 

De ônibus 

Para quem estiver saindo de Belo Horizonte ou São Paulo, a melhor opção é pegar um ônibus até Capitólio e de lá seguir até Delfinópolis. 

A partir do Rio de Janeiro, a melhor escolha é pegando um ônibus até a cidade de Franca e, de lá, seguir para Delfinópolis. 

Melhor época para conhecer a Serra da Canastra 

Embora seja possível visitar as cidades durante todo o ano, o recomendado é evitar os meses chuvosos, principalmente no verão. A chuva pode atrapalhar o deslocamento e a visita às atividades ao ar livre.   

Poço de águas azuis cristalinas na Cachoeira do Sileno na Serra da Canastra
Cachoeira do Sileno, em São Roque de Minas

Assim, entre abril e outubro é o período mais apropriado para curtir sem preocupação. Caso vá durante a época de chuvas, fique atento à previsão do tempo e evite passeios aquáticos, como cachoeiras, visto que o risco de trombas d’água é grande.   

Escrito por Adriana
Jornalista e blogueira em tempo integral há mais de 10 anos. Já visitou mais de 40 países e ama um roteiro bem completo e equilibrado, com direito a clichês e espaço para novas descobertas. Por aqui compartilha suas experiências de viagem e traz as melhores dicas para que você também se apaixone pelo seu próximo destino.
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2 comentários em “Serra da Canastra: principais cidades + dicas do que fazer (2025)”