Como circular em Londres: saiba quais são as melhores opções

Planejando a sua viagem para a capital britânica e ainda não sabe qual será seu principal meio de transporte por lá? Então, continue comigo que eu vou te dar as melhores dicas para você acertar de primeira!

Não há como negar que Londres é mesmo uma cidade enorme. Com 1.572 km², o destino está dividido em 9 zonas e 33 distritos, que podem ser considerados os “bairros” da capital. E quanto mais distante for a zona, mais caro o valor do transporte.

As atrações mais famosas ficam nas zonas 1 e 2, que são as mais centrais, e é aqui que a sua viagem para Londres irá se concentrar. E embora alguns pontos turísticos sejam relativamente próximos um do outro, não aposte todas as suas fichas na própria disposição para bater perna.

A boa notícia é que a cidade tem um dos melhores sistemas de transporte público do mundo, o que significa que circular por lá não será nenhuma missão impossível.

Porém, já te adianto que essa não é a única opção. Neste post, você vai perceber que há outras formas bem práticas e convenientes de transitar pela cidade.

Sem mais delongas, confira agora um guia completo com as melhores dicas de como circular em Londres e decida qual opção mais combina com o seu estilo de viagem:

• Ônibus turístico
• Transporte público
• A pé
• Carro de aplicativo ou táxi
• Bicicleta
• Carro alugado

Direto ao Ponto: Como circular em Londres

• Eu sempre recomendo fazer um passeio de ônibus hop on hop off no primeiro ou no segundo dia, é uma forma bem bacana de começar a sua viagem, conhecer gente nova e ainda curtir vistas incríveis
• O transporte público de Londres é bastante prático e eficiente. Entre os ônibus, trens e metrô, o último é o meu preferido, afinal, estamos falando de uma opção sem trânsito e muito pontual.
• Para utilizar o transporte público, utilize seu próprio cartão com pagamento por aproximação ou algum dispositivo com NFC, compensa mais do que emitir o Oyster Card.
• Não pretende passear de transporte coletivo com frequência, apenas uma vez ou outra? Então, invista no bilhete único.
• O aplicativo da Uber funciona por lá. As corridas são menos caras que as dos táxis, mas não há como pagar com dinheiro, apenas cartão.
• Apesar da proximidade entre algumas atrações, conhecer a capital a pé pode ser cansativo se você não tiver uma rota bem planejada. Programe-se para combinar passeios de metrô/ônibus com trechos de caminhada.

Como circular em Londres: ônibus turístico

Se for a sua primeira vez no destino, invista sem medo nos icônicos ônibus hop on hop off! Eles são uma ótima pedida para você circular e se ambientar com a cidade.

Além de conhecer boa parte dos pontos turísticos mais badalados – inclusive o Big Ben e a Torre de Londres –, você ainda terá a chance de fazer novas amizades com outros aventureiros e companheiros de viagem.

Uma das vantagens que eu mais gosto é que você tem a liberdade de embarcar e desembarcar em qualquer uma das 20 paradas do centro, o que já facilita para quem quer tirar as primeiras fotos e já ir decidindo quais atrações vão precisar de outra visita mais demorada. 

Você poderá escolher entre bilhetes com duração de 24h ou 48h, incluindo ou não o cruzeiro pelo rio Tâmisa, que é um clássico! Na minha vez, eu não pensei duas vezes antes de incluir o cruzeiro e foi sucesso, é uma experiência única contemplar as construções londrinas a partir do rio. 

Para se organizar melhor de acordo com o seu roteiro, recomendo dar uma olhada na rota do passeio e garantir seu bilhete com antecedência.

Como circular em Londres: transporte público

O transporte público é uma das alternativas mais procuradas por quem quer se deslocar pelas ruas de Londres. Essa opção faz sucesso porque é uma maneira interessante de passear pelo destino, já que os valores são mais acessíveis e ainda dá para ter o gostinho de se sentir como um morador de lá.

Você terá a possibilidade de escolher entre ir de ônibus, trem ou metrô. Particularmente, entre esses, eu acho que o metrô ganha disparado, afinal, é o mais rápido e pontual de todos. 

Porém, isso está longe de significar que um bom passeio nos tradicionais e vermelhos ônibus de dois andares é dispensável, pelo contrário! Afinal, não há variação no valor das passagens dos charmosos Double Deckers.

Mas, voltando aos trilhos, você sabia que é em Londres que fica o metrô mais antigo do mundo? O famoso underground tem mais de 10 linhas e os valores funcionam naquele mesmo esquema que eu te falei: quanto mais longe o destino, mais cara a passagem.

A seguir, confira as principais formas de adquirir suas passagens para utilizar o transporte público londrino:

Bilhete avulso

O bilhete avulso é sempre uma das minhas recomendações para quem vai utilizar o transporte público pouquíssimas vezes, como, por exemplo, apenas uma passagem de ida e volta. Se essa for a sua proposta, saiba que a passagem pode ser comprada nas próprias estações de metrô.

Se a ideia é usar o transporte público com mais frequência, vale considerar as outras opções que mostrarei a seguir, pois o gasto com bilhetes avulsos será muito mais alto do que comprar um cartão.

Oyster Card

O Oyster Card é uma opção vantajosa para passear de transporte público em Londres. Ele é um cartão pré-pago inteligente, em que você precisa adicionar dinheiro para poder utilizar os transportes da cidade, como metrô, ônibus e trem.

Caso escolha ter um desse, você precisará pagar uma taxa para emitir o cartão, taxa essa que não será revertida em passagens. 

Outro ponto que me fez dar uma chance ao Oyster é que ele é bem fácil de ser encontrado.  Você pode garantir o seu em bancas de jornais, estações de metrô e nas estações da linha Elizabeth ou nos Centros de visitantes.

O melhor de tudo é que as máquinas para carregar o Oyster aceitam dinheiro (moeda e cédulas) e cartões internacionais, sem falar que você tem direito a pegar quantos metrôs e ônibus quiser dentro do período de 1h pagando apenas uma passagem.

Ele é ótimo para quem vai ficar vários dias na cidade e precisa usar os meios de transporte para se locomover, já que sai muito mais barato do que as passagens avulsas.

Dica | Vale lembrar que há a possibilidade de conseguir reembolso se desejar devolver o cartão e ainda tiver um saldo abaixo de £10, basta ir até uma das estações.

Pagamento por aproximação

Sim, você não leu errado: dá para pagar a sua passagem com o seu cartão, celular ou smartwatch com NFC!

Felizmente, a tecnologia evoluiu e agora você pode fazer o pagamento apenas aproximando o seu cartão internacional (se ele tiver essa função, claro) ou dispositivo com tecnologia NFC. É uma boa porque você economiza o valor que pagaria na emissão do Oyster Card. 

Porém, fique bem atento, apesar de só ter descoberto essa facilidade quando já estava no Brasil, fiquei sabendo que não é permitido que duas pessoas utilizem o mesmo cartão (físico) ou dispositivo para pagar a passagem. 

Outro detalhe – que também vale para o Oyster Card – é que você deve registrar sua passagem tanto no embarque como no desembarque, caso contrário estará sujeito a uma bela multa. No caso do pagamento por aproximação, tenha em mente que será sempre com o mesmo cartão ou dispositivo, tanto na entrada quanto na saída.

Travelcard

Bem semelhante ao Oyster, ele é um passe ilimitado para 1, 7, 30 dias ou até 1 ano.

Chamados de “créditos”, você pode utilizá-los por meio do Oyster ou em um passe de papel, e esse detalhe varia de acordo com o lugar que você compra. Ambas as opções te permitem circular de metrô, ônibus e os trens da DLR quantas vezes quiser dentro do período de dias que selecionar.

Para adicionar os créditos do Travelcard no Oyster, basta realizar o pagamento nas maquininhas das estações de metrô e trem.

Agora, se você prefere o passe de papel, saiba que ele deve ser comprado diretamente nas bilheterias das estações de trem, como King’s Cross, Victoria e London Bridge.

Nessa modalidade, é necessário apresentar o seu passaporte e uma foto 3×4.

Como circular em Londres: a pé

É fato que Londres é um dos destinos mais bonitos da Europa e, por isso, caminhar por lá é uma delícia. Porém, chegue sabendo que nem todos os pontos turísticos são próximos, o que exigirá de você certa estratégia na hora de planejar seus deslocamentos. 

A minha tática foi utilizar o transporte público para distâncias maiores e montar um roteiro que me permitisse aproveitar ao máximo a proximidade entre as atrações para ir andando, combinando, por exemplo, uma visita ao Palácio de Buckingham com uma passadinha no icônico Big Ben.

Como circular em Londres: Uber ou táxi

Para um conforto a mais, por que não considerar utilizar os serviços de aplicativos de transporte, como o Uber? Não é uma forma necessariamente barata de se locomover em Londres, mas tem lá suas vantagens.

Como tudo na vida, essa alternativa tem seu lado positivo e negativo. O positivo é que Uber sai uma opção mais em conta do que os clássicos táxis pretos e charmosos da capital britânica, sem falar em toda praticidade e economia de tempo. 

Já a desvantagem é que você não terá a opção de pagar com dinheiro em espécie, pelo menos foi assim comigo.

No mais, em comparação ao táxi, o Uber ganha a disputa, principalmente pela facilidade de chamar pelo aplicativo sem precisar ficar esperando aparecer algum táxi disponível.

Como circular em Londres: bicicleta

Outra alternativa divertida é optar pelo aluguel de uma das mais de 12 mil bicicletas disponibilizadas pelo Santander Cycles. Quem – assim como eu – ama a sensação de liberdade que só um passeio de bike proporciona e não perde uma oportunidade de economizar, vai adorar essa opção. De brinde, você ainda se exercita!

Há várias estações pela cidade e você deve ter em mente que, após pagar os primeiros trinta minutos, você será cobrado a cada meia hora extra pedalando. 

Como circular em Londres: carro alugado

Antes de mais nada, saiba que alugar um carro é uma opção que só faz sentido se você planeja conhecer outras cidades dos arredores de Londres, está viajando em grupo ou apenas tem curiosidade de descobrir na prática como é dirigir na mão inglesa.

Caso nenhum desses casos seja o seu, não recomendo. Até porque, como você deve imaginar, o sistema de transporte público da cidade atende tranquilamente às necessidades de qualquer viajante. 

Porém, se você não abre mão desta experiência, certamente vai gostar bastante de dirigir pelas ruas de Londres. As estradas são bem bonitas e o pessoal me pareceu bastante cordial tanto com os pedestres quanto com outros motoristas. 

Lembrando que, para isso, você deverá estar com sua CNH e passaporte em mãos, ambos regularizados, claro.

Dica extra: não se esqueça do ETA!

Vai viajar para a Inglaterra, Escócia, País de Gales ou Irlanda do Norte? Desde janeiro de 2025, é necessário solicitar o ETA, uma autorização eletrônica de entrada para turistas. A exigência vale até mesmo para conexões com passagem pelo controle de fronteira britânico. A solicitação é prática e feita online. Para entender melhor, dá uma olhada no post com o passo a passo para emitir o ETA para o Reino Unido.

Agora você já sabe quais são as melhores formas de como circular em Londres!

Fala sério, depois desse guia ficou bem fácil escolher qual meio de transporte mais combina com o que você procura, não é mesmo? Tem para todos os gostos e bolsos: desde para quem procura entrar no clima da cidade se aventurando no transporte público, até para quem prefere a previsibilidade dos transportes mais confortáveis.

O ideal mesmo é que você monte o seu roteiro de viagem primeiro e, a partir daí, escolha como se locomover. Pensando nisso, fiz um post bem completo sobre o que fazer em Londres. Não deixe de conferir e boa viagem!