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Bariloche é a cidade argentina que muita gente sonha em visitar para conhecer a neve, mas surgem várias dúvidas na hora de decidir onde e em qual hotel se hospedar.
De cara, te digo que apesar de ser pequena, Bariloche tem regiões que oferecem experiências bem variadas. O centro da cidade é o melhor lugar para estar perto do comércio em uma primeira vez turistando, enquanto o percurso da Avenida Bustillo vai conquistar os mais aventureiros com suas vistas deslumbrantes do Lago Nahuel Huapi e das montanhas.
E se o que você mais quer é poder se divertir nas estações de ski, nada como passar alguns dias do inverno na base do Cerro Catedral. Mas não importa a região que você escolher, não será difícil conseguir uma vista linda pela janela do seu quarto!
Eu já estive quatro vezes em Bariloche, sendo que em duas delas me hospedei no centro, uma na Avenida Bustillo e outra no Cerro Catedral. Cada experiência foi única e consegui identificar os prós e contras de ficar em cada uma dessas regiões. Agora é hora de compartilhar com você minhas dicas e te ajudar nessa escolha!
Uma pausa para admirar a incrível paisagem de Bariloche
Essas são as 4 principais regiões que você deve considerar para ficar hospedado em Bariloche:
Onde ficar em Bariloche: conheça as principais regiões
1. Centro da cidade (Calle Mitre e arredores)
A maioria dos passeios turísticos ficam a uma certa distância do centro de Bariloche, mas ele é um dos lugares mais convenientes para você ficar hospedado, especialmente em família. Aqui tem mercado, hospital, agências de aluguel de carro, vários postos de gasolina, e uma vida noturna bem animada.
O charmoso Centro Cívico de Bariloche. Foto: Hiroki Ogawa / CC BY 3.0
O agito acontece mesmo na Calle Mitre e seus arredores, que oferecem muitos cafés, restaurantes e chocolaterias – que, junto da arquitetura dos prédios, fazem parte da herança germânica de Bariloche.
No quesito hospedagem, a maior vantagem que você vai encontrar nessa região é a grande oferta de hotéis custo-benefício. Se escolher um deles, recomendo que aproveite para fazer umas atividades mais “calminhas” antes de se aventurar nas montanhas, como visitar o Museu da Patagônia ou a Catedral Nossa Senhora de Nahuel Huapi.
E caso você dependa do Aeroporto de Bariloche (o BRC), não vai encontrar dificuldades em pegar um táxi ou um remi (similar ao táxi) até lá. Se preferir o transporte público, é só entrar no ônibus da linha 72 que sai do Terminal de Bariloche.
Principais atrações:
Centro Cívico (praça central, onde está a prefeitura)
460 LOFT Apartments | Apartamentos inteiros, bem localizados e com tudo novinho.
Patagonia Jazz Hostel | Esse hostel tem quartos privativos e serve um café da manhã delicioso, com direito a doces e pão caseiro.
2. Avenida Bustillo
A Avenida Bustillo é uma via que segue para além do centro da cidade, indo atééé a região da Península San Pedro (que falarei mais à frente), sendo que é muito escolhida pelos viajantes que querem diárias mais baratas em um lugar sossegado.
A beleza do Lago Nahuel Huapi é um dos motivos para escolher se hospedar na Avenida Bustillo. Foto: bullit / CC BY 3.0
É uma boa ter um carro à sua disposição, senão você vai ter que andar muito, e fica mais fácil de explorar alguns trechinhos de natureza que fogem das rotas turísticas. Só é bom se informar da situação das estradas, é claro.
Saiba que eu me hospedei aqui na minha primeira vez em Bariloche, e eu amei! Ficar de frente para as paisagens belíssimas do lago Nahuel Huapi foi uma experiencia e tanto. Aliás, um ótimo lugar para apreciar o visual é a Playa Melipal, mas como a água é um tanto gelada (mesmo no verão), recomendo que você deixe pra mergulhar nas delícias do Museo del Chocolate Havanna, da franquia argentina Havanna.
E apesar dos restaurantes sumirem no início da avenida, há uma penca deles na área da Playa Bonita, e o que mais gostei de provar foram a truta e a carne de cordeiro, bem comuns por aqui.
E fica a dica: se você pretende subir até o Cerro Otto, o acesso é feito pelo teleférico na Avenida dos Pioneiros (perto da Avenida Bustillo), e lá há um estacionamento de veículos.
Bariloche Hostel | Uma opção aconchegante, com quartos tipo cabine, sala de jogos e cozinha compartilhada.
Hosteria Santa Rita | Uma pousada charmosa às margens do Lago Nahuel Huapi, com uma pequena praia privada.
3. Cerro Catedral
Se você está indo no inverno e quer aproveitar o máximo da neve em Bariloche, vale considerar uma estadia na base do Cerro Catedral, que tem a fama de ser o maior centro de ski do hemisfério sul. Como fica em uma vila a 19 km do centro, o ideal é separar alguns dias da viagem para curtir a região.
Uma incrível vista do alto do Cerro Catedral. Foto: gullebot / CC BY 2.0
O lugar tem uma estrutura bem legal, com restaurantes, escolas de ski e lojas das mais variadas, incluindo as focadas em equipamentos do esporte.
Mas, se sua viagem for fora da temporada de inverno, ficar no Cerro Catedral não é tão interessante. Embora a estação fique aberta para visitas (é possível subir no teleférico), muitos hotéis e outros estabelecimentos fecham.
Se isso não for um problema para você, uma atividade alternativa é uma das áreas do Parque Nacional Nahuel Huapi, que dá pra chegar de carro pela estrada Balcón Gutierrez. Lá, há trilhas e atrações bem bonitas, como a cachoeira Cascada de los Duendes e o Mirador Gutierrez.
Principais atrações:
Estação de ski
Parque Nacional Nahuel Huapi (trilhas e Lago Gutiérrez)
Cascada de los Duendes
Sugestões de hotéis em Cerro Catedral:
Hostería del Cerro | Essa pousada está situada em um chalé super bonitinho, e que tem piscina aquecida para os hóspedes.
Punto Bariloche | Para uma viagem romântica, fique em uma das românticas casinhas de madeira dessa hospedagem.
4. Península San Pedro até Villa Llao Llao
Se você seguir na Avenida Bustillo em direção ao norte, vai chegar na região da Península San Pedro, que é mais do que perfeita para os apaixonados por natureza.
As vistas no topo do Cerro Llao Llao são de encher os olhos. Foto: BORIS G / CC BY-NC-SA 2.0
A diferença da península para outras áreas em Bariloche é a localização remota, as vilas charmosas e a sensação de paz o tempo todo. Não é à toa que é onde estão a maioria dos hotéis caros, porque a experiência toda é incrível.
O ponto negativo da região é a escassez de comércios, e por isso eu não recomendo que você passe todos os dias da sua viagem aqui. A parte mais “agitada” seria a Villa Llao Llao, que serve de base para a trilha até o Cerro Llao Llao.
Acima da vila, o ponto de saída para barcos e ferries é o Puerto Pañuelo, que cruza o lago e te dá acesso à encantadora Isla Victoria e o Bosque de Arrayanes, ambos ao lado do Parque Nacional Nahuel Huapi.
Principais atrações:
Cerro Llao Llao
Playa Sin Viento
Puerto Pañuelo
Sugestões de hotéis na Península San Pedro e Villa Llao Llao:
Llao Llao Resort | Um resort incrível na Villa Llao Llao, em meio a uma paisagem que parece cena de filme.
Onde não ficar em Bariloche
Na prática, Bariloche é muito turística, segura e pequena. Daí, não há como definir áreas exatamente negativas para se hospedar.
O que eu recomendo, em linhas gerais, é que você evite regiões muito afastadas caso você não esteja de carro. O transporte público em Bariloche não é extenso, então estar longe das linhas principais pode limitar o acesso às atrações e te obrigar a pegar taxi toda hora.
Por isso, focar nas áreas próximas ao Lago Nahuel Huapi, Centro Cívico e nas margens da Avenida Bustillo tende a garantir mais conforto e melhor acesso às maravilhas da região.
Dicas importantes antes de escolher seu hotel em Bariloche
Uma etapa essencial do planejamento da viagem é a escolha do hotel, mas há outros pontos importantes que você deve considerar ao definir onde se hospedar em Bariloche. Confira mais algumas dicas práticas para ajudar nessa decisão:
Melhor época para visitar Bariloche
Há dois momentos no ano em que o turismo esquenta em Bariloche: o inverno e o verão.
O inverno é o ápice da alta temporada, e é marcado pela neve que faz a cidade ser tão comparada com o interior da Suíça. É a época certa para esquiar, praticar snowboard e descer os morros de skibunda.
Enquanto isso, o verão seria a segunda estação mais famosa. O clima é agradável, os dias são longos, e as paisagens viram um show de cores. As atividades mais legais são as trilhas e os passeios de barco nos lagos. Não deixe de levar um agasalho, pois venta muito!
Já a baixa temporada acontece nos meses de outono e primavera. Os preços caem lá embaixo, mas é comum ver vários lugares fechados por causa da baixa demanda, o que exige um bom planejamento para aproveitar bem a viagem.
Como se locomover em Bariloche
Há 4 principais formas de andar por Bariloche: de carro, ônibus, táxis ou remis.
Ir pra lá e pra cá à pé também é possível, mas deixe isso para distâncias menores. O consenso é que alugar um carro para se deslocar é a melhor opção de todas, e foi o que eu fiz todas as vezes. Você vai ter muito mais autonomia e conforto para chegar até os pontos turísticos, principalmente os menos óbvios.
Quanto aos ônibus do transporte público, saiba que eles são operados pela empresa Mi Bus e exigem que você tenha o cartão SUBE, que funciona em mais de 60 cidades argentinas, incluindo a capital Buenos Aires e a própria Bariloche.
Eles não tem uma cobertura tão boa, mas contam com rotas mais turísticas dentro de Bariloche, e linhas que te levam até cidades próximas. É só ir até o Terminal Rodoviário na Avenida 12 de Octubre.
Por fim, há como pegar táxis e remis para chegar em locais sem rota de ônibus. Os táxis são que nem os do Brasil, com plaquinha de identificação e taxímetro para precificar a corrida.
Os remis são parecidos, mas usam valores tabelados, não ficam disponíveis na rua e trabalham para agências que existem aos montes na área central. Pode ser um pouco difícil conseguir um motorista na alta temporada, porque há poucos deles para tantos turistas.
Já sabe onde ficar em Bariloche?
Bariloche tem opções de hospedagens para todos os gostos, seja na praticidade do centro até nas paisagens nevadas do Cerro Catedral. A certeza é que uma delas se encaixa perfeitamente no tipo de viagem que você quer viver.
Agora que você conhece os melhores lugares para se hospedar, é só escolher o que mais gostou e preparar as malas para uma das portas de entrada da Patagônia argentina. E quando voltar, não esquece de me contar como foi a experiência!
Jornalista e blogueira em tempo integral há mais de 10 anos. Já visitou mais de 40 países e ama um roteiro bem completo e equilibrado, com direito a clichês e espaço para novas descobertas. Por aqui compartilha suas experiências de viagem e traz as melhores dicas para que você também se apaixone pelo seu próximo destino.
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