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Procurando entender onde ficar em Ho Chi Minh sem se perder entre tantos nomes e distritos? Entendo bem essa dúvida. A cidade é enorme, barulhenta e cheia de energia, e escolher a base certa é o primeiro passo de uma viagem inesquecível.
O Vietnã é um país do Sudeste Asiático com mais de 100 milhões de habitantes, e Ho Chi Minh (também chamada de Saigon) é o retrato mais moderno e acelerado disso tudo, concentrando mais de 9 milhões de habitantes.
O belíssimo Central Post Office, um clássico do Distrito 1 de Ho Chi Minh.
Aqui, a história da Guerra do Vietnã se cruza com arranha-céus, templos e buzinas. É um caos que funciona, e quem visita pela primeira vez se surpreende com o quanto a cidade pode ser intensa e acolhedora ao mesmo tempo.
Cada região tem uma personalidade. Resumindo bem, o Distrito 1 é o centro de tudo, onde ficam as atrações, os bares… O Distrito 3 é vizinho dele, mais residencial e com aquele clima de local, com cafés e história. O Distrito 5 tem “alma” chinesa, com templos, mercados e muita comida de rua. Já o Distrito 7 parece outro mundo, é moderno, organizado e cheio de estrangeiros morando por lá.
Mas, vamos ao que interessa: reuni as regiões que mais valem a hospedagem, com prós e contras, dicas sinceras e tudo o que aprendi nas minhas passagens pela cidade. Vem comigo!
Montei um mapa com todos os hotéis separados por distrito pra você visualizar direitinho onde cada um fica. É só dar uma olhada e comparar as distâncias até os pontos que mais te interessam na cidade.
Onde ficar em Ho Chi Minh: conheça os 4 melhores distritos para você se hospedar
Ho Chi Minh é dividida em distritos, que funcionam como regiões administrativas com governos próprios. Pra comparar com o Brasil, seria algo entre uma grande zona da cidade e um conjunto de bairros. Dentro deles, existem os phuongs, que são o equivalente aos bairros que a gente conhece.
A cidade tem distritos urbanos, onde ficam as áreas mais turísticas e movimentadas, e distritos rurais, que são mais afastados e com outro ritmo. Cada um tem uma função diferente, mas todos têm vida própria, com comércio, mercados e serviços locais. Alguns são práticos pra quem vai turistar, outros já ficam distantes e têm menos estrutura pra quem está só de passagem.
Por isso, separei aqui os que eu considero os melhores para se hospedar sem dor de cabeça, unindo localização e custo-benefício:
1. Distrito 1
O Distrito 1 é o pedaço mais movimentado de Ho Chi Minh. Tem restaurante pra todo gosto, café em cada esquina, além de, claro, uma oferta variada de hotéis. Tudo é perto, tanto que dá pra fazer muita coisa andando, sem depender de carro o tempo todo.
A Catedral de Notre Dame, um dos cartões-postais mais bonitos da cidade.
As ruas mais conhecidas são Dong Khoi e Nguyen Hue, cheias de hotéis luxuosos, lojas e restaurantes elegantes. Já Ho Tung Mau e Pham Ngu Lao têm hospedagens mais baratas e simples, melhores pra você economizar.
O interessante é que o distrito combina prédios antigos com construções novas, tipo a Bitexco Financial Tower, que aparece em quase toda foto da cidade. Perto dali fica o Mercado Ben Thanh, cheio de cores, cheiros, barracas e tradição.
Se você curte história, o Palácio da Reunificação está logo ali. Também dá pra conhecer a Catedral de Notre Dame e o Correio Central, que ficam um do lado do outro. Pra viagens mais curtas, onde cada minuto vale ouro, não tem região melhor.
Outra vantagem que eu gosto é a variedade de hospedagem. Tem muuuitos hotéis, desde redes internacionais até pousadas pequenas.
A verdade é que o Distrito 1 só não é perfeito porque as diárias são mais altas e o burburinho é intenso. Mas, cá entre nós, esse é o preço que se paga localização privilegiada, né?
Liberty Central Saigon Riverside | Esse hotel mistura conforto e uma vista de dar inveja. Os quartos são amplos e bonitos, e a piscina de borda infinita é ótima pra você ver o rio enquanto relaxa.
Sanouva Saigon Hotel| O hotel é simples, mas cheio de capricho. O café da manhã também rende elogios, sem falar que é tão bem localizado que dá pra ir ao Mercado Ben Thanh em menos de cinco minutos de caminhada.
The Myst Dong Khoi | Estamos diante de um cinco estrelas, com decoração toda em madeira, banheira, piscina e localização perfeita pra visitar a Ópera de Saigon.
2. Distrito 3
O Distrito 3 tem um ritmo bem mais calmo e os preços são mais em conta. Ele continua super bem localizado, mas sem o corre-corre do Distrito 1, com ruas mais arborizadas, o que ajuda muito no calorzão.
Entrada do Museu dos Vestígios de Guerra.
Você vai notar que a região está cheia de construções antigas, alguns comércios e árvores enormes. O Museu dos Vestígios da Guerra, por exemplo, fica aqui. É, definitivamente, um passeio que você não pode pular se quiser conhecer a história do país.
Falando em hospedagem, aqui elas seguem essa pegada mais simples e aconchegante. São aqueles hotéis menores, ideais para quem quer realmente descansar e ser acordado pelo aroma de café fresquinho. Quer mais motivos? Na maioria das vezes, o pessoal lembra o seu nome, você não gastará grandes fortunas e ainda estará bem na área central.
O único ponto é que, à noite, a coisa aqui é mais parada. Tirando isso, é uma área que cai bem para descansar depois de bater perna o dia todo e conhecer o lado mais real de Ho Chi Minh.
Celine Living – Central| Ideal pra quem prefere a praticidade dos estúdios. Os daqui são espaçosos, com cozinha equipada e vista urbana legal, próximo à Nguyen Hue.
La Passion Saigon Hotel| Tem um ar de modernidade, mas a grande estrela mesmo é o rooftop bar, que rende ótimos fins de tarde. Ficando aqui, você pode ir andando até o Correio Central e a Catedral de Notre Dame.
3. Distrito 5
O Distrito 5 fica ao sudoeste do Distrito 1 e é onde Ho Chi Minh mostra de verdade a sua veia chinesa. Há vários mercados, templos e restaurantes com comidas de dar água na boca.
Pagode Thien Hau.
O comércio é intenso, o movimento é constante e o clima é mais local que turístico. Não é o lado mais instagramável da cidade, ok? Mas, em compensação, a experiência é das mais genuínas.
Sobre pontos turísticos, tem o Pagode Thien Hau, com aquele cheiro forte de incenso pairando, e o An Dong Market, onde você encontra de temperos a tecidos. Fora esses, é possível conhecer o The Garden Mall, que deixa claro como é o comércio quem manda por ali. Particularmente, eu adoro esses lugares que não se esforçam para agradar o turista, mas te acolhem como se você vivesse ali desde sempre.
Os hotéis por aqui são mais modestos, mas o custo-benefício é sedutor. Há prédios antigos reformados e uns apart-hotéis novinhos, todos com preços na mesma faixa do que a gente encontra no Distrito 3. O atendimento, geralmente, é na base da simplicidade, sem rodeios, e o público é bem mais local.
Só que tem um detalhe: você vai precisar usar o Grab (que é como se fosse o Uber de lá) para se locomover, já que as principais paradas turísticas estão mais longe, no próprio Distrito 1.
Zazz Urban Ho Chi Minh | Um achado moderno, com quartos bacanas e banheiros enormes. Fica a poucos minutos de carro do Museu dos Vestígios da Guerra, contando com academia e piscina com borda infinita.
Dong Khanh Hotel | Fica a 20 minutos do An Dong Market, que é ótimo pra quem ama uma feira local. Está na minha lista pelo ótimo custo-benefício e pela gentileza da equipe.
4. Distrito 7
Sua viagem não vai ser tão curta e está pensando em fugir do óbvio? Então o Distrito 7 é uma alternativa que pode te agradar. Essa parte da cidade é conhecida como a “pequena Coreia”, por causa da enorme comunidade coreana que vive ali.
Lá, há supermercados com produtos importados, restaurantes servindo kimbap e tteokbokki, e até cafés que mais parecem terem vindo direto de Seul.
Em matéria de população, a região é grande, com muitos estrangeiros morando por lá, o que dá um toque internacional ao dia a dia.
Boa parte das hospedagens são apart-hotéis e estúdios com cozinha, varanda e vista pra parques enormes. Eu indico pra quem vai passar mais tempo na cidade, já conhece o básico e quer viver uma Ho Chi Minh diferente.
Como nem tudo é perfeito, não é perto das atrações centrais e a barreira do idioma complica, já que nem sempre alguém vai entender inglês por ali. Mas se quiser curtir o Vietnã com um toque coreano em cada esquina, o Distrito 7 funciona bem.
La Casona Hotel| Simples e bem cuidado, com atendimento super simpático. Por aqui, os preços das diárias são bem em conta. A maioria dos quartos são compactos, mas não falham quando o assunto é aconchego.
El Ocaso Hotel and Apartments| Gosto da sensação de “casa temporária” daqui, já que os estúdios têm cozinha, uma decoração fofa e banheiros impecáveis de tão limpos.
Onde não ficar em Ho Chi Minh
Nem todo canto de Ho Chi Minh vale a hospedagem. Já testei algumas áreas e, sinceramente, tem lugares que complicam mais do que ajudam. Um deles é o Distrito 8, que fica afastado do centro e não tem estrutura turística. O trânsito até lá é pesado, as ruas são confusas e, no fim, você acaba gastando mais tempo do que gostaria só pra chegar nas atrações principais.
Outro ponto que eu não recomendo é o Distrito 9. Muita gente se engana achando que vai economizar ficando por lá, mas a distância até o Distrito 1 também não perdoa. É uma área mais residencial, boa pra quem vive na cidade, mas nada prática pra quem está viajando.
O Distrito 12 segue a mesma linha: longe, sem tantos hotéis e com poucos restaurantes. Pode até parecer interessante no mapa, mas na prática não entrega o que o turista precisa.
Eu também evitaria o Tan Binh District, a não ser que o foco seja só ficar perto do aeroporto. É útil pra voos muito cedo, mas a região é sem graça e o trânsito ali não é dos melhores.
Dicas importantes antes de escolher o seu hotel em Ho Chi Minh
Antes de decidir onde ficar, tem umas dicas rápidas que ajudam muito na viagem. Dá uma olhada:
Como se locomover em Ho Chi Minh
Circular por Ho Chi Minh tem seus segredos. Se ficar Distrito 1, por exemplo, vai conseguir fazer quase tudo a pé.
Além da boa e velha caminhada, dá pra ir com o Grab, um aplicativo que resolve a maioria das situações: é barato, rápido e prático, já que você pode pedir tanto carro, quanto mototáxi e até entregas. Só não recomendo alugar moto, o fluxo é intenso e o trânsito parece uma orquestra de buzinas.
Nos primeiros dias, gostei de fazer um passeio de ônibus turístico hop-on hop-off pra entender onde tudo fica. Depois disso, os carros que pedi pelo Grab viraram meus melhores amigos. E fica a dica: sempre prefira pagar direto pelo app, assim evita mal-entendidos ou motoristas tentando negociar fora da corrida.
Os táxis são uma boa escolha, desde que o motorista ligue o taxímetro ou vocês combinem o valor antes, nada de entrar sem acertar isso, está bem? Já os ônibus são baratinhos e têm ar-condicionado, mas exigem paciência, porque nem sempre são pontuais. O metrô ainda está engatinhando, com poucas linhas em funcionamento, então nem entra muito na conta.
Melhor época para visitar Ho Chi Minh
A melhor época pra visitar Ho Chi Minh vai de novembro a março, quando o clima fica mais seco e o calor não castiga tanto. É nessa época que rola o Ano Novo Lunar (Tet), e a cidade te ganha pelas ruas decoradas e muita festa. Porém esteja ciente que alguns comércios fecham por alguns dias.
De maio a setembro, o calor e as chuvas aumentam, mas a cidade não para. Praticamente tudo continua funcionando, os preços caem e o turismo diminui, o que deixa os passeios bem mais agradáveis. Ainda assim, eu prefiro ir entre novembro e março mesmo.
Tomadas e eletricidade
As tomadas são dos tipos A, C e F, e a voltagem é 220V. Levo sempre um adaptador universal pra não depender do hotel. Alguns quartos têm poucas tomadas, então veja se compensa levar uma extensão compacta que ajuda muito quem viaja com celular, câmera e notebook.
Durante tempestades fortes, pode acontecer alguma queda rápida de energia. Por isso, costumo perguntar se o hotel tem gerador ou janelas que abrem bem. Nada pior do que passar calor, ficar sem ar-condicionado e o quarto não ter janela, né?
Etiqueta e pequenos costumes
Nos templos, como a Thien Hau Pagoda, priorize cobrir ombros e joelhos, tirar o chapéu e falar baixo. Sempre observo como os locais se comportam antes de entrar. E evito deixar os sapatos no meio do caminho – são detalhes, mas que demonstram respeito.
Nos mercados, pechinchar faz parte, só não precisa exagerar. Gosto de brincar com os vendedores, rir e mostrar interesse de verdade. Essa troca leve costuma render bons descontos e boas histórias.
E tem uma coisa que sempre funciona: dizer “cam on” (obrigado) em vietnamita. Mesmo sem falar o idioma, isso quebra o gelo e muda o clima na hora. No fim das contas, quem chega com simpatia, recebe o mesmo de volta.
Mais dicas de viagem ao Vietnã
Por fim, separei umas dicas práticas sobre o Vietnã e o Sudeste Asiático que sempre fazem diferença na hora de viajar. Olha só:
Moeda e câmbio | O Dong Vietnamita (VND) tem muitas casas decimais e assusta no começo, mas garanto que logo você pega o jeito. Eu costumo levar uma parte em dólar e trocar direto no país, já que é muito difícil trocar real por dong. Inclusive, sempre que viajo pra fora do Brasil, troco o dinheiro na Confidence Câmbio, que é confiável e tem boas taxas. Lembrando que pequenos comércios e barracas preferem dinheiro vivo, ok?
Seguro viagem | Um conselho que eu sempre dou é de não sair do Brasil sem um bom seguro viagem. A gente nunca espera, mas em situações de emergência é um alívio ter cobertura médica. Fora isso, o seguro também ajuda com bagagem extraviada e atrasos de voo. Pra escolher o que mais se adequa às minhas viagens, eu costumo comparar as opções nobuscador de seguros do blog, que facilita tudo e ainda me garante 10% de desconto.
Idioma | O vietnamita parece complicado, mas o alfabeto é o mesmo que o nosso, o que já ajuda a entender placas e cardápios. Fora das áreas turísticas, o inglês é limitado, então o tradutor do celular é essencial. Um simples “cam on” (obrigado) muda qualquer conversa, pois o pessoal valoriza quem tenta se comunicar.
O que levar na mala | Roupas leves, tênis confortável e protetor solar são indispensáveis. O calor é úmido e cansativo, então menos é mais. Sempre levo um lenço pra cobrir os ombros nos templos e uma capa de chuva dobrável porque as pancadas aparecem sem aviso. E, claro, um repelente, que é o item que ninguém lembra até precisar. Aproveitando a deixa, aqui no blog tem um post bem completo sobreo que levar pra Tailândia e Sudeste Asiático, super recomendo dar uma lida antes de fechar a mala.
Transporte pelo país | As distâncias enganam, então vale planejar bem. Entre Hanói, Hoi An e Ho Chi Minh, os voos internos são rápidos. Pra trechos menores, uso e indico o site da 12GoAsia pra ver horários e reservar ônibus ou trem. Já viajei com eles várias vezes e foi tranquilo, escapei da correria e das filas nas estações.
Depois de conhecer as regiões, entender o clima e ver quais pontos turísticos de Ho Chi Minh ficam em cada distrito, ficou mais fácil escolher, né? Como você viu, a cidade é intensa, cheia de vida e com hospedagens diversas.
Quando voltar de lá, me conta nos comentários qual distrito você escolheu e o que achou do destino, não vejo a hora de saber como foi a sua viagem pelo Vietnã! Boa viagem!
Jornalista e blogueira em tempo integral há mais de 10 anos. Já visitou mais de 40 países e ama um roteiro bem completo e equilibrado, com direito a clichês e espaço para novas descobertas. Por aqui compartilha suas experiências de viagem e traz as melhores dicas para que você também se apaixone pelo seu próximo destino.
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