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Há tempos eu já tinha visto vídeos e me fascinado por um downhill de bicicleta pela Estrada da Morte na Bolívia, mas admito que não sabia muito bem como era esse passeio… até eu fechar uma viagem pra La Paz.
A partir daí fiquei obcecado pelo dia em que eu pegaria uma bike e desceria a Estrada da Morte. Sonho realizado – e estou aqui pra contar como foi essa aventura!

Quando decidimos fazer nossa road trip pelo país, eu já sabia que tinha um encontro marcado com a Estrada da Morte: sou louco por adrenalina sobre duas rodas, então esse passeio entrou no topo da minha lista de atrações em La Paz. Posso afirmar que esse foi um dos pontos altos da nossa viagem pela Bolívia e mostro aqui por que.
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Mas vamos começar pelo começo: o que é a Estrada da Morte na Bolívia
Também conhecida como Camino a los Yungas, até 2007 essa estreita estrada de terra era a única ligação de La Paz até a região mais baixa de floresta de Yungas.
A estrada era responsável pela morte de 200 a 300 pessoas todos os anos, vítimas de acidentes de carros e ônibus – daí o nome Estrada da Morte na Bolívia.
Apesar de assustadora, a estrada é bem bonita: de um lado há a parede da montanha e, do outro, um precipício de até 600m de altura.

Após 2007 foi construída uma nova estrada asfaltada e 40km mais longa que a primeira. Com isso, poucos motoristas ainda se arriscam a viajar por ali, deixando a Estrada da Morte mais livre para os ciclistas aventureiros.
O que é a Estrada da Morte na Bolívia hoje
Depois de construída a nova estrada, o local virou uma das atrações turísticas mais buscadas de toda a América do Sul.
Empresas especializadas surgiram para guiar milhares de pessoas que vêm fazer o percurso de bicicleta e curtir a paisagem que vai se apresentando entre descidas e curvas.
Pelo caminho não faltam marcos do porquê essa estrada foi considerada a mais perigosa do mundo.

Como funciona o tour pela Estrada da Morte na Bolívia
Existem diversas empresas em La Paz que oferecem o tour pela Estrada da Morte na Bolívia. É importante pesquisar uma agência que tenha um alto nível de segurança, tanto nos equipamentos oferecidos quanto na atenção dos guias. Nós optamos por uma das mais recomendadas pelo TripAdvisor, a Ride On Bolívia Biking.
Todas as empresas exigem que você faça a reserva no dia anterior, de preferência até as 15h. Você pode ir até a agência ou agendar pelo site.
Nós acabamos indo até a agência para poder experimentar os equipamentos e marcar um ponto de encontro para o dia do passeio.
O Tour inclui transfer de ida e volta de La Paz, todo o equipamento, café da manhã, lanche e almoço. Nosso tour custou 599B. Além disso, é preciso pagar à parte o ingresso para a Estrada da Morte, que custa 50B.
Se você estiver próximo ao centro da cidade no dia do seu passeio, a empresa te pega no seu hotel. Como eu estava um pouco distante, fui a um ponto de encontro que marcamos às 7h30 da manhã.
O Equipamento
Uma das razões por ter escolhido a Ride On Bolívia Biking é por oferecerem capacete fechado, pois sei o quanto isso é importante no caso de um acidente.
Além das bicicletas com freios a disco e suspensão dianteira, eles também fornecem calça, camisa de manga comprida, jaqueta corta vento, proteção para joelhos, canelas e cotovelos. Certifique-se que seu tour inclui tudo isso!

Estrada da Morte na Bolívia: como é o passeio
Preparativos
No dia marcado encontrei os guias William, Marcelo e Brian, junto com o motorista Hugo e o responsável pela empresa Edwin – todos muito atenciosos.
No primeiro momento já iniciaram uma breve explicação sobre o trajeto a ser percorrido até o ponto inicial do downhill. Eles também foram buscando informações sobre minha experiência com bicicletas, para saberem o meu “nível”.
Depois de dirigir por 45 minutos, chegamos até o La Cumbre, ponto inicial do passeio. Toda rota pela Estrada da Morte tem 64km de descida: ela inicia a 4.700m de altitude e termina em pouco menos de 1.200m. Eu não tinha parado pra pensar, mas são 3.500m de descida!

Com um visual incrível, o café da manhã é servido enquanto o equipamento é separado e o briefing de segurança é dado.
A todo momento os três guias reforçavam a necessidade de atenção e foco na descida. A chave para não acontecer nenhum acidente é estar familiarizado com os freios e não tentar nada estúpido como tirar selfies enquanto desce.
A segurança era algo que estava sempre em primeiro lugar, e a todo o momento o guias reforçavam isso. Se tudo for feito com atenção, a estrada é segura para os ciclistas, mas ela ainda tira a vida de alguns poucos que se arriscam nas suas curvas.


Começando a descida: no asfalto
Equipados e familiarizados com a bicicleta, é hora de começar a descer! A primeira parte é uma descida incrível numa estrada de asfalto. É importante ter cuidado pois a estrada é de mão dupla.

Estávamos no inverno (julho) então tínhamos a nossa frente uma montanha nevada e fazia um sol lindo. Foram 25km de percurso, onde atingimos de 60 a 65km/h.
O grupo naturalmente se dividiu entre os mais velozes e os mais lentos e, por isso, cada guia acompanha um dos grupos. Há o terceiro guia, que revezava entre tirar fotos, fazer vídeos e acompanhar os dois grupos, garantindo a segurança.

Quando chegávamos próximos a trechos mais críticos, os guias paravam, reagrupavam todos os participantes e detalhavam o que vinha pela frente.
Com essas paradas éramos obrigados a começar a descer do zero, o que fazia com que a velocidade nos trechos mais perigosos fosse menor.
Após o trecho de asfalto, foi hora de colocar as bicicletas de novo no carro e ir morro acima rumo a verdadeira Estrada da Morte.
Pra valer: descendo a verdadeira Estrada da Morte
Chegando em um trecho de terra, as bicicletas foram novamente colocadas no chão. Uma placa nos dava as boas vindas “Welcome to The Death Road”.
A placa também informava para aqueles que desciam, no caso nós, para que mantivéssemos o lado esquerdo – a conhecida mão inglesa.

Mas escute as instruções dos guias, eles vão dizer quando manter a esquerda e a direita. Lembre-se que do seu lado esquerdo há um precipício sem grades de proteção, que pode ter até 600m de altura.
Começando o downhill, aproveitei os primeiros momentos para conhecer melhor a bicicleta: testando suspensão, como funcionavam os freios na terra, percurso sobre as pedras, etc.
A partir daí foi só curtir a sensação incrível de adrenalina enquanto descíamos em um ritmo rápido, mas com segurança.

Pelo caminho da Estrada da Morte
As paisagens são incríveis, fomos cruzando a floresta rumo à cidade de Yolosita. É preciso ter atenção e se manter focado, porque uma pedra ou um buraco podem te fazer perder o controle.
Durante o trajeto os guias continuavam a parar o grupo para explicações sobre o trechos que viriam. Em média, parávamos uma vez a cada 20 minutos.
Eram nessas paradas que os guias aproveitavam para tirar algumas fotos do passeio e para nos mostrar o quão alta a queda poderia ser. Muitas das vezes não conseguíamos nem ver o fundo do precipício!


A estrada serpenteava pelas montanhas, com curvas fechadas e descidas íngremes. No começo, passávamos acima das nuvens.
Seguimos entre trechos com pedra e passando por muitas cruzes e memoriais, que nos faziam lembrar daqueles que perderam suas vidas ali. Estatísticas dizem que pelo menos uma pessoa morre por mês cruzando a Estrada da Morte.



Não cruzamos com nenhum carro subindo a estrada, mas ainda existe tráfego no local, mesmo que em número bem reduzido.
Depois da construção da nova estrada, é difícil motoristas quererem se arriscar por ali. Além disso, carros de apoio da Ride On Bolívia Biking faziam um tipo de segurança na descida, carregavam nossas mochilas e serviam água e lanches.
Chegado ao final da Estrada da Morte
No fim do trajeto as mãos e braços cansados me lembravam de quão intensa tinha sido a experiência de cruzar a tão temida Estrada da Morte na Bolívia. A sensação de cansaço é puro prazer.
Ao final do percurso, deixamos as bicicletas para tomarem um banho em uma casa de família, enquanto tomamos uma cerveja para relaxar. O tour termina em um hotel com almoço (buffet liberado) e uma piscina – aquela pausa revigorante antes de voltarmos aos 3.700m de La Paz.
Ah, e ainda ganhamos uma camisa com a frase “Eu sobrevivi à Estrada da Morte!”

Curiosidade: em todo nosso grupo, éramos 12 pessoas. Apenas 2 caíram: um cara caiu porque foi tentar imitar o guia subindo em um barranco, perdeu o equilíbrio e ralou o cotovelo. Outra menina freou muito rápido e derrapou.
Mais informações sobre a Estrada da Morte na Bolívia
O tour pela Estrada da Morte na Bolívia dura um dia inteiro. Dependendo do ritmo do grupo, o passeio pode ser um pouco mais rápido ou devagar.
No meu caso, chegamos no hotel para almoço às 15h30, o que foi considerado um bom tempo. O retorno para a cidade de La Paz dura em média 3h.
Conclusão
Por mais que existam riscos, o passeio de bicicleta pela Estrada da Morte no Bolívia é muito seguro. Nossa escolha pela Ride On Bolívia Biking não poderia ter sido melhor: eles têm ótimos equipamentos e os guias são divertidos e extremamente focados na segurança do grupo.

E não importa muito se o seu objetivo é aventura, esporte ou beleza: apesar da adrenalina, há quem opte em fazer o passeio pela Estrada da Morte para curtir a paisagem – e não há mal nenhum nisso.
Vale lembrar que apesar de longo e cansativo, o passeio é praticamente só descida, o que não exige esforço.
Dá para aproveitar seu dia cruzando montanhas nevadas e florestas tropicais pela Estrada da Morte, o que é uma experiência incrível. Sem dúvidas, esse é um passeio que não pode faltar na sua visita a La Paz!

Onde se hospedar em La Paz
Se você está planejando sua viagem e ainda não decidiu onde ficar em La Paz, duas boas regiões são o centro histórico ou o bairro mais descolado de Sopocachi. Nós ficamos no Casa Fusion Boutique, um hotel lindo e bem gostoso em Sopocachi, do ladinho da estação de teleférico – facilitando muito a locomoção por La Paz.
Para quem quer ficar no centro, vale ver o Wild Rover La Paz, que tem boa relação custo benefício e opções de quartos coletivos ou privativos. Para uma opção com mais conforto, o La Casona Hotel Boutique é puro charme.
Primeira vez no país? Confira nosso Guia Prático da Bolívia: aqui você encontra todas as informações que precisa para planejar sua viagem!
Não esqueça de se prevenir contra o soroche
Nós passamos mal por causa da altitude em La Paz. Assim como vários viajantes, nós não estamos acostumados a viver acima dos 3 mil metros de altitude – e o corpo sente os efeitos da falta de oxigênio. Escrevemos um post sobre como evitar o mal de altitude, não deixe de conferir.
E como nós precisamos de atendimento médico por causa disso, recomendamos muito que você feche um seguro viagem para poder curtir sua trip em paz.
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*Fiz o passeio para a Estrada da Morte a convite da Ride on Bolivia Bike. Os relatos desse post foram 100% baseados na experiência que tive durante o passeio – nós só recomendamos no blog o que testamos e aprovamos!
Nós agradecemos seu apoio! Nós nos esforçamos para manter o blog atualizado, mas alguns detalhes podem sofrer alterações a qualquer momento. Sempre confirme datas, preços e informações.








Muito legal esse post…
Vocês tem o caminho no STRAVA desse trajeto?
Existe também o passeio em subida da Estrada da Morte?
Não temos o caminho no STRAVA. Não pesquisamos sobre mas deve ser possível contratar alguém que faça. Deve ser cansativo, se não me engano a variação de altitude beira os 4.000m.