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No mar do Camboja, Koh Rong é aquele lugar que muita gente imagina quando pensa em uma ilha no Sudeste Asiático: areia clara, mar azul e uma sensação de que o mundo parou um pouquinho.

Só que, diferente das praias lotadas dos países vizinhos, aqui o cenário ainda é deserto em vários pontos, e se você esticar até Koh Rong Samloem, a coisa fica ainda mais silenciosa.
Muita gente nem imagina que o Camboja tenha praias nesse nível. Eu mesma só descobri depois de ouvir viajantes comentando que as águas eram tão bonitas quanto na Tailândia. Confesso que cheguei meio desconfiada em Sihanoukville, ainda mais porque a cidade não é tão simpática, mas bastou pegar a balsa e pisar na areia fina que eu mudei de ideia.
O problema é que, quando alguém coloca Koh Rong no roteiro, logo bate a dúvida: onde ir, qual praia priorizar, se compensa ir para o continente ou ficar por ali já está bom. Parece simples, mas o destino é muito maior do que parece no mapa.
Foi por isso que juntei minhas impressões neste guia, pra você já chegar sabendo o essencial. Aqui tem tudo o que você precisa sobre o que fazer em Koh Rong. Agora é só pegar a mochila e decidir qual dessas atrações vai ser a primeira parada da sua viagem:
- Praias de Koh Rong
- Passeios de barco e mergulho em Koh Rong
- Passeio no manguezal de Prek Kongkang
- Cachoeira Koh Rong
- Praias de Koh Rong Sanloem
Direto ao Ponto: o que fazer em Koh Rong
- Te garanto que chegar nesse destino pode ser bem fácil. Saí de Phnom Penh com um transfer privado até o píer da balsa e cheguei em Koh Rong sem estresse, com tudo reservado online.
- As praias de Kaoh Touch e Boeng Kaoh Touch são boas pra começar. Ambas têm vilarejos cheios de restaurantes e bares.
- Pagoda Beach é tranquilinha, e a estrada próxima à ela leva ao templo que a nomeia.
- Koh Rong Sanloem merece um dia inteiro. Comece por M’Pai Bay, vá até Saracen Beach e, se ainda tiver pique, siga pra Lazy ou Sunset Beach. Lembrando que só há duas formas de se locomover: a pé ou com barco..
- O Barracuda Seafood Restaurant e o By The Sea foram meus restaurantes favoritos. Comida saborosa, atendimento gente boa e aquela vista de frente pro mar que faz tudo parecer mais gostoso.
- Me hospedei no Onederz Koh Rong e achei a localização ótima pra ir pra não ficar tão isolada. Em Koh Rong Sanloem, fiquei no Sara Resort, em Saracen Bay. Gostei porque é super confortável e com fácil acesso ao pier de volta pra Sihanoukville.
- Prefira viajar nos meses entre novembro e abril, quando o tempo está firme, o mar azulzinho e as balsas não correm risco de cancelar. Pra aproveitar sem pressa, 3 dias inteiros já garantem uma viagem redondinha.
Conheça as atrações que não podem ficar de fora da sua viagem a Koh Rong
De praias animadas a cantinhos isolados, Koh Rong tem um pouco de tudo e cada pedaço guarda uma surpresa diferente. Neste guia, você encontra as paradas certeiras pra não sair daqui com aquela sensação de que perdeu algo importante. Bora descobrir?
1. Praias de Koh Rong
É nas praias que você entende de verdade o motivo de tanta gente falar do destino. Tem trecho agitado, pedaços mais calmos e até lugares quase desertos. Cada uma tem seu jeito e eu mostro aqui como são:
1.1 Kaoh Touch Beach
A Kaoh Touch Beach tem o mesmo nome do vilarejo mais movimentado da ilha. É por onde a maioria chega, já que os barcos atracam ali direto.

Antes de chegar em Koh Rong, eu não tinha as melhores expectativas para ela, de tanto ler gente reclamando do lixo largado na areia. Só que, olhando a orla de ponta a ponta, não vi tanta coisa assim e ainda pude nadar numa boa. Mas claro que tem algum lixo e, se puder, ajude o recolhendo.
Aqui tem hospedagem pra todos os bolsos, desde os hostels pequenos até bangalôs, principalmente na ponta sul. Aliás, é nesse lado onde você encontra café da manhã, de hambúrguer à comida italiana (tem pelo menos uns três estabelecimentos italianos perto da areia).
E sim, as festas acontecem. Vários barzinhos pequenos enchem à noite, tipo o do hostel Vagabonds. Muita gente se organiza ali mesmo pra beber e vira a noite. Já sabe onde ir se sentir falta da vida noturna animada, né?!
Além do mais, a vila até que é bem completa no sentido de serviços. Caso precise de atendimento médico simples, pode procurar a Best Friend Clinic, e logo ao lado tem um escritório de polícia. Tem locadoras de scooter de sobra pela área, e não ouvi tantos relatos daquele “golpe” que te fazem pagar por danos que já estavam no veículo.
1.2 Boeng Kaoh Touch
Pra variar o cenário, Boeng Kaoh Touch (que o pessoal chama às vezes de Long Set Beach, mas não confundir com a outra Long Beach) fica logo ali ao norte. O caminho é curto, e com scooter então, nem se fala.

Os restaurantes por aqui são mais organizados e os pratos vêm mais caprichados, pelo menos entre os que experimentei. Foi nessa região que decidi me hospedar (mais especificamente no Onederz Koh Rong) e, sinceramente, faria a mesma escolha de novo. A praia é linda, dá pra pilotar até Kaoh Touch rapidinho e o clima é mais sossegado à noite.
Nos arredores, tem lagoas rodeadas por vegetação de mangue que deixam a paisagem ainda mais bonita. Construíram umas pontes de madeira sobre elas, então dá pra atravessar andando e ver o visual de perto. Perto do FunkyBeach Club, à esquerda, tem até um encontro de águas bem visível.
1.3 Long Beach
Com cerca de 7 km de extensão, Long Beach tem uma das maiores faixas de areia de Koh Rong. Tem gente que chama de Sok San Beach, outros falam Five Mile Beach, já vi até Royal Beach em alguns guias. Independente do nome, aqui o sol se põe direto na linha do horizonte.

A parte norte é menos deserta, tem alguns mercadinhos, restaurantes e até hospedagens simples. De diferente, encontrei algumas cafeterias na estrada perto do píer. Uma delas era o ArtCafe, onde a dona, que é estrangeira, vende seu artesanato e prepara panquecas.
Perto dessa região também fica a Cachoeira Koh Rong, mas sobre ela eu conto mais adiante.
O acesso à Long Beach pode ser a pé por trilha (não recomendo de chinelo) ou de barco a partir de Sok San ou Kaoh Touch. No meio da orla tem o Sok San Beach Resort, que é o pedaço mais estruturado. O resto é natureza pura: sombra quase zero, mar raso e longo, silêncio bom e, à noite, plâncton bioluminescente na água.
1.4 Coconut Beach
Coconut Beach é pequena, calma e uma das mais próximas da vila de pescadores Daem Thkov. A areia clara forma um arco curto, cercado por árvores, e a água tem um tom esverdeado que muda conforme a luz. Não costuma ter muita gente além da galera dos resorts, então é comum chegar e ficar meio surpreso com o silêncio.

É um lugar mais pra ficar quieto, curtindo o visual e o som do mar. Tirando um spa que tem por ali, não tem outras coisas por perto. Sem música alta, sem movimento constante. Só o barulho das ondas e, às vezes, o vento mexendo nas folhas.
1.5 Pagoda Beach
Pagoda Beach fica numa posição meio termo em Koh Rong: nem tão perto do agito de Kaoh Touch, nem tão longe quanto as praias lá do norte. É um pedaço mais calmo, mas ainda com alguma estrutura. E sim, o nome vem da pagoda que fica atrás da praia, escondida entre as árvores.
Pra chegar no templo, é preciso voltar pela estradinha de acesso e pegar o caminho ao lado da lagoa. O trajeto é todo reto e bem fácil de seguir. O templo em si é pequeno, mas bonito demais. As cores vermelhas e amarelas nos detalhes chamam atenção e o lugar passa uma paz que combina com o mar logo ali do lado.
A faixa de areia é ampla, com mar calmo e uma paisagem que rende bastante caminhada. Tem muitos resorts ocupando a orla, mas nada exagerado. Só um barzinho mesmo, o Beach Bar, que melhora o clima com um som leve e uns drinks gelados.
1.6 Lonely Beach
Lá no norte da ilha, onde o mapa quase acaba, Lonely Beach fica meio esquecida, no bom sentido. Tem estrada até lá, mas sinceramente, é chão de terra, curva pra tudo que é lado e, se chover, a coisa fica feia. Então, se não for fechar um barco até lá, é melhor ir em um dia que não chova.

Ela não é privada, apesar do hotel que leva o mesmo nome estar cravado ali na areia. Ninguém vai barrar sua entrada, nem te olhar torto. E que sossego, viu?!
A água é transparente de um jeito que chega a enganar. Pensei que era rasa só ali na beirinha, mas andei uns bons metros com água ainda batendo no joelho. Vi peixe, conchinha colorida, e até um caranguejo que à primeira vista parecia uma pedra. O jeito é olhar bem por onde anda.
2. Passeios de barco e mergulho em Koh Rong
Koh Rong não tem um monte de ilhotas vizinhas pra fazer passeio bate-volta, não. O único destaque mesmo é Koh Rong Sanloem, que aliás merece um dia inteiro, não só um pulinho rápido. Os passeios de barco por aqui têm outro foco, que é levar o pessoal pra dentro d’água, pra mergulhar ou fazer snorkel.

Tem escola séria espalhada pelas áreas mais populares. Em Kaoh Touch, a Koh Rong Dive Center é bem conhecida e recebe desde quem nunca colocou a cabeça embaixo d’água até os que já mergulham com certa frequência.
Em Boeng Kaoh Touch, curti muito o atendimento da Watersports Cambodia Dive Centre e da Khmer Dive Group. Os instrutores são pacientes, explicam com calma e não ficam empurrando curso. Mas, se bater vontade, dá até pra tirar certificação por aqui.
Agora, snorkel não tem mistério. Qualquer praia de Koh Rong tem potencial, desde que o mar esteja limpinho. Fora da temporada de chuva, a visibilidade melhora bastante. Um cara numa loja me disse que a Coconut Beach é boa pra ver peixes logo na beira. Já equipamento tem em tudo quanto é canto, tanto pra vender quanto pra alugar.
No fim do dia, o mais legal é fazer um passeio pra ver o plâncton bioluminescente. A água parece estar normal, mas quando escurece e alguém se mexe ali dentro, surgem brilhinhos azulados como se o mar estivesse cheio de vaga-lumes. Não precisa mergulhar fundo: só de agitar os braços ou bater o pé, já começa o espetáculo.
3. Passeio no manguezal de Prek Kongkang
Descobri o manguezal de Prek Kongkang por acaso e fiquei surpresa de não ter visto ninguém comentar sobre ele. A área é cuidada pela Prek Kongkang Koh Rong Ecotourism Community, que aposta num turismo mais consciente, sem plástico e com reflorestamento.
Cheguei lá saindo de Boeng Kaoh Rong, pilotando scooter. A estrada é pavimentada e, na primeira bifurcação, virei à esquerda, sentido Pagoda Beach. Antes de atravessar a ponte do Rio Ta Sok, vi a entrada com plaquinhas. A taxa por pessoa é simbólica, e com esse dinheiro eles plantam árvores.
Lá dentro, tem uma trilha suspensa de madeira que atravessa o manguezal, daquelas super fotogênicas. Além disso, dá pra pagar à parte um passeio de barco ou alugar caiaque. Fiz o passeio no rio e foi incrível; certos trechos tem muitas borboletas. Vi azul, laranja, preta, algumas enormes.
Antes de sair, comi no restaurante da própria comunidade. Lugar simples, mas bem organizado. Esse cantinho do mangue é diferente de tudo que vi em Koh Rong, e o acesso é fácil pra quem já tá circulando de moto.
4. Cachoeira Koh Rong
A Cachoeira Koh Rong fica meio escondida depois da ponta norte da Long Beach. A trilha começa logo depois de uma ponte, e olha, não é nada muito sinalizado. Segui pelo caminho batido no mato, e em uns 20 minutos de caminhada, você ouve o som da água e já sabe que tá chegando.

O lugar é uma clareira cercada de mata fechada, com uma queda-d’água baixa e larga. Não dá pra nadar de verdade, mas dá pra entrar, sentar nas pedras e refrescar o corpo todo. Eu fui na época seca, e dei sorte por ter um pouco de água.
Tem uma corda amarrada numa das partes mais íngremes da trilha, que ajuda bastante a descer sem escorregar. Só não esquece de levar repelente, os mosquitos por ali não estão de brincadeira!
Apesar de não ser uma atração tããão incrível, curti a caminhada e o banho rápido na cachoeira. É uma aventura e tanto.
5. Praias de Koh Rong Sanloem
A irmã menor de Koh Rong tem praias mais desertas, vilas pequenas e pores do sol de tirar o fôlego. Leia mais sobre o que te espera em Koh Rong Samloem:
5.1 M’Pai Bay
M’Pai Bay é por onde muita gente chega em Koh Rong Sanloem através de Koh Rong. Esse é um lado mais simples, com clima de vila mesmo. As ruas são de areia e o cheiro de comida caseira domina o entorno dos restaurantes.

O mar ali perto do píer não é o mais transparente, mas em dias bons dá pra mergulhar sem problema. Mais pra frente, já tem uns trechos com coral e bastante peixes. Só fica ligado que às vezes pode ter sujeira trazida pelos barcos ou do próprio vilarejo.
Ah, e pra mergulhar, pode dar uma passada na Scuba Nation Diving Centre Cambodia, que é uma das escolas mais tradicionais da região. Alguns barqueiros da vila também oferecem passeios até os arredores da ilha Koh Koun, que fica bem pertinho daqui. A água lá é clarinha e tem bastante corais.
5.2 Saracen Bay
Quem vem direto de Sihanoukville costuma desembarcar em Saracen Bay, já que é ali que os barcos atracam mais rápido. A praia é longa e com mar, e acaba sendo a primeira impressão que muita gente tem da Koh Rong Sanloem.

Só não se engane achando que aqui é o centro de tudo! Apesar do movimento, a estrutura da orla é básica. Muitos dos bares e restaurantes fazem parte dos próprios resorts, então essa área compensa bastante se você quer sair do hotel só pra pegar a praia. Eu mesma fiquei no Sara Resort, e adorei meu bangalô direto na areia.
Pra nadar, minha dica é andar até o meio da baía, entre os dois píeres, pois é onde o mar está mais limpo e longe do entra e sai das embarcações.
5.3 Lazy Beach
Pra chegar em Lazy Beach, dá pra pegar um barco que faz a volta na ilha ou ir a pé mesmo, saindo de Saracen Bay. Pra isso, tem uma estradinha de terra que cruza o interior até o outro lado. O caminho pode parecer curto no mapa, mas essa 1 hora andando cansa, hein. Na volta, principalmente depois do pôr do sol, a dica é levar lanterna e não ir sozinho.

Ela é mais isolada e silenciosa do que Saracen. A água costuma estar bem limpa e, andando devagar perto da beira, dá até pra ver uns caranguejos fugindo pelos cantos. Na areia, quase ninguém. Só umas poucas pessoas tomando banho de mar ou bebendo algo no bar da praia.
O pôr do sol é o grande momento. A luz bate de frente com o mar e deixa tudo alaranjado, com reflexo até nas árvores. É um dos melhores lugares pra você terminar o dia.
5.4 Sunset Beach
Sunset Beach é vizinha de Lazy Beach, então dá pra ir de barco entre uma e outra rapidinho, mas também tem trilha.

Vindo de Saracen Bay, o caminho dura uns 30 minutos, cortando mata fechada, pedra solta e muuuitos mosquitos. Não é impossível, mas exige um pouco de disposição. De chinelo, nem tenta.
A praia em si é bem remota (mesmo com uns hotéis), e no meio do dia quase não tem ninguém por lá, então rola aquela sensação de isolamento total. A água é tão clara que dá pra ver os peixinhos nadando entre os corais, principalmente no canto esquerdo. À noite, se você estiver por ali, pode ver o plâncton brilhando, só precisa agitar a água um pouco.
Infelizmente, nem tudo é beleza: já vi lixo plástico jogado em alguns trechos e a água pode ficar um pouco turva quando chove, por conta das obras em áreas próximas. Mas no geral, Sunset Beach ainda preserva um clima selvagem, com poucas hospedagens e silêncio de verdade.
Bônus: vale a pena conhecer Sihanoukville?
Sihanoukville, a capital da província no continente, já foi uma cidade litorânea tranquila, quase uma parada obrigatória pra quem viajava pelo Camboja. Mas isso mudou muito nos últimos anos.

Hoje, ela é mais conhecida pelo excesso de construções inacabadas, cassinos, e pelas denúncias de golpes online e trabalho forçado. Muita coisa ali virou cenário de crise, e o centro da cidade perdeu o charme.
Claro, algumas praias ainda existem, e tem gente que vai até lá pela curiosidade ou por conveniência de logística. Mas, vai por mim, se você só quer ter tranquilidade e ver lugares mais bem cuidados, é melhor seguir direto para as ilhas.
É aquele tipo de lugar que dá pra ver que teve potencial, mas acabou se perdendo num desenvolvimento mal planejado. Eu não recomendaria como destino, apenas se for uma parada inevitável no seu caminho.
Turismo em Koh Rong
Antes de arrumar a mala, é bom saber como as coisas funcionam por lá. Desde hospedagem até sinal de internet, tem detalhes que mudam bastante a experiência. Nesta parte, você encontra tudo isso de forma simples e direta:
- Como sobreviver em Koh Rong
- Onde ficar
- Como chegar
- Onde comer
- Como se locomover
- Quando ir
- Quantos dias ficar
- Mais dicas
- Mapa
Como sobreviver em Koh Rong
Brincadeiras à parte, ninguém vai precisar aprender técnicas de sobrevivência por aqui, mas é bom alinhar as expectativas. Koh Rong e Koh Rong Sanloem são lugares lindos, com praias absurdas, mas ainda estão longe de ter a mesma estrutura de destinos mais turísticos. Isso afeta desde o sinal do celular até a energia elétrica.
A boa notícia é que, nos últimos anos, a eletricidade chegou de vez. Antes, muitos lugares funcionavam só com gerador, por poucas horas por dia. Agora, com o novo cabo submarino vindo do continente, já tem energia 24h em várias partes da ilha. Mesmo assim, quedas acontecem, principalmente em áreas mais afastadas.
Sobre Wi-Fi e internet móvel: tem sim, mas não conte com sinal estável o tempo todo. Funciona pra usar redes sociais, mandar mensagem, até enviar umas fotos. Mas se estiver pensando em trabalhar remotamente ou fazer videochamada, é bom repensar ou escolher bem onde se hospedar. No Onederz Koh Rong, por exemplo, consegui usar a internet sem grandes dores de cabeça.
Sobre serviços básicos, não tem hospital, farmácia ou supermercado como a gente conhece. É tudo mais simples. Então chega com os remédios que costuma usar, repelente, protetor solar e dinheiro em espécie. E relaxa, viajar pra Koh Rong é isso mesmo, se desconectar.
Onde ficar em Koh Rong
Koh Rong tem várias praias e estilos de hospedagem, mas gostei mais de algumas regiões do que outras. Não existe lugar ruim, só opções com mais ou menos acesso a coisas fora do hotel.
Na parte de Koh Rong, gostei demais de Boeng Kaoh Touch, que é colada com a área mais movimentada da ilha, Kaoh Touch Beach. Peguei um quarto privativo no Onederz Koh Rong, mas vi que tem dormitórios também (inclusive, um só para mulheres).
Quanto a aquele sossego de verdade, ele vai aumentando à medida que você se distancia dessas áreas principais. Eu não queria me isolar tanto, e dividi outra parte da estadia em Coconut Beach. É menor, com mar calmo e clima de descanso. Por lá, o Nice Beach Bungalow tem estrutura mais simples, tudo de madeira, e fica pé na areia
Como deixei Koh Rong Sanloem por último, a Saracen Bay foi uma boa escolha pra que eu pudesse pegar um barco direto pro continente depois. Fiquei um dia e meio no Sara Resort, e curti muito a varanda do bangalô, era só sentar ali e deixar o tempo passar.
No fim, qualquer uma dessas regiões será boa pra ter aquela sensação de “férias perfeitas”, o importante é só ter clareza do que você quer encontrar ao redor.
Como chegar em Koh Rong
Chegar até Koh Rong exige um pouco de paciência, mas nada impossível. O destino final é uma ilha, então a viagem envolve pelo menos uma balsa. O ponto de partida principal é Sihanoukville, de onde saem os barcos para Koh Rong e Koh Rong Sanloem.
A dúvida mais comum é se vale mais sair de Phnom Penh ou Siem Reap. A resposta direta? Phnom Penh é bem mais prático. Siem Reap fica no norte do país, longe da costa, e exige muitas horas de estrada. Partindo da capital, que fica no centro do país, o trajeto é mais curto e há mais opções de transporte direto até Sihanoukville.
Transfer privado saindo de Phnom Penh | Pra mais conforto e horário flexível, esse é o caminho. Já usei um serviço de carro privado + balsa no GetYourGuide e achei uma mão na roda. O carro te busca no hotel em Phnom Penh e te leva direto até o píer da balsa. Nada de rodoviária ou correria.
Van compartilhada | É a opção mais comum entre viajantes, e é fácil de achar versões que tem a balsa inclusa no site 12GoAsia. Tem saídas frequentes e o preço é mais acessível. Só prepare-se para o tempo de estrada: são umas 3 horas até Sihanoukville, e não dá pra levar bagagens muito grandes.
Ônibus | É melhor evitar os ônibus noturnos, porque chegar de madrugada em Sihanoukville não é o cenário mais amigável. Os ônibus diurnos são mais seguros e permitem que você chegue com tempo pra resolver o embarque na balsa com calma. A viagem dura cerca de 3 horas, e a rodoviária mais usada é a Virak Buntham Express Sihanoukville.
Depois de decidir como chegar a Sihanoukville, o próximo passo é ficar de olho nas balsas para Koh Rong. Caso o seu transporte não inclua esse trecho, vá direto aos guichês da Speed Ferry Cambodia, Buva Sea ou GTVC Speedboat, que ficam próximos ao porto. Os barcos podem levar mais de 1 hora na viagem até Koh Rong.
Onde comer em Koh Rong
Koh Rong não é um polo gastronômico ou cheia de invenções. Mas o básico, feito com atenção e aquele toque local, não falta. A região vive dos peixes fresquinhos, muito arroz, frutos do mar grelhados e um certo jeitinho cambojano de preparar quase tudo, com muita simplicidade e temperos suaves.
Claro que a comida do Camboja está presente em todo lugar, mas a ilha acabou absorvendo bem a diversidade dos viajantes. Então, é fácil encontrar pratos ocidentais.
Se quiser saber quais os melhores restaurantes das localidades do arquipélago, veja só o que separei:
Barracuda Seafood Restaurant | | Fica em Boeng Kaoh Touch e tem um peixe grelhado no limão que é divino. Adorei a cara de casa de praia, principalmente com as mesas espalhadas na areia, e achei que o atendimento foi muito gentil do começo ao fim.
Enocafe Coffee & Italian Restaurant | Um restaurante italiano bem na ponta sul de Kaoh Touch. O dono é italiano e faz questão de passar na mesa pra perguntar do café. E sim, o espresso é bom mesmo. Mas o que mais curti foi o panini que veio quentinho e recheado com queijo.
CocoLocco Beachclub | É um restaurante que você encontra por acaso na vila ao norte de Long Beach, porque o resto da praia é só areia e floresta. Eles têm um cardápio separado só para hambúrgueres, e outro de comida asiática. Decidi pedir algo local mesmo, o amok de camarão, no caso, e agora eu já sei onde voltar na minha próxima vez aqui, rs.
By The Sea | Esse aqui fica em Saracen Bay, em Koh Rong Sanloem, bem na beira da areia. Mesmo sendo o restaurante de um hostel, qualquer um pode chegar, sentar e pedir. Cheguei por ali no fim da tarde e fui de curry cambojano. Me surpreendi com o capricho do prato, tinha legumes crocantes e bastante arroz pra acompanhar.
Vagabonds | Mais bar do que restaurante, faz parte do hostel Vagabonds. Geralmente, quem frequenta o bar é conhecido da casa: os gringos que moram no Camboja há um tempo, então o clima todo dele é descontraído. Pra comer, aproveitei uma promoção deles de cerveja + hambúrguer + batata frita e foi sucesso!
Como se locomover em Koh Rong
Koh Rong tem estrada? Tem, mas é pouca coisa, e bem longe de ser algo como “infraestrutura completa”. As principais áreas ainda são conectadas por caminhos de terra batida, alguns pavimentados mais recentemente, mas ainda rústicos.
Alugar uma scooter pode te ajudar pra conhecer a ilha além da praia do hotel. Em Boeng Kaoh Touch tem várias lojas que alugam por dia, mas confere bem o estado da moto antes de sair rodando. Vi gente de bicicleta também, mas pode ser meio cansativo, principalmente por causa do calor.
E tem ainda os barcos-táxi, que quebram o maior galho pra ir de uma praia pra outra ou até pra chegar em lugares mais isolados como Long Beach ou Lonely Beach. Os preços variam, mas dá pra negociar direto com os barqueiros nos vilarejos.
Já em Koh Rong Sanloem, a regra é clara: ou você anda, ou pega barco. Os trajetos entre Saracen Bay, Lazy Beach e Sunset Beach, por exemplo, são feitos por trilha ou por barco-táxi. A caminhada é linda, mas não dá pra fazer de chinelo. Leva água, usa tênis e vai no ritmo do calor.
Quando ir para Koh Rong
A melhor época pra visitar Koh Rong é durante a estação seca, entre novembro e abril. Os meses de dezembro, janeiro e fevereiro são os mais populares, porque chove pouco e o sol aparece quase todo dia. As praias ficam com aquela cor absurda de bonita, e o mar quase não tem ondas.
Entre maio e outubro, começa a temporada de chuvas. A intensidade varia de ano pra ano, mas pode esperar pancadas fortes à tarde, mar agitado e algumas balsas sendo canceladas. Fora isso, o mar costuma ficar mais turvo, o que atrapalha um pouco os mergulhos. Em compensação, tudo fica mais vazio e barato.
Se quiser fugir das multidões sem cair na chuva, os meses de novembro e março são um bom meio-termo. Ah, e em abril acontece o Ano Novo cambojano (Chaul Chnam Thmey), que movimenta o país todo. É bem legal, mas os preços sobem e as balsas lotam, então é bom se planejar.
Quantos dias ficar em Koh Rong + roteiro de viagem
Koh Rong até parece pequena no mapa, mas entre trilhas, praias distantes, barqueiros e a tentação de não fazer absolutamente nada… as horas voam. O ideal é ter 3 inteiros (sem contar os deslocamentos) pra sentir o ritmo daqui sem correr de um lado pro outro.
Abaixo, montei um roteiro baseado nas atrações que visitei e no ritmo certo pra você não perder tempo. Veja:
Roteiro de 3 dias em Koh Rong
Dia 1 | Comece pela região mais prática: Kaoh Touch e Boeng Kaoh Touch. Ande pela orla de Kaoh Touch, almoce num dos restaurantes perto da areia e alugue uma scooter. Depois, suba até Boeng Kaoh Touch, entre no mar e veja as passarelas de madeira sobre o mangue. Siga até a Pagoda Beach, dê uma olhada no templo e termine no manguezal da Prek Kongkang. Feche o dia jantando na região do seu hotel.
Dia 2 | Reserve parte do dia pra um passeio de snorkel ou mergulho com cilindro. Você pode combinar com algum barqueiro a viagem até os melhores pontos, tipo a área perto de Coconut Beach ou as águas em torno da ilha Koh Koun. À tarde, curta o clima da Long Beach e peça um drink no CocoLocco Beachclub. Se der vontade, fica pro pôr do sol e depois volta pro hotel pra descansar.
Dia 3 | Esse dia é pra visitar Koh Rong Sanloem, começando por M’Pai Bay. Almoce por lá e escolha entre andar até as outras praias ou ir de barco. Se decidir andar, primeiro vá até Saracen Beach e depois pra Lazy Beach. Fazer a trilha duas vezes cansa, então pegue outro barco até Sunset Beach, que fica ali do lado. Na volta, retorne pra Saracen Bay, onde os barcos partem direto pra Sihanoukville no dia seguinte.
Mais dicas de viagem para o Camboja
O que fazer no Camboja | Além de Koh Rong, o Camboja tem os templos milenares de Angkor, mercados de rua, e até rotas menos exploradas no interior do país. Tudo isso cabe direitinho no planejamento. Pra ter uma visão geral e encaixar as ilhas no seu itinerário, dá uma olhada neste post com o que fazer no Camboja.
Idioma | O khmer é a língua oficial, mas nos destinos mais turísticos, como Siem Reap, você se vira bem no inglês básico. Ainda assim, aprender umas palavrinhas quebra o gelo e mostra respeito, como “Sou sdei” (oi informal), “Chhum reap suor” (oi formal) e “Or kun” (obrigado).
Dinheiro e câmbio | Nas ilhas, não tem caixa eletrônico e muitos lugares nem aceitam cartão. Leve dólares em espécie (notas em bom estado), que são aceitos quase sempre, e guarde uns riels cambojanos pra troco. Pra facilitar, recomendo já sair do Brasil com dólares na conta. Eu sempre uso a Confidence Câmbio, que permite comprar online com uma cotação justa.
Mala | Na maior parte do Camboja, o clima é quente, úmido e ensolarado até demais. Também pode chover do nada, especialmente entre maio e outubro. Tenha sempre roupas leves, chinelo bom (ou sandália firme), capa de chuva, protetor solar e garrafinha d’água. Se quiser uma lista mais detalhada pra esse tipo de destino, leia o meu post sobre o que levar pro Sudeste Asiático.
Roteiro | O Camboja combina bem com Tailândia, Vietnã e Laos, e as conexões são simples. Pra quem está montando o quebra-cabeça do roteiro, tem um post com sugestões de 20 a 30 dias pelo Sudeste Asiático aqui no blog, com várias dicas pra te ajudar nos seus deslocamentos.
Seguro viagem | Mesmo que não seja obrigatório no país, o seguro é aquela coisa que você torce pra não usar, mas agradece se precisar. Em Koh Rong, os atendimentos médicos são bem limitados, então um seguro que cubra consultas e pequenos imprevistos é um bom alívio. No blog, temos um comparador de seguros que ajuda a escolher o melhor plano. Dá pra contratar direto por lá, com tudo explicadinho.
Transporte | Chegar em Koh Rong e circular pelo Camboja é mais simples do que parece. A logística pode envolver van, balsas ou ônibus, mas tem um site que resolve tudo isso: o 12GoAsia. Lá você compara horários, vê avaliações, reserva online e evita perrengue com bilheteria lotada ou falta de vaga. Uso sempre e nunca fiquei na mão.
Mapa de Koh Rong
A maioria dos lugares da ilha não são próximos, e sem uma noção da localização de cada atração, você pode ficar confuso com onde ir. Por isso, criei um mapa com a localização exata de todos os locais relevantes deste texto. Veja:
Agora que você já sabe tudo o que fazer em Koh Rong!
Tem praia deserta, mar azul de verdade, trilha com final feliz, comida boa escondida e até pôr do sol de cair o queixo. Koh Rong é dessas ilhas que gruda na memória — e no pé da alma, como dizem por aí.
Me conta aí nos comentários: qual cantinho de Koh Rong já entrou no seu roteiro? Quero saber tudo da sua viagem! Boa viagem!
Nós agradecemos seu apoio! Nós nos esforçamos para manter o blog atualizado, mas alguns detalhes podem sofrer alterações a qualquer momento. Sempre confirme datas, preços e informações.







