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Entender o que fazer em Tokyo é quase um desafio. A cidade tem tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que a gente pisca e já sente que perdeu meia dúzia de atrações. E o pior: tudo parece interessante.
Depois de pesquisar, andar e revisar tudo o que fiz, cheguei à conclusão de que o segredo é focar no essencial, mas sem deixar a viagem cansativa.

A metrópole é enorme, mas dá pra aproveitar muito em poucos dias. A ideia aqui não é te jogar um monte de opções e te deixar mais perdido ainda, e sim te mostrar o que faz sentido encaixar num roteiro curto e bem pensado.
As atrações que escolhi são aquelas que resumem a cidade: os bairros icônicos, o que tá na cultura pop e os vários parques que contrastam com a selva de pedra.
Então, aqui estão as atrações que realmente merecem o seu tempo em Tokyo, do básico bem feito às experiências que você vai lembrar por muito tempo. Confira:
- Shibuya
- Harajuku
- Shinjuku
- Templo Senso-ji
- Tokyo Skytree
- Ueno
- Palácio Imperial de Tokyo
- Akihabara
- Passeio ao Monte Fuji
- Tokyo Disney Resort
- Ginza
- Odaiba
Direto ao Ponto: o que fazer em Tokyo
- O essencial de Tokyo cabe em quatro dias bem planejados. Eu faria a visita na primavera, quando o clima é leve e os parques ficam no auge das cerejeiras.
- Comece por Shibuya, Harajuku e Shinjuku, o trio de bairros que define Tokyo: do cruzamento lotado e das vitrines estilosas aos becos de Kabukicho e Golden Gai.
- O mirante da Tokyo Skytree é uma das experiências mais legais da cidade. Lá de cima, você entende o tamanho real da capital japonesa e, com sorte, ainda avista o Monte Fuji no horizonte em dias de céu limpo.
- Falando nele, o passeio ao Monte Fuji é o fechamento perfeito do roteiro! A montanha domina o cenário e rende fotos incríveis. Dá pra fazer o trajeto num dia e voltar no fim do dia, sem correria e com visual de arrepiar.
- Pra dormir, o lyf Shibuya Tokyo é moderno e fica numa parte tranquila, mas perto das estações centrais; já o APA Hotel Higashi Shinjuku Kabukicho Tower tem ótima localização pra quem quer estar no meio da agitação, com fácil acesso ao metrô.
- Entre os restaurantes que me ganharam estão o Gyopao Gyoza Shinjuku, com gyozas douradinhos servidos direto da chapa, e o Kyushu Jangara Ramen Harajuku, com um tonkotsu encorpado que vale cada colherada.
O que fazer na cidade de Tokyo: conheça as atrações mais imperdíveis
Tokyo tem tantas atrações que o roteiro facilmente se espalha por vários bairros. Num mesmo dia, dá pra visitar o Templo Senso-ji, em Asakusa, e depois seguir pro Ueno Park, Ginza ou Shibuya usando só o metrô. O segredo pra conseguir encaixar tudo é justamente ele. Ou seja, o metrô é o grande aliado de quem quer ver o máximo da cidade sem perder tempo.
E adquirindo o bilhete de metrô, você resolverá a maior parte desses deslocamentos dentro da capital. Ele dá acesso ilimitado às linhas da Tokyo Metro e da Toei Subway, que conectam praticamente todas as áreas turísticas.
E para deslocamentos que o metrô não cobre, entram em ação os trens e os cartões IC. Falarei deles lááá para o final deste post.
Agora vamos ao mais importante, os pontos turísticos de Tokyo. Confira:
1. Shibuya
Se formos começar por algum lugar, as atrações de Shibuya são paradas obrigatórias. Esse é o bairro mais famoso, um verdadeiro formigueiro humano com letreiros chamativos pra tudo que é canto.

Além do mais, é uma das áreas mais bem conectadas, e por isso se hospedar aqui é uma decisão inteligente. O lyf Shibuya Tokyo foi o que mais me agradou: super moderno e muito próximo da estação.
Agora, antes de pensar em descansar, é hora de ver por que tanta gente ama esse bairro:
1.1 Cruzamento de Shibuya
A primeira travessia no cruzamento de Shibuya é quase um batismo de quem chega a Tokyo. As luzes mudam, o sinal apita e, de repente, uma multidão se espalha em todas as direções. O espetáculo dura uns 30 segundos, até que o sinal fecha e o trânsito volta ao normal.

O entorno tem telões piscando, música saindo de alto-falantes e vitrines de lojas que não param um segundo. Eu só deveria ter maneirado nas expectativas, porque na prática, o cruzamento é menor do que as fotos fazem parecer.
Pra assistir tudo de camarote, sobe pra o Starbucks que fica bem de frente à faixa. As paredes de vidro entregam a melhor vista do cruzamento, e o jeito é pedir um café só pra ter desculpa pra ficar ali curtindo o movimento.
1.2 Estátua de Hachiko
A história de Hachiko ficou famosa no mundo inteiro depois do filme “Sempre ao Seu Lado”, aquele drama que todo mundo viu em DVD e chorou no final (eu me incluo nisso). E se você assistiu até o finalzinho, sabe que o cachorro akita existiu de verdade no Japão.

A história real é bem parecida com o que contam no filme: o Hachiko esperava o dono todos os dias na porta da estação de Shibuya, mesmo depois da morte dele. Voltou por quase dez anos, até que um dia não apareceu mais.
O país se comoveu tanto que fez uma estátua de bronze para ele na entrada da estação, e hoje ele segue ali, simbolizando um laço eterno de lealdade.
Pra tirar foto, é só entrar na pequena fila que se forma o tempo todo. Às vezes rola de alguém te oferecer pra bater uma foto e, no mesmo espírito, dá pra retribuir.
1.3 Shibuya Sky
O prédio Shibuya Sky tem 229 metros, e seu mirante tem área aberta e piso de vidro. A entrada é paga e é possível comprar ingresso online ou no prédio. No fim da tarde as filas aumentam e o vento sopra forte, dando pra enxergar quase todo o horizonte de Tokyo.

Eu não subi desta vez porque estava focada na Tokyo Skytree, a mais alta e maior torre do Japão (são 634 metros de altura!). Na minha opinião, quem curte subir nesses mirantes urbanos vai gostar dos dois, só que a Skytree, como você verá daqui a pouco, realmente te coloca entre as nuvens.
1.4 Templo Meiji-Jingu
A experiência de entrar no Templo Meiji Jingu é, de fato, como trocar o asfalto da metrópole por uma imensidão de árvores. Pense em setenta hectares de floresta nativa bem no centro da cidade!

Este santuário, construído em 1920, presta homenagem aos espíritos do Imperador Meiji e da Imperatriz Shōken.
O mais legal é que a entrada não custa nada, permitindo que a gente passeie pelo enorme portão torii e siga pelo caminho de cascalho com total liberdade.
Um acontecimento que não esqueço foi ver as cerimônias de casamento dos noivinhos japoneses. Isso é bem comum no parque; as noivas se vestem à caráter com quimono brancos. Achei muito bonito, e também fiquei um bocado curiosa para entender os detalhes de cada ritual.
1.5 Yoyogi Park
O Yoyogi Park é um dos maiores parques da cidade, e antes de virar uma área pública, foi construído para ser a Vila Olímpica dos jogos de 1964. Ele fica ao lado do Santuário Meiji Jingu, e é muito comum a gente visitar um seguido do outro.

No outono, as árvores gingko pintam o gramado de um dourado que é de encher os olhos, criando uma das vistas mais lindas da estação. Nos finais de semana, o parque está sempre movimentado: pessoas lendo, andando de bicicleta ou passeando com o cachorro. É um ótimo respiro, e um jeito bacana de observar o que os moradores locais fazem no tempo livre.
2. Harajuku
Harajuku é, de longe, a parte mais descontraída de Tóquio. É a região da moda ousada e das lojinhas independentes. Não dá pra só passar direto, tem que parar para prestar atenção em tudo.
A parte boa é que Harajuku é vizinha de Shibuya, então é super fácil seguir o roteiro andando. Confira duas ruas de destaque no bairro:
2.1 Takeshita Street
A Takeshita Street é uma das ruas mais conhecidas de Tokyo e o símbolo máximo de Harajuku. Fica colada na estação de trem e costuma estar sempre lotada de gente estilosa. É uma rua comercial estreita, tomada por lojas de moda alternativa, acessórios coloridos e vitrines que competem pela sua atenção.

De um lado da rua, há barracas de crepe com filas enormes; do outro, lojas da Hello Kitty, doces que mudam de cor e lembrancinhas que você dificilmente veria em outro canto do mundo.
No meio disso tudo estão os cafés temáticos. Tem os fofos, como os de cães e gatos, e os mais curiosos, onde aparecem lontras, corujas e até ouriços. Esses últimos me causaram uma certa estranheza, já que são animais silvestres e claramente não deveriam estar nesse tipo de ambiente.
2.2 Omotesando
Omotesando é uma avenida elegante que divide espaço com a energia descolada de Harajuku. Fica logo ao lado da Takeshita Street, mas no lugar das lojinhas coloridas e vitrines abarrotadas, estão os prédios espelhados e uma sequência de marcas de luxo.

Passei por vitrines da Dior, Louis Vuitton, Fendi e outras mais discretas, como a Jo Malone, famosa pelos perfumes sofisticados. Mesmo sem ter grana pra levar nada, é uma caminhada que chama a atenção pelo contraste danado com o resto do bairro.
3. Shinjuku
Existem dois lados em Shinjuku: o comercial e o que nunca dorme. Quando a noite cai, os letreiros acendem e surgem tantos bares e restaurantes que dá vontade de entrar em todos só pra ver o que acontece lá dentro.

Entre essas ruas cheias de vida está Kabukicho, o distrito dos bares e clubes adultos que funcionam até de manhã. Não precisa torcer o nariz achando que é um lugar perigoso, longe disso. Digamos que a prostituição no Japão é muito velada, e o que vi por ali foram ruas seguras e praticamente dominadas por boas opções de comida.
Pra dormir nessa região, eu gostei muito do APA Hotel Higashi Shinjuku Kabukicho Tower. Os quartos são pequenos (como quase todos em Tokyo), mas o hotel é limpo e a localização resolve metade da viagem. Depois de um banho quente e uma boa noite de sono, você está pronto pra encarar o bairro de novo.
Agora vem a parte boa, as atrações de Shinjuku mostram justamente essa mistura entre o movimento e o descanso. Veja só:
3.1 Shinjuku Gyoen
Olha, o Shinjuku Gyoen é, sem dúvida, um dos parques mais bonitos daqui. Ele tem um jardim japonês, com lagoas, pontes de madeira e uma variedade enorme de plantas.

Na primavera, o parque fica lotado, porque vira o lugar certo para ver as flores de cerejeira. O pessoal estica a toalha no chão, traz comida e fica horas debaixo das árvores, num clima super leve e gostoso.
Fora isso, ele tem uma história bem antiga. Nasceu no Período Edo (1603-1868) como casa de um senhor feudal, virou jardim botânico e, depois, foi usado pela família imperial. Acabou destruído na Segunda Guerra e só foi reaberto em 1949, já como parque público.
Hoje, quando a gente caminha pela grama, dá para notar o choque entre o verde das árvores e os arranha-céus meio escondidos acima delas, mostrando que a cidade nunca está tão longe.
3.2 Samurai Restaurant
O Samurai Restaurant está localizado na área de Kabukicho, que é o famoso distrito da luz vermelha. Apesar do bairro ser o que é, não tem nada de apimentado nas performances do restaurante, mas a entrada só é liberada para maiores de idade, viu?
O espetáculo é bem musical, com coreografias de luta com samurais de armadura, umas luzes que piscam sem parar e trilha sonora pop japonesa. Os artistas realmente incorporam os personagens, e nada me tira da cabeça que parece uma versão ao vivo daquelas séries japonesas dos anos 1980, tipo Jaspion.
Como a briga para conseguir lugar é feia, meu conselho é comprar o seu ingresso antecipadamente, que já vem com dois drinks inclusos. Enfim, é uma experiência exagerada, bem divertida e que, no final das contas, rende umas histórias ótimas para a gente lembrar.
3.3 Golden Gai
O Golden Gai é um labirinto de becos apertados, repleto de barzinhos minúsculos, cada qual com uma personalidade. Alguns dão espaço para umas seis pessoas, outros mal cabem algo além do balcão.

Muitos dizem que o lugar está meio à margem do turismo, mas isso não é mais verdade. Quando eu passei por lá, as ruas estavam lotadas, o que tirou um pouco do meu encanto (e mobilidade). Apesar disso, o lugar é bem interessante, principalmente se você topa o estilo “escondido” dos bares.
A grande maioria cobra uma taxa para entrar, o que naturalmente limita quantos bares você consegue conhecer numa só noite. Outro detalhe é que todos são bem apertados e o cigarro é liberado lá dentro, então se prepare para sair cheirando a fumaça. Mas se você aceitar essas condições como parte do pacote, vai encontrar um lado bem interessante de Tokyo.
3.4 3D Cat Billboard
Em um cruzamento de Shinjuku, todo mundo olha pra cima pelo mesmo motivo: um gato gigantesco em um telão curvado da Cross Shinjuku Vision. É o 3D Cat Billboard!

A animação do gatinho tricolor dura menos de um minuto e aparece a cada 15 minutos entre os anúncios, mas é tempo suficiente pra quase parar o trânsito. Ele mia, dá uma boa espreguiçada ou se esconde atrás da moldura da tela. É uma graça e acabou virando um ponto de parada não-oficial.
3.5 Omoide Yokocho
Omoide Yokocho lembra a Golden Gai, mas com uma cara mais amigável, eu diria. As ruelas são tão estreitas quanto, só que aqui o ambiente é mais simpático, com luzes amareladas, e cheiro de churrasco ao invés de cigarro.

Os turistas de fora visitam bastante e os restaurantes já se ajustaram a essa demanda. Muitos oferecem cardápios em inglês, coreano e chinês, e a equipe que atende costuma ser bem receptiva. Entretanto, ainda é comum encontrar um ou outro lugar com cobrança de taxa de entrada ou que aceita apenas japoneses.
Os espetinhos são o destaque absoluto. São grelhados na hora, com o fogo subindo e a fumaça tomando conta do beco. Um yakitori com saquê ou cerveja gelada arremata o passeio perfeitamente.
3.6 Tokyo Metropolitan Government Building
O Tokyo Metropolitan Government Building, a prefeitura, tem um mirante que fica a 202 metros de altura do chão, e dá uma vista aberta de Shinjuku. O acesso é totalmente gratuito, o que é ótimo para quem prefere economizar esse dinheiro e investir em outras atividades.
Ele não tem a imponência do Tokyo Skytree, mas é uma alternativa simples, prática e que mostra a cidade de um ângulo diferente.
4. Templo Senso-ji
O Templo Senso-ji é o mais antigo do destino. Ele foi erguido lá no século 7 e foi preservado como local de oração. É um santuário lindo, com cinco andares e tons intensos de vermelho e dourado.

Eu conheci ele em um passeio que incluiu outras partes do bairro de Asakusa. Gostei bastante da experiência, e tudo que escrevi aqui veio das informações do guia.
Antes mesmo de chegar ao templo, a gente atravessa a Nakamise Street, uma rua cheia de lojinhas que vendem doces típicos, amuletos e lembrancinhas. O aroma de incenso já aparece no ar e vai ficando mais forte conforme nos aproximamos do portão principal.
Bom, na entrada do templo, damos de cara com o portão Kaminarimon e sua lanterna vermelha enorme. O portão existiu durante séculos, mas foi destruído em um incêndio no ano de 1865. Só foi reconstruído em 1960, através de doações realizadas pelo fundador da Panasonic, que era muito devoto.
Durante as paradas no passeio, o guia explicou, de forma bem simples, como o budismo e o xintoísmo se cruzam no Japão. O budismo chegou de fora, focando em compaixão e meditação; já o xintoísmo é local, celebrando a natureza e os antepassados. No fim das contas, os japoneses levam as duas crenças numa boa, o que ajuda a entender o equilíbrio cultural que se sente por todo o país.
5. Tokyo Skytree
Sair do Senso-ji até a Tokyo Skytree é simples e rapidinho. As duas ficam na região de Asakusa, separadas apenas pelo rio Sumida. Você pode cruzar uma das pontes à pé ou pegar a linha Tobu Skytree Line, um trem que parte da estação Asakusa (Tobu) e chega à Tokyo Skytree Station em menos de cinco minutos.

Com seus 634 metros de altura, a Tokyo Skytree é uma das torres mais altas do mundo e um dos mirantes mais procurados do país. O acesso é organizado, e se você comprar o ingresso antecipado, é só trocar o voucher na hora pra subir.
São dois decks de observação, um a 350 metros e outro a 450, cada um com vistas que deixam claro o tamanho da cidade.
Em dias de céu aberto, dá para avistar o Monte Fuji lá no horizonte, pequeno, mas inconfundível. Não é algo garantido, por causa da névoa de poluição e das nuvens, mas quando ele surge, é um espetáculo.
6. Ueno
Ueno gira em torno da estação de mesmo nome, uma das mais movimentadas da cidade. Ela conecta a cidade ao aeroporto de Narita e aos trens que seguem pro norte do Japão, então o bairro vive cheio de gente chegando e partindo.
E é nessa onda de gente que o bairro mostra seu charme. A seguir, veja as duas atrações de Ueno que você precisa conhecer:
6.1 Ueno Park
Um dos parques mais queridos da capital japonesa, o Ueno Park fica colado na estação de trem de Ueno e acabou virando ponto de referência pra muita gente que vive na cidade.

Criado no século 19, durante a era Meiji, ele ocupa uma área que antes pertencia ao Kaneiji Temple e ainda hoje mantém essa mistura de natureza, espiritualidade e história que define bem o Japão.
Bem no coração do parque está a Shinobazuno Pond, uma lagoa coberta de lótus e com pedalinhos em formato de cisne. Andar por ali é uma delícia, e no caminho aparecem templos e santuários menores.
O Ueno Park também é um grande centro cultural. Espalhados por toda a área estão o Tokyo National Museum, o National Museum of Nature and Science e o Tokyo Metropolitan Art Museum.
Eu não consegui visitar nenhum deles nessa viagem, mas deixo a dica pra começar pelo Tokyo National Museum, que guarda um acervo impressionante sobre a arte e a história japonesa.
6.2 Ameyoko Shopping Street
A Ameyoko Shopping Street fica na porta do Ueno Park, logo na saída da estação de trem. Ela é uma extensa área comercial com barraquinhas e lojas.

Mesmo que nem tudo fosse baratinho, consegui provar muita coisa. Vi umas barracas de kebab que adaptavam os ingredientes para o jeitinho japonês, frutas com calda de açúcar no espeto e até o que parecia ser a maçã do amor deles (era igual à nossa!). Em cada esquina tinha uma novidade, e era impossível não dar uma paradinha para comer algo diferente.
Além das guloseimas prontas, um monte de gente vai na Ameyoko para levar ingredientes fresquinhos para casa. Tem peixes inteiros nos balcões, sacos de grãos embalados com uns nomes que não consegui entender e vários temperos e frutas.
E, para completar, tem umas lojas de doces com embalagens que são uma fofura, cosméticos de farmácia, bolsas, sapatos e até eletrônicos. É um dos lugares mais gostosos para ir às compras.
7. Palácio Imperial de Tokyo
O Palácio Imperial de Tokyo é um dos lugares mais simbólicos daqui — e também um dos mais misteriosos. Fica bem no centro da cidade, cercado por muros, pontes e um fosso enorme.

É lá que vive a família imperial japonesa, e mesmo com acesso restrito, dá pra visitar parte do complexo e ver de perto os jardins e as pontes que todo mundo reconhece nas fotos.
O curioso é que essa área já foi o Castelo de Edo, sede dos antigos xoguns Tokugawa, que governaram o Japão por séculos. Pra entender como o poder passou dos samurais pra família imperial, fazer um tour guiado pelo Palácio Imperial vai te dar o contexto certo sobre a história japonesa. É leve, conduzido por guias locais e muda completamente a forma de olhar o lugar.
A partir daí, o destaque é o Kokyo Gaien National Garden, onde fica a ponte Nijubashi, cenário clássico com o palácio ao fundo. Já o Imperial Palace East Gardens guarda os restos do antigo castelo: muralhas, portões e lagos tranquilos que lembram outro tempo.
E, se for primavera, o Chidorigafuchi Park, ali do lado, vira um túnel de cerejeiras floridas e uma das paisagens mais bonitas da cidade. No fim, o passeio mostra justamente o que Tóquio tem de melhor: o passado e o presente convivendo lado a lado, sem esforço.
Dica | Logo atrás do Palácio Imperial fica a Tokyo Station, uma das estações mais movimentadas e importantes do Japão. É dali que parte um dos Shinkansen, o trem-bala que conecta Tokyo a boa parte do país em poucas horas.
8. Akihabara
Akihabara, ou simplesmente Akiba, encapsula a veia nerd da cidade. Não faltam adjetivos para descrevê-lo: excêntrico, nostálgico e imprevisível.

A cada esquina tem uma loja nova vendendo bonequinhos de pokémons ou alguém vestido de personagem de anime distribuindo panfletos.
Mesmo que você não seja fã da cultura otaku, vale a visita só pela experiência. As ruas fervem com energia e é impossível não se deixar levar pelo clima meio caótico e divertido do bairro.
A seguir, estão as paradas que resumem bem esse universo:
8.1 Yodobashi Akiba
As lojas de eletrônicos continuam sendo uma atração forte, mas estabelecimentos como o Yodobashi Akiba vendem de tudo, de comida e roupas a brinquedos e filmes para revelação de fotos. Pelo que entendi, os estrangeiros podem pedir isenção de impostos apenas mostrando o passaporte.
8.2 Animate Akihabara
Outro ponto famoso é o Animate Akihabara, parada obrigatória para ver um trilhão de animes e mangás. Lá dentro tem produtos oficiais, trilhas sonoras em CD e até DVDs — pelo jeito, os japoneses adoram as mídias físicas.
8.3 Super Potato Akihabara Branch
Já o Super Potato Akihabara Branch é quase um “museu” dedicado aos videogames. A parte dos fliperamas estava bem cheia, e achei muito bonitinho os pais mostrando jogos antigos para os filhos.
8.4 Maid cafés
Os maid cafés completam a experiência em Akiba, mas são injustiçados por quem chega com ideias erradas. Sério, eles não têm absolutamente nada de sensual; é apenas o conceito kawaii, o famoso estilo fofo japonês.
Os cafés da rede Maidreamin são os mais conhecidos, com avaliações ótimas e um ambiente leve, inclusive pra famílias e crianças. As garçonetes servem pratos decorados (a omelete japonesa, tamagoyaki, é bem comum), cantam músicas e tratam cada cliente com muita gentileza. Tudo depende da sua abertura, claro.
Não é o tipo de lugar que agrada todo mundo, pois as interações com as moças são muuuito exageradas (e tem o aspecto infantil, né?). De qualquer forma, é curioso ver como eles levam a sério a mistura do lúdico com a educação na cultura local.
9. Passeio ao Monte Fuji
O Monte Fuji é o símbolo máximo do Japão: um vulcão adormecido com 3.776 metros de altura que fica a pouco mais de cem quilômetros de Tokyo. Ele aparece perfeitamente no horizonte quando o tempo ajuda e, por isso, virou quase uma obsessão nacional.

Todo mundo quer uma boa foto dele, mas tentar ver o Fuji da capital é meio frustrante. De longe, a montanha perde um pouco da imponência e vive escondida atrás das nuvens. E não é como se o mar de prédios fosse o melhor complemento para essa maravilha da natureza.
Por isso, resolvi fazer uma excursão saindo de Tokyo até a região do Monte Fuji, que é onde estão cidades como Fujiyoshida e Kawaguchiko, que é o mais próximo que dá pra chegar se não for escalar. A viagem é tranquila, a metrópole fica pra trás e, de repente, aparecem lagos, bosques e cidadezinhas aos pés da montanha.
Na primavera, as cerejeiras deixam alguns locais todos cor-de-rosa, como as margens do Oishi Park. No inverno, o ar gelado limpa o céu e a montanha fica ainda mais nítida. As aparências mudam completamente de estação pra estação, e quem me dera poder estar por lá em cada uma!
Se quiser saber como foi essa viagem e descobrir os melhores pontos pra ver o Fuji de perto, leia sobre o meu passeio ao Monte Fuji saindo de Tokyo. Prometo que contei tudo lá, mas sem acabar com a surpresa que você vai ter pessoalmente.
10. Tokyo Disney Resort
Muita gente nem imagina, mas o Japão tem seu próprio complexo da Disney — e não é pequeno, não. O Tokyo Disney Resort reúne dois parques incríveis lado a lado: o clássico Tokyo Disneyland, cheio de nostalgia e personagens, e o Tokyo DisneySea, com atrações mais radicais e um visual inspirado nos mares. É um dos destinos mais visitados do país e, sinceramente, uma das experiências mais bem organizadas que já vi.
O resort fica em Urayasu, na província de Chiba, a mais ou menos 20 quilômetros do centro de Tóquio. A linha de trem que atende a região é a JR Keiyo, que sai da estação Tokyo e para na Maihama Station.
Ir embora no fim do dia pode ser cansativo, então se quiser desembolsar um pouco mais e passar uma noite na região, o Sheraton Grande Tokyo Bay Hotel é uma escolha certeira. Os quartos são espaçosos, o café da manhã é elogiado por todo mundo e o acesso aos parques é superprático.
Agora que você entendeu a logística até o complexo, veja como são os dois principais parques:
10.1 Tokyo Disneyland
A Tokyo Disneyland é o tipo de lugar que te arranca um sorrisão na hora, mesmo em quem jura que “parque de diversão é coisa de criança”. Tudo ali é pensado nos mínimos detalhes, dos funcionários sempre simpáticos às filas que parecem andar mais rápido só pelo bom humor geral.

Os brinquedos misturam nostalgia e inovação, com os clássicos da Disney dividindo espaço com atrações únicas do Japão. No pico do verão, o calor estava de rachar, mas foi só fazer uma pausa para provar um daqueles sorvetes temáticos que a leveza da viagem retornou na hora.
À noite, o desfile de luzes do Electrical Parade Dreamlights é realmente um espetáculo. O desfile tem iluminações especiais, e o público fica completamente fascinado enquanto tocam músicas.
Para evitar a perda de tempo na chegada, a dica é garantir o seu ingresso diário com antecedência e trocar o comprovante direto no acesso. É um dia completo, imerso em fantasia, nostalgia e com aquela sensação excelente de conseguir desconectar um pouco da realidade.
10.2 Tokyo DisneySea
A Tokyo DisneySea tem uma pegada bem distinta da Disneyland, e essa diferença se percebe logo na chegada.

Enquanto a atração anterior mantém um ar mais infantil, com muitas famílias, a DisneySea atrai um público um pouco mais velho, mas sem nunca perder o lado mágico. O parque foi todo inspirado nos oceanos e tem uma arquitetura de tirar o fôlego, repleto de embarcações, cúpulas elaboradas e fontes que parecem ter vindo de um cenário de cinema.
E vai por mim, chegar antes da abertura dos portões é essencial. As filas começam a se formar bem cedo, especialmente nas atrações mais concorridas, tipo a Journey to the Center of the Earth e a Frozen Journey.
As atrações são radicais, com simuladores e montanhas-russas que dão aquele friozinho na barriga. Mesmo assim, dá pra curtir o parque no seu ritmo, parando pra ver os detalhes ou pra descansar à beira dos lagos artificiais. No fim do dia, o show aquático é imperdível: um espetáculo lindo de luzes e música refletindo na água.
Assim como no primeiro parque, o melhor é adquirir o ingresso de um dia pela internet e evitar dar de cara com ingressos esgotados. Esse planejamento ajuda a curtir mais e pensar menos, do jeito que uma boa viagem deve ser!
11. Ginza
Ginza é o bairro que automaticamente nos faz pensar em compras e em vitrines produzidas. As avenidas são amplas, decoradas com letreiros sofisticados e restaurantes chiques.

Pra não perder tempo em Ginza, recomendo ir logo visitar um dos grandes shoppings. O Ginza Six é enorme e tem até um terraço com vista da cidade, e o Mitsukoshi Ginza carrega o clima clássico das lojas de departamento, que vendem de tudo.
Um destaque especial vai pra Ginza Itoya, que ocupa nada menos que 12 andares dedicados só a itens de papelaria: canetas, papéis de todos os tipos, objetos de escritório. Fiquei com vontade de levar um monte de coisa, rs.
12. Odaiba
Odaiba é uma ilha artificial que fica bem na baía de Tóquio, ali pertinho de Ginza. A gente chega atravessando a Rainbow Bridge, que tem esse nome porque ganha luzes coloridas à noite.

A forma mais fácil de ir é usando o trem da linha Yurikamome, que passa por cima da ponte e garante um visual realmente incrível.
A atmosfera do bairro é distinta da Tóquio mais tradicional, misturando uma sensação futurista com a de um lugar de lazer para o final de semana. Os centros de compras são imensos e as construções exibem uma arquitetura moderna.
Lá na orla, você vai se deparar com uma réplica da Estátua da Liberdade, que está sempre rodeada por gente querendo fazer uma foto. Um pouco adiante, fica o robô Gundam, uma escultura gigante inspirada em um desenho japonês dos anos 1970.
Odaiba também tem um porto que recebe navios de cruzeiro e um calçadão gostoso pra caminhar. Não diria que é a atração mais imperdível da cidade, mas rende um bom dia de passeio, especialmente se estiver passando por Ginza.
Turismo em Tokyo
Então, para fechar o nosso papo, juntei as informações mais essenciais para você planejar tudo com calma. Veja o que não pode faltar na sua viagem:
- Onde ficar
- Quantos dias ficar
- Como se locomover
- Onde comer
- Melhor época para visitar
- Como chegar
- Onde fazer compras
- Mapa
- Dicas extras
Onde ficar em Tokyo
O segredo pra escolher onde se hospedar em Tokyo é ficar o mais perto possível das áreas centrais, assim você economiza tempo, energia e evita depender de longos trajetos de trem no fim do dia. Separei três hotéis que, na prática, equilibram bem o conforto, localização e preço.
Em Shibuya, gostei muito do lyf Shibuya Tokyo. O hotel é moderno, com uma decoração leve e ambiente jovem. Tem cozinha compartilhada e lavanderia, o que ajuda bastante em viagens longas. Fica perto o suficiente das estações pra facilitar o deslocamento, mas está fora da avenida principal.
Shinjuku é o contrário: agitado e sempre cheio de gente. O APA Hotel Higashi Shinjuku Kabukicho Tower tem um preço mais baixo, e achei a cama do quarto bem boa. Também tem chuveiro forte e limpeza impecável. A localização é excelente pra sair a pé, e sempre tem um restaurante aberto por perto.
Já Ueno costuma ter uns trechos mais tranquilos. Mesmo tendo uma grande estação de trens, basta andar algumas quadras pra dentro que tudo desacelera. O Tosei Hotel Cocone Ueno Okachimachi fica nessa parte do bairro, ao lado de prédios corporativos e lojas locais. É simples, mas bem cuidado, e tem um ótimo custo-benefício.
No meu post completo sobre onde ficar em Tokyo, eu explico melhor as diferenças entre as regiões, os bairros que, na minha opinião, não valem tanto a pena e outras boas opções de hotel pra todos os estilos de viagem.
Quantos dias ficar em Tokyo
Tokyo é gigante, e tentar ver fazer de tudo em uma única viagem seria insanidade. Acredito que quatro dias inteiros na cidade são o equilíbrio perfeito: tempo suficiente pra entender o ritmo da cidade, curtir as principais atrações e, ao mesmo tempo, não roubar dias preciosos de outros destinos japoneses.
Abaixo deixo uma sugestão de roteiro de três dias pra te ajudar a encaixar as principais atrações de forma leve e sem correria:
Roteiro de quatro dias em Tokyo
Dia 1 | Comece desembarcando na estação de Shibuya. Vá ao famoso cruzamento, veja a estátua do Hachiko e aproveite pra almoçar por ali. Siga rumo à tranquilidade do Meiji Jingu e do Yoyogi Park. À tarde, vá pra Harajuku com seus cafés temáticos e a Takeshita Street sempre lotada. Quando o sol baixar, pegue o metrô até Shinjuku e dê uma olhada rápida no bairro; finalize num barzinho animado e deixe o restante para o segundo dia.
Dia 2 | De manhã, vá até a região do Palácio Imperial e caminhe pelos parques ao redor, como o Chidorigafuchi. Veja também as ruínas do Castelo de Edo. Deixe a tarde livre pra curtir Shinjuku: comece pelo Shinjuku Gyoen, depois veja o telão do gatinho e feche o dia entre os becos iluminados de Omoide Yokocho e os barzinhos apertados do Golden Gai. Se quiser algo mais teatral, o Samurai Restaurant é um encerramento divertido pra noite.
Dia 3 | A manhã começa em Asakusa, no Templo Senso-ji. Depois, atravesse o rio e suba na Tokyo Skytree pra ver o tamanho real da metrópole lá do alto. Pare pra almoçar e siga para o Ueno Park. No fim da tarde, passe pela Ameyoko Shopping Street e termine o dia em Akihabara, com suas lojas de eletrônicos, fliperamas e cafés temáticos.
Dia 4 | Reserve o último dia pra ver o Monte Fuji de perto. É um bate-volta clássico, fácil de organizar, e a melhor forma de encerrar a viagem com uma paisagem que não sai da memória.
Como se locomover em Tokyo
Em Tokyo, o ideal é usar o cartão IC e o bilhete do metrô juntos, porque um complementa o outro.
O bilhete de metrô cobre só as linhas da Tokyo Metro e da Toei Subway, que passam pela maior parte das atrações turísticas, e tem cobertura de 24, 48 e 72 horas. Se quiser garantir o seu com antecedência, é possível adquirir o passe ilimitado de metrô pela internet e depois resgatá-lo nas máquinas do metrô.
Já o cartão IC (Suica e Pasmo, para Tokyo) entra em cena quando você precisa ir além — por exemplo, pegar trens da JR ou ônibus que o bilhete não cobre, como para o Tokyo Disney Resort ou o Ghibli Museum. Assim, você usa o bilhete pra circular pelo centro e o cartão pra fechar as pontas do trajeto, tipo na hora de voltar pro hotel ou visitar lugares mais afastados.
O cartão IC é recarregável e vai descontando cada viagem. O bom é que ele não se limita a cidade que você o compra: dá pra usar o mesmo cartão em Kyoto, Osaka, Hiroshima e vários outros destinos, o que evita ter que comprar outro em cada parada da viagem (a não ser que você queira colecionar, porque são bonitinhos).
Mas tem um detalhe importante: os cartões IC não valem pra viagens longas, como o trecho entre Tokyo e Kyoto. Nessas situações, o sistema é outro, e você precisa comprar bilhetes próprios, principalmente se for pegar o Shinkansen, o trem-bala.
Pra entender direitinho como tudo isso se encaixa — passes, cartões, trens e metrôs — e saber quando usar cada um, veja meu post com as dicas de transporte no Japão. Lá, eu explico tudo de um jeito simples, com exemplos reais e dicas que fazem diferença no roteiro.
Onde comer em Tokyo
Quando falamos de Tokyo e comida, a conversa é longa. A capital japonesa é um universo gastronômico, não há só um tipo de comida lá. Você pode muito bem estar saboreando um ramen quentinho numa portinha escondida e, num piscar de olhos, já está em frente a um sushi feito com uma precisão cirúrgica.
E claro, tem os famosos izakayas, que eu chamo de “botecos japoneses” — você vai pra petiscar e bebericar.
Diante da enxurrada de lugares incríveis que tive o prazer de conhecer, separei aqui os que realmente fizeram meus olhos brilharem. Uns são bem simples e diretos; outros, mais moderninhos. De qualquer forma, todos merecem sua visita. Veja:
Onde comer em Shinjuku
Gyopao Gyoza Shinjuku | Um izakaya apertado, com aquele aroma delicioso de comida frita no ar. Meu pedido foi o gyoza clássico e ele veio com a casquinha no ponto, suculento por dentro, servido quentíssimo da chapa. O legal é garantir um lugar no balcão e assistir a correria da cozinha sem parar.
Lad’s Dining Shinjuku | Esse bar de pizza tem um toque mais contemporâneo, e é frequentado pelo pessoal que sai do trabalho. Experimentei o frango frito deles, e ele era super crocante e leve, daqueles que pedem uma cerveja gelada imediatamente!
Kameya | Escondido no beco de Omoide Yokocho, esse lugar minúsculo serve um soba (variedade de macarrão) com tempurá que é puro conforto para o paladar. O caldo é denso e saboroso, a massa sempre vem no ponto, e o preço é quase inacreditável de tão baixo para os padrões de Tokyo.
Onde comer em Shibuya
Uobei Shibuya Dogenzaka | Um restaurante de sushi automatizado, eficiente e diferentão. Você faz os pedidos pelo tablet no balcão e, em coisa de segundos, seu prato chega deslizando por uma esteira até sua mesa. O peixe me pareceu fresco, o valor é justo e a experiência é bem diferente de qualquer sushibar tradicional.
Onde comer em Harajuku
Kyushu Jangara Ramen Harajuku | Clássico do bairro, serve um caldo tonkotsu delicioso, com um pedaço generoso de carne e ovos cozidos. O espaço é pequeno e meio caótico, mas isso faz parte do charme.
Onde comer em Ueno
Yamabe Okachimachi | Em Ueno, esse restaurante é onde os japoneses realmente almoçam. Nada de frescura: arroz, carne de porco empanada, salada de repolho e sopa bem quente. Tudo rápido, barato e muito gostoso.
Melhor época para visitar Tokyo
As melhores épocas para visitar Tokyo, na minha opinião, são a primavera (março a maio) e o outono (setembro a novembro). Nesses períodos, a temperatura é bem mais gostosa, temos dias de sol e a folhagem colorida das árvores deixa um charminho pelos parques e ruas.
Esses meses representam a alta temporada, então se prepare para encontrar muitos visitantes, filas nos pontos turísticos e preços de hotelaria um pouco mais salgados. Em compensação, o tempo firme faz tudo valer a pena, sem o calor úmido e sufocante.
O problema do verão (junho a setembro) é que a sensação térmica é alta e a umidade do ar incomoda, o que deixa o caminhar pela cidade mais cansativo.
Já no inverno (dezembro e fevereiro), as temperaturas baixam bastante, mas o frio é tolerável e o céu fica quase sempre limpo, gerando as melhores vistas do Monte Fuji. Se viajar fora desses picos de procura, você vai encontrar uma cidade mais calma e valores mais acessíveis.
Como chegar em Tokyo
Por ser um arquipélago, o Japão exige que a gente chegue de avião, e não existem voos sem escalas vindos do Brasil. As paradas mais comuns costumam acontecer em hubs como Dubai, Doha, Paris, Frankfurt ou Londres, dependendo da empresa aérea escolhida. É, sim, uma jornada longa, mas as escalas ajudam a tornar o percurso um pouco menos cansativo.
As principais entradas aéreas de Tokyo são os aeroportos de Narita (NRT) e Haneda (HND). O Narita absorve a maior parte dos voos vindos de outros países e fica um pouco mais distante da região central, enquanto o Haneda está mais próximo e geralmente é mais conveniente para quem deseja ir direto para a hospedagem.
Os dois contam com linhas de trem e ônibus que levam direto para os bairros principais, então a locomoção é bem simples.
Se, por acaso, seu desembarque for em outra cidade japonesa, como Osaka, Nagoya ou Fukuoka, não tem motivo para preocupação. O sistema de trens no país é espetacular, e os trens-bala ligam quase todas as regiões a Tokyo em poucas horas de viagem.
Onde fazer compras em Tokyo
Fazer compras em Tokyo é fácil, porque a cidade inteira parece um grande shopping a céu aberto. Em Shibuya, o ritmo é acelerado e as lojas estão sempre cheias. O Shibuya 109 é um clássico da moda jovem, e o Shibuya Scramble Square mistura marcas locais e internacionais, com uma das vistas mais bonitas da cidade lá do alto.
Andando um pouco, Harajuku muda completamente o clima. A Takeshita Street é o centro das lojinhas alternativas, com roupas, acessórios e docerias cheias de cor. Já o Tokyu Plaza Omotesando Harajuku é mais moderno, com cafés estilosos e uma arquitetura que chama atenção logo na entrada.
Em Akihabara, o foco é outro: tecnologia, animes e jogos antigos. Mesmo quem não é fã desse universo se diverte com as vitrines e os fliperamas lotados. Tem de tudo: de miniaturas e eletrônicos a lembranças bem diferentes pra levar pra casa.
Pra fechar, Ginza é o endereço do luxo. O Mitsukoshi Ginza, um dos shoppings mais tradicionais do Japão, combina lojas elegantes com um mercado gourmet no subsolo que é uma perdição. Vale ir nem que seja só pra dar uma olhada e ver esse outro lado da cidade.
Mapa de Tokyo
Tokyo é grande, mas não precisa se perder. Preparei um mapa com todas as atrações do post, divididas por região, pra facilitar seu planejamento. Logo abaixo, veja onde fica cada ponto e comece a montar seu roteiro:
Mais dicas para sua viagem a Tokyo
Antes de fechar o roteiro, ainda dá pra ajustar alguns detalhes que fazem toda diferença na prática:
Idioma | O japonês é o idioma oficial do país e, mesmo que quase tudo em Tóquio tenha sinalização em inglês, aprender umas palavrinhas faz diferença na interação. “Arigatou” (obrigado), “Sumimasen” (desculpe ou com licença) e “Konnichiwa” (oi ou boa tarde) já bastam pra mostrar respeito e gentileza.
Dinheiro e câmbio | O Japão é moderno, mas o uso de ienes (¥) em dinheiro vivo ainda é regra. Nem todo restaurante ou lojinha aceita cartão, então vale já levar ienes na carteira. Minha tática é usar o serviço online da Confidence Câmbio pra comprar ienes ou dólares (caso queira trocar por lá) — é prático, seguro e com taxas que realmente compensam.
Seguro viagem | Mesmo com toda a organização japonesa, imprevistos acontecem. Um bom seguro viagem é essencial, especialmente durante a alta temporada, quando a agenda de passeios fica intensa. O sistema de saúde é excelente, mas caro pra turista. No comparador de seguros do blog, dá pra ver planos completos, comparar coberturas e ainda garantir até 10% de desconto.
Transporte | Circular por Tóquio é fácil quando se entende o básico: metrô e trens urbanos te levam praticamente a qualquer lugar. Mas quem pretende visitar outras cidades, tipo Kyoto e Osaka, precisa de passes e sistemas diferentes. No meu post sobre transporte no Japão, eu explico tudo, dos cartões IC ao trem-bala, e mostro como planejar o roteiro sem gastar mais do que precisa.
Mala | Arrumar a mala pro Japão é quase uma arte. O clima varia muito, especialmente perto do Monte Fuji, onde o tempo vira de uma hora pra outra. Um tênis confortável, uma jaqueta leve e uma capa de chuva fazem toda diferença. Na minha lista de o que levar para o Japão, eu montei uma lista realista com o que realmente é útil, sem exageros nem peso extra.
Melhor época para ir ao Japão | Escolher a época certa pra embarcar é metade do sucesso da viagem. A primavera e outono são as mais disputadas, com clima agradável e paisagens incríveis, mas nem por isso as outras estações são descartadas. Veja minhas dicas da melhor época pra ir ao Japão e entenda o clima mês a mês e quando o país fica no auge das cerejeiras ou da neve.
Agora que você já sabe o que fazer em Tokyo!
Com tantas atrações incríveis, Tokyo deixa qualquer viajante com vontade de ficar mais uns dias. Mas depois desse guia, planejar o roteiro ficou bem mais fácil, né?
Quando fizer sua viagem, me conta nos comentários o que mais te surpreendeu por lá e qual bairro virou o seu favorito. Boa viagem!
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