Mercado Flutuante em Bangkok: Damnoen Saduak + 3 opções

Uma das coisas que eu mais gostei de fazer na Tailândia foi visitar os mercados flutuantes. Eles são únicos, cheios de vida, e mostram um lado da cultura tailandesa que vai muito além dos templos e das grandes avenidas de Bangkok. 

Os canais, ou khlongs, já foram as principais “ruas” de Bangkok, embora muitos moradores ainda mantenham os barcos de madeira nas suas rotinas até hoje. Atualmente, alguns desses mercados se tornaram pontos turísticos, mas ainda há aqueles que mantêm um clima autêntico, com comida gostosa e preços justos.

É o tipo de passeio que mistura de tudo: culinária tailandesa, paisagens diferentes, encontros com a vida local, e até boas surpresas como massagem caprichada à beira do canal ou uma conversa com uma vendedora sorridente te oferecendo coco fresco.

E já que visitar esses mercados é uma experiência tão marcante, separei tudo o que você precisa saber pra aproveitar ao máximo, incluindo como chegar e até o que comer em cada um. Bora lá?

• O que saber antes de ir
• Principais mercados flutuantes de Bangkok
• Outras opções de mercados em Bangkok
• Onde se hospedar
• Seguro viagem
• Dicas extras
• Mapa

O que saber antes de ir a um mercado flutuante em Bangkok

Nem todo mercado flutuante em Bangkok exige que você acorde tããão cedo. Alguns funcionam só pela manhã, mas outros caem bem no fim da tarde. Então, pode respirar tranquilo e ajustar os horários de acordo com o seu ritmo e o mercado escolhido.

Já conheci todos que vou te indicar aqui, e te digo que cada um tem seus prós e contras. Uns são mais turísticos, outros mais locais. Alguns são perfeitos pra quem se satisfaz com um passeio de barco, outros focam mais na culinária tailandesa ou nas comprinhas mesmo. O segredo é escolher com base no que você quer viver e no tempo que tem disponível.

Uma coisa que sempre levava é uma mochila pequena com o básico. Coloco protetor solar, água, dinheiro trocado (notas de 50 ou 100 baht) e lenço umedecido, que quebra um galho para limpar as mãos quando você não tem uma pia por perto. 

Além disso, não vá de chinelos, porque em muitos barcos você precisa subir e descer com certo equilíbrio e o chão pode estar molhado ou escorregadio. Eu preferia ir de tênis leve ou sandália firme, algo que “aguente o tranco” sem me fazer correr o risco de cair no canal.

Conheça os principais mercados flutuantes de Bangkok

Pra te ajudar a escolher qual conhecer, separei aqui os 4 principais mercados flutuantes que valem a sua visita. Nem todos ficam exatamente em Bangkok – alguns estão em distritos vizinhos – mas todos são acessíveis e oferecem experiências bem diferentes do que a gente costuma ver por aí. Confira:

1. Damnoen Saduak Floating Market

É claro que não teria como não começar falando do Damnoen Saduak Floating Market, o mais conhecido de todos. Os barquinhos lotados de frutas tropicais, especiarias e lembrancinhas já viraram símbolo da Tailândia. E sim, ele é bonito e rende fotos incríveis, mas vale dizer que é também o mais turístico dessa lista e está longe de ser o meu preferido.

Existindo desde os anos 60 em um canal com mais de 30 km de extensão, ele mantém viva a tradição do comércio fluvial nos khlongs, que eram tipo as “avenidas” da cidade antigamente. Hoje em dia, muita coisa ali já é montada pensando nos turistas, o que, na minha opinião, acaba tirando o brilho do mercado.

Outra coisa que pega bastante é a distância de Bangkok, já que ele fica no distrito de Damnoen Saduak. Dá, mais ou menos, umas duas horas de viagem. Quando fui, tive que madrugar pra chegar antes das 9h e mesmo assim já estava cheio, acredita? Depois desse horário, fica pior ainda, o canal começa a lotar num nível que parece o trânsito na marginal Tietê, só que com barcos rs. 

Ah, e atenção aos preços, são bem altos. Se decidir ir, tente negociar e comprar só o que realmente valer a pena. 

Sendo bem sincera, há outros melhores e eu não voltaria. Pra mim, é o tipo de lugar que você vai uma vez, no máximo duas, e já é mais do que suficiente.

Como chegar | Você tem três opções. A primeira é ir em um tour que também inclui o Mercado Maeklong com guia falando em português, que eu já fiz e curti bastante. A segunda é pegar um ônibus no Terminal Sul de Bangkok em direção ao distrito de Damnoen Saduak. Também há quem prefira ir de táxi, mas é bom combinar o preço direitinho porque essa é uma das formas que mais pesam no bolso.

2. Amphawa Floating Market

Já o Amphawa Floating Market é diferente. Localizado no distrito de Amphawa, ele funciona só de sexta a domingo, e geralmente abre no início da tarde. O movimento é um pouco menor que no anterior, mas vai aumentando quando o sol começa a baixar.

Pra mim, ele é melhor que o Damnoen: mais perto de Bangkok, com um público mais local e menos tumultuado. Por outro lado, tenha em mente que a maioria dos barcos ali servem mais pra levar os turistas do que outra coisa, passando por templos budistas e alguns vilarejos que ficam nos arredores. 

A parte da comida é um show à parte. Tem pad thai saindo na hora, docinhos tailandeses, muitos frutos do mar grelhados e até aquele clássico sorvete de coco servido na própria casca da fruta, que é uma delícia! E como o mercado é mais frequentado por tailandeses, os preços são mais justos e a comida vem quentinha, sempre feita no capricho!

Como chegar | Aqui também rola fazer um bate-volta pra o Amphawa Floating Market + Mercado do Trem, que já inclui o transporte e um passeio de barco. Outra opção é ir de ônibus ou minivan partindo do Terminal sul de Bangkok. Ir de táxi também é uma alternativa que funciona, mas acaba saindo mais cara.

3. Khlong Lat Mayom Floating Market

Se você me perguntar qual é o melhor mercado flutuante de Bangkok, eu nem vou pensar duas vezes antes de te dizer que é o Khlong Lat Mayom Floating Market. Tem movimento, tem comidinhas e, o mais importante, tem aquela vibe de mercado “de verdade”, com gente da região comprando e vendendo à vontade.

E olha, apesar de já ter sido menos turístico no passado, ele ainda continua super tradicional, com a vantagem de que não é tão distante quanto os outros. Ou seja, dá pra encaixar fácil no roteiro. Só se prepara porque o calor não dá trégua, principalmente nas áreas cobertas. 

Ele é dividido em seis zonas, tem bastante verde por todos os lados, e mesmo com tanta gente circulando, não fica sempre aquela confusão de turistas disputando espaço, sabe? 

As zonas 4, 5 e 6 é onde ficam os doces e lanches rápidos. Já nas três primeiras, você vai encontrar frutas e vegetais fresquinhos. Entre uma zona e outra, ainda dá pra achar antiguidades, brinquedos e itens de decoração.

Já te adianto que comer aqui é um dos pontos altos do passeio. Eu me rendi a um peixe assado que estava no ponto certo, e ainda comi uns pedaços de frango com vários molhos apimentados que eram de dar água na boca. Tudo servido quentinho, com preços melhores e aquele sabor que a gente só encontra na Tailândia. Estava tão bom que só sobrou osso e espinha pra contar história!

Quanto ao passeio de barco, dá pra escolher entre remo ou motor. O trajeto passa por templos, vilarejos e até por uma linda fazenda de orquídeas. 

Então se tiver que escolher só um pra colocar no seu roteiro, pode confiar que o Khlong Lat Mayom não decepciona! E já que estamos falando dele, aproveita e confere o vídeo que nós fizemos enquanto passeávamos por lá:

Como chegar | Desde 2023, há alguns ônibus elétricos gratuitos que levam os visitantes a alguns mercados flutuantes, incluindo para o Khlong Lat Mayom Floating Market. Para pegar, basta ir até a estação de MRT Bang Khun Tan e esperar no ponto entre as saídas 2 e 3. Funciona a partir das 9h, então tente ir antes das 11h, quando os ônibus começam a lotar. Outra opção é ir de táxi ou fazer um tour ao Khlong Lat Mayom + mercado Chatuchak, que é guiado, entrega muito mais conforto no transporte e te buscará no hotel.

4. Taling Chan Floating Market

Pra fechar com chave de ouro, o Taling Chan Floating Market é aquele que você nem precisa ir muito longe pra conhecer. Ele fica a menos de 30 minutos do centro e dá pra ir rapidinho de carro ou transporte público. 

Os barcos estão por lá, mas o legal mesmo é sentar nas plataformas de madeira, quase com o pé na água, e mandar ver em um sorvete de leite de coco.

O mercado é mais antigo e menor que o anterior, o que deixa a experiência um pouco limitada. Mesmo assim, você se sente acolhido. É simples, e os preços são bem em conta. Tem barracas de artesanato, comida e até plantinhas.

E como o espaço é pequeno, a gente passa aperto quando enche, então tente chegar mais cedo pra curtir com calma. Se você animar fazer o passeio de barco, já vai sabendo que os barquinhos são estreitos e você vai acabar indo meio de lado, mas o trajeto é curto e dá pra aguentar numa boa. 

Como chegar | Esse é outro mercado flutuante incluído na rota dos ônibus elétricos gratuitos, então o processo é o mesmo. Planeje-se sabendo que, geralmente, os ônibus saem de 20 em 20 minutos. Pra saber mais, baixe o aplicativo Viabus, que mostra os horários certinhos. Lembrando que também é possível ir de táxi.

Outras opções de mercados em Bangkok

Além dos mercados flutuantes, tem uma porção de outros mercados de rua em Bangkok que vão enriquecer o seu roteiro. São lugares onde você consegue sentir o ritmo da cidade, ver a vida local acontecendo e ainda provar comidas boas, comprar muita coisa diferente e observar detalhes que passam batido em outros pontos turísticos.

Então se sobrar um tempinho no seu roteiro e quiser sair do básico, veja se consegue conhecer também os mercados que eu vou te indicar agora:

Mercado do Trem Maeklong

O Mercado do Trem Maeklong funciona, literalmente, nos trilhos, com barracas montadas no caminho que o trem passa. Quando ele se aproxima, os vendedores recolhem tudo na maior velocidade, e faz a gente ficar impressionado. 

O trem passa a poucos centímetros dos produtos e, minutos depois, o mercado já tá funcionando de novo como se nada tivesse acontecido. A gente se vê em um dilema entre filmar e só observar. É inacreditável! 

Fica a cerca de 80 km de Bangkok e normalmente é combinado com visitas ao Damnoen Saduak ou Amphawa, porque tudo fica ali pela mesma região. Eu fiz essa combinação numa mesma manhã e achei bem prático.

O legal é que o mercado também tem muita comida gostosa, frutas frescas, pescados e doces típicos, mas, sinceramente, o que mais impressiona é o “show” de agilidade acontecendo na sua frente. 

O que eu recomendo é fazer um passeio guiado em português com destino ao Mercado do Trem + Damnoen Saduak, principalmente pela vantagem de não precisar se preocupar com transporte e nem em entender outro idioma.

Pak Khlong Talat e Chatuchak Market

Além dos mercados mais famosos, tem aqueles de rua que mostram o dia a dia da cidade. Um dos que mais gostei foi o Pak Khlong Talat, também conhecido como Mercado das Flores. Funciona 24 horas, e passar por lá de manhã cedo foi uma verdadeira experiência sensorial: tudo cheira bem, é colorido, florido e movimentado.

Você vê as flores sendo separadas, montadas em arranjos e preparadas pra serem usadas em oferendas nos templos budistas. E mesmo que não vá comprar nada, andar por ali já vale a pena. Dá pra incluir esse passeio junto com uma visita ao Wat Arun ou ao Grande Palácio, que ficam bem próximos.

Outro que merece destaque é o Chatuchak Market, considerado o maior mercado de fim de semana do planeta. São milhares de barracas com de tudo um pouco: roupas, lembranças, decoração, artesanatos, plantas e um prato mais gostoso que o outro. 

Quando eu fui, quase acabei me perdendo lá dentro e, pra falar a verdade, foi ótimo. Descobri lojinhas escondidas, comi pratos que nunca tinha ouvido falar e saí de lá com uma camiseta de elefante que eu guardo até hoje. Oh, saudades!

Onde se hospedar em Bangkok

Morei em Bangkok por um tempinho e, antes disso, me hospedei em várias regiões da cidade, vivendo na prática o que funciona melhor pra cada tipo de viagem. Não dá pra negar que a escolha do bairro muda muito a experiência, seja pra quem quer ficar perto dos mercados flutuantes, explorar templos como o Wat Arun ou bater perna em um mercado de rua tipo o Chatuchak.

Se o que você quer é ficar perto de tudo, o Rambuttri Village Plaza cai como uma luva. Já fiquei nele e gostei porque é pertinho da Khao San Road, mas numa ruazinha bem mais tranquila, e ainda tem piscina! Por ali, você encontra massagem tailandesa baratinha, restaurante local, barracas de comida na porta e é ótimo pra ir andando até as principais atrações.

Quem prefere algo mais prático, perto do metrô e com pegada mais moderna, vai gostar do S33 Compact Sukhumvit Hotel. Fiquei lá algumas noites e achei ótimo pela localização coringa.

Outro que eu indico é o Novotel Bangkok on Siam Square. Além da boa estrutura e da localização excelente em Siam, o acesso ao BTS facilita tudo. Você pode ir pra o Grande Palácio, conhecer os templos, e ainda voltar pra o hotel rapidinho pra descansar na piscina. 

Seguro viagem na Tailândia

Eu achava que ter um bom seguro viagem pra Tailândia era só um detalhe, mas depois de morar por lá e ver como imprevistos são comuns (desde uma indisposição com a culinária até uma torção de tornozelo entrando num barco) eu não viajo sem. Além da parte médica, ele cobre extravio de bagagem, atraso de voo e outros perrengues que a gente não quer, mas que infelizmente acontecem.

Se você ainda não escolheu o seu, veja nossa página de seguros. Lá, tem várias opções confiáveis e você ainda pode garantir até 10% de desconto. É um investimento pequeno, mas que garante que você vai curtir sua viagem com mais tranquilidade.

Mais dicas de viagem a Bangkok

Dinheiro e Câmbio | A dica é trocar reais por dólar ainda no Brasil e só depois trocar os dólares por bahts, lá na Tailândia. Eu costumo usar a Confidence Câmbio e super recomendo pra essa primeira troca, é uma agência prática, segura e confiável.

Regras e documentos exigidos | Pra entrar na Tailândia, você vai precisar do passaporte com validade mínima de 6 meses, certificado internacional da vacina contra febre amarela, o formulário TDAC preenchido e uma passagem de saída do país. Para saber mais, leia nosso post sobre o que precisa pra entrar na Tailândia.

Mala | Bangkok é quente e úmida, então leva roupas leves, sandália confortável e uma capa de chuva pra não ser pego de surpresa. Um lenço ou canga também é útil pra visitar templos budistas. Quer uma lista completa? Dá uma olhada no meu post sobre o que levar pra Tailândia.

Roteiro | Com tanta coisa pra ver, montar um roteiro bem pensado faz toda a diferença. Pra te ajudar, confira as dicas que eu separei no guia pra você montar seu roteiro de Bangkok. 

Transporte | O BTS e o metrô são ótimos pra você circular por Bangkok, e apps como Grab ajudam nas áreas mais distantes. Pra viajar entre cidades ou reservar bilhetes com antecedência, eu prefiro usar a 12GoAsia, que te mostra todas as opções de deslocamento disponíveis entre os destinos que você quer.

Dicas de viagem para a Tailândia | Levar roupas leves, ter um chip local no celular, respeitar os monges e evitar atrações com animais são só algumas das coisas que fazem diferença no dia a dia de viagem. E se você acha que é informação demais, calma que tá tudo bem organizado no nosso post com as melhores dicas de viagem para Tailândia.

Mapa dos mercados flutuantes em Bangkok

Pra te ajudar a planejar melhor, fiz um mapa com todos os mercados que eu mostrei ao longo do post:

E aí, tudo pronto pra encarar algum mercado flutuante de Bangkok?

Depois de tantas dicas, acho que já dá pra dizer que visitar um mercado flutuante de Bangkok deixou de ser uma dúvida e virou uma ótima ideia, né? Agora é só escolher o seu favorito e se jogar nessa experiência cheia de sabores, sons e sorrisos!

Se você for, me conta aqui nos comentários qual mercado mais te chamou atenção ou qual entrou pro seu roteiro! Vou adorar trocar essa ideia com você. Bom passeio!