Conheça os 8 melhores mercados de rua de Bangkok

Tá indo pra capital tailandesa e ainda não decidiu se vale a pena colocar os mercados de rua de Bangkok no roteiro? Então deixa eu te contar: vale sim, e muito! Esses mercados estão por toda parte e têm um jeito só deles de te mostrar como a cidade funciona de verdade.

Durante o ano que morei na Tailândia, aprendi que não tem experiência mais local do que andar por cada um deles. Às vezes, você vai só dar uma volta e acaba parando pra comer, trocar ideia com alguém ou comprar algo que nem sabia que queria – pelo menos era sempre assim comigo. É tudo muito espontâneo, e isso é o que eu acho mais legal.

A cidade tem dezenas de mercados espalhados, cada um com seu charme. Alguns ocupam ruas inteiras, outros aparecem só à noite, e tem até mercado que funciona entre os trilhos do trem. E não precisa ir longe, viu? Tem sempre algum por perto dos bairros mais turísticos ou próximo de alguma estação do BTS Skytrain.

Na dúvida sobre por onde começar, eu resolvi visitar logo os dois mais famosos: o Mercado do Trem e o mercado flutuante de Damnoen Saduak. Foi aí que percebi como fazer um passeio com guia em português deixa tudo mais fácil e, a partir dali, priorizei ao máximo esse tipo de tour. Esse que eu fiz, por exemplo, só tem vantagens: além das explicações em português, você evita perrengue, golpes e ainda tem transporte com ar-condicionado garantido. Fica a dica!

Nesse post, fiz uma seleção só com aqueles em que você vai comer bem, tirar fotos boas, comprar coisa legal e voltar pra o hotel com boas histórias, além de outras dicas que você não pode ficar sem saber. Confira:

• Por que você deve conhecer os mercados de rua de Bangkok? 
• Principais mercados de rua de Bangkok 
• Onde se hospedar
• Seguro viagem
• Dicas extras
• Mapa

Por que você deve conhecer os mercados de rua de Bangkok?

Se você estiver planejando uma viagem pra Bangkok, inclua pelo menos um mercado de rua no seu roteiro e vá com a mente aberta pra se permitir ser surpreendido. Afinal, eles mostram uma parte da cidade que não aparece nos templos ou nos cartões-postais: o improviso, a autenticidade e a vida acontecendo.

Mais do que lugares pra você fazer compras, os mercados são ótimos pra você caminhar sem rumo, observar pessoas e encher a sua bagagem de boas memórias. Eu, pessoalmente, adoro esses momentos em que nada é planejado e, mesmo assim, tudo faz sentido.

E pra te ajudar a entender melhor o que torna esses lugares tão interessantes, separei aqui três pontos que, pra mim, são os principais motivos pra você conhecer esse lado tão importante da cidade:

Cultura

Uma das coisas mais marcantes nos mercados é o quanto eles mostram a cidade como ela é, no dia a dia. Dá pra ver de perto como as pessoas vivem, o que compram, como se encontram e ocupam o espaço público. Não tem espetáculo, nem roteiro, somente os tailandeses sendo tailandeses.

Em vários momentos, me pegava observando cenas que pareciam simples, mas diziam muito: um senhor preparando arranjos com orquídeas, crianças correndo entre as barracas ou um gringo tentando se virar com o tailandês do Google Tradutor e falhando miseravelmente. 

Compras

Além disso, os mercados são um prato cheio pra quem curte andar, olhar e descobrir coisas sem pressa. E não tô falando só de lembrancinha, não. Tem muita coisa interessante, desde roupas, acessórios e itens de casa até coisas que você nem sabia que precisava.

Eu gosto de caminhar no meu passo, comparar preços, conversar com os vendedores (mesmo com aquele inglês meio improvisado dos dois lados) e ver o que aparece. Então mesmo que você não leve nada, vá tranquilo de que o passeio por si só já é inesquecível.

Comida

A parte da culinária é difícil de explicar sem salivar. A variedade é enorme e o cheiro das barracas vai te guiando, e quando se der conta, vai perceber que comeu de tudo um pouco. 

Tem muito prato sendo feito na sua frente, caldeirões borbulhando, grelhas soltando fumaça, tudo acontecendo ao mesmo tempo, e você ali, tentando decidir o que provar primeiro. Pense em uma decisão difícil!

O que eu mais curto é justamente isso: comer sentado num banquinho, dividindo mesa com gente que nunca vi na vida, suando por causa do calor (e da comida pra lá de picante), e pensando em como uma refeição simples pode dizer tanto sobre um lugar. Pra mim, é uma das formas mais gostosas de conhecer Bangkok, sem mais!

Principais mercados de rua de Bangkok

1. Chatuchak Market

Se tem um lugar que define o que é bater perna em Bangkok, é o Chatuchak Market. Localizado no distrito de Chatuchak, ele também é chamado de JJ Market – não confunda com o JJ Green Market, que fechou em 2018. Só abre completamente aos fins de semana e junta mais de 10 mil barracas. Isso mesmo, dez mil! 

Ele é gigante, e andar por lá é meio como entrar num labirinto com cheiro de comida apimentada, som de risadas escandalosas, vendedores animados e muita, mas muita coisa pra ver.

Nele, você vai se deparar com corredores com roupas baratas, óculos, quadros, tapetes, brinquedos antigos e até arranjos de flores. Também há muito artesanato local e peças feitas com a renomada seda tailandesa, então já reserve um espaço extra na mala. 

Na minha primeira visita, fui achando que ia só dar uma olhada, e saí de lá depois de horas, com a mochila cheia e a galeria do celular lotada de fotos de cenas bonitas e frutas diferentes que eu iria tentar descobrir o nome depois. E não tem como não falar da comida, né? Tem pad thai feito na chapa na sua frente, mango sticky rice e o clássico sorvete de coco servido dentro da própria casca. Chega a ser quase impossível provar uma coisa só!

Se for a sua primeira vez, não tente controlar tudo nem ter uma rota definida lá dentro. Vá andando, siga os aromas, observe a galera e sente num canto quando bater o cansaço. Não pense muito, só vá! Até porque se você for pra Bangkok e não passar por lá, vai se arrepender depois. 

Como chegar | Ir pro Chatuchak é tranquilo. Se estiver de BTS, desce na estação Mo Chit, sai pela saída 1 e vai seguindo o fluxo. Sério, é só acompanhar a galera que tá indo pro mesmo lugar. Quem preferir o MRT, é só ir até a estação Chatuchak Park, sair pela saída 2 e caminhar um pouquinho. Também indico fazer um passeio ao Chatuchak Park + Klong Lat Mayom, que, para mim, é um dos melhores mercados flutuantes de Bangkok. É uma boa porque você já vai com o roteiro certo, tem transporte confortável e guia explicando tudo.

2. Asiatique The Riverfront

Já o Asiatique é outra história. É uma mistura de mercado com shopping a céu aberto. Ele fica colado no Rio Chao Phraya, com um monte de lojinhas arrumadas, restaurantes bacanas e uma roda-gigante que faz sucesso quando anoitece. 

Lá, você encontra de tudo um pouco, incluindo roupas, cosméticos, lembrancinhas e bastante artesanato também. Eu gostei justamente por isso: além da variedade, não tinha aquele empurra-empurra que te impede de andar no seu ritmo. Mas como nem tudo são flores, os preços não são tão amigáveis assim.

Uma coisa que já deixa o passeio mais interessante é uma das formas de chegar. Tem barco gratuito saindo do pier Sathorn, e você já vai curtindo o visual no caminho. É coisa rápida, não leva nem 15 minutos, mas deixa a experiência mais divertida. 

Na primeira vez que fui, ia só dar uma olhada. Acabei jantando ali mesmo, com o prato na mão e a roda-gigante refletindo no rio. Clima bom, comida boa… foi um dos momentos mais gostosos da minha primeira viagem pra Tailândia. E aí já viu, né? Depois dessa, sempre que quero indicar um mercado de rua mais tranquilo, com uma estrutura melhorzinha, o Asiatique é minha primeira dica. Não tem erro!

Como chegar | Pra chegar no Asiatique, o caminho mais legal é pelo rio. Vai até a estação Saphan Taksin (BTS) e de lá pega a balsa gratuita no Sathorn Pier. O trajeto de barco é rapidinho e você já começa bem, com a vista do rio e aquele ventinho gostoso no caminho.

3. Maeklong Railway Market

A cerca de 80 km de Bangkok, o Maeklong Railway Market é a prova de que a Tailândia não é nada previsível. Ele acontece literalmente em cima dos trilhos do trem. Sim, você não leu errado! Funciona assim: várias vezes ao dia, um trem passa bem no meio das barracas e os vendedores recolhem as mercadorias rapidinho. Depois de alguns minutos, tudo volta ao seu lugar e o comércio continua normalmente.

Confesso que na hora em que o trem foi se aproximando eu fiquei meio sem saber se filmava ou só ficava olhando. Por falar nisso, resista à tentação de filmar de cima dos trilhos. Parece loucura, mas sempre tem algum turista metido a corajoso, e isso não é nem um pouco seguro. Ao invés disso, escolha um cantinho na lateral e aproveite o momento sem correr risco à toa.

Por lá, você vai ver alguns moradores da região fazendo as compras, levando frutas, peixes frescos, verduras, e até a famosa durian, conhecida como a fruta mais fedida do mundo. E mesmo sendo uma atração super turística de Bangkok, eu achei interessante porque você consegue ter uma noção de como é a rotina das pessoas que compram e vendem por ali. 

Antes de ir, siga o meu conselho e chegue cedo pra evitar multidões. E se aceita outra dica, combine uma ida ao Mercado do Trem com uma passadinha no mercado flutuante Amphawa, outro ponto turístico que não pode ficar de fora do seu roteiro se essa for a sua primeira vez em Bangkok. 

Ah, e se puder, leve uma garrafinha com água e vá com roupas frescas, porque o calor não é pouco. Fora isso, eu curti muito a experiência, mesmo achando o deslocamento meio cansativo.

Como chegar | Como eu te contei, a primeira vez que fui foi com um tour que combina Mercado do Trem + o mercado flutuante Damnoen Saduak e valeu cada centavo, principalmente porque não me preocupei nem com o transporte e nem com o idioma, já que tinha um guia explicando tudo em português. Você também pode ir de micro-ônibus, basta ir até a estação Sai Tai Mai ou Mo Chit. É mais rápido que ir de trem, só não espere por muito conforto.

4. Patpong Night Market

O Patpong Night Market é um conhecido por motivos bem curiosos. Ele fica em Silom, no meio de uma área conhecida tanto pelas lojinhas quanto pela vida noturna cheia de bares e baladas, o que me leva a pensar que se você gosta de ver os contrastes de uma cidade, vai adorar esse mercado.

À noite, a rua se enche de barracas vendendo de tudo um pouco. Tem relógio, mochila, artesanato local, camisetas com frases engraçadas e algumas réplicas bem duvidosas. O cenário mistura luzes neon, música alta e aquela energia que faz a gente esquecer que tem que voltar pro hotel.

Confesso que cheguei pela primeira vez lá meio desconfiado, mas acabei gostando. Ele fica no Red Light District de Bangkok, onde acontecem os polêmicos ping pong shows. 

Se quiser fazer compras, pode preparar a paciência pra negociar. Eles jogam o preço lá em cima mesmo, mas com jeitinho e educação dá pra conseguir um desconto ou outro.

Chegue sabendo que o mercado fica grudado em casas de show e bares de entretenimento adulto, o que pode não agradar a todo mundo, mas se você encarar com leveza e curiosidade, pode render boas histórias.

Como chegar | Fica a apenas 15 minutos de carro do Grand Palace. Tem BTS ali do lado (Sala Daeng) e também MRT (Si Lom). O bacana é que as duas estações ficam a uns cinco minutos de caminhada do mercado.

5. Mercados flutuantes de Bangkok

Você também pode sair um pouco da terra firme e incluir os famosos mercados flutuantes no seu roteiro. Mesmo com toda a fama, muitos deles ainda conseguem mostrar um lado bem típico da Tailândia, onde tudo gira em torno dos canais.

O mais famoso é o Damnoen Saduak Floating Market. Ele é grande, barulhento e vive cheio de turistas, mas também é onde você vê aquele cenário clássico dos barquinhos cheios de frutas, cores por todo lado e gente cozinhando enquanto fica de olho no remo. 

Confesso que não é meu favorito, mas é o tipo de ponto turístico que você tem que ver com os próprios olhos pelo menos uma vez na vida. Para conhecê-lo, não tem segredo, basta fazer uma visita guiada que já inclui uma parada no Maeklong Railway Market e guia te contando tudo em português.

Se quiser algo mais sossegado, conheça o Khlong Lat Mayom, que é o que eu mais curti. Ele é menor, mais local, e tem uma comida de rua que vale cada baht. É bem arborizado e organizado em seis zonas, cada uma tem de tudo um pouco. A minha dica é fazer como eu e curtir um passeio combinado com o famoso Chatuchak Market, que também já inclui tanto guia quanto transporte.

O Amphawa Floating Market tem outra pegada: funciona melhor pra você que está com a tarde e a noite livre, com luzinhas nos barcos e passeios que seguem até o pôr do sol. É o tipo de mercado pra ir sem pressa, comer uns petiscos e só observar o vai e vem das famílias tailandesas. Esse é outro que eu recomendo combinar com esse passeio ao Mercado do Trem, uma ótima opção pra você entender tudo no nosso idioma.

Já o Taling Chan Floating Market é um meio-termo. É bem pertinho de tudo. Você anda por decks de madeira e pode sentar pra comer com calma. É pequeno, mas tem muito fruto do mar fresco, pratos feitos na hora e algumas barraquinhas com lembranças e artesanato local.

Tem um post aqui no blog só sobre os melhores mercados flutuantes de Bangkok, com dicas certeiras de como chegar, o que fazer por lá e outros toques que podem salvar seu rolê. Vale dar uma lida antes de montar o roteiro.

Onde ficar em Bangkok

Quer acordar perto do agito, bater perna nos mercados de rua e ainda ter um lugar confortável pra descansar? Então se liga nessas opções de hospedagens que eu testei e recomendo. Cada uma tem seus pontos fortes, mas todas têm uma coisa em comum: localização boa pra você turistar pela cidade na maior facilidade e conforto de sobra.

O Rambuttri Village Plaza é aquele hotel que eu sou fã pela localização e porque ele oferece tudo que você precisa para uma estadia tranquila. Fica ali perto da Khao San Road, que é cheia de comida típica, lojinhas e muito movimento. A estrutura é ótima, tem duas piscinas, quartos espaçosos e restaurante. Fora que tá a uns 20 minutos de carro do Chatuchak Market.

Mais moderninho, o S33 Compact Sukhumvit Hotel é pra quem você ter praticidade e transporte fácil. Ele fica perto do BTS Skytrain, o que deixa tudo mais simples, principalmente quando o trânsito trava – o que acontece com mais frequência do que a gente gostaria. 

O Novotel Bangkok on Siam Square também não decepciona. Já fiquei lá e o combo quarto bom + vários shoppings por perto + restaurantes por todos os lados fez valer cada centavo. É perfeito pra quem quer turistar bastante e voltar pra a hospedagem sem stress.

Se quiser mais opções de hospedagem por estilo de viagem ou orçamento, vale dar uma olhada no nosso post completinho sobre onde ficar em Bangkok. Tem dica pra todo mundo lá!

Já garantiu o seu seguro viagem?

Viajar pra Bangkok é incrível, mas não dá pra ignorar que imprevistos podem acontecer. Um voo que atrasa, uma visita rápida ao hospital ou até aquela bagagem que decide tirar férias sozinha… nessas horas, ter um bom seguro viagem faz toda a diferença.

Falo por experiência própria. Já precisei acionar o seguro e foi uma mão na roda. Me poupou grana, estresse e me deixou livre pra focar no que realmente importa: curtir a viagem. E num destino com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, é bom saber que, se algo sair do previsto, você está seguro.

Então se você ainda não escolheu o seu, veja a nossa página de seguros. Tem boas opções e até 10% de desconto. Melhor resolver isso antes de embarcar do que ficar se preocupando no meio da viagem, né?

Mais dicas de viagem a Bangkok

Antes de montar seu roteiro, dá uma olhada nessas dicas que eu tenho pra te contar. É aquele tipo de informação prática que nem todo mundo lembra, mas que facilita muito:

Dinheiro e Câmbio | A moeda oficial de Bangkok é o Baht Tailândes. O melhor caminho costuma ser trocar real por dólar ainda no Brasil, porque as taxas são mais amigáveis. Quando chegar na Tailândia, aí sim vale trocar por Baht. Pra isso, a gente usa (e indica!) a Confidence Câmbio, que tem a melhor cotação e é fácil de usar.

Regras e documentos exigidos | Pra entrar na Tailândia, você vai precisar do passaporte com validade mínima de 6 meses, certificado internacional da vacina contra febre amarela, o formulário TDAC preenchido e uma passagem de saída do país. Para saber mais, leia nosso post sobre o que precisa pra entrar na Tailândia.

Mala | Bangkok é quente e úmida, então roupas leves e confortáveis são essenciais. Mas tem outros itens que ninguém te conta que fazem falta. Na dúvida, confira o nosso post sobre o que levar pra Tailândia antes de fechar a mala.

Transporte | Pra se deslocar pela Tailândia ou até cruzar fronteiras, a dica é usar o site da 12GoAsia. Ele mostra os horários e preços de trens, ônibus, vans e até barcos. Já usei e recomendo, principalmente pela praticidade de ver tudo num lugar só.

Dicas de viagem para a Tailândia | Pra quem vai pela primeira vez, tem muita coisa que a gente só descobre depois, tipo o que evitar, como se vestir nos templos ou o que fazer em caso de emergência. Mas relaxa, porque separei tudo em um post com as melhores dicas de viagem para a Tailândia.

Mapa dos mercados de rua em Bangkok

Pra te ajudar a visualizar melhor onde fica cada mercado que a gente falou por aqui, criei um mapa com todos eles marcados. Confira:

Partiu encarar os mercados de rua de Bangkok?

Depois desse post, ficou mais fácil decidir quais mercados de rua de Bangkok colocar no seu itinerário, né? Agora é só organizar os dias, horários, reservar os passeios e se jogar nesse universo de barracas, sabores e descobertas.

Quando voltar de viagem, passa aqui pra contar nos comentários o que você achou. Vou adorar saber qual mercado ganhou seu coração! Boa viagem!