Escrito por Adriana
11 de agosto de 2025
Encontre o melhor seguro viagem aqui!
Encontre o melhor seguro viagem aqui!

Faça sua cotação e confira os melhores preços de seguro para a sua viagem.

Próximo
Voltar
MELHOR PREÇO GARANTIDO FAÇA SUA COTAÇÃO AGORA.

Tem destinos que grudam na nossa memória, mesmo depois da viagem acabar. Koh Samui é um deles. Essa ilha do Golfo da Tailândia me ganhou de cara, e não só pelas praias lindíssimas, mas pelo equilíbrio gostoso entre caos e calmaria, natureza e gastronomia.

Píer de madeira longo se estende até o mar azul-turquesa sob céu azul com nuvens espalhadas em Koh Samui.
Partiu Koh Samui!

A primeira vez que fui, era só curiosidade. Na segunda, já era amor. E agora, com a terceira temporada da série The White Lotus (HBO) tendo Koh Samui como plano de fundo, a ilha virou queridinha mundial de vez. Não é surpresa, porque ela está linda na tela e é ainda melhor ao vivo.

A vibe dela é diferente do agito frenético de Bangkok, a capital tailandesa, e mais estruturada do que as vizinhas Koh Tao e Koh Phangan. Aliás, se puder, combine as três no mesmo roteiro: Koh Samui com sua diversidade de atrativos, Koh Tao pra mergulhar em águas cristalinas e Koh Phangan pra se perder entre trilhas, praias escondidas e, se quiser, até numa festa ou outra.

O que você vai encontrar nesse post é um roteiro com dicas sinceras, vivências  e sugestões que eu mesma usaria de novo. Sem mais delongas, conheça tudo sobre o que fazer em Koh Samui: 

  1. Praias de Koh Samui
  2. Passeios de barco
  3. Templos
  4. Aula de culinária tailandesa
  5. Tarnim Magic Garden
  6. Mirante Lad Koh
  7. Central Samui
  8. Mercados de rua
  9. Cachoeira Na Muang
  10. Samui Elephant Haven (santuário de elefantes ético)
  11. O que fazer em Koh Samui à noite
Direto ao Ponto: o que fazer em Koh Samui

  • O passeio de barco pro Parque Nacional Marinho Ang Thong é um dos mais lindos da Tailândia, com suas trilhas e mirantes no meio do mar.
  • Nas praias, eu curti muito Chaweng e Lamai, cada uma com sua vibe. A primeira é mais animada e fica praticamente ao lado do aeroporto, já a segunda oferece muita paz ao longo de sua faixa de areia.
  • Participar de uma aula de culinária tailandesa com uma família local foi um dos momentos mais especiais da viagem. Teve mercado, temperos, histórias e pratos feitos pela gente.
  • Os templos Big Buddha, Wat Plai Laem e Wat Khunaram (onde está o monge mumificado) são imperdíveis, tanto pela beleza quanto pelas histórias por trás.
  • Fiquei no OZO Chaweng Samui, que tem acesso direto à praia e café da manhã caprichado. Depois, no Baan Yaimai Boutique, em Bophut, curti o sossego e o jeito mais local.
  • No Dara Serene Restaurant, comi um peixe grelhado maravilhoso, e também aproveitei uns almoços no Green Bird, onde a comida servida é saborosa.
  • A época mais seca vai de dezembro a abril, com dias ensolarados e mar calmo. Pra curtir tudo com calma, 6 dias inteiros é a quantidade de tempo ideal.

O que fazer em Koh Samui: praias, passeios e atrações imperdíveis

1. Praias de Koh Samui

Ir pra Koh Samui sem colocar o pé na areia é o mesmo que visitar o Rio e não dar um mergulho em Ipanema. A beleza das praias tailandesas formam o chamariz da região, cada uma com seu jeitinho. Tem opção pra curtir com agito, pra relaxar de boa, e tem umas que parecem até secretas. Vou te contar agora sobre as mais imperdíveis:

1.1 Chaweng Beach

Chaweng é a praia mais famosa de Koh Samui, com uma extensão generosa de areia branca (mais de 6 km!) e mar azul que brilha sob o sol. Em dias sem vento, a água fica tão tranquila que parece uma piscina natural. 

Praia de areia branca com mar turquesa em Koh Samui, com pequenas ilhas cobertas de vegetação ao fundo.
Chaweng Beach.

Pela areia, não faltam ambulantes vendendo frutas ou souvenirs, e a vibe é animada o dia inteiro, mas é à noite que tem uma virada de chave. Vi alguns clubes com DJ com música bem alta, e a maior concentração nessas festas é de jovens.

Mesmo com essa movimentação todo dia e noite, foi só andar alguns minutos para o sul que apareceram cantinhos mais sossegados na areia. 

Na minha primeira vez aqui, cheguei de avião e achei muito mais prático pra quem tá com o tempo contado. O aeroporto fica ali perto, o que ajuda a entender o movimento constante em Chaweng. 

Justamente por estar tão bem localizada, acabei optando por uma hospedagem mais acessível por ali e fiquei no LOVE beach club Koh Samui. Curti a estrutura, a piscina e o atendimento, e o melhor: sem pesar no bolso, e muito perto de mercados e locadoras de moto.

1.2 Lamai Beach

Lamai fica mais ao sul e lembra uma versão “mini” de Chaweng, mas com menos gente. Mesmo sendo mais sossegada, ela não é parada demais, porque sempre tem um bar funcionando, um pessoal sentado em cadeiras e um ou outro ambulante passando.

Sol se pondo no mar visto entre coqueiros em Koh Samui, com céu dourado e ondas suaves na areia.
Um final de tarde na Lamai Beach.

De manhãzinha, o mar costuma estar super calmo e transparente, com uns peixinhos nadando bem perto da areia. Quando o vento muda de lado, podem surgir algumas ondas e o mar fica meio mexido, mas nada que tire a beleza do lugar. 

Ah, vale saber que os trechos de areia mais bonitos costumam ficar bem em frente aos hotéis, já que são os mais cuidados e limpos. Infelizmente, é algo comum na ilha.

No final de Lamai, não deixe de visitar as pedras Hin Ta e Hin Yai, conhecidas como “avô e avó” de Koh Samui. As formações rochosas ganharam fama por terem um formato curioso, que lembra os órgãos genitais masculino e feminino. 

Indo além da explicação geológica, a lenda local conta que um casal de idosos foram transformados nas duas pedras depois de um naufrágio, enquanto os outros tripulantes se tornaram ilhotas do arquipélago.

1.3 Choeng Mon Beach e Thongson Beach

Choeng Mon Beach é uma boa pra quem quer mar calmo e silêncio. A orla forma uma baía fechada em meia-lua, e o mar raso e sem correnteza é perfeito para os pequenos brincarem com segurança.

Praia de areia clara com pedras espalhadas e vista para o mar azul calmo com montanhas ao fundo em Koh Samui.
Thongson Beach.

A vibe de Choeng Mon é tranquila, mas sem monotonia. Se quiser pode pegar um barco na ponta esquerda para a ilhota Ko Fan Yai, que fica praticamente do lado. Ela é pequenininha e linda, e aproveita bem, porque não é todo mundo que sabe dela.

Seguindo um pouco mais ao norte, Thongson Beach tem um ar ainda mais reservado. O mar continua calminho, a água é clara, mas o fundo é cheio de pedras. Tentei nadar um pouco mais para o fundo e entendi que o bom aqui é a terra firme mesmo. 

1.4 Bo Phut Beach

Ao norte, a Bo Phut Beach é relativamente vazia e silenciosa. A areia dela é mais grossa, com pedrinhas e conchinhas, mas nada que um chinelo no pé não resolva.

Praia de areia clara em Koh Samui com jet skis ancorados e mar azul tranquilo sob céu parcialmente nublado.
Bo Phut Beach. Foto: FLASHPACKER TRAVELGUIDE / CC BY-SA 2.0

Na parte central da praia, dá pra alugar espreguiçadeira, tomar um suco gelado e curtir o dia sem pressa. O legal é que, saindo da areia, já tem restaurantes e cafés super gostosos por perto. 

E quando o sol se põe, o cenário ganha outra cara com o Fisherman’s Village Night Market, que enche a área de luzes, cheiros e sons — mas isso eu conto melhor daqui a pouco, ainda neste post.

1.5 Maenam Beach

Maenam Beach é uma das praias mais silenciosas que vi em Koh Samui. Em alguns trechos, quase não passa ninguém, só uns moradores locais passeando com cachorro ou turistas andando de jet ski em alguns pontos no mar.

Casas à beira-mar cercadas por coqueiros em uma praia de areia dourada em Koh Samui.
Maenam Beach.

Ela é bonita, mas não tem aquele pôr do sol de encher os olhos no fim da tarde. Achei mais bacana pra se isolar por umas horas, já que também não vi bares, quiosques de lanches, e nem muita sombra. Eu curti passar ali rapidinho, mas não voltaria pra passar o dia todo.

1.6 Lipa Noi

Lá no outro lado de Koh Samui, Lipa Noi faz a gente se desligar do mundo. A faixa de areia é larga, o mar é rasinho e não tem aquele entra e sai de gente. Já vi famílias inteiras passando um tempo ali, principalmente com crianças pequenas.

Praia deserta com areia clara, mar calmo e coqueiros inclinados sob céu azul em Koh Samui.
Lipa Noi Beach.

O que deixa o fim de tarde especial por lá é a localização, porque como Lipa fica voltada pra o oeste, tem uma visão aberta pro sol se pondo no horizonte, o que não acontece em Chaweng ou Lamai.

Mesmo mais afastada do burburinho, aqui não é tão isolado assim. O centrinho da região tem restaurantes legais e um clima pacato, sem nenhuma fila nos estabelecimentos.

2. Passeios de barco em Koh Samui

Quer sentir o que é estar naqueles cartões-postais tailandeses? Então subir num barco em Koh Samui é quase obrigatório. O mar muda de tom a cada curva e cada parada é como um pedacinho do paraíso. Prepare a câmera e o coração para estes lugares:

2.1 Parque Nacional Marinho Ang Thong

Imagine um monte de ilhas verdes salpicadas no mar azul da Tailândia… é isso que te espera no Parque Nacional Marinho Ang Thong, a cerca de 30 km de Koh Samui. São mais de 42 illhotas que formam um parque protegido, lagoas e praias.


Vista panorâmica do Ang Thong Marine Park com ilhas cobertas por vegetação e mar azul-turquesa.
Ilhas do Parque Marinho Nacional Ang Thong.

Os passeios saem de manhã cedo, e alguns fazem a primeira parada em Ko Wua Ta Lap, onde está a trilha mais puxada do roteiro. A subida exige fôlego, mas tem algumas  pausas no caminho pra recuperar o pique. Do topo, a vista é de cair o queixo: dá pra ver dezenas de ilhas alinhadas no horizonte.

Também tem a visita à caverna Bua Boke, com formações rochosas impressionantes que parecem até esculturas. 

A parte mais conhecida do parque é Ko Mae Ko, casa do Emerald Lake. A subida até o mirante é rápida, e adivinha, não é que a água é cor de esmeralda mesmo? Nessa hora, respire fundo, porque a natureza caprichou.

Na minha vez, acabei indo ao parque a partir de Koh Phangan, mas saiba que Koh Samui, sendo a ilha principal do Golfo, é um dos melhores pontos de partida. De lá, pegar o cruzeiro para o Parque Mu Ko Ang Thong é confortável e prático, pois o barco vai te oferecer um almoço completo, privacidade nos banheiros, e todo o equipamento necessário para mergulhar.

2.2 Koh Tao e Koh Nang Yuan

Koh Tao é pequena no tamanho, mas grande na experiência. Vizinha de Koh Samui e Koh Phangan, fiquei duas semanas por lá e o clima descontraído e as praias lindas ganharam meu coração.

Vista aérea da ilha Koh Nang Yuan com vegetação densa, águas cristalinas e faixa de areia conectando pequenas ilhas.
Koh Nang Yuan.

Mergulho é o carro-chefe da região, mas não precisa ir tão fundo para ver as belezas do fundo do mar. Com máscara e snorkel já vi uma penca de peixinhos coloridos, corais e até tartarugas. As escolas de mergulho estão por toda parte, e muita gente aproveita pra tirar o certificado ali mesmo.

Bem pertinho, Koh Nang Yuan rouba a cena com a sua faixa de areia que liga três ilhotas. A trilha até o mirante é inclinada, o sol pega forte, mas a vista compensa qualquer gota de suor. A dica é subir logo ao chegar, antes que encha.

Sendo bem sincera, Koh Tao merece muito mais do que os vários passeios de bate e volta que são oferecidos por aí. Reserva uns dias pra ver tudo com calma, e pra não ir no escuro, confere meu post completinho com todas as dicas de o que fazer em Koh Tao. Spoiler: você vai querer estender a viagem também.

3. Templos de Koh Samui

A primeira surpresa ao visitar os templos de Koh Samui é perceber o quanto eles variam entre si, e mesmo já tendo visitado dezenas de templos tailandeses, é impossível dizer que um é igual ao outro. Por isso, reuni aqui os que mais achei interessantes na minha viagem.

Mas fique atento, porque Koh Samui é grande e o deslocamento entre as atrações pode ser grande. Então, pra quem não vai pilotar moto e não quer gastar uma fortuna em tuk-tuk, uma boa ideia é fazer uma excursão que visita os principais templos em meio dia, como o Big Buddha, o Wat Plai Laem e o Wat Khunaram. O trajeto ainda passa na Cachoeira Na Muang e no Mirante Lad Koh, o que deixa tudo ainda mais completo.

Agora que você já sabe a melhor forma de conhecê-los, é hora de mergulhar nos detalhes. A seguir, conto como foi visitar esses espaços sagrados:

3.1 Big Buddha (Wat Phra Yai)

O Wat Phra Yai, conhecido pelo Big Buddha, é um dos templos mais icônicos de Koh Samui. A estátua dourada de 12 metros foi construída em 1972 e ocupa o topo de uma escadaria decorada com serpentes míticas (as nagas) e detalhes coloridos.

Estátua dourada do Grande Buda sentada no alto de uma escadaria com detalhes coloridos em Koh Samui.
O Big Buddha é parada obrigatória na ilha.

O templo fica na ilhota de Ko Fan, conectada à parte norte de Samui por uma estrada construída sobre pedras. Nela, dá pra ver a estátua de longe, principalmente ao entardecer, quando o dourado do Buda fica ainda mais intenso com a luz do sol. Lindo, né?!

Apesar do ar sagrado e contemplativo, a atmosfera do lado de fora do Wat Phra Yai é bem mundana. Andando pelos arredores, encontrei lojas, muuuitas cafeterias, algumas roupas típicas tailandesas à venda e até um estúdio de yoga e outro de tatuagem, o Big Buddha Sacred Bamboo Tattoo & Tea, que tatua com bambu as Sak Yant, tatuagens tradicionais no budismo tailandês. 

Dentro do complexo, o clima é de respeito. Alguns tiram fotos discretamente, outros acendem incensos ou recebem bênçãos dos monges. Como em outros templos da Tailândia, é preciso tirar os sapatos e cobrir os ombros e joelhos para entrar.

Ah, um detalhe curioso: no mar raso que cerca Ko Fan, há pequenas esculturas espalhadas. Vi uma sereia, um senhorzinho apoiado em uma bengala e até uma figura de um homem montado num dragão com corpo de “cavalo”. Não sei o significado de todas, mas achei que elas deixam o ambiente bem bonito e artístico.

3.2 Wat Plai Laem

A menos de 20 minutos andando do Wat Phra Yai, está o Wat Plai Laem, outro templo que merece entrar na sua rota. Fundado em 1880, é um dos templos antigos daqui e tem uma arquitetura super detalhada, marcada pela influência chinesa presente nas cores, telhados e estátuas espalhadas por todo canto.

Estátua gigante do Buda Sorridente com túnica vermelha e colar de contas, cercada por esculturas douradas em Koh Samui.
As belas estátuas do Wat Plai Laem.

O que mais impressiona de longe é a estátua de Guan Yin, a deusa da compaixão, com seus 18 braços erguidos e a postura imponente sobre um lago artificial. A imagem tem 20 metros e fica no meio da água. Ela impõe muito respeito, o que é reforçado pela serpente naga enroscada em seu assento, guardando o templo.

Mas confesso que quem roubou minha atenção foi o Budai. A estátua tem um grande sorriso no rosto, e por algum motivo me senti muito feliz só de olhar para ela. Depois, quando eu estava com internet, fui pesquisar melhor pra entender de quem se tratava e, para a minha surpresa, descobri que é o Buda chinês da felicidade. A conclusão? Um sorriso no rosto faz bem, mesmo quando vem de uma escultura gigante.

No lago ao redor, você pode alimentar os bagres e carpas com comida vendida por uma máquina. É bonitinho e simbólico, porque existe uma crença budista de que isso é um ato de mérito que vai retornar a você como boas coisas na vida. 

Também vi algumas pessoas libertando peixes no lago (o que explica a GRANDE quantidade deles). Pelo o que ouvi dizer, elas compram esses animais nos mercados e os soltam na água, o que é mais um ato de mérito. No entanto, muito se discute na Tailândia se isso traria impactos negativos, pois muitas espécies invasoras são soltas na natureza.

Apesar de ser um espaço religioso, não tem aquele jeitão sério ou rígido. Vi crianças rindo com os peixes, turistas tentando tirar a melhor foto no fim da ponte, e até uma turma chegando para praticar meditação. Vale parar por um tempo, observar e deixar a vibe do lugar te alcançar.

3.3 Wat Khunaram (templo do monge mumificado)

O Wat Khunaram é um templo pequeno, mas de grande impacto. Ele fica às margens da rodovia 4169, a principal via que circunda Koh Samui, bem próximo da Lamai Beach. Um lugar que convida à contemplação desde o primeiro passo.

Altar budista com estátua dourada de monge e corpo mumificado em vitrine no Wat Khunaram, em Koh Samui.
A exposição do monge mumificado no Wat Khunaram.

O motivo? O corpo mumificado do monge Luang Pho Daeng, exposto em posição de meditação desde 1973. A história conta que ele previu a própria morte dias antes de sua partida, e pediu um caixão para que pudesse ficar meditando até o último dia. Como estava aparentemente saudável, não acreditaram nele. 

Mas foi dito e feito: Luang Pho Daeng faleceu na data prevista, aos 79 anos, e seu corpo nunca decompôs, mumificando-se naturalmente. Como ato de veneração e respeito, o monge foi colocado em uma caixa de vidro no templo, e na frente dela há uma estátua dourada dele. Hoje, tem gente que vai só por curiosidade, mas muitos moradores vão até lá colocar flores e acender velas.

Notei que alguns visitantes ficavam curiosos com os óculos escuros no rosto da múmia. Imagino que estejam ali tanto para preservar a imagem do monge quanto para suavizar o impacto visual.  

O templo é simples, mas bem cuidado. Tem algumas lojinhas vendendo lembrancinhas feitas com casca de coco, além de incensos e bebidas geladas. Mesmo quem não segue o budismo sai tocado pela força simbólica do lugar.

3.4 Wat Ratchathammaram (Templo Vermelho)

O Wat Ratchathammaram, conhecido informalmente como Templo Vermelho, fica próximo ao Wat Khunaram, no sul de Koh Samui, à beira da estrada principal. É um templo menor, mas cheio de detalhes que fazem valer cada minuto da visita.

Templo tailandês inteiramente esculpido em tom de terracota com ornamentos detalhados e escadas com serpentes nagas.
O Wat Ratchathammaram surpreende pelo visual fora do comum em Koh Samui.

O destaque mais conhecido do complexo é o ubosot, a sala de orações construída em argila vermelha e coberta por esculturas religiosas em alto-relevo. Cada parede traz figuras da tradição budista com uma riqueza de traços que dá vontade de observar com calma, tentando entender as histórias ali retratadas.


Mas a construção mais importante do complexo é o chedi dourado, a torre dos santuários budistas, que guarda uma relíquia de Buda e serve como ponto de devoção principal para os fiéis.

No fundo do terreno, uma escadaria leva até a praia, que pode ser um bom lugar para uma pausa sob a sombra. O templo costuma ser silencioso, e os monges que encontrei por lá foram acolhedores, o que é mais um motivo para lembrar dessa visita com carinho.

3.5 Guan Yu Shrine

O Guan Yu Shrine fica entre o Wat Khunaram e o Wat Ratchathammaram, e é menos conhecido entre os turistas, mas impossível de ignorar por quem passa pela estrada. A enorme estátua do guerreiro chinês Guan Yu, com seus 16 metros de altura, domina o cenário com imponência e solenidade.

Estátua colorida gigante de Guan Yu em Koh Samui, com detalhes dourados, verdes e vermelhos.
A imponente estátua de Guan Yu. Foto: Superraptor123 / CC BY-SA 4.0

O ambiente é curioso, pois o templo divide espaço com uma mini Chinatown. As construções têm detalhes dourados e dragões esculpidos, e ali ao redor funcionam algumas lojinhas e restaurantes pequenos, vendendo pratos chineses.

Guan Yu é uma figura histórica da China antiga, venerado hoje como símbolo de lealdade, justiça e coragem. Com o tempo, virou divindade através do sincretismo religioso chinês, e passou a ser cultuado no budismo, taoismo e nas crenças populares. O santuário em Samui foi construído com apoio dos Hainan, a comunidade chinesa local.

Apesar de não ser um dos templos mais turísticos, o Guan Yu Shrine mostra como Samui vai muito além das praias. Um espaço de fé, cultura e história e, no meu caso, uma parada inesperada que valeu muito.

4. Aula de culinária tailandesa

Em meio aos dias de sol e descobertas em Koh Samui, reservar algumas horas para fazer uma aula de culinária tailandesa foi uma das experiências mais marcantes da viagem. Comandada por uma família local, a aventura começou com uma visita ao mercado do Big Buddha, onde tudo era intenso, dos aromas e cores aos nomes que eu não fazia ideia de como pronunciar.

Cestinha com wontons fritos dourados acompanhados de molho agridoce em uma tigela branca.
Uma deliciosa porção de wontons fritos.

Depois do mercado, seguimos para a casa-escola, a Go Samui Cook, com uma cozinha coberta no jardim. Com ingredientes frescos à mão, cada participante preparou quatro pratos escolhidos do menu, aprendendo desde como tirar leite do coco até bater pasta de curry no pilão.

O ritmo era levinho, e todo mundo ficou se ajudando. Fiquei orgulhosa dos meus pratos, e o meu favorito foi o wonton tailandês, que é uma variação do dumpling chinês. O meu tinha recheio de porco, e foi seguido da salada de mamão papaya como sobremesa. 

No fim, a gente se sentou junto pra comer o que tinha preparado. Mais do que as receitas que levei anotadas no celular, ficou aquela sensação boa de ter entendido um pouco mais do país pelos ingredientes e o cuidado com cada preparo.

5. Tarnim Magic Garden

Lá no alto da montanha Pom, o Tarnim Magic Garden nasceu da cabeça e do coração de Khun Nim Thongsuk, um agricultor tailandês já aposentado, que era apaixonado pela natureza. 

Estátuas de figuras mitológicas e dançarinas tailandesas esculpidas em pedra em meio à vegetação no Tarnim Magic Garden.
Esculturas do Tarnim Magic Garden. Foto: Elina Sazonova / Pexels

A ideia era simples e bonita: criar um cantinho que refletisse o carinho que ele sentia por sua terra, e que também fosse o retrato do lugar onde gostaria de passar a eternidade. Assim foi construído um jardim de esculturas no meio da floresta.

O espaço é pequeno e costuma receber bastante gente, o que tira um pouco do silêncio, mas não o encanto. Entre raízes e pedras cobertas de musgo, há estátuas de monges, animais, tartarugas, anjos sorridentes e até músicos de pedra com seus instrumentos. À beira do riacho, um casal está deitado, representando os avós de Khun Nim. Em outra cena, ele aparece ao lado do pai.

Na parte mais alta, uma escadaria atrás dos anjos leva até o túmulo onde Khun Nim está enterrado com sua esposa. A vista dali alcança todo o jardim, e dá pra entender por que ele escolheu esse lugar pra descansar.

A subida até o parque não é das mais leves. O trajeto de 4×4 é íngreme e passa na encosta de barrancos. Chegue cedo para pegar o jardim ainda vazio, leve tênis fechado, repelente e disposição.

O Tarnim Magic Garden talvez não seja grandioso em tamanho, mas é grande no afeto que o senhor Khun Nim carregava. Se quiser entrar em um jardim de conto-de-fadas e até ficar um pouco emotivo, está aí uma atração para você.

6. Mirante Lad Koh

O Lad Koh Viewpoint fica colado na rodovia 4169, bem abaixo de Chaweng Beach, e por isso é um mirante muito acessível. Sem trilhas e caminhadas longas, basta estacionar, descer alguns degraus e está ali o mar e o horizonte.

Um parapeito de ferro vista para o mar e montanhas ao fundo sob céu nublado em Koh Samui.
Aproveite o fácil acesso do Mirante Lad Ko. Foto: Jutta M. Jenning / CC BY-NC-ND 2.0

A vista alcança o Golfo da Tailândia em tons que variam do azul profundo ao verde claro, dependendo da hora do dia. No fim da tarde, a luz costuma pegar de lado e colorir o céu com tons rosados. 

Há um deck de madeira onde a galera tira fotos, e algumas muretas que servem como banco. Alguns foodtrucks param no mirante e vendem sorvetes, sanduíches e cafés especiais. Eu, que não sou boba, estava descendo para Lamai e peguei um sorvete de coco. 

Então, fica a dica desse mirante. Um lugar simples, bonito, e vai bem como uma pausa entre uma praia e outra.

7. Central Samui

Na região de Chaweng, o shopping Central Samui é um alívio com ar-condicionado em dias quentes demais. A estrutura é moderna, com várias lojas de departamento conhecidas, cafés com wi-fi e restaurantes que vão do japonês ao tailandês com um toque gourmet.

Entrada do shopping Central Festival em Koh Samui com pessoas caminhando e céu azul ao fundo.
Pra quem quer fazer compras em Koh Samui, esse é o lugar certo. Foto: Per Meistrup / CC BY-SA 3.0

No térreo, encontrei uma feirinha de artesanato bem organizada, com produtos locais, lembrancinhas e tecidos bordados. A parte externa é decorada com áreas verdes, mesinhas ao ar livre e, vez ou outra, até uma apresentação cultural.

O shopping é aquele tipo de lugar que quebra um galho quando você precisa comprar um carregador ou uma sandália mais reforçada. Além disso, fica em frente ao Chaweng Night Market, então dá para engatar os dois no mesmo passeio.

8. Mercados de rua em Koh Samui

Chegou a noite, acenderam-se as luzinhas e os aromas começaram a tomar conta do ar. Os mercados de rua bombam nas noites tailandesas com jantares de pé com um espetinho na mão, lembrancinhas sendo negociadas e massagens no meio da calçada. Conheça de perto os quatro melhores mercados de rua de Koh Samui:

8.1 Fisherman’s Village Night Market

Localizado em Bo Phut, o Fisherman’s Village Night Market abre a semana toda à noite, quando a rua principal da vila é fechada para carros e tomada por barracas de comida, artesanato e música ao vivo. 

Várias pessoas circulando e comprando roupas e artesanato em uma feira noturna iluminada em Koh Samui.
O Disherman’s Village Night Market. Foto: Hipponite Monruedee Jansuttipan / CC BY 2.0

O mercado é apenas uma parte da vila histórica de pescadores, que preserva construções antigas em estilo chinês que foram transformadas em lojinhas e restaurantes. Mas aqui o meu foco é o mercado noturno, tá bem?

A rua do Fisherman’s Village vira um corredor cheio de aromas, vozes e pratos sendo servidos o tempo todo. Tem espetinho de camarão, coco aberto na hora, curries fumegantes, drinks coloridos com frutas tropicais e até sobremesas tailandesas feitas ali mesmo, afinal, a marca da Tailândia são seus pratos frescos!

Além da gastronomia, há muitas barracas de lembrancinhas com acessórios e objetos de decoração. Os preços variam, e achei o valor praticado aqui um pouco mais caro do que em mercados menores, mas ainda assim a visita compensa e você pode tentar arriscar uma barganha.

O calçadão da praia fica logo ali atrás, e é comum ver gente sentada em barzinhos olhando o mar ou aproveitando shows de fogo e apresentações musicais. Em noites mais movimentadas, pode ser difícil achar lugar nos restaurantes mais disputados, então chegue cedo!

8.2 Chaweng Night Market

No meio da bagunça boa que é Chaweng, o Chaweng Night Market se destaca como um dos pontos mais animados da cidade. As vendas são coladas umas nas outras, com grelhas soltando fumaça e os cheiros se misturando num convite impossível de ignorar.

Vi que ele abria de quinta à sábado, e passei lá num sábado mesmo. O lugar estava cheio, mas com um clima animado. Gente sentada dividindo mesa de plástico, outras em pé com prato na mão, tentando equilibrar o pad thai e a bebida. 


Me arrisquei num espetinho de lula (que tinha um molho agridoce delicioso) e até provei um grilo frito, mais por curiosidade do que por gosto.

Convenientemente, o mercado fica na esquina do Central Samui, que é um shopping center com lojas mais especializadas. Meu único conselho para essa região é não economizar no repelente, pois ambos os espaços ficam ao lado de um grande lago.

8.3 Lamai Night Market

O Lamai Night Market acontece todas as noites, no centrinho de Lamai Beach, e o foco dele é a comida. São dezenas de barracas (contei umas 40) com pratos tailandeses, chineses e até ocidentais, lado a lado. Do clássico pad thai ao roti com banana e leite condensado, passando por opções veganas e halal. A variedade surpreende, e o sabor, mais ainda.

Depois de matar a fome, fui circulando entre as barracas, e te digo que tem muita coisa feita à mão.Pra melhorar, os preços costumam ser mais camaradas. Ao fundo, a música constante e o vai e vem da rua completam o clima gostoso da feira.

Quem está em Lamai já tem o mercado ali do lado, o que é ótimo pra fechar o dia com um passeio descomplicado. Não precisa de grandes planos, só siga a luz das barracas e deixe a curiosidade guiar o caminho.

8.4 Si Khao Night Market

No sul de Koh Samui, o Si Khao Night Market abre diariamente, e apesar de pequeno, é lotado de alimentos cheirosos cozinhando, mesas juntas e gatinhos passeando entre as cadeiras.

As barracas vão de doces típicos a espetinhos apimentados, passando por um arroz com pernil cozido que foi um dos melhores que já comi na Tailândia. 

Os preços são mais baixos do que nos mercados maiores, e ainda encontrei um espaço coberto com várias mesas. As tortas e bolos tailandeses foram outro destaque. Saí de lá carregando dois pedaços pra viagem.

O ambiente é limpo, tem banheiro gratuito, e os vendedores são gentis mesmo quando a conversa fica só nos gestos. Achei o mercado uma surpresa e tanto, especialmente quando tudo ao redor parece feito só pro turista ver.

9. Cachoeira Na Muang

Em dias de calor intenso — e eles são muitos em Koh Samui — nada supera a sensação de entrar no poço da Cachoeira Na Muang. É fácil chegar na primeira queda d’água, que é rodeada por pedras, onde dá para nadar, sentar na borda ou simplesmente deixar a correnteza passar pelo corpo. A vegetação ao redor emoldura tudo e o som da água correndo não deixa dúvida: o paraíso, às vezes, é barulhento.

Cachoeira descendo por rochas verticais escuras cercadas por vegetação densa em Koh Samui.
Se refrescar na Na Muang é uma das melhores coisas pra fazer em Koh Samui. Foto: Maksim Sundukov / CC BY-SA 3.0

Já a segunda queda é mais alta e mais silenciosa. O trajeto que leva até ela é de terra, raízes e pedras, com sombra em boa parte do caminho e trechos em que você precisa prestar atenção onde pisa. Chegando lá, parece até uma cortina de água descendo entre as pedras, e o vento úmido que sopra do paredão refresca até a alma.

Nos arredores da primeira queda, o movimento costuma ser mais agitado. Há turistas chegando de vans, crianças gritando de alegria, vendedores oferecendo bebidas e o vaivém das trilhas. Ainda assim, há cantinhos para ficar sentado e relaxar.

Mas antes de chegar na cachoeira, uma cena me chamou atenção e gerou um certo desconforto. Logo ao lado da entrada, uma empresa mantém elefantes em cativeiro e vende passeios de montaria e alimentação. 

Ver os animais em espaços apertados, em condições que fogem ao seu comportamento natural, foi um lembrete de que não precisamos participar de toda atração nos destinos só porque é “comum”. Visitei a cachoeira e tive um dia bacana lá pela excursão que começou com os templos, que mencionei no início do post — ela não tem nenhuma relação com esse local, não fomos incentivados a comprar atividades com elefantes e o próprio operador se posicionou contra práticas desse tipo.

Foi depois de vivenciar uma experiência como voluntária em um santuário ético em Chiang Mai, no norte da Tailândia, que passei a ver esses temas com outros olhos. Aqui em Koh Samui, existe uma alternativa que merece atenção: o Samui Elephant Haven, um espaço dedicado ao cuidado de elefantes resgatados de abusos. 

No tópico a seguir, conto como foi conhecer esse lugar e por que ele representa uma forma mais respeitosa de se aproximar desses animais incríveis.

10. Samui Elephant Haven (santuário ético de elefantes)

Fui ao Samui Elephant Haven depois de muita pesquisa, pois não queria cair em armadilha de “santuário” que só muda o nome, mas mantém práticas antigas disfarçadas de ética. Esse foi um dos únicos lugares daqui que me passaram uma segurança real sobre o bem-estar dos elefantes. E posso dizer com tranquilidade que acertamos em cheio.

Ali vivem elefantes resgatados de circos, montaria e outras atrações abusivas. Muitos foram vítimas de um processo violento conhecido como Phajaan (ou The Crush), em que sofrem isolamento, fome e agressões até obedecer comandos. Aqui, vivem soltos, com sombra, lama, frutas e paz.

Eu participei do tour de 3 horas. A experiência começa com uma apresentação sobre o santuário, segue para a preparação das bolinhas de arroz e frutas, e depois vem a caminhada ao lado dos elefantes. Teve momentos em que ficamos só olhando, enquanto um bebê perseguia a mãe com a tromba levantada. 

Me emocionei vendo que aqui eles não têm função, que nem eu vi alguém dizendo “é bom ver que o único trabalho deles aqui é comer banana”. E o mais importante é que a equipe do santuário é claramente envolvida com o propósito do lugar. A guia do meu grupo explicou com detalhes a história de cada elefante e como funciona o processo de recuperação física e emocional deles.

Mesmo sendo uma atração com animais, o santuário age com transparência e não vi nenhum animal sendo usado como entretenimento, já que todas as visitações contribuem para a conscientização e o cuidado.

Se você quiser entender mais sobre como identificar locais que incentivam o turismo ético e respeitoso, recomendo uma olhada nos sites Responsible Thailand e Responsible Travel. Escolher bem é parte da responsabilidade que a gente tem quando viaja.

11. O que fazer em Koh Samui à noite

Na noite em Koh Samui, marcam presença os mercados de rua animados, bares no calçadão da praia e até os estádios de muay thai. O fato é que cada parte da ilha guarda um tipo de programa, e eu vou te mostrar quais são as melhores atrações noturnas para a sua viagem!

Vista noturna da costa de Koh Samui com luzes nas encostas e céu escuro iluminado por relâmpagos ao fundo.
A noite também tem seu charme em Koh Samui.

Para começar leve, os mercados noturnos são uma boa pedida. O mais famoso é o Fisherman’s Village Night Market, que toma conta de Bo Phu, e também há o Lamai Night Market, que é mais despojado e os petiscos surpreendem. E se estiver querendo um mercado mais tranquilo, vá no Si Khao Night Market.

Depois da comilança, a animação segue nos bares à beira-mar. Em Chaweng, meu destaque vai pro Elephant Beach Club. O espaço é lindíssimo, com estrutura pé na areia, puffs coloridos, luz baixa e um deck de madeira que fica ainda mais bonito com a iluminação da noite. A música embala sem atrapalhar a conversa, os drinks são caprichados e ainda tem piscina de frente pro mar.

Ah, e vale mencionar que tem gente que fuma narguilé por lá. Mas como o ambiente é aberto e quem fuma é minoria, a fumaça não incomoda.

Agora, pra encerrar a noite com emoção, vale muito adquirir um ingresso para a luta de muay thai no Phetch Buncha Boxing Stadium. O estádio fica em Chaweng e tem ar-condicionado, bebidas baratas e combates que prendem atenção do início ao fim.

O que não fazer em Koh Samui

Koh Samui tem paisagens incríveis, templos impressionantes e cantinhos que surpreendem. Mas nem tudo por lá merece entrar no seu roteiro. Ela ainda carrega um problema sério com atrações que envolvem animais, que muitas vezes são disfarçadas de experiências “divertidas” ou “exóticas”, mas que escondem práticas bem questionáveis.

Um dos exemplos é a Ilha dos Porcos, chamada oficialmente de Koh Madsum. Ela viralizou nas redes sociais com as fotos dos porcos selvagens na areia, mas a realidade é menos encantadora. Os porcos são uma espécie invasora que vive em um ambiente limitado, com pouca sombra e sem descanso, sendo manipulados o dia todo por turistas em busca da selfie perfeita e que ainda os alimentam inadequadamente.


Outro ponto que costuma confundir muita gente é o Paradise Park Farm. No fim das contas, é um zoológico que mantém animais silvestres em jaulas pequenas e ainda colore as penas das pombas com tinta… O nome pode soar promissor, mas o que se vê ali é um cenário de confinamento, longe de qualquer ideia de preservação.

Ainda comuns na ilha, os passeios com elefantes continuam disfarçando velhas práticas sob nomes como “experiência cultural” ou “banho com elefantes”. Muitos desses animais passaram por um processo violento de adestração, sendo forçados a obedecer para entreter visitantes, mesmo que pareça uma interação “fofa”. Tem um post completo sobre isso aqui no blog, que explica por que essa prática precisa acabar.

E por fim, as fazendas de cobras. Pode até parecer uma atração exótica, mas os “shows” envolvem provocação constante, manuseio forçado e um nível de estresse altíssimo para os animais. A vibe no local é desconfortável, e você não vai querer assistir de perto só pra reforçar como essas práticas não fazem mais sentido hoje em dia.

Turistar com consciência é um passo importante. Koh Samui tem muitos lugares maravilhosos e que não precisam colocar nenhum animal em sofrimento para termos memórias de viagem únicas.

Turismo em Koh Samui

Fechou o roteiro com todas as atrações? Então calma aí, porque ainda tenho umas dicas preciosas que fazem diferença na viagem. Juro pra você que quanto mais você sabe antes de chegar, mais você aproveita. Bora fechar esse planejamento com chave de ouro?

Seguro viagem na Tailândia

Viajar pra Tailândia é uma experiência marcante, mas assim como toda viagem para qualquer destino, pode ter suas surpresas. De uma bagagem extraviada ou aquele atraso inesperado no voo, a gente fica sujeito a eventos que podem atrapalhar o passeio. 

Nessas horas, ter um seguro viagem faz toda a diferença. Melhor prevenir do que ter dor de cabeça do outro lado do mundo, concorda?

No blog, disponibilizamos um comparador de seguros viagem super prático que reúne várias seguradoras confiáveis num só lugar. Dá pra ver os valores, as coberturas e escolher com calma. Usando o cupom EMALGUMLUGAR5, ainda rola até 10% de desconto na compra. Um detalhe que pode aliviar tanto o bolso quanto a tensão em caso de imprevisto.

Onde ficar em Koh Samui

Chaweng, Lamai e Bophut são as melhores regiões para pegar um hotel em Koh Samui, porque ficam ali, na zona central. Chaweng é o epicentro da agitação: praia cheia, aeroporto, bares animados e restaurantes pra todos os gostos. Lamai tem um ritmo mais desacelerado, mas sem ficar isolado do mundo. E Bophut, onde fica o famoso Fisherman’s Village, junta tranquilidade com estrutura charmosa, especialmente à noite.

Na minha primeira vez na ilha, fiquei no OZO Chaweng Samui, que tem uma excelente estrutura e localização estratégica. A piscina é deliciosa, o café da manhã é variado e ainda tem saída direto pra areia. Já o MyVillage Lamai me surpreendeu por ser super perto da praia, mas numa rua mais calma, ótimo pra quem quer descansar sem estar longe de tudo. Os quartos são espaçosos e o tratamento é bem familiar.

Na segunda viagem, experimentei o Baan Yaimai Boutique Samui, em Bophut. Ele é menor, mas super aconchegante, com atendimento caloroso e uma área comum bem cuidada. Fica pertinho do centrinho de Fisherman’s Village, então o acesso a restaurantes e feirinhas noturnas é tranquilo, sem precisar de moto.

Pra quem gosta de uma pegada mais descolada, o LOVE Beach Club Koh Samui é mais uma opção bacana em Chaweng. Tem quartos modernos, estrutura estilosa e fica colado na praia.

Depois de testar lugares diferentes em viagens separadas, acho que vale mesmo alternar entre as regiões: começar em Chaweng pra sentir o ritmo da ilha e fechar em Bophut com uma pegada mais sossegada. Essa combinação funcionou bem comigo pra poder ver diferentes lados de Koh Samui.

Onde comer em Koh Samui

A gastronomia de Koh Samui mistura tradições da comida tailandesa com influências internacionais, sempre com muito sabor, pimenta e aquele perfume inconfundível de capim-limão.

As feirinhas noturnas, como a de Lamai ou o Fisherman’s Village Night Market, são ótimas pra experimentar porções pequenas e descobrir sabores novos sem gastar muito. E pra escolher com calma no cardápio, o que não falta são restaurantes com vistas lindas. Separei aqui alguns dos meus preferidos, de diferentes estilos e preços:

  • Dara Serene Restaurant | Fica em Chaweng, de frente pro mar. O ambiente é elegante sem ser metido, perfeito pra um jantar mais especial. Pedi um peixe grelhado com molho de limão que estava impecável!
  • Green Bird | Um restaurante simples e queridinho ali em Chaweng, escondido numa ruela tranquila. A comida é típica tailandesa de verdade, com preços super justos. O pad thai veio no ponto, com camarão fresquinho e atendimento cheio de sorrisos.
  • Imchai Thaifood | Mais afastado do centrinho de Lamai, esse lugar tem clima de restaurante de bairro. O curry vermelho de frango foi o melhor da viagem: picante na medida, cheio de sabor e com aquele arroz soltinho que suaviza tudo.
  • The Cocoon | Um pouco mais moderno, com um astral relaxado e mesas no deck de madeira. Fica em uma área mais elevada de Chaweng Noi, ótima pra ver o sol se despedindo. O destaque vai pro green curry, que chegou fumegante e aromático.
  • Elephant Beach Club | É uma opção mais animada na praia, com música ambiente e um clima ótimo para o fim de tarde. Os drinks são bem feitos e o cardápio tem desde pratos tailandeses até hambúrguer e frutos do mar. Provei o fried rice com frutos do mar e achei perfeito pra dividir com uma cerveja gelada olhando o mar.

Como se locomover em Koh Samui

A ilha tem um tamanho legal pra circular, mas nem tudo é pertinho. Então, alugar uma moto ou scooter é o jeito mais prático e barato. 

Eu aluguei em todas as vezes que fui, só tem que tomar cuidado com a direção oposta da nossa e o trânsito meio caótico em alguns trechos. Também é bom fazer fotos e vídeos do veículo pra não cair em golpes de responsabilidade por danos no momento da devolução.

Outros tipos de transporte são os tuk-tuks e os songthaews, que são caminhonetes coletivas que fazem rotas fixas. Eu usei esses no começo, mas confesso que achei mais limitado. Aplicativos de transporte funcionam, mas não são muito populares nos arredores menos turísticos.

E vale saber que durante a noite, principalmente fora de Chaweng e Lamai, o transporte fica mais escasso. Então, planeja bem os deslocamentos, e se não for ficar na direção, prefira se hospedar nas regiões centrais. Ah! E pra reservar traslados ou checar preços de transporte na Tailândia, eu costumo usar o site 12GoAsia, que facilita bastante.

Powered by 12Go Asia system

Quando ir e quantos dias ficar em Koh Samui

Koh Samui é visitável o ano todo, mas a melhor época para aproveitar com sol garantido vai de janeiro a abril, quando as chuvas são escassas e o mar costuma estar calmo. 

Julho e agosto têm clima parecido, porém são mais movimentados por conta das férias europeias. Já entre outubro e novembro, as chuvas são mais constantes, embora nem sempre atrapalhem os planos, podem impactar passeios de barco. Para quem busca tempo bom e preços melhores, maio e junho são ótimas pedidas.

Agora, sobre quanto tempo ficar, o ideal é reservar 6 dias completos. Esse tempo permite conhecer as praias, visitar templos, explorar o interior e ainda encaixar ao menos um passeio de barco. Menos do que isso deixa tudo corrido demais, e você pode acabar deixando boas experiências de fora. Veja a minha sugestão de roteiro para esses dias:

Roteiro de 6 dias em Koh Samui

Dia 1 | Comece o dia curtindo a movimentada Chaweng Beach, engatando com uma visita ao icônico Big Buddha (Wat Phra Yai) e ao Wat Plai Laem, com suas estátuas incríveis de Guan Yin e o Budai. À noite, relaxe com drinks e música no Elephant Beach Club.

Dia 2 | Reserve o dia inteiro para o passeio ao Parque Nacional Marinho Ang Thong. As paisagens são de filme: ilhas, cavernas, trilhas e o famoso Emerald Lake. Voltei cansado, mas feliz.

Dia 3 | Pela manhã, conheça Lamai Beach e as pedras Hin Ta e Hin Yai. Continue pela costa sul com paradas no Wat Ratchathammaram, Guan Yu Shrine e o templo do monge mumificado, o Wat Khunaram. No Guan Yu Shrine, faça um lanche da tarde na Chinatown.


Dia 4 | Suba cedo para o Tarnim Magic Garden, no alto das montanhas. Na volta, passe no Central Samui pra um respiro com ar-condicionado e lojinhas. De noite, encare o Chaweng Night Market com fome e curiosidade.

Dia 5 | Dedique o dia ao Samui Elephant Haven, onde os elefantes vivem com respeito e cuidado. A tarde passa voando. À noite, vá para o Fisherman’s Village Night Market e curta o mercado com luzinhas e música ao fundo.

Dia 6 | Finalize a viagem aprendendo a cozinhar como um tailandês. A aula de culinária começa no mercado, segue com panelas fumegando e termina com todo mundo comendo junto no jardim. Um jeito delicioso de se despedir.

O que fazer em Koh Samui: dicas extras

Dinheiro e câmbio | Nossa escolha de confiança pra trocar dinheiro é a Confidence Câmbio. Quando eu fui, troquei reais por dólares com eles no Brasil, e deixei pra converter em bahts já na Tailândia.

Dicas de viagem para Tailândia | Quer saber quando ir, quanto custa, vacinas e outras informações básicas? Então dá uma passadinha no nosso post com as nossas melhores dicas de viagem para Tailândia.

Como chegar | Pra chegar em Koh Samui, o jeito mais prático (e caro) é fazer voos domésticos, seja a partir de Bangkok ou Phuket. Se quiser economizar, dá pra ir até Surat Thani ou Don Sak de ônibus ou trem, e depois pegar o ferry até a ilha. Se você tiver mais dias de viagem e não se importa de fazer o segundo trajeto, que é mais longo, o 12GoAsia foi a ferramenta que mais me deu segurança para fazer a rota.

Mala | Quer saber o que levar na mala pra Tailândia (e Sudeste Asiático)? Temos um post descomplicado com tudo o que não pode faltar na sua bagagem.

Roteiro | Se você está planejando uma passagem mais longa pelo Sudeste Asiático, ou simplesmente quer fazer uma viagem nos principais países dessa região da Ásia, se liga nas principais dicas de roteiro que reuni sobre destinos como Tailândia, Camboja e Filipinas. Tem sugestão de rotas, dicas de transporte e quanto tempo ficar em cada lugar.

Documentação necessária | Pra desembarcar na Tailândia, você vai precisar do passaporte com pelo menos seis meses de validade, certificado internacional da vacina contra febre amarela (caso esteja saindo do Brasil ou de outro país com risco de transmissão), o novo formulário TDAC preenchido e passagem de saída do país. Se quiser entender melhor, explicamos tudo passo a passo aqui no post sobre o que precisa pra entrar na Tailândia.

Mapa de Koh Samui

Pra facilitar sua vida e te ajudar a visualizar tudo que esse paraíso tem pra oferecer, preparei um mapa especial com todas as atrações mencionadas no post:

Curtiu nossas dicas do que fazer em Koh Samui?

Depois de duas viagens e muita caminhada pela ilha, posso te dizer com confiança: montar seu roteiro em Koh Samui não tem mistério, e ainda pode render dias incríveis no Golfo da Tailândia.

Já montou o seu roteiro? Me conta aqui nos comentários o que não vai ficar de fora ou o que mais chamou sua atenção! Vou adorar saber. Boa viagem!

Escrito por Adriana
Jornalista e blogueira em tempo integral há mais de 10 anos. Já visitou mais de 40 países e ama um roteiro bem completo e equilibrado, com direito a clichês e espaço para novas descobertas. Por aqui compartilha suas experiências de viagem e traz as melhores dicas para que você também se apaixone pelo seu próximo destino.
Esse post pode conter link de afiliados. Isso significa que, ao fazer uma reserva a partir desses links, você ajuda a manter nosso blog e não paga nada a mais por isso.
Nós agradecemos seu apoio! Nós nos esforçamos para manter o blog atualizado, mas alguns detalhes podem sofrer alterações a qualquer momento. Sempre confirme datas, preços e informações.
Posts que escolhemos para você

Deixe o seu comentário