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Na hora de planejar uma viagem para o país, muita gente se pergunta exatamente o que fazer no Vietnã. E não é pra menos! O Vietnã é um lugar muito marcante, só que entender por onde começar nem sempre é tão simples quanto parece.
Viajei pra lá durante o período que fiquei no Sudeste Asiático, e já te adianto que o Vietnã não é aquele país que você consegue resumir em uma frase só. Tem praia, montanha, cidades imensas, e até interiorzão – tudo isso “apertado” em uma faixa comprida ali vizinho da Tailândia, do Laos, da China e do Camboja.
Prédios coloniais do French Quarter, em Hanói.
Por lá, não demora muito pra você perceber que existem lugares que parecem estar no passado, outros que já estão no futuro. No meio disso tudo, pessoas muito receptivas, uma culinária que não tem medo de misturar sabores e uma história que, dependendo do lugar, ainda se faz viva nas paredes e nas ruas.
Então, pra não ficar perdido na hora de montar o seu roteiro, fiz um guia completo, com os destinos organizados por região. Vou te contar o que mais me marcou em cada um, incluindo dicas honestas sobre onde dormir, quando viajar, o que comer e como se virar de cidade em cidade. Boa leitura!
O que fazer no Vietnã: veja quais são as melhores atrações dos principais destinos
Região Norte | Hanói, Baía de Ha Long, Sapa, Ninh Binh, Ha Giang
O norte do Vietnã costuma ser a porta de entrada do país pra muita gente. Tem cidade grande, arrozal, montanha, vilarejo pequeno e um clima que vira do nada.
Hanói, a capital, fica por aqui, junto com lugares famosos como Halong Bay e Sapa. Mas basta sair um pouco da rota óbvia que a vibe muda completamente. Já ouviu falar de Ha Giang? Pois é, não é um destino tããão bombado, mas quem vai fica impactado com as paisagens e o modo simples de viver que encontra pelo caminho.
De todos os cantos do Vietnã, esse talvez seja o mais imprevisível. O trânsito pode cansar, a neblina às vezes atrapalha, mas uma coisa é certa: o norte surpreende!
E pra você conhecer mais sobre, separei os destinos mais famosos dessa parte do mapa:
1. Hanói
Hanói é a capital que nunca dorme, mas sem o glamour óbvio de metrópoles super modernas. É barulho de buzina, moto, cheiro de café forte e um monte de coisa acontecendo ao mesmo tempo.
A bela fachada da St. Joseph Cathedral
Uma das mais antigas do Sudeste Asiático, a cidade tem um peso histórico gigante: já foi centro político da guerra, palco de manifestações e hoje é a sede do governo.
Uma coisa que eu gostei é que só de andar pelo Old Quarter já dá pra ver os prédios coloniais franceses misturados com lojas antigas e barraquinhas vendendo pho feito na hora.
Ainda falando de pontos turísticos, o Mausoléu de Ho Chi Minh é parada obrigatória na sua viagem. É lá que está o corpo embalsamado do líder revolucionário Ho Chi Minh, um herói para os vietnamitas. Só não se esqueça de verificar se o local estará aberto, pois ele costuma fechar para a manutenção anual, geralmente, entre junho e agosto.
O Templo da Literatura foi outro lugar que eu adorei conhecer. Fundado em 1070, foi a primeira universidade do país e tem jardins bem bonitos. Fica perto da One Pillar Pagoda, então já fica a dica de conhecer os dois numa mesma tarde.
Pra facilitar a minha vida, acabei fazendo um passeio guiado que juntava o mausoléu, o Templo da Literatura, o Museu da História Militar e a Prisão de Hoa Lo. Funcionou porque já resolvia transporte e ingresso de uma vez, e eu não precisei ficar calculando tempo entre um lugar e outro.
Sobre a culinária, o legal é comer sentado num banquinho de plástico na calçada, mesmo que as pernas fiquem meio tortas depois. O bun cha de lá é absurdo de bom — carne de porco grelhada, caldo e noodles de arroz, tudo junto e misturado!
No fim, eu diria que Hanói é intensa, com um trânsito que desafia a lógica e uma energia que, sinceramente, cansa, mas deixa saudades.
Principais atrações | Old Quarter; Mausoléu de Ho Chi Minh; Museu Ho Chi Minh; One Pillar Pagoda; Templo da Literatura; Lago Hoan Kiem; Templo Ngoc Son; Museu da Mulher Vietnamita; Pagoda Tran Quoc; Mercado Noturno de Hanói e Water Puppet Show.
Onde ficar em Hanói | A melhor região pra se hospedar em Hanói é o Old Quarter. É histórico, cheio de vida e perto de tudo. Fiquei no Hanoi E Central Luxury Hotel & Restaurant e só tenho elogios. Fica numa parte menos caótica do bairro, com atendimento acolhedor, quarto espaçoso e isolamento acústico que garante boa noite de sono mesmo no meio da agitação.
Quando ir e quantos dias ficar | De fevereiro a abril é quando o clima está mais estável e seco. Separe, pelo menos, três dias inteiros pra bater perna pela cidade e descansar um pouco depois.
Lista do que fazer em Hanói
Passear pelas ruas do Old Quarter
Visitar o Mausoléu de Ho Chi Minh
Relaxar no Lago Hoan Kiem e passar no Templo Ngoc Son
Assistir a uma apresentação de marionetes no Water Puppet Show
Conhecer o Museu de Etnologia ou o Museu da Mulher Vietnamita
Ir até as ruas do Trem e da Cerveja
Tirar uma foto em frente à St. Joseph Cathedral
Comprar lembrancinhas e petiscos no Mercado Noturno
No geral, eu recomendo dar uma olhada no nosso post sobre o que fazer em Hanói, tem dicas de passeios, hospedagens, como se locomover e até uma sugestão de roteiro. O Caio reuniu tudo que você precisa saber antes de embarcar, então não deixe de conferir!
2. Halong Bay
A cerca de 170 km de Hanói, Halong Bay parece um pedacinho do paraíso, com aquela paisagem das pedras saindo do mar, que parece meio mágica. De longe, um dos lugares mais bonitos da Ásia.
A vista do mirante da Ti Top Island é uma das mais clássicas de Halong Bay.
O jeito mais clássico de conhecer é num cruzeiro, e eles variam de tudo que é jeito: dos maisbasicões até uns com banheira e aula de culinária. Meu escolhido foi o Paradise Sails Cruise, que não economiza no conforto, tem aula de tai chi e passeio de caiaque. O barco balançava um pouco, mas a comida era boa e o visual dos quartos compensava qualquer enjoo.
As ilhas são muitas, mas você não desce em todas. Uma parada obrigatória é na Sung Sot Cave (Amazing Cave), que tem estalactites e estalagmites que parecem figuras aleatórias. Lá, também há uma escadaria até um mirante onde você pode apreciar a baía vista de cima.
Também indico conhecer as Vilas Flutuantes Cua Van e Vung Vieng. Basicamente, são duas comunidades tradicionais localizadas sobre a água – mas em locais diferentes, ok? As casinhas coloridas são uma graça, já sediaram escolas, lojas e até criadouros de pérolas.
Se o seu cruzeiro incluir uma passadinha na Lan Ha Bay, aproveite! É como se fosse a irmã de Halong Bay, mas com a vantagem de ser mais vazia e ter menos barcos pra lá e pra cá.
Lembrando que a água não é “azul Caribe”, tá? Tem dias que fica meio verde, meio escura…. Mas, ainda assim, é muito bonita na maior parte do tempo!
Principais atrações | Cruzeiro pela baía; Sung Sot Cave (Amazing Cave); Luon Cave; Tuan Chau Island; Vilas Flutuantes Cua Van e Vung Vieng; Lan Ha Bay; Caverna Tien Ong.
Onde ficar em Halong Bay | O mais indicado é ficar num cruzeiro, que já é o próprio passeio. Como te contei, fiquei no Paradise Sails e não me arrependi, tinha cabine com varanda, comida boa e café da manhã olhando pras ilhotas. Já ouvi gente falando muito bem do Rosa Cruise, que sai mais em conta e entrega qualidade também.
Quando ir e quantos dias ficar | De setembro a novembro e de março a maio o tempo fica firme e o mar calmo, mas é quando os preços sobem e os barcos enchem. De julho a agosto o calor é forte e rola temporada de tufão, então os cruzeiros podem ser cancelados de última hora. Dois dias inteiros com uma noite no cruzeiro são o suficiente pra conhecer as principais cavernas e acordar com aquela vista que todo mundo posta.
Lista do que fazer em Ha Long Bay
Fazer um cruzeiro com parada pra nadar e remar
Subir o mirante da Tip Top Island
Entrar nas cavernas gigantes
Observar o cotidiano nas vilas flutuantes
Acordar cedo e tentar acompanhar a aula de tai chi
Sapa fica na província de Lao Cai, quase colada na fronteira com a China. A primeira coisa que é diferente é o clima. O ar fica mais fresco, o verde mais fechado e, de repente, parece outro Vietnã. A viagem até lá já te dá uma prévia: curva, serra, neblina e vendedores de milho na beira da estrada.
A neblina típica de Sapa deixando a cidade com aquele clima de serra irresistível.
Hoje em dia, o centro de Sapa virou um destino bem turístico. Tem muita construção nova e vendedores insistentes em cada esquina. Confesso que gosto bem mais dos arredores do que da cidade em si. A sensação que se tem é que a essência tá mais ali, nas vilas ao redor, do que nas ruas movimentadas.
Aliás, é por isso que eu digo que os passeios que saem do centro e vão pra lugares como Lao Chai e Ta Van continuam sendo a melhor parte. No caso de ser a sua primeira vez lá, super indico fazer uma caminhada guiada de um dia até essas aldeias porque o caminho é bonito demais, tem guia falando em inglês, almoço na casa de um morador e ainda rola aquele papo bom sobre a cultura local.
O Cat Cat Village é mais perto, acessível a pé, mas não recomendo, principalmente quando dá pra ir tão fácil até vilas mais genuínas.
O Fansipan é outra história: o teleférico sobe a mais de 3 mil metros e, quando o tempo abre, o visual é só montanha até perder de vista.
E o frio? É real. Quando fui, fez 9 °C à noite e o vento batia firme. Ainda bem que tem sempre alguém vendendo uns caldinhos quentes que salvam qualquer noite gelada.
Principais atrações | Trekking; Terraços de arroz; Lao Chai; Ta Van; Teleférico Fansipan; Mercado Noturno de Sapa.
Onde ficar em Sapa | Fiquei no Himalaya Sapa Hotel e achei prático pra quem quer fazer tudo a pé no centrinho. Já o Hmong Farmstay fica mais afastado, com a vantagem de ficar a mais ou menos uma hora de carro de Lao Chai e Ta Van, com muito sossego e contato com a natureza.
Quando ir e quantos dias ficar | Ir entre março e maio ou entre setembro e novembro não tem erro. O clima fica agradável e, no segundo período, você ainda tem mais chances de ver os arrozais bem bonitos. Três dias são suficientes pra pegar trilha, descansar e respirar outro Vietnã.
Ninh Binh é uma província no norte, a mais ou menos duas horinhas de Hanói. Muita gente chama a região de “Halong Bay em terra firme” e, olha, não é por acaso. Os paredões de pedra brotam do chão em vez da água, e o visual conquista logo de cara.
O cenário clássico de Ninh Binh, com o rio Ngo Dong serpenteando entre arrozais e montanhas.
O que realmente importa fica nos arredores, principalmente em Tam Coc e Trang An, esse último é, inclusive, um complexo Patrimônio Mundial da Unesco desde 2014.
Os passeios de barco são o ponto alto da viagem. Eles saem dali e atravessam cavernas, templos e até canais. Um dos momentos que ficaram na minha memória foi ver uma senhora remando com os pés enquanto mexia no celular. Ela estava super tranquila, no meio do rio, remando como se não houvesse amanhã.
Ainda na província, Hoa Lu, que já foi a capital do Vietnã lá atrás, guarda portões antigos, templos e uma arquitetura bem diferente do que se vê nas cidades grandes. Agora, o lugar mais falado dali é a Mua Cave. A subida exige um certo preparo (são mais de 400 degraus meio irregulares), mas a vista lá de cima realmente emociona.
Por fim, vale conhecer a Bai Dinh Pagoda, que também fica em Hoa Lu. É tão grande que você não sente que está indo visitar só em um templo, mas um bairro inteiro. Tem escadas intermináveis, estátuas em fileiras e corredores enormes. Passei horas lá e ainda fui embora achando que tinha deixado coisa sem ver. São muitos detalhes, então vá com tempo sobrando!
Pra comer, falam muito da goat meat (carne de cabra), que, geralmente, é servida com arroz ou vegetais, e é fácil de achar nos restaurantes de Tam Coc. Nós não provamos, mas falaram que quem gosta de cordeiro, provavelmente, vai curtir.
Principais atrações | Trang An; Tam Coc; Bai Dinh Pagoda; Mua Cave; Hoa Lu; Bich Dong Pagoda.
Onde ficar em Ninh Binh | Tam Coc tem a melhor localização: é uma vila pequena, charmosa e perto de tudo. Lá, o Tam Coc Garden Resort cai como uma luva: tem quartos bem cuidados com vistas de tirar o fôlego, uma paz contagiante e atendimento elogiado até por quem viaja muito.
Quando ir e quantos dias ficar | O ideal é ir de abril a maio ou de setembro a novembro. Você até pode fazer uma excursão de um dia partindo de Hanói, mas é mais interessante ficar três dias pra apreciar o destino com a calma que ele merece.
Lista do que fazer em Ninh Binh
Navegar pelos rios de Trang An ou Tam Coc
Conhecer a Mua Cave
Conhecer a antiga capital Hoa Lu
Visitar a Bai Dinh Pagoda
Observar as senhoras remando com os pés
5. Ha Giang
Se você tiver alguns dias sobrando e topar sair um pouco do circuito tradicional, a província de Ha Giang pode ser a virada de chave do seu roteiro. É longe? Sim! São horas e horas de estrada com curva atrás de curva, mas quem chega até lá costuma voltar com uma sensação difícil de comparar. Já pensou em se deparar com um lado do Vietnã quase sem turistas? É bem isso!
As curvas e montanhas da Ha Giang Loop.
A Ha Giang Loop é o grande motivo de tanta gente se aventurar pelo norte. Basicamente, ela é uma rota com estradas bem sinuosas e estreitas. Dá pra embarcar nessa aventura sozinho de moto, mas o mais comum é ir com um piloto experiente. Naquele momento, o foco não é só a paisagem: é o vento geladinho batendo no rosto, as crianças acenando na beira da estrada e algumas vilas que sequer aparecem no mapa.
No distrito de Dong Van, dê uma passadinha em lugares como o Mercado de Dong Van e no Dinh Vua Mèo (Hmong King Palace). O primeiro é lotado, mas os turistas adoram, já que tem muita comida cheirosa, tecidos, especiarias e até apresentações de dança. O segundo, é um palácio histórico construído entre os séculos 19 e 20 para ser a residência da família dos reis Hmong.
A estrada até Ha Giang cansa, nem todo trecho é asfaltado, e o sinal de celular some por horas. Ainda assim, o que você ganha em troca é um pedaço do Vietnã que quase ninguém vê, com paisagens que te tiram do automático e uma rotina que segue o ritmo próprio da vida das montanhas.
Principais atrações | Ha Giang Loop; Dong Van; Ma Pi Leng Pass; mercados étnicos; vilas remotas; mirantes naturais
Onde ficar em Ha Giang | Se não for fechar um tour completo, o melhor é dormir em lugares como Dong Van, que tem uma estrutura ok e fica num ponto estratégico da rota. Uma opção segura por lá é o Trúc Nhân Hotel, que tem quartos simples e um anfitrião hospitaleiro.
Quando ir e quantos dias ficar | Março e maio é a primavera, considerada a época perfeita para o passeio. Quatro dias são ideais pra fazer a volta completa com calma e ainda conhecer Dong Van, mas a galera também costuma fazer em 3 dias.
Saindo do norte e indo em direção à região central do Vietnã, você já sente a diferença. Esquenta mais e o mar começa a aparecer no horizonte. A estrada vai mostrando uma transição bem clara, como se o país respirasse de outro jeito por aqui.
É nessa região que está Hoi An, famosa pelo Festival das Lanternas. Mas calma que eu ainda chego lá!
Essa parte do Vietnã tende a agradar quem curte um pouco de tudo: história, comida boa e um bom mergulho no fim do dia.
Aqui até o sotaque muda e os pratos ganham outros sabores. Só que tem um detalhe, quando chove, não é brincadeira. E dependendo do destino, pode ser mais difícil resolver o transporte sem um bom planejamento.
Mesmo assim, deixar essa parte do país de fora seria, no mínimo, um desperdício.
Ficou interessado? Então, confira quais são os destinos mais recomendados de lá:
6. Hoi An
É difícil sair de Hoi An sem pelo menos umas 200 fotos no celular. A cidade é toda bonitinha, com casas amarelas, lanternas e o rio Thu Bon no meio de tudo. Mas, apesar do jeitinho instagramável, Hoi An tem sua verdade. E quem passa por lá sente isso!
A Tran Quoc Pagoda.
De cara, você precisa conhecer a Cidade Antiga de Hoi An, que é tombada como Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1999 e concentra muitos pontos turísticos. Ali, as construções têm heranças chinesas, japonesas e francesas, tudo junto e misturado! Quer um exemplo? A Japanese Covered Bridge! Ela é um dos maiores cartões-postais da cidade, e continua resistindo desde o século 17.
Outras paradas imperdíveis são as Old Houses – e aí fica ao seu critério escolher se vai visitar a Tan Ky, Duc An, Quan Thang ou Phung Hung – e os assembly halls, que são salões de reuniões construídos pelas comunidades chinesas que moravam em Hoi An entre os séculos 17 e 19.
Quando o assunto é comida, a cidade também é ótima. Tem alguns pratos que você quase não acha em outros cantos do Vietnã, como o cao lau, um macarrão típico que só fica igual aqui porque a água usada vem de um poço ancestral específico. Curioso? Sim! Mas é uma delícia!
Quando eu fui, priorizei começar a viagem com um free tour por Hoi An. Além da vantagem de poder decidir pagar o quanto eu achei que o passeio valeu, consegui ter uma visão geral da cidade para, enfim, escolher o que visitar com mais calma.
Ah, e tem praia também, tá? Não é a melhor do Sudeste Asiático, mas se quiser relaxar, An Bang Beach cai bem.
Principais atrações | Centro histórico; Japanese Covered Bridge; passeio de barco no rio Thu Bon; Festival das Lanternas; templos e museus; An Bang Beach
Onde ficar em Hoi An | Pra quem quer ficar pertinho de tudo, eu recomendo o Allegro Hoi An: a localização é boa, os quartos são confortáveis e ainda tem uma piscina que é digna das 5 estrelas desse hotel. Prefere ficar a poucos passos do mar? Vai de The Linh Seaside Villa Hoi An! Ele tem um clima de pousada e também não peca no conforto.
Quando ir e quantos dias ficar | De fevereiro a abril o clima costuma ser mais seco e o calor ainda não chegou com tanta força. Ficar entre três e quatro dias te permite viver a cidade com calma e ainda conhecer alguma vila ou praia ao redor.
Se você gostou da cidade só por essa prévia e está pensando em viajar pra lá, aproveite pra ver as nossas dicas sobre o que fazer em Hoi An, o post está bem completo!
7. Hue
Hue foi a capital imperial do Vietnã e é aquele destino que faz sentido pra quem gosta de se sentir em um verdadeiro museu a céu aberto.
Aqui, o principal ponto turístico é a Cidadela Imperial de Hue, um complexo enorme com palácios, muralhas e templos. E mesmo que você não entenda nada de arquitetura asiática, te garanto que vai gostar do passeio.
A Cidade Imperial de Hue.
A verdade é que Hue, assim como outros destinos do país, também tem uma relação intensa com o passado. A cidade foi palco de momentos duros da guerra, mas também de avanços culturais.
A culinária também é um baita atrativo, cheia de pratos que nasceram na família imperial e que depois caíram no gosto dos restaurantes mais populares. Um deles é o bun bo hue, que parece um pho com muito mais tempero e bastante pimenta.
As margens do Rio Perfume são boas pra andar no fim do dia. Há barcos, pessoas pescando, andando de bicicleta, e um silêncio que não é comum nas grandes cidades vietnamitas. Inclusive, se estiver por ali, aproveite para conhecer a Thien Mu Pagoda, que é a mais antiga de Hue e ainda tem entrada gratuita.
Uma boa forma de encaixar tanta coisa em pouco tempo é fazer um passeio guiado e em grupo, que já inclui a Cidadela, a Pagoda Thien Mu, os túmulos imperiais, um almoço típico e até um trecho de barco pelo Rio Perfume. É dia cheio, mas super completo, e ainda dá pra conhecer a vila dos incensos.
Principais atrações | Cidadela Imperial; Túmulo do Imperador Khai Dinh; Thien Mu Pagoda; passeio de barco no Rio Perfume; Mercado Dong Ba.
Onde ficar em Hue | Tentar ficar perto do Rio Perfume já ajuda muito, porque dá pra fazer muita coisa a pé e o fim de tarde ali sempre cai bem. Uma dica é o Sunny B Hotel, que tem localização prática, camas confortáveis e um preço que não assusta.
Quando ir e quantos dias ficar | De fevereiro a abril o clima fica seco e as temperaturas são agradáveis, antes daquele calorão que vem em maio. Quanto à duração da viagem, dois dias dão conta do recado.
Lista do que fazer em Hue
Visitar a Cidadela Imperial
Comer Bun Bo Hue
Conhecer o Túmulo do Imperador Khai Dinh
Passear de barco pelo Rio Perfume
Ver o pôr do sol na Pagoda Thien Mu
Comprar especiarias no Mercado Dong Ba
Andar a pé pelas margens do rio
8. Phong Nha
Muita gente chama de cidade, mas Phong Nha, na real, é uma região da província de Quang Binh. Ela inclui o Parque Nacional Phong Nha-Ke Bang, além de uma vila minúscula e uma caverna que acabou dando nome a tudo isso.
Paradise Cave. Foto: Edgardo W. Oliveira / CC BY 2.0
É um dos lugares mais surreais do Vietnã. Debaixo do solo, existe um mundo inteiro de cavernas, algumas entre as maiores do planeta.
A mais conhecida é a Phong Nha Cave, que você chega de barco pelo rio Son. Já a Paradise Cave impressiona pelo tamanho: são 31 km de profundidade e salões enormes cheios de formações absurdas. Pra conhecer as duas, fiz uma visita guiada que incluía transporte partindo da cidade de Dong Hoi, almoço e o ingresso das duas cavernas. Gostei bastante das explicações do guia.
E como não falar da grande estrela de lá? A Son Doong, considerada a maior caverna do mundo. Essa é pra quem tem tempo, fôlego e grana: é quase uma semana de trekking com acampamento no meio do nada, em uma expedição operada exclusivamente pela Oxalis Adventure. As vagas são tão limitadas que é comum ver gente reservando com até dois anos de antecedência.
A vila tem pouco movimento, com alguns hostels, homestays e restaurantes voltados para atender aos turistas. O clima é bem pacato, ótimo pra quem curte natureza bruta e paisagens que mudam o jeito de olhar o mundo.
Principais atrações | Phong Nha Cave; Paradise Cave; Son Doong Cave; Dark Cave; passeios de barco no Rio Son e visita às vilas rurais.
Onde ficar em Phong Nha | Tem gente que escolhe dormir em Dong Hoi, mas sinceramente, ficar na vila faz muito mais sentido. O Phong Nha Coco Riverside é uma ótima opção: tem vista pro rio, quartos espaçosos e um chuveiro que realmente entrega tudo depois de um dia puxado de passeio.
Quando ir e quantos dias ficar | Entre março e agosto o tempo costuma colaborar mais, com menos chuva e as cavernas abertas pra visitação. Pra conhecer com calma as principais atrações, sem fazer tudo no susto, três dias inteiros caem como uma luva.
Lista do que fazer em Phong Nha
Visitar a Paradise Cave
Fazer passeio de barco pela Phong Nha Cave
Explorar a Dark Cave
Alugar uma moto e visitar as vilas nos arredores
Conhecer a natureza do Parque Nacional
Relaxar nas margens do Rio Son
9. Da Nang
Depois de dias em cidades caóticas, chegar em Da Nang é um respiro e tanto. A cidade é organizada, tem vista para o mar, cafés arrumadinhos com internet rápida e uma montanha verdinha lá no fundo. De Hoi An até aqui, são uns 40 minutos de carro.
A famosa Golden Bridge em Da Nang.
Muita gente trata só como ponto de passagem, mas Da Nang tem umas surpresas. A Golden Bridge, por exemplo, é uma delas, com uma mão gigante segurando a ponte pedonal nas montanhas.
As praias são uma delícia. A My Khe Beach é a mais conhecida. É limpa, larga e vive cheia de gente pescando, se exercitando, vendendo comida, caminhando e aproveitando o sol.
Tem também a Linh Ung Pagoda, com uma estátua enorme da Lady Buddha de frente pro mar (que na verdade representa a deusa Guan Yin), e o Museu de Esculturas Cham, que mostra parte da cultura dos tempos do Reino Champa.
E se estiver com fome, vai achar comida do Vietnã inteiro por lá: dos pratos imperiais de Hue até as massas de Hoi An.
Principais atrações | Golden Bridge (Ba Na Hills); My Khe Beach; Lady Buddha; Marble Mountains; Han Market.
Onde ficar em Da Nang | A melhor pedida é ficar perto da My Khe Beach, que é onde tudo acontece, do nascer do sol ao fim da tarde. Um hotel que manda bem nessa área é o Brilliant Majestic Hotel: tem jeitão mais clássico, piscina boa, quartos com estação de trabalho e atendimento super simpático.
Quando ir e quantos dias ficar | De março a maio, os dias costumam ser mais secos e com calor na medida. Dois ou três dias são suficientes pra curtir a My Khe Beach, visitar templos, dar uma volta na cidade e ainda conhecer a ponte sem correria.
Lista do que fazer em Da Nang
Visitar a Golden Bridge
Relaxar na My Khe Beach
Subir nas Marble Mountains
Conhecer a Lady Buddha no Linh Ung Pagoda
Comprar lembrancinhas no Han Market
Região Sul | Ho Chi Minh e Ilha de Phu Quoc
Do centro para o sul do Vietnã, o país vai ficando mais plano, mais quente e mais populoso. A paisagem muda de montanha pra cidade grande, de cidade grande pra rio, e do rio direto para o mar. A estrada parece longa, mas tudo se conecta fácil.
É aqui que fica Ho Chi Minh, a maior cidade do país, cheia de energia e história recente em cada esquina. E no final do mapa, a Ilha de Phu Quoc aparece como uma pausa perfeita: natureza, praia e dias mais lentos.
Abaixo, listei os destinos mais conhecidos dessa parte do país:
10. Ho Chi Minh
O nome oficial é Ho Chi Minh, mas ainda é comum chamarem a cidade de Saigon. É a mais populosa do Vietnã, tipo São Paulo, só que com milhões de motos circulando todos os dias. Sério! E sim, atravessar a rua ali exige uma dose de coragem.
A Catedral de Notre Dame de Saigon se destaca em meio ao verde.
A cidade tem um peso histórico enorme. Teve papel central na guerra do Vietnã e ainda guarda marcas disso em museus com exposições marcantes, como o Museu dos Vestígios da Guerra, e em lugares tipo o Palácio da Reunificação, que tem até um bunker da época do conflito.
Mas Ho Chi Minh não é só história. É também cafés escondidos em prédios antigos, comidas de rua bem baratinhas e prédios modernos surgindo nas esquinas, tipo a Bitexco Financial Tower, com seus 262 metros.
Agora, se quiser uma pausa da correria, o bate-volta para o Delta do Mekong cai super bem. Você sai cedinho, conhece o templo de Vinh Trang, passeia de barco, visita fazenda de cocos, fábricas de doces e ainda ouve boas histórias contadas pelos locais.
No fim, vá sabendo que Ho Chi Minh é uma cidade que tende a dividir opiniões. Tem gente que ama de cara, outros que dizem que não voltaria… Eu? Achei intensa, mas gostei! Curti tanto que fiz um post completo só sobre o que fazer na maior cidade do Vietnã.
Principais atrações | Museu dos Vestígios da Guerra; Palácio da Reunificação; Bitexco Financial Tower; Ben Thanh Market; Bun Vien Street; Catedral de Notre Dame; Correio Central; Nguyen Hue Street; Ópera de Saigon; Book Street; Thien Hau Pagoda.
Onde ficar em Ho Chi Minh City | A região de District 1 é a mais recomendada, eu fiquei lá e posso te dizer que é realmente uma boa pra quem quer fazer boa parte dos passeios andando. Lá, me hospedei no Sanouva Saigon Hotel, que me conquistou pela proximidade com o Ben Thanh Market e pelos quartos grandes, com ar-condicionado funcionando certinho.
Quando ir e quantos dias ficar | Mesmo sendo a alta temporada, ir entre novembro e março é o que eu recomendo, principalmente pelo clima fresco, seco e por eventos como o Natal e Ano Novo Lunar (Tet). Com dois dias dá pra ver bastante coisa, mas quatro é o ideal pra encaixar os túneis de Cu Chi.
E como eu sei que você, provavelmente, não vai querer deixar esse destino de fora do seu roteiro, já aproveito a deixa pra indicar o meu guia de viagem a Ho Chi Minh, que tem até dicas do que comer por lá.
11. Ilha de Phu Quoc
Essa é a parte que parece que você saiu do Vietnã e foi parar num pedaço do Caribe. Phu Quoc é uma ilha no extremo sudoeste do país, perto do Camboja, com praias de areia branca, mar turquesa e uma vibe de férias que é contagiante.
Phu Quoc vista do alto, com o teleférico cruzando o mar e as casinhas coloridas da ilha.
Ela tá crescendo rápido, talvez até rápido demais. Já tem grandes resorts, aeroporto internacional (sim!) e avenidas largas surgindo no meio da mata. Mas ainda dá pra encontrar lugares mais tranquilos, principalmente nas pontas norte e sul da ilha.
Quando eu fui, lembro de acordar cedo, andar até a Long Beach e não ver ninguém por uns 30 minutos.
À noite, o Mercado Noturno de Duong Dong é movimentado, cheio de frutos do mar frescos, sorvetes, panquecas, cerveja local e muitas lembrancinhas. Uma das noites, comi lula direto da grelha por um preço inacreditável.
Dizem que o pôr do sol aqui é um dos mais bonitos do Vietnã. Essa história é velha, mas fui ver, afinal, não custava nada. E olha… quando o céu ficou laranja escuro e refletiu na água lisa como espelho, eu só sentei na areia e agradeci por aquele momento. Nem me toquei que poderia ter pegado o celular pra tirar uma foto… que fim de dia lindo!
Uma coisa que fiz e até indiquei a alguns amigos foi um passeio de barco por 3 ilhas com guia. Funcionou assim: nós saímos cedo do hotel, paramos em duas ilhas pra fazer snorkel no coral e em outra que tinha lagoa de areia branca. Incluiu almoço, equipamento de snorkel e guia em inglês. Voltei no fim da tarde e, particularmente, não achei tão caro, principalmente levando em consideração que tinha almoço e tudo.
Principais atrações | Long Beach; Sao Beach; Teleférico de Hon Thom; Mercado Noturno de Duong Dong; Parque Nacional de Phu Quoc.
Onde ficar na Ilha de Phu Quoc | Duas áreas são interessantes: Duong Dong, que é o centro urbano da ilha, e Long Beach, uma praia linda com resorts incríveis. A poucos passos do mar, o Sunlight Bungalowé uma boa opção, com acomodações confortáveis e diárias que não são tããão caras como as dos resorts dali. Um pouco mais distante da areia, tem o Fla Village, com uma equipe prestativa, quartos arejados e até uma piscina bacana.
Quando ir e quantos dias ficar | Novembro a abril tem céu limpo e mar tranquilo. Três dias são ideais pra conhecer praias diferentes, descansar e ainda encaixar um snorkel ou passeio de barco.
Lista do que fazer em Phu Quoc
Ver o pôr do sol em Long Beach
Passar o dia na praia de Sao Beach
Andar de teleférico até Hon Thom
Comer frutos do mar no Mercado Noturno
Fazer snorkeling nas ilhotas
Visitar o parque nacional da ilha
O que fazer no Vietnã: sugestões de roteiro para 10, 15 e 20 dias
Depois de viajar pelo Vietnã inteiro e anotar cada perrengue, acerto e desvio de rota, montei três sugestões de roteiro que encaixam bem com o tempo disponível e evitam mais aquela maratona cansativa de trocas de cidade.
A ideia é aproveitar cada lugar no tempo certo e com deslocamentos possíveis. Olha só:
Roteiro de 10 dias no Vietnã
Dia 1 a 3 | Hanói
Dia 4 a 6 | Ninh Binh
Dia 7 a 8 | Halong Bay
Dia 9 a 10 | Hue
Roteiro de 15 dias no Vietnã
Dia 1 a 3 | Hanói
Dia 4 a 5 | Ninh Binh
Dia 6 a 7 | Halong Bay
Dia 8 a 10 | Hoi An e Da Nang
Dia 9 a 15 | Ho Chi Minh
Roteiro de 20 dias no Vietnã
Dia 1 a 3 | Hanói
Dia 4 a 5 | Ninh Binh
Dia 6 a 7 | Halong Bay
Dia 8 a 10 | Phong Nha
Dia 11 a 13 | Hoi An e Da Nang
Dia 14 a 17 | Ho Chi Minh
Dia 18 a 20 | Ilha de Phu Quoc
Mais dicas de viagem para o Vietnã
Moeda e Câmbio | A moeda local é o Dong Vietnamita (VND), com notas grandes que podem gerar confusão lá nos primeiros dias. Nem todo estabelecimento funciona com cartão, então indico carregar dólares em dinheiro vivo — geralmente são aceitos, mas compensa mais fazer a conversão pro Dong quando desembarcar. Uso bastante a Confidence Câmbio e acho recomendável, especialmente pelas taxas competitivas e atendimento de qualidade.
Idioma | O vietnamita é o idioma oficial do Vietnã, mas diferente de vários países asiáticos vizinhos, a escrita segue o alfabeto latino. Isso facilita na hora de reconhecer sinalizações e nomes de pontos turísticos, apesar da pronúncia ser bem distinta da nossa.
Mala | As condições climáticas e o tipo de viagem pelo Vietnã lembram bastante outros destinos do Sudeste Asiático. Por isso, deixei tudo organizado neste post sobre o que levar pra Tailândia e Sudeste Asiático, com direito a uma lista de tudo que eu considerei na hora de viajar pra lá.
Roteiro pelo Sudeste Asiático | Muita gente aproveita pra expandir a viagem além do Vietnã e visitar outros países da região. Se essa for sua ideia, montei um post com ideias pra estruturar um roteiro de 20 a 30 dias pelo Sudeste Asiático bem detalhado!
Transporte | Se tem um site que eu usei muito no Sudeste Asiático, esse site foi o 12GoAsia. Usei pra tudo: reservar passagens de ônibus, trem ou voo entre cidades e países da região. Funciona bem porque concentra horários, valores e operadoras tudo junto. Recomendo bastante!
Depois de tantas dicas, destinos e roteiros prontos, planejar sua viagem pro Vietnã ficou bem mais fácil, né? Agora é só escolher por onde começar e se jogar nessa mistura intensa de natureza, história e comida boa.
Se curtir o país tanto quanto eu, volta aqui e me conta como foi a experiência! Boa viagem!
Jornalista e blogueira em tempo integral há mais de 10 anos. Já visitou mais de 40 países e ama um roteiro bem completo e equilibrado, com direito a clichês e espaço para novas descobertas. Por aqui compartilha suas experiências de viagem e traz as melhores dicas para que você também se apaixone pelo seu próximo destino.
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