O que levar para Tailândia e Sudeste Asiático

Arrumar a mala nem sempre é simples, principalmente quando o destino envolve países tão diferentes do que a gente está acostumado. É normal bater a dúvida sobre o que é essencial e o que vai acabar ficando esquecido no fundo da mala. E se você está tentando entender o que levar pra Tailândia e Sudeste Asiático, já te adianto: não precisa de tanto quanto você imagina.

Durante dois anos viajando com a mesma bagagem (passando por vários cantos do Sudeste Asiático, África e até algumas regiões da Europa) a gente aprendeu, na marra, que viajar leve é super possível e que uma mala bem pensada já garante boa parte do sucesso da viagem.

Claro que tem umas escolhas mais certeiras, umas ciladas que dá pra evitar e uns itens coringa que você não pode esquecer. E é isso que eu vou te mostrar aqui! Nada de lista genérica, é tudo baseado no que a gente viveu na prática, com dicas sinceras e sugestões que vão te ajudar a viajar mais tranquilo. Bora organizar essa mala?

• Antes de fazer a mala
• O que levar para a Tailândia e Sudeste Asiático: mala ou mochila?
• O que levar para Tailândia e Sudeste Asiático: roupas
• Fazendo a mala de acordo com a estação: seca, chuvosa e monções
• Fazendo a mala de acordo com o local: praia, cidade ou montanha
• Calçados
• Itens indispensáveis: o que levar para a Tailândia e para o Sudeste Asiático além do vestuário
• Checklist final: confira se já separou tudo

Confira como montar sua mala para Tailândia e Sudeste Asiático

Antes de fazer a mala

Um passo importante antes de decidir o que colocar na mala de viagem é resolver a parte burocrática. 

Para a Tailândia, por exemplo, brasileiros não precisam de visto para turismo, mas é obrigatório apresentar o passaporte com pelo menos seis meses de validade, uma passagem de saída do país e preencher o Thailand Digital Arrival Card (TDAC). Inclusive, aqui no blog tem um post mais detalhado só sobre as regras e os documentos exigidos para entrar na Tailândia.

Para outros países como Filipinas, Malásia e Singapura, brasileiros também não precisam de visto para turismo, embora cada um tenha um tempo de permanência diferente. 

Já para Camboja, Indonésia, Laos, Myanmar, Vietnã, Brunei e Timor-Leste, você vai precisar de visto. O processo costuma ser simples e online, mas é bom conferir os sites oficiais com antecedência pra evitar surpresas na imigração.

Na parte do dinheiro, vale levar dólares em notas de 50 ou 100, que têm cotação melhor e são mais fáceis de trocar pelas outras moedas – com exceção do Timor-Leste, que não precisa trocar porque a moeda oficial já é o próprio Dólar Americano.

Aqui no Brasil, costumo trocar em uma agência de câmbio confiável, que tem as melhores taxas e um ótimo atendimento.

Além do dinheiro em espécie, é uma boa ideia levar um cartão internacional pra facilitar pagamentos e saques, principalmente nos destinos mais turísticos do Sudeste Asiático. Eu uso o Wise, que funciona bem na maioria dos países.

Pra não ter dor de cabeça na imigração, deixa essa listinha pronta:

• Passaporte
• Certificado Internacional de Vacinação (CIVP) contra febre amarela
• Dólares 
• Cartão de crédito/débito internacional
• Seguro viagem

Seguro viagem pode não ser obrigatório em alguns países, mas já me salvou várias vezes e hoje não viajo sem. Se ainda não escolheu o seu, recomendo dar uma olhada no nosso comparador de seguros, que pode te garantir até 10% de desconto.

O que levar para a Tailândia e Sudeste Asiático: mala ou mochila?

Na nossa viagem pelo Sudeste Asiático, o Caio foi só de mochila e eu segui com mala de rodinhas + uma mochila leve, já que carregar muito peso nas costas não é uma opção pra mim. Em lugares mais rústicos, como algumas praias de Koh Phi Phi ou trechos sem asfalto nas ilhas, a mochila facilitou a vida dele. Por outro lado, em aeroportos e trajetos urbanos, ele resmungava enquanto eu seguia tranquila com a mala.

A mochila é melhor pra quem vai trocar muito de cidade, pegar barco ou ficar em hospedagens sem muita estrutura. Nesse caso, priorize modelos com alças acolchoadas. Já a mala de viagem funciona bem em cidades como Bangkok e Chiang Mai, onde o deslocamento é mais suave e o piso, geralmente, é mais regular. 

No fim, tudo depende do estilo da sua viagem. Então considere o seu roteiro, as condições das ruas e o quanto você vai se movimentar. 

Limite de peso e tamanho da mala

Quando você pensa no limite de peso e tamanho da mala, precisa lembrar que não existem voos diretos do Brasil pra Tailândia. Toda viagem exige pelo menos uma conexão, o que significa que sua bagagem vai passar por duas companhias aéreas: uma no trecho Brasil-Ásia/Europa, e outra até seu destino final, ou seja, o país do Sudeste Asiático que você escolheu.

As companhias mais comuns saindo do Brasil são Qatar Airways, Air France e Ethiopian Airlines. Na classe econômica, a maioria permite bagagem de mão de até 7 kg e uma ou duas malas despachadas de 23 kg, dependendo da tarifa. Por isso, o ideal é checar essas informações no momento da compra das passagens.

Já dentro da Tailândia e no Sudeste Asiático, a conversa muda: companhias low-cost como AirAsia, Thai Lion Air, Thai Airways, Nok Air e Scoot são muito usadas em voos internos e regionais. A maioria permite só 7 kg de bagagem de mão, e cobra pela bagagem despachada, com limite entre 15 e 23 kg, dependendo do que você contratou.

Por isso, vale montar uma mala inteligente, pensando em leveza, praticidade e no limite informado na hora da compra. Isso evita taxas extras e facilita demais nos deslocamentos entre cidades, ilhas e aeroportos do Sudeste Asiático.

O que levar para Tailândia e Sudeste Asiático: roupas

Montar a mala pra o Sudeste Asiático exige mais atenção ao clima do que à estética. Da primeira vez que fui para lá, levei roupa suficiente pra duas semanas e funcionou bem, mesmo ficando 3 meses. E confesso que, quando fui para morar por mais de um ano, não foi muito diferente disso. 

Não faz sentido exagerar na quantidade, porque é super fácil achar lavanderias em cidades como Bangkok e o serviço costuma ser barato e rápido.

O ideal é priorizar peças leves, que sequem fácil, ocupem pouco espaço e sirvam pra diferentes situações. Além do calor, algumas regiões têm clima mais instável, como o norte da Tailândia ou as áreas montanhosas do Vietnã. E lembra: nos templos, joelhos e ombros cobertos são obrigatórios. Por isso, o que funcionou bem pra mim (e que recomendo) foi:

• 2 calças (tecido leve/leggings) 
• 2 shorts ou bermudas
• 1 saia midi 
• 2 vestidos
• 6 camisetas
• Roupas íntimas suficientes
• 2 biquínis ou sungas
• 1 canga ou lenço grande
• 1 casaco leve (de linha ou malha)
• 1 capa de chuva ou casaco impermeável (caso vá pra lugares frios ou chuvosos)

Esse “enxoval” funciona bem pra todo tipo de destino, seja você andando por Hanói, subindo templo em Siem Reap, ou curtindo as melhores praias da Tailândia. E claro, vale deixar espaço pra alguma peça comprada por lá, afinal, as feirinhas e lojinhas do Sudeste Asiático são irresistíveis.

Fazendo a mala de acordo com a estação: seca, chuvosa e monções

Apesar das estações variarem, o clima no Sudeste Asiático oscila entre o quente e o muito quente. Então, a mala não muda taaanto de uma época pra outra.

Geralmente, na estação seca, o tempo é mais firme e as temperaturas continuam altas. Leve camisetas, vestidos e shorts, tudo feito de algodão leve e fresquinho. Só tenha em mente que se for visitar templos religiosos vai precisar de roupas mais respeitosas. 

Durante a época chuvosa, itens como capa de chuva, calça impermeável e botas são indispensáveis. Nos dias mais molhados, preferi roupas feitas de malha fria porque secam rápido. Apenas evite roupas muito coladas de poliéster, são menos respiráveis e esquentam ainda mais.

Fazendo a mala de acordo com o local: praia, cidade, montanha

Além de pensar na estação, é bom adaptar a mala ao tipo de lugar que você vai visitar. O Sudeste Asiático mistura praias paradisíacas, cidades cheias de movimento e regiões montanhosas com clima mais ameno. E cada uma pede um estilo diferente de roupa!

Na praia, quanto mais leve, melhor. Coloca na mala biquíni, canga, roupas bem soltinhas, chinelo confortável e um chapéu leve. Em lugares como Koh Phi Phi e Krabi, por exemplo, é isso que você vai usar o dia inteiro. Ah, e não esqueça do protetor solar, lá fora costuma ser mais caro e pode ser difícil de achar uma fórmula que se adapte à sua pele.

Pra cidades maiores, o ideal é priorizar o conforto. Uma calça leve, camisa básica ou um vestido fresco funcionam em qualquer roteiro urbano, desde os templos de Bangkok até passeios por Hanói ou Singapura. Vale colocar uma peça mais arrumadinha na mala, mas nada além do necessário.

Nas montanhas, o cenário muda. Em regiões como Chiang Mai, o norte do Vietnã, o Laos e áreas vulcânicas da Indonésia, o frio chega de mansinho, principalmente à noite. Um casaco leve, uma calça comprida e um cachecol já resolvem. 

A dica final é: priorize os pares daquilo que vai usar mais. Praia pede mais roupa de banho, montanha pede camada extra. E antes de sair fechando a mala, pesquise como vai estar o tempo no seu destino. No caso da Tailândia, recomendo dar uma lida no post que eu fiz sobre a melhor época para viajar para a Tailândia.

Calçados

Com calor, muita caminhada e possibilidade de chuva ou barro, o conforto precisa vir em primeiro lugar. E quanto menos peso e mais praticidade, melhor.

Minha sugestão é simples e funciona super bem:

• 1 par de tênis
• 1 par de chinelos
• 1 par de sandálias

É importante lembrar que saltos altos não combinam com esse tipo de viagem. Além de ocuparem espaço na mala, eles não funcionam bem com calçadas irregulares, clima úmido ou areia, que aparecem mais do que você imagina. 

E uma dica importante: não recomendo levar sapatos novos. Já cometi esse erro e paguei com uma bolha no segundo dia, batendo perna por Chiang Mai. Vai por mim, escolher calçados já testados é garantia de um problema a menos no meio da viagem.

Itens indispensáveis: o que levar para a Tailândia e para o Sudeste Asiático além do vestuário

Além de roupas e calçados, tem muita coisa que faz diferença no dia a dia da viagem. Estou falando daqueles itens que você não dá tanta atenção antes de sair de casa, mas que sente falta rapidinho quando precisa.

Começando pelos eletrônicos: um adaptador universal é essencial, porque as tomadas mudam de um país pra o outro. Carregador de celular, claro, e fones de ouvido sempre vêm comigo, principalmente em voos longos e trechos internos de avião ou ônibus. Agora, notebook só vale a pena se você for nômade digital ou tiver que trabalhar na viagem, porque precisar tirar da mochila a cada raio-x é bem chato.

Outra coisa que recomendo é ter lenços umedecidos e um frasquinho de álcool gel sempre por perto. Não é frescura. Em mercados de rua, banheiros sem pia ou transporte público, esses ítens salvam de verdade. E se tiver alguma trilha mais intensa no roteiro, uma mosquiteira e botas de trekking podem entrar na mala sem culpa.

Pra resumir, aqui vai uma listinha do que mais funcionou comigo por lá:

• Protetor solar
• Repelente 
• Kit farmácia 
• Álcool gel e lenços umedecidos
• Toalha de secagem rápida
• Óculos escuros
• Chapéu ou boné
• Canivete pequeno (na bagagem despachada)
• Fones de ouvido
• Câmera (se quiser algo além do celular)
• Carregadores
• Adaptador universal
• Porta-dólar ou doleira

Levei tudo isso e não me arrependi. Pelo contrário, teve coisa que só percebi o quanto era útil quando algum amigo esqueceu e me pediu emprestado.

Checklist de viagem para a Tailândia e Sudeste Asiático: confira se já separou tudo

Pra deixar a organização da mala ainda mais fácil, preparei um checklist tudo que foi mencionado no post:

Documentos e burocracias

• Passaporte com validade mínima de 6 meses
• Certificado Internacional de Vacinação (CIVP) contra febre amarela
• Visto (para países que exigem)
• Reserva do primeiro hotel
• Seguro viagem

Dinheiro e meios de pagamento

• Dólares (preferência por notas de 50 ou 100)
• Cartão internacional
• Porta-dólar ou doleira

Roupas

• 2 calças (tecido leve ou leggings)
• 2 shorts ou bermudas
• 1 saia midi
• 2 vestidos
• 6 camisetas
• Roupas íntimas suficientes
• 2 biquínis ou sungas
• 1 canga ou lenço grande
• 1 casaco leve (de linha ou malha)
• 1 capa de chuva ou casaco impermeável

Calçados

• 1 par de tênis
• 1 par de chinelos
• 1 par de sandálias

Itens pessoais e utilitários

• Protetor solar
• Repelente
• Kit farmácia
• Álcool gel
• Lenços umedecidos
• Toalha de secagem rápida
• Óculos escuros
• Chapéu ou boné
• Canivete pequeno (somente na bagagem despachada)

Eletrônicos

• Carregador de celular
• Adaptador universal
• Fones de ouvido
• Câmera fotográfica (opcional)
• Notebook (somente se for necessário trabalhar durante a viagem)

Trilhas e natureza (caso vá incluir no roteiro)

• Botas de trekking
• Mosquiteira

Turismo no Sudeste Asiático: mais dicas de viagem

Seguro viagem | A gente sempre torce pra não precisar, mas se algo acontecer, faz toda a diferença ter um bom seguro. Eu não abro mão de contratar o meu com antecedência antes de toda viagem, e recomendo que você faça o mesmo. Na dúvida, dá uma olhada na nossa página de seguros, que tem boas opções e ainda pode te garantir até 10% de desconto.

Dicas de viagem para a Tailândia | Levar roupas leves, ter um chip local no celular, respeitar os monges e evitar atrações com animais são só algumas das coisas que fazem diferença no dia a dia de viagem. E se você acha que é informação demais, calma que tá tudo bem organizado e com exemplos reais no nosso post de dicas de viagem para a Tailândia.

Roteiro | Tem tanta coisa legal por aqui que fica fácil se empolgar e montar um roteiro impossível. Já passei por isso. Então deixei tudo mastigadinho num post com sugestões de 20 a 30 dias no Sudeste Asiático. 

Transporte pela Tailândia e Sudeste Asiático | Voos baratos, trens noturnos, ônibus e até tuk-tuk: dá pra se virar bem com transporte nesse lado do globo. No Sudeste Asiático, eu gosto de usar o site da 12GoAsia, que mostra rotas, horários e preços tudo num lugar só. Ajuda muito na hora da gente se planejar e ainda evita perrengue de última hora.

Agora que você já sabe o que levar para Tailândia e Sudeste Asiático, é só arrumar a mala!

Viu só como não tem mistério? Com as dicas certas, dá pra viajar de forma leve, confortável e sem passar aperto em nenhum cantinho do Sudeste Asiático.

E aí, ficou alguma dúvida ou tem alguma dica que você testou e deu certo? Me conta nos comentários! Boa viagem!