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A duas horas de viagem de Bangkok, a cidade de Pattaya é incrivelmente fácil de visitar. Dá pra sair da capital de manhã e almoçar na praia. E é justamente essa proximidade que faz dela um dos destinos mais visitados da Tailândia, mas pelos estrangeiros. Porque entre os brasileiros, ainda é meio deixada de lado.

Pattaya carrega o estigma de ser a capital do turismo sexual no Sudeste Asiático. Essa imagem não surgiu do nada. Desde a década de 1960, quando os soldados americanos começaram a vir pra cá durante a Guerra do Vietnã, a cidade foi expandindo esse tipo de entretenimento que definiu sua identidade por décadas.
Mas as coisas mudaram. Ou melhor, tentam mudar. A prefeitura investe em eventos culturais, reformou praias, abriu museus e shoppings modernos. Até os parques aquáticos e shows teatrais surgem como tentativa de atrair um público mais familiar. Só que, no fim das contas, tudo convive junto: o antigo e o novo, o escandaloso e o discreto.
Neste post, juntei tudo o que vi, vivi e observei na cidade, com olhos atentos e cabeça aberta. Vale a pena? Vale. Mas com um roteiro certo e expectativas alinhadas. Então continue lendo e tire suas próprias conclusões.
- Santuário da Verdade
- Walking Street
- Praias
- 3.1 Pattaya Beach
- 3.2 Jomtien Beach
- Koh Larn (Coral Island)
- Wat Phra Yai (Big Buddha Hill)
- Khao Chi Chan Buddha (Buddha Mountain)
- Mercados
- Terminal 21
- Ramayana Water Park
- O que fazer à noite em Pattaya
- 10.1 Melhores bares
- 10.2 Alcazar Cabaret Show
Direto ao Ponto: o que fazer em Pattaya
- A principal atração do destino é o Santuário da Verdade, um templo-museu de madeira todo esculpido à mão, com muito significado espiritual e filosófico. Para entrar no local, você pode adquirir o ingresso online, assim evitando filas.
- A melhor época pra visitar Pattaya é durante o inverno na Tailândia (novembro a fevereiro), quando o clima fica ameno e as chuvas param. Fique três dias inteiros pra conhecer o essencial, encaixar uma ilha e ainda curtir a noite.
- Quando anoitece, a cidade mostra outro lado. A Walking Street é a rua mais famosa, com muitos bares adultos. Se for conhecer, evite fotografar dentro dos bares.
- Entre as praias, Jomtien Beach me ganhou por ser mais sossegada e limpa. Já Pattaya Beach tem tudo perto, e na ilha de Koh Larn, a paisagem ganha aquela aparência tão bonita de mar e céu azulzinhos.
- Nas praias, encontrei dois hotéis muito bons: o The Siam Guest House, mais em conta na área de Pattaya Beach, perto da praia e com cama firme (o que salvou minhas costas!), e o Z by Zing, na tranquilidade de Jomtien, que tem preço ótimo, quarto limpo, ar-condicionado funcionando bem e localização a poucos passos da areia.
- Pra comer bem e gastar pouco, o Jasmin’s Café Pattaya é simples, honesto e com pratos bem feitos. Se quiser algo mais especial, o Edge, no alto do hotel Hilton, é ideal pra fechar o dia com uma boa vista e comida de verdade. E em uma noite, vá no Wizard Brewery, que junta cerveja artesanal da casa, música ao vivo e um clima mais tranquilo do que os bares da Walking Street.
O que fazer em Pattaya, Tailândia: TOP 10 atrações
Pattaya é tudo ao mesmo tempo: caótica, divertida, cheia de exageros e surpresas. Não é um destino pra todo mundo, mas com as atrações abaixo, pode te render uma viagem bem interessante:
1. Santuário da Verdade
Se fosse pra escolher só um ponto turístico em Pattaya, eu escolheria o Santuário da Verdade. É um templo-museu todo feito de madeira, sem um prego sequer. Tudo esculpido à mão, numa escala de grandiosidade que lembra a Sagrada Família, em Barcelona, e o Templo Branco, em Chiang Rai.

A proposta da construção é tentar responder a sete questões sobre a existência. Temas como morte, propósito, família e sociedade, tudo aparece nas esculturas. Claro que, como é um museu privado, muita coisa gira em torno da visão pessoal do fundador, o Sr. Lek Viriyaphan. Maaas, sendo realista, talvez eu precisasse de uns bons anos estudando filosofia da Ásia para poder julgar algo.
E é aí que entra um ponto importante: nem tudo precisa ser 100% compreendido pra ser impactante. Eu mesma não consegui captar todos os simbolismos, e tudo bem. Acredito que a arte fala por si.
Assim como em outros ambientes religiosos, a entrada exige roupa adequada: nada de ombros ou joelhos à mostra. Se quiser, pode pegar uma canga na entrada do museu.
Ah, a comparação que fiz com a Sagrada Família não foi por acaso. O Santuário da Verdade pode pegar filas tão grandes quanto o monumento espanhol, então garantir o ingresso online ajuda muito.
No mais, ignore os passeios de elefante e com outros animais que são oferecidos por aqui. Eu sou totalmente contra e tento sempre priorizar os espaços que tratam os animais com respeito.
2. Walking Street
É impossível passar por Pattaya e não acabar tropeçando na Walking Street. E tropeçando mesmo, porque a quantidade de luzes, sons, telões fazem a gente esquecer de olhar aonde está andando.

Os bares da rua só começam a abrir por volta das 7 da noite, e a coisa vai até quase 4 da manhã. Antes disso, tem poucos estabelecimentos funcionando: uns restaurantes, uma ou outra loja de cannabis, e nada que justifique a caminhada toda. À noite, parece outro mundo.
Aqui, o entretenimento vai ser achado dentro dos bares adultos. Eles são famosos pelos ping pong shows, apresentações questionáveis de pompoarismo com objetos inusitados, como dardos. Tem também os go-go bars, com dançarinas em palcos e clima sedutor. Saiba no que você está entrando, viu?
Durante o dia, a rua é até tranquila. Parece mais um cenário pós-festa, com as lojas fechadas, som desligado e uns turistas batendo perna sem rumo. É curioso ver o contraste.
Agora, não é tão comum que abordem casais ou pessoas que estão obviamente comprometidas. E nem pense em tirar fotos dentro dos bares, é estritamente proibido. Provavelmente, pra proteger a reputação de quem frequenta a rua mais polêmica da cidade.
3. Praias de Pattaya
Admito que as praias daqui são mais conhecidas pela localização funcional do que pela beleza. Mesmo assim, tem muita opção de lazer na orla, e ficar relaxando na areia ainda é uma boa.
Veja as duas principais praias do destino:
3.1 Pattaya Beach
Pattaya Beach fica colada na Walking Street, então já dá pra imaginar o clima. Muita gente passando e jet skis cortando o mar. A verdade é que o pessoal prefere sentar na areia e só pegar um sol mesmo, já que a água do mar não é tão limpinha.

Mas em compensação, o pôr do sol ali é privilegiado. Fica dourado, meio laranja, e o céu reflete nos barcos parados. Pensa em uma cena bonita!
Atrás da orla você encontra de tudo: o shopping Central Pattaya, farmácia, rede de fast food, locadoras de scooter… dá pra resolver a vida num raio de 5 minutos! E durante o Pattaya International Fireworks Festival, no finalzinho de novembro, esse pedaço da cidade vira camarote pra os shows de fogos de artifício.
Não se importa de procurar hospedagem na zona mais animada de Pattaya? Então, experimente olhar o The Siam Guest House. É um hotel simples e com ótimo custo-benefício, a uma certa distância do tumulto da Walking Street. Gostei demais do colchão mais firmezinho, ajuda a descansar sem ficar se sentindo “todo torto” depois.
3.2 Jomtien Beach
Jomtien Beach é o lugar que todo mundo que viaja ao destino costuma preferir. É a praia dos aposentados tomando sol, das famílias tailandesas fazendo piquenique e casais caminhando descalços.

A água é mais convidativa do que na vizinha, sim. E ainda que o mar não tenha aquele azul bonitão das ilhas que visitei na Tailândia, não chega a decepcionar. O clima compensa: mais silêncio, menos bagunça e cara de bairro.
Como realmente gostei de Jomtien, procurei em cima da hora por um hotel nesse lado da península. Acabei passando duas noites no Z by Zing, e superou minhas expectativas. Quis um lugar barato, perto da areia e com internet que não caísse toda hora. O quarto era básico, mas limpo, e o ar-condicionado funcionava perfeitamente. Numa região onde tem muito hotel com cara de abandonado, foi um grande achado.
Em um desses dias, fui ao Pupen Seafood movida pela curiosidade: são milhares de avaliações no Google, e o restaurante parece ponto obrigatório. O caranguejo estava realmente bom, fresquinho e bem temperado. Pra região, o preço mais alto é padrão.
Agora, o que incomoda mesmo por aqui é o que fazem com os animais nos arredores. O Tiger Park fica a poucos minutos dali, e ver o tigre deitado como se estivesse sedado não dá. Pattaya tem esse lado tenso com a exploração de animais, e fechar os olhos não é opção. No fim do post, explico quais dessas atrações você deve evitar.
4. Koh Larn (Coral Island)
Meia hora de ferry até Koh Larn e o cenário já vira outro. O mar clareia, o vento alivia, e a barulheira do continente fica pra trás e do porto em Bali Hair Pier. Eu sou suspeita a falar, sou completamente apaixonada pelas ilhas tailandesas — e mesmo as mais turísticas ainda conseguem me conquistar.

Tem quem prefira ir de lancha, que é mais rápida e confortável. Os passeios mais organizados já incluem alguma atividade, tipo banana boat ou mergulho com snorkel. Pode valer a pena se você quiser evitar a muvuca da fila do ferry ou ir direto pras praias menos lotadas.
As praias não são todas lindas, e acho até bom avisar. Tawaen, por exemplo, costuma estar cheia de turistas e lanchas estacionadas. Fui direto pra Nual e Tien, que têm menos bagunça, mais sombra e um clima mais gostoso de passar o dia.
Quando mergulhei com snorkel por ali, perto das pedras, vi alguns peixes coloridos e um pouquinho de corais, o que explica o nome gringo da ilha: Coral Island.
Não tem mistério pra se locomover em Koh Larn. Aluguei uma scooter logo que cheguei e fui rodando sem mapa, parando onde dava vontade. Tem mirantes, restaurantes simples com peixe na brasa e atividades aquáticas de sobra. Melhor ir sem roteiro mesmo.
5. Wat Phra Yai (Big Buddha Hill)
No Wat Phra Yai, a imagem dourada do Buda em posição de lótus tem 18 metros e fica no topo de uma colina. O templo foi construído nos anos 70 e é ponto de oração para os moradores.

Em volta da estátua principal, há outras menores, em materiais e poses diferentes. Incensos, flores e oferendas deixam tudo mais solene.
Conectada ao templo, tem uma estrada que leva até o mirante que chamam de “Phra Tamnak Mountain Viewpoint”. A vista do alto pega uma boa parte da cidade: o mar, os telhados dos hotéis, os prédios mais altos. Tem lugar com sombra e algumas mesinhas onde o pessoal senta pra descansar e comer algo que comprou com os vendedores que ficam ali perto.
Perto dali, o monumento ao Príncipe de Chumphon homenageia o pai da marinha tailandesa moderna. A estátua mostra ele de uniforme, em pé, olhando pra o horizonte. Costumam deixar rosas e fazer reverência em silêncio.
Eu subi num fim de tarde, quando a luz bate no Buda e tudo fica dourado de verdade. É um ponto turístico fácil de chegar e gratuito. Só não esquece de cobrir os ombros e os joelhos.
6. Khao Chi Chan Buddha (Buddha Mountain)
O Khao Chi Chan Buddha, também chamado de Buddha Mountain, é uma imagem dourada de Buda que ocupa o paredão de uma montanha de calcário, com 109 metros de altura e 70 de largura. Foi feita com laser em 1996, pra homenagear os 50 anos de reinado do rei Rama 9.

Fica a uns 30 minutos da região central e muita gente vai só tirar foto, mas vale parar e respirar um pouquinho do ar puro. Ao redor da montanha há jardins, um lago, árvores e bancos espalhados.
Passei ali no fim da manhã, comprei uma água de coco e sentei no gramado olhando pra o Buda desenhado no morro. Não é um lugar cheio de atrações ao redor, mas achei que valeu pelo contraste entre natureza, arte e silêncio. Definitivamente, é uma das atrações mais únicas da Tailândia.
7. Mercados de Pattaya
Tem mercado pra você ir garimpar lembrancinhas, buscar sua comida de rua favorita e até pra quem só quer sentar com um drink no fim do dia.
Separei três que tem um horário de funcionamento legal e que se destacam em áreas diferentes:
7.1 Pattaya Night Bazaar
O Pattaya Night Bazaar fica na Pattaya Sai Song Road, a dois passos do shopping Central Pattaya. É todo coberto, com lojinhas vendendo de tudo um pouco.
Tem camiseta, tênis, bolsa “inspirada” em marcas famosas, souvenir, bijuteria, roupa de verão e eletrônicos. Quase sempre rola uma pechincha, e se for comprar algo na cidade, eu recomendaria ir aqui mesmo e evitar as lojas que ficam próximas da praia.
No fundo do mercado tem alguns restaurantes escondidos e comida boa. Não cheguei a comer lá, mas estava cheirando bem, hein.
7.2 Thepprasit Night Market
Um pouco afastado da orla, o Thepprasit Night Market está localizado no sul da cidade, mas vale o esforço. Abre todo dia e é o mercado mais cheio daqui, e o mais legal também.
A parte de comida é gigante e deliciosa. Tem peixe na brasa, lula recheada, espetinhos e muuuita fritura. Mas foram os doces tailandeses que me deixaram babando: mini panquecas com creme, bolinho de coco na folha de bananeira, gelatinas fluorescentes (não, você não leu errado!) e arroz doce de mil jeitos. Quem me dera saber o nome de tudo!
A área de compras tem de tudo, de brinquedo que pisca até roupa que imita marca famosa. O som vem das caixas, dos vendedores, das sacolas abrindo. Caótico? Um pouco. Mas irresistível.
7.3 Tree Town Pattaya Night Market
Voltando às proximidades do Pattaya Night Bazaar, o Tree Town Pattaya Night Market junta barraquinhas de comida, bares com música ao vivo e mesas de plástico espalhadas por uma praça improvisada.
Funciona como ponto de encontro, todo mundo acaba passando por aqui em algum momento da noite.
Logo você vai perceber que aqui é mais alto astral que a Walking Street, rs. Ainda tem go-go bars na área do mercado, claro, mas vi grande parte da galera só curtindo a noite com os amigos.
A comida de rua resolve qualquer fome: tem desde espetinho tailandês até pizza e macarrão coreano, além de drinks generosos, preços justos e movimento até de madrugada.
8. Terminal 21
O Terminal 21 tenta sair da mesmice dos shoppings de cores neutras com a sua decoração cosmopolita: pontos turísticos de Tóquio, Londres, Paris, Hollywood… Tem até uma réplica da Torre Eiffel.

Assim como o que existe em Sukhumvit, em Bangkok, o foco nem é tanto em compras, e sim no passeio mesmo. Sério, até os banheiros são temáticos. Enquanto isso, a praça de alimentação é enorme, baratinha e aceita cartão.
Entre as lojas, tem tudo o que você imagina que um shopping precisa ter. Tudo muito limpo, com ar-condicionado potente e bastante espaço pra não topar nas outras pessoas.
Fora dele, ali perto, um detalhe simpático é o Dolphin Circle, uma rotatória com uma fonte e uma estátua de golfinhos no meio. Nada grandioso, mas achei bonitinho.
9. Ramayana Water Park
O Ramayana Water Park é o maior parque aquático da Tailândia e atrai gente até de Bangkok nos fins de semana. A estrutura é enorme, e o mapa já dá aquele susto bom de parque que promete.

E não precisa encarar só os toboáguas (alguns são puro desespero, rs), porque o Lazy River serve como recompensa depois do corre, com sua água morninha e sombra. Para as crianças, as áreas infantis são rasas e seguras.
Seja em família, casal ou grupo de amigos, todo mundo acha um canto. Tem quadra, espreguiçadeira, loja, comida, espelho d’água, e até festa de espuma em alguns dias.
A entrada pode ser comprada pelo site oficial do parque, e vale muito a pena já sair com tudo resolvido.
Quem está sem carro pode chamar um Bolt ou combinar transporte direto com o parque. Fácil de chegar, difícil é querer sair!
10. O que fazer à noite em Pattaya
A noite em Pattaya tem fama, e com razão. Mas entre exageros, você encontra lugares bacanas que fogem das experiências bizarras ou sexuais que alguns viajantes procuram.
A seguir, reuni só o que realmente vale a pena (e que você vai sair dizendo: “ainda bem que vim”):
10.1 Melhores bares de Pattaya
Pattaya é conhecida principalmente pela vida noturna, e não dá pra negar que isso pesa na fama da cidade. Mas entre tantos bares adultose casas de show meio repetitivas, minha ideia era encontrar lugares com boa bebida, ambiente agradável e zero pressão.
Pra escrever esse trecho com mais responsabilidade, acabei ficando mais um dia só pra testar pessoalmente os bares que realmente valem o tempo e o drink. Fui atrás de dicas no Google, troquei ideia com viajantes e testei um por noite. Este foi o resultado:
Wizard Brewery and Restaurant | O destaque aqui é a cerveja artesanal da casa, e o ambiente tranquilo com a galera que vai fazer degustação ou só comer no restaurante. O palco ao fundo recebe música ao vivo com bandas. Não é o mais barato, mas te dará uma noite completa.
Darkness Bar | Pequeno, discreto e bom pra ficar de papo. Não tem decoração chamativa nem música alta, o que já merece meio ponto extra. A iluminação é baixa, o atendimento é direto e tem uma seleção honesta de drinks clássicos.
Bodega Bar | Aqui tem música, gente nova todo dia e aquela chance de socializar sem esforço. O clima é leve, o staff puxa papo, e ainda rola uma promoção ou outra de drinks. Pedi um gin tônica e fui atendida rápido, com gelo e limão. Tá aí um lugar pra ir sozinho ou em grupo!
Moon Whale | Não consegui ir, mas dois amigos diferentes me disseram que é um lugar bom demais. É um rooftop ajeitado, mais arrumadinho, com vista boa da cidade, ainda mais no fim da tarde. Parece ser o lugar certo pra encerrar o dia com um drink mais elaborado e um pouco de silêncio. Vou na próxima vez com certeza!
10.2 Alcazar Cabaret Show
O Alcazar Cabaret Show é um dos shows mais conhecidos da região. Tem luz forte, música alta, figurinos chamativos e uma sequência de danças que não dá tempo de desviar o olhar.
Quem brilha no palco são mulheres trans tailandesas — chamadas de kathoey por aqui. Elas são profissionais, com presença de cena, sincronia e expressão que seguram o público do início ao fim.
As coreografias passam por várias culturas, com músicas em tailandês, chinês, vietnamita, inglês… e trocas de cenário que parecem mágicas. Um minuto tem céu estrelado, no outro tem uma floresta e vestidos com véus coloridos.
Não é um show infantil, então não indicaria levar crianças. Mas pra adultos que gostam de algo teatral, vale o ingresso. A organização surpreende: assentos numerados, teatro climatizado e tudo funcionando sem bagunça.
Pra não depender de bilheteria na hora, melhor reservar o ingresso online. Tem opção que vem com comida, bebida e sessão de fotos com as dançarinas no fim. Uma lembrança diferente de Pattaya, e que provavelmente vai ficar na sua memória por muito tempo.
O que não fazer em Pattaya
A cidade me surpreendeu em muita coisa, e nem sempre do jeito bom. Dá pra dizer que foi um dos lugares com mais atrações que fui riscando da lista ao longo da viagem.
Algumas são desconfortáveis, outras pesadas e tem umas que… só fazem volume no roteiro. Reuni aqui os maiores furos, divididos por tipo, porque ajuda demais na hora de montar um plano de viagem mais consciente.
Não embarque no turismo sexual e atrações constrangedoras
A Walking Street por si só não é um problema. Durante o dia, dá até pra passear tranquilo e observar o cenário curioso com letreiros apagados e um certo ar de Las Vegas tropical. Agora, à noite, o clima muda. E feio.
O que incomoda não é o lugar em si, mas o turismo sexual escancarado, com go-go bars, ping pong shows e agências de acompanhantes nas vitrines.
Ir em um desses ping pong shows pode parecer ser uma forma de imersão cultural, mas no fundo só alimenta uma indústria que lucra em cima da desigualdade, da objetificação e, muitas vezes, da vulnerabilidade de mulheres. Eu já relatei por aqui como foi minha experiência em um ping pong show em Bangkok, e sem dúvidas está na lista das coisas que já me arrependi de ter feito.
Não apoie maus-tratos e exploração de animais
Aqui é onde a coisa pesa de verdade. Algumas, senão a maioria das atrações de Pattaya usam animais como entretenimento e fazem isso de um jeito que já passou da hora de ser aposentado. Vi com os meus olhos (vide os passeios de elefante no Santuário da Verdade) e não recomendo.
Esses lugares estão no topo da lista de onde você não deve ir:
- Nong Nooch Tropical Garden
- Pattaya Elephant Village
- The Million Years Stone Park & Pattaya Crocodile Farm
- Pattaya Dolphinarium
- Underwater World Pattaya
- Flower Land Pattaya
No Nong Nooch Tropical Garden, os jardins são lindos, mas aí começam os shows com elefantes dançando, pintando quadros e carregando gente nas costas.
O Elephant Village segue na mesma linha, com atividades que machucam os animais disfarçadas de “culturais”. Para que sejam treinados, os elefantes passam por um condicionamento cruel que envolve isolamento, fome e agressão física.
Os únicos lugares na Tailândia que vão te proporcionar uma experiência responsável com os elefantes são os santuários éticos, que não permitem que você encoste no animal. Entende que existe um abismo entre o que a gente acha fofo e o que faz bem pra eles?
No Dolphinarium e no Underwater World, a situação é parecida. O espaço dos golfinhos e peixes é apertado e mal cuidado. No Flower Land, os aquários são sujos, animais tem aparência doente e ficam em jaulas improvisadas.
Não canso de dizer que existem formas muito mais legais e respeitosas de conhecer a Tailândia! E se quiser entender melhor o que evitar em outras partes do país, recomendo a leitura do post sobre o que não fazer na Tailândia, que aprofunda essas e outras questões importantes para uma viagem mais consciente.
Turismo em Pattaya
Tem tanta coisa acontecendo em Pattaya que é até difícil saber por onde começar, né? Mas é claro que o que fazer é apenas uma das partes de um roteiro completo, que envolve hospedagem, tempo da estadia e como chegar ao destino.
Abaixo, separei aqui umas dicas práticas e certeiras que vão te ajudar bastante no planejamento:
- Onde ficar
- Quando ir
- Quantos dias ficar + roteiro
- Como chegar
- Como se locomover
- Onde comer
- Onde fazer compras
- Dicas extras
- Mapa
Onde ficar em Pattaya
A cidade de Pattaya tem duas regiões ótimas pra procurar hospedagem: Central Pattaya (não confundir com o shopping de mesmo nome), mais agitada, e Jomtien Beach, que é mais sossegada. As duas funcionam, depende do que você espera do dia (e da noite).
Em Central Pattaya, quanto mais próximo da Pattaya Beach, melhor: a praia, loja de conveniência, restaurantes, transporte, tudo colado. Lá, o The Siam Guest House é básico, mas bem cuidado, com quartos limpos, ar-condicionado funcionando, camas confortáveis e até café ou chá grátis na recepção. Fica colado na praia, mas lá dentro não pega nenhum barulho alto da rua.
Já o Hotel Amber Pattaya é um quatro estrelas mais moderno e tem uma piscina no pátio que é uma boa alternativa ao banho de mar. O café da manhã tem uma variedade de frutas, tipo melancia, pitaia e manga, e o atendimento faz jus à nota alta.
Enquanto isso, Jomtien tem um ritmo mais lento e familiar. No Z by Zing, tudo estava limpo, o quarto era espaçoso e o chuveiro tinha uma pressão boa. A praia fica a poucos passos e o songthaew, o transporte coletivo, passa na esquina.
O destino é relativamente pequeno, então não tem erro grave. Só precisa decidir qual lugar combina mais com o seu humor.
Quando ir a Pattaya
O inverno, entre novembro e fevereiro, é a melhor época para visitar Pattaya. Os dias ficam secos, o céu aberto e o calor mais fácil de encarar. Dezembro costuma ser o mês mais fresco, mas mesmo assim, as temperaturas rondam os 30°C. O mais importante é que quase não chove, o que facilita tudo para quem quer andar, pegar praia e aproveitar o dia do começo ao fim.
Abril é quando acontece o Songkran, o tradicional ano novo tailandês, celebrado com guerras de água nas ruas, que viram uma festa. Literalmente. É uma das cidades mais animadas nessa época, com shows, espuma, DJ, multidão e muito gelo na água.
Já em novembro, o Pattaya International Fireworks Festival enche a orla de luzes e barulho. O evento reúne shows de diferentes países, palcos com música ao vivo e queima de fogos que dura mais de uma hora.
Quantos dias ficar em Pattaya
Três dias já bastam pra ver o que há de mais interessante em Pattaya, e se quiser, um dia extra abre espaço pra encaixar uma atração diferente, como o Ramayana Water Park.
Abaixo, deixei um roteiro com ordem lógica, pensado pra evitar deslocamentos desnecessários e respeitar o cansaço entre um passeio e outro:
Roteiro de 3 dias em Pattaya
Dia 1 | Comece pelo Santuário da Verdade, com suas esculturas em madeira. Vá cedo, antes que o calor aperte. Almoce no Terminal 21, que além da praça de alimentação boa e a decoração temática por andar, tem um ar-condicionado potente. Depois, suba ao Wat Phra Yai (Big Buddha Hill) e aproveite a vista da cidade. À noite, vá até o Thepprasit Night Market pra jantar e experimentar uma sobremesa típica.
Dia 2 | Saia cedo em direção a Koh Larn. As praias são mais limpas do que as do continente, e minha dica é ficar em Samae ou Tien Beach até o início da tarde. Descanse do passeio do hotel e, mais tarde, escolha: ou encara a bagunça visual da Walking Street, ou pega algo mais divertido, como o Alcazar Cabaret Show.
Dia 3 | Comece o dia indo para o impressionante templo Khao Chi Chan Buddha, que tem o Buda desenhado na montanha. Voltando, fique em Jomtien Beach, tome um sol e coma no Pupen Seafood. Pegue um tempinho pra relaxar no hotel, e finalize na vida noturna do Tree Town Pattaya Night Market.
Como chegar em Pattaya
A melhor forma de chegar em Pattaya é por terra, saindo de Bangkok. A cidade fica a cerca de 2 horas de estrada, o que torna a viagem rápida e tranquila. Não faz sentido pegar voo porque a região não tem aeroporto, então de qualquer forma você vai precisar sair de Bangkok.
Entre as opções mais práticas estão os ônibus e vans que saem do Mochit New Van Terminal. Os preços são bons, os horários são frequentes, e o desembarque costuma acontecer na rodovia principal.
Para adquirir suas passagens com antecedência, não tem erro em usar o site 12GoAsia. Como eu disse, são várias saídas ao longo do dia, então você pode calcular qual o melhor horário do dia pra fazer a viagem. É só escolher o tipo de veículo e já sair com tudo garantido!
Como se locomover em Pattaya
A cidade tem uns “ônibus de bairro” chamados songthaews — são caminhonetes adaptadas, com bancos na parte de trás. Barato, prático e comum na Tailândia inteira. Só precisa ficar ligado nas rotas, porque elas nem sempre são óbvias.
Quem prefere mais conforto pode pegar táxi ou usar apps como Bolt e Grab. Achei os preços justos e os motoristas simpáticos. Só evitei táxi parado na rua, porque muitos recusam usar taxímetro, e aí complica, né?!
Andar a pé é tranquilo nas áreas mais centrais, mas não achei tão fácil ir andando entre algumas atrações, já que é tudo afastado. Uma solução pra isso é alugar uma scooter. É super normal, e quem tem a prática vai ter que lidar com só um problema: o trânsito!
Onde comer em Pattaya
Comer na Tailândia é parte do passeio, e dos que mais valem a pena. Os pratos costumam ser intensos, com equilíbrio entre doce, salgado, picante e ácido, tudo num mesmo garfo. Em Pattaya, além dos clássicos como pad thai, curry e saladas apimentadas, tem muito fruto do mar fresco e influência internacional nos cardápios.
A cidade é cheia de lugares simples e honestos, mas também tem surpresas elegantes e até mercados que parecem ter sido montados só pra você provar uma coisa de cada.
Aqui estão os lugares que mais me marcaram, por motivos diferentes — da comida ao ambiente, da vista ao atendimento:
Pupen Seafood | O caranguejo aqui é realmente bom, com casca fina e carne que solta fácil. O restaurante é enorme e vive lotado, o que já diz muito. Achei meio turístico, mas a qualidade da comida compensa esse detalhe.
Jasmin’s Cafe Pattaya | Pequeno, acolhedor e com um menu que mistura pratos ocidental e tailandeses. O curry de frango me pegou pela textura do molho e a porção honesta de arroz. Fiquei querendo voltar só pelo cheesecake, que parecia feito pela avó de alguém.
Edge | Dentro do hotel da rede Hilton, esse restaurante tem uma vista absurda da praia, então é melhor ir no fim da tarde. Comi um peixe grelhado com legumes e molho de tamarindo que foi um dos pratos mais equilibrados da viagem. Mais caro? Sim, mas entrega tudo o que promete.
Wizard Brewery and Restaurant | Espaçoso, com cerveja artesanal da casa e cardápio que segura bem tanto almoço quanto jantar. Fui à noite, pedi um prato de costelinha com batata e uma cerveja amanteigada, por nunca ter provado (talvez você conheça esse tipo por causa de Harry Potter, rs). Não tem álcool e é beeem doce, acho que chega a substituir a sobremesa. No mais, tem espaço pra sentar no terraço, e às vezes rola uma banda tocando ao vivo no fundo.
Darkness Bar | Meio escondido, luz baixa, música boa, do tipo que a gente se sente à vontade pra ficar um tempão. Pedi só uns petiscos e uma cerveja, que chegaram rápido. Vi gente sozinha, casais e grupo de amigos jogando conversa fora.
Mercados | Comer nos mercados noturnos da Tailândia é obrigatório, e por aqui, o Thepprasit Night Market foi o melhor nesse quesito. Tem espetinho de lula, camarão na brasa, frango frito, panquecas doces e sucos de tudo que é fruta. Meus favoritos foram os rolinhos de arroz frescos com molho de amendoim e o sorvete de coco com sticky rice. Melhor forma de jantar gastando pouco e provando muito.
Onde fazer compras em Pattaya
No quesito compras, o Pattaya Night Bazaar foi meu favorito: bancas organizadas, ar-condicionado salvador e vendedores que não insistem demais. Tem de tudo: roupas, mochilas, lembrancinhas, e quase tudo com preço negociável.
O Terminal 21 entra mais pela experiência do que pelos preços. Os andares têm decoração inspirada em cidades como Paris e Tóquio, e mesmo sem comprar nada, vale passear. Tem lojas conhecidas e várias opções de comida nos andares superiores.
Quer mais alternativas de shoppings? O Central Pattaya é o maior, com supermercado, eletrônicos e lojas de departamento famosas. O Central Marina é mais tranquilo e menor, ótimo pra quem busca algo rápido. E o Outlet Mall Pattaya pode render bons achados, principalmente roupas esportivas.
Mais dicas de viagem para a Tailândia
Pattaya foi só uma parte da viagem, então juntei aqui links úteis e confiáveis pra te ajudar com seguro, documentação, transporte, roteiro e outras dúvidas que sempre aparecem antes de embarcar pra Tailândia.
O que fazer na Tailândia | Se Pattaya entrou no seu roteiro, é provável que Bangkok também esteja por perto, e de lá, as possibilidades só crescem. De praias paradisíacas no sul a cidades históricas no norte, tem muito o que encaixar antes ou depois da parada em Pattaya. No post com o que fazer na Tailândia, mostro os principais destinos e como combiná-los de forma prática (e sem correria).
Dicas de viagem para a Tailândia | Pattaya pode parecer um mundo à parte, mas muita coisa segue o mesmo código cultural da Tailândia toda. Saber como se vestir nos templos, como lidar com gorjetas, o que evitar nas conversas e como respeitar os costumes locais muda totalmente a sua experiência. Neste post com dicas de viagem para a Tailândia, explico tudo com exemplos reais e diretos.
Seguro viagem | Seja na hora de andar de scooter, mergulhar em Koh Larn ou provar comidas com nomes diferentes, ter um seguro viagem resolve qualquer dor de cabeça. A Tailândia é segura, mas os imprevistos não pedem licença. Compare planos no nosso buscador de seguros de viagem e ainda garanta até 10% de desconto usando o cupom EMALGUMLUGAR5.
Documentação necessária para a Tailândia | Antes de pensar no primeiro ponto turístico que vai visitar, você precisa passar pela imigração tailandesa, e não dá pra brincar com isso. Tenho um post em que explico quais são todas as regras e documentos para entrar na Tailândia, inclusive o tal formulário TDAC, que costuma confundir muita gente.
Roteiro pelo Sudeste Asiático | Pattaya foi só um dos pontos do meu roteiro mais longo pela região. Se a sua ideia é emendar com Camboja, Vietnã, Laos ou outro país vizinho, dê uma olhada no meu post com roteiro de 20 a 30 dias pelo Sudeste Asiático. Tem sugestões de ordem, transporte, tempo ideal em cada lugar e o que evitar.
Dinheiro e câmbio | Em Pattaya, dá pra pagar muita coisa com bahts tailandeses em espécie, até o songthaew e as comprinhas do mercado. A melhor estratégia que funcionou comigo foi levar dólares do Brasil e trocar pela moeda local já no país. Uso a Confidence Câmbio, que tem taxa justa e entrega garantida. Já começo a viagem com o dinheiro certo no bolso.
Transporte | Quer viajar entre cidades tailandesas sem ter que negociar com motorista ou bater perna na rodoviária? Recomendo o site 12GoAsia! Ele compara horários e preços de vans, ônibus e transfers em português. Usei mais de uma vez e funcionou super bem. Dá pra garantir o assento e ainda escolher o tipo de transporte que combina com o seu bolso (e paciência).
Melhor época para visitar a Tailândia | Saber quando ir é o primeiro passo pra montar um roteiro redondo, ainda mais em lugares com estações tão marcadas como Pattaya. No nosso post sobre a melhor época para visitar a Tailândia, explico direitinho o clima mês a mês, com dicas práticas pra fugir da chuva, evitar calorão e pegar o país no melhor momento possível.
Mapa de Pattaya
Pra facilitar sua vida, deixei um mapa com todas as atrações citadas no post. Assim, dá pra visualizar onde cada coisa fica, organizar o roteiro com mais lógica e evitar perder tempo com deslocamento desnecessário. Veja:
Agora que você já sabe tudo o que fazer em Pattaya!
Pattaya tem, sim, atrações incríveis: algumas surpreendem pela estrutura, outras pelo visual, e outras porque realmente entregam o que prometem. Mas não dá pra ignorar os problemas. A cidade ainda carrega muitos excessos e contradições, e o turismo sexual continua sendo parte da sua identidade, mesmo com as tentativas de mudança.
Ainda assim, com um roteiro bem pensado e expectativas ajustadas, dá pra aproveitar a cidade de forma leve, divertida e segura. É um destino que desafia, mas também recompensa quem viaja com o olhar atento.
Boa viagem, e me conta depois o que achou!
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