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Não se deixe enganar pela primeira impressão que você terá ao chegar em Potosí. Ao entrar na cidade, o que vimos foi um lugar nada simpático, bem empoeirado e feio. Chegamos a nos perguntar se realmente teríamos o que fazer em Potosí pelas próximas duas noites. E a grande surpresa veio: Potosí se tornou nossa queridinha na Bolívia.
Potosí é uma cidade com um certo ar de decadência, com sua beleza escondida nas ruas estreitas do centro histórico. Suas antigas construções da era colonial são o retrato do que já foi uma das cidades mais ricas do mundo. <
A verdade é que, no final das contas, achamos Potosí linda – e entendemos porque a cidade é Patrimônio da UNESCO. Então respire fundo e tome um chá de coca para encarar seus 4.000 metros de altitude – e vem com a gente conferir tudo o que fazer em Potosí.
É bom se ligar na dica: a altitude de Potosí pode causar soroche, o chamado mal de altitude. Eu passei mal e precisei de atendimento médico, então é indispensável ter um bom seguro viagem!
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Onde ficar em Potosí
Considerando que você vai ficar pouco tempo em Potosí, a melhor região para se hospedar é mesmo no centro histórico. Assim você fica pertinho de tudo e não precisa de nenhum transporte. A maioria das opções de acomodação estão por lá mesmo.
Uma de nossas sugestões é o Hostel CasaBlanca Potosi, um hostel bem colorido e estiloso que funciona em uma casa colonial. Apesar de ser um hostel (normalmente não curtimos ficar em hostels), eles têm quartos privativos ótimos, com uma boa varanda. O café é bem servido, mas cobrado à parte. Há também uma cozinha para uso dos hóspedes.
Para uma categoria acima, confira o Hostal Santa Mónica: belas acomodações, quartos confortáveis e banheiro com hidromassagem. A vista do terraço é bem bonita. Eles tem um café da manhã bem gostoso e o restaurante também serve refeições. A partir de R$250.
Como chegar em Potosí e se locomover por lá
Como chegar
Potosí conta com um aeroporto, mas a oferta de voos não é muito grande. As cias que voam para lá são TAM e Aerocon, fazendo a rota entre as cidades de La Paz, Santa Cruz e Cochabamba.
A forma mais comum de chegar em Potosí é de ônibus, vindo de Sucre. Várias companhias fazem o trajeto, basta se dirigir à rodoviária em Sucre. Você deverá pagar uma taxa de 2,50B de saída de Sucre, além do valor da passagem (3h – 20B).
Você também encontra ônibus para Potosí saindo das cidades de La Paz (10h – entre 60 e 140B), Tupiza (5h – 50B), Tarija (10h – 70B), Cochabamba (9h – entre 100 e 140B) e Oruro (6h – 30B).
Como circular
Chegando na rodoviária em Potosí, você poderá pegar um táxi ou um ônibus para o centro. Como a rodoviária fica longe do centro, uma alternativa é descer antes de chegar na rodoviária – muitos bolivianos fazem isso, é só combinar com o motorista.
Para circular em Potosí, você não precisa de transporte se ficar próximo ao centro histórico. Caso queira ir para lugares mais distantes, há opções de taxis, que são baratos (combine o preço antes).
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O que fazer em Potosí
Passear pelo centro de Potosí é realmente uma viagem no tempo: sua arquitetura nos leva imediatamente aos séculos 16 e 17, quando a cidade era uma colônia espanhola e vivia o auge de sua riqueza.
Mas para sua viagem para Potosí fazer sentido, você precisa saber mais sobre sua história e de onde veio tanta riqueza.
Tudo começa no Cerro Rico, a montanha que é o símbolo de Potosí e de onde foi extraída uma quantidade absurda de prata. É tanta prata que existe uma metáfora dizendo que seria possível construir uma ponte entre Potosí e a Espanha com toda a prata que já saiu daquela mina.
Dizem também que poderia ser construída outra ponte… mas essa seria de ida e volta só com os ossos daqueles que morreram nessa exploração de prata. Foram 8 milhões de vítimas, sua maioria indígenas que foram escravizados pelos espanhóis e submetidos a condições desumanas de trabalho. Não precisa dizer que toda a prata extraída ia diretamente para a Espanha, né?
Deixando a parte triste um pouco de lado, aproveite para andar pelas ruas estreitas do centro histórico e perder o fôlego nas suas ladeiras: essa é a nossa melhor dica sobre o que fazer em Potosí. Confere aqui os pontos que valem uma visita:
Plaza 10 de Noviembre
Essa praça pode ser seu ponto de partida para começar as andanças pelo centro histórico de Potosí. O lugar está sempre movimentado, ótimo para observar um pouco do dia a dia dos moradores. Dali você já consegue avistar belas construções, como o Arco de Cobija e a Catedral.
Catedral Metropolitana
O grande destaque da praça é a Catedral de Potosí. A porta principal está sempre fechada, mas a igreja está aberta a visitação: a entrada é pelos fundos.
A igreja está em processo de restauração. Mas o que vale mesmo é subir até à torre dos sinos e ter uma vista incrível do centro da cidade com o Cerro Rico ao fundo. Aberta das 9h às 12h e das 15h às 18h. Entrada: 20B
Arco de Cobija
Lá vem mais história: esse arco da era colonial é uma forte lembrança da dura realidade de Potosí enquanto estava sob domínio da Espanha. Os indígenas bolivianos que atravessassem esses arcos poderiam ser executados em praça pública.
Sim, eles foram escravizados e proibidos de circular em seu próprio território – que naquela altura era uma colônia espanhola.
Casa Nacional de la Moneda
De tudo o que fazer em Potosí, uma visita à Casa de La Moneda é indispensável para aprender mais sobre a história da cidade.
Trata-se de um museu incrível que mostra a história dos tempos áureos de Potosí, quando a cidade foi uma das maiores produtoras de moedas do mundo.
Ali podemos ver o que era feito com toda a prata que era extraída do Cerro Rico. Aprendemos sobre a produção de moedas – e como isso custou a vida de milhões de indígenas que foram escravizados pelos espanhóis.
É imperdível. Aberta de terça a sábado das 9h às 10h30 e das 14h30 às 17h30. Domingo das 9h às 10h30. Fechado segundas. Entrada 40B.
Mercado Central
No Mercado de Potosí você encontra várias barraquinhas vendendo de tudo um pouco, como manda um bom mercado central.
Não achei o Mercado de Potosí tão intrigante como o de Sucre, por exemplo. Mas a gente não dispensa uma boa visita a um mercado. Ele fica bem perto da Plaza, em um pulinho você chega lá.
Convento de San Francisco
Esse é o mosteiro mais antigo da Bolívia, preservando boa parte da sua construção original: pisos, pilastras e teto de madeira talhado à mão estão ali desde 1547, data de sua fundação.
A visita ao Convento é guiada. Primeiro começamos pelo pátio externo, onde podemos apreciar algumas pinturas que contam a história de São Francisco.
Entramos também em um quarto preservado de um franciscano importante que dedicou sua vida ao convento.
Seguimos para dentro do templo, onde há uma grande imagem de Cristo com cabelos humanos, que apareceu certa vez na porta do Convento e ninguém sabe de onde veio.
Há uma lenda local que diz que os cabelos e barba crescem. Descemos então até a cripta onde ficam alguns ossos de franciscanos e de pessoas ricas – meio sinistro.
Mas o final da visita é no mirante que fica no terraço do convento, onde podemos apreciar uma das vistas mais bonitas de Potosí. Sem dúvidas vale a visita! Aberto segunda a sexta das 9h às 12h e das 14h30 às 18h. Sábados das 9h às 12h. Entrada: 20B
Mais igrejas em Potosí
Para visitar mais templos religiosos e apreciar um pouco mais da arquitetura de Potosí, você ainda pode incluir no seu roteiro a Iglesia de San Lorenzo de Carangas, o Convento y Museo Santa Teresa, a Torre de La Compañía de Jesús e a Iglesia La Merced. Fica tudo ali pelo centro histórico.
Visitar a mina do Cerro Rico
Quando existe alguma controvérsia envolvida em uma atração turística, a gente procura se informar melhor antes de visitar. As minas de Potosí no Cerro Rico é um dos passeios mais populares em Potosí, mas nós decidimos não ir. Vamos explicar por que.
Primeiro, vale dizer que a mina ainda está em funcionamento – mesmo depois de tanta exploração (fala-se que 60 mil toneladas de prata foram extraídas do cerro), alguns minerais ainda podem sair de lá.
E se as condições de trabalho na época colonial eram precárias, hoje em dia não é muito diferente.
Os relatos são de que as condições de trabalho dos mineradores são terríveis. Não há nenhuma regra de segurança, nem para eles nem para os visitantes.
Lendo alguns relatos, sentimos que visitar o Cerro Rico seria se expor a um risco desnecessário, ainda incluindo um pouco de “zoológico humano” por conta dos trabalhadores que passam horas enclausurados em uma situação deplorável.
Diz-se também que parte do Cerro Rico já cedeu, e que outras partes podem cair a qualquer momento. Se você quiser visitar mesmo assim, pesquise bastante e procure no TripAdvisor por empresas que façam esse tour de uma forma mais ética, dentro do possível.
Ojo del Inca
O Ojo del Inca é uma cratera vulcânica, formando uma lagoa de águas termais. Fica a poucos quilômetros do centro de Potosí.
A lagoa era liberada para banho até 2017, mas foi fechada depois que ocorreram 3 mortes no local. Ainda assim, fomos lá para conferir o visual, que é incrível.
Onde e o que comer em Potosí
Encontramos boas opções de restaurantes em Potosí. Durante o dia, você pode comprar um suco de laranja feito na hora na praça central, e seguir para o Mercado Central para provar a famosa salteña boliviana.
Para boas refeições, o Café La Plata nos ganhou com o fettucine Alfredo e o churros com doce de leite. Para provar a kalapurca, a deliciosa sopa boliviana que é servida com uma pedra vulcânica no prato, pode ir no El Empedradillo.
Para uma comida típica e baratinha, seu almoço pode ser no Doña Polonia. E para um jantar mais estiloso, vá no 4060 ou no El Tenedor de La Plata. Todos os restaurantes localizados no centro.
Quantos dias ficar em Potosi?
Um dia cheio seria suficiente para conhecero centro histórico da cidade. Mas você precisa levar em consideração que, devido ao peso da altitude, seu ritmo aqui pode ficar mais lento.
É recomendável fazer tudo com mais calma para não piorar os sintomas do soroche.
Por isso, o ideal são pelo menos dois dias em Potosí. Muita coisa fecha aos domingos e segundas, é bom se atentar a isso quando for planejar o que fazer em Potosí durante seus dias de viagem.
Relembrando a dica
Potosí é alto, muito alto. São 4.000m de altitude que podem pesar bastante para nós brasileiros que não estamos acostumados. Enquanto o Caio ficou tranquilo e sentiu só uma dor de cabeça, eu passei muuuuito mal.
Ou seja, cada organismo funciona de um jeito e isso é meio imprevisível. Portanto, não se arrisque de viajar sem seguro viagem. Sugiro fazer uma busca em nossa página de seguros, assim você consegue comparar preços e ver várias opções de seguro. Aproveite para usar nosso código EMALGUMLUGAR5 e ganhar 5% de desconto!
Conta pra gente: depois de conferir tudo o que fazer em Potosí, vai encarar a altitude?
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